Com seu fuzil ele caminha temeroso.
Não quer encontrar o inimigo.
Pede a Deus para que ele e seus companheiros não morram.
Esse é o soldado da paz que leva a morte.
Passou por vilas, cidades e construções,
viu homens mortos, mulheres e crianças desesperadas.
Quer voltar para casa e para os braços da amada,
cair na cama, ouvir seus discos, ler seus livros,
viver a juventude longe do front
e esquecer aqueles dias de ataques violentos.
Mas, o ódio tornou-se sua arma mais letal.
Não tem mais de 20 anos, mas matou mais de 20.
O medo anda ao seu lado, de braços dados e olhos abertos.
Não sabe ao certo quem se aproxima,
por quem luta,
e se essa guerra é justa.
Tem uma missão e não pode falhar.
Na cabeça, um capacete; nas costas, uma mochila; na mão, um fuzil.
Trocaria tudo por uma moto e uma garota.
Porém, é um soldado que leva a desgraça aos inocentes
e não pode perder essa guerra horrorosa.
Uma mina, um tiro, um ataque aéreo,
um passo em falso e é o fim de sua vida.
Não pode fechar os olhos.
Pobre soldado,
sua vitória nunca o livrará da derrota,
Que é a sua morte!
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