O
delegado Roberto Fernandes, após dois anos de atuação em Ibiporã foi
transferido para Cambé por solicitação dos deputados Cobra e Tiago Amaral. Com
mais de sete anos de experiência no cargo, em Ibiporã ele optou pela linha
investigativa para combater o tráfico de drogas, roubos e furtos. Foram várias
operações, onde por exemplo se prendeu mais de 20 traficantes de duas
quadrilhas usando a tecnologia. “Instruímos os inquéritos com várias provas
(fotografias, vídeos, cruzamento de dados telefônicos, cadastrais e bancários),
por conseqüência o índice de condenação é elevado”, diz.
Outros casos elucidados foram os
de roubos a comércio e residências, como a tentativa de latrocínio em frente a
um banco. Por meio de imagens das câmeras do comércio e por depoimentos de
testemunhas prendeu-se os bandidos. “As câmeras do comércio e da prefeitura ajudam
muito a policia. É a tecnologia contra a marginalidade”, diz. Outra forma da
sociedade contribuir é participando dos conselhos de segurança ou do “Vizinho
Solidário”. “Em dez meses conseguimos ativar o Conselho de Segurança, que tem a
frente o pastor José Vilande e o padre Vagner Rodrigues Pereira. Foram
agregados diversos segmentos e o conselho ficou democrático”.
Mesmo com a grande atuação, a polícia
sofre com o número reduzido de funcionários, mesmo assim, são policiais e
investigadores zelosos, abnegados, destemidos, competentes, vocacionados e
comprometidos com a população. “Estamos para cumprir a lei e a comunidade pode
se aproximar de nós e dos conselhos de segurança e tutelar, principalmente quem
tem filhos adolescentes ou vizinhos que tenham problemas de violência ou
infrações. Em caso de denuncia a mesma é encaminhada ao Ministério Público. No
entanto é interessante colocar os adolescentes em cursos ou para trabalhar. O
ócio é prejudicial e pelos estudos se constrói um futuro melhor”, relata. O
delegado também diz que a parceria com a prefeitura se expande além das câmeras
e se reafirmou pelo atendimento médico nas celas. Intercaladamente o município
cede um médico, evitando o risco da escolta de presos a hospitais. Quando um
policial não está na escolta ele investiga.
Roberto
Fernandes se despede com sentimento de obrigação cumprida e ressalta que graças
ao trabalho da policia, Ibiporã, em proporção e relação a cidades menores não é
violenta e a população deve ficar tranqüila. “Muitos criminosos migram de
Londrina para cá. O exemplo está no último homicídio registrado, onde vitima e
autor eram da cidade vizinha. Não há fuga de presos em massa devido o cuidado redobrado
na carceragem. No entanto a Secretaria de Segurança do Estado deveria acompanhar
o crescimento demográfico e da criminalidade, investindo na contratação de
pessoal e compra de veículos para não haver defasagem e o combate ao crime ser
mais efetivo”, pontua.
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