Hoje acordei de manhã e li no jornal que mais uma pessoa foi assassinada.
Foi a tiros, naquela rua movimentada onde as prostitutas se vendem por cinco reais,
e os viciados se drogam dia e noite.
Isso já é normal.
Estou acostumado com bombas, tiros, sangue e destruição.
Ligo a TV e vejo guerras, mortos, feridos, inocentes perturbados e vidas despedaçadas.
Para os poderosos, a vida inocente vale menos que ideologias, capitalismo e religião.
Ando preocupado.
Na rua posso levar um tiro, uma facada, ser assaltado ou atropelado.
Tenho medo de ataques aéreos, ameaças nucleares, bombas químicas e de hidrogênio.
Ainda ontem vi profetas do apocalipse, terroristas e agentes do medo.
Não tenho paz.
Não tenho sossego.
Aonde vou ouço falar de AIDS, Newcastle, aftosa, dengue, febre amarela e ebola.
A violência é tão grande que os ataques mortíferos, as emboscadas, o estupro, o tráfico, o homicídio, o latrocínio e a prostituição são lugares comuns e triviais.
Tenho medo da inflação, da instabilidade da moeda, da alta do petróleo e do desemprego.
Não quero morrer violentamente através de pistolas, revólveres, granada ou facão.
Em tiroteio de bala perdida de polícia ou de ladrão.
Esse é o horror!
Quando o medo é maior que a vida, isso é horror!
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