sábado, 28 de junho de 2008

O mundo redondo é retilíneo

Quando as distâncias eram enormes
e o tempo infinito,
havia dois mundos perdidos,
divididos por monstros gigantes e heróis mitológicos.

Graças aos feitos marítimos,
o homem, a Terra, descobre,
nasce a poesia renascentista
e a ciência se desenvolve.

O futuro é escrito no papiro
e a máquina de Gutemberg nos comove.
Acabou-se o elo perdido
e todos sabem como a Terra se move.

Com a locomotiva,
o homem vê a evolução dos transportes,
abrem-se caminhos
nas estradas de aço modernas.

Tão breve é o mundo evoluído
que a pressa anda de automóvel.
Hoje o seu veículo
é movido pelo petróleo.

Tão rápida é a evolução
que, em menos de três dias, chego lá no Japão.
Isso se for de avião,
já que, de jatinho, corto a barreira do som.

Lá no meu cantinho,
absorvo a informação,
seja pelo rádio de pilha ou pela televisão.
É assim que formulo minha opinião.

O espectro, ao vivo,
foi zapeado,
vejo outra cena,
essa é a interação.

Na interface do micro,
textos são fáceis de serem escritos
e editados.
Meus amigos mais íntimos fazem conexão.

Converso com um amor longínquo,
apertando botões com a ponta dos dedos de minha mão.
quem há muito se queria
se vê na tela da computação.

Esse é o mundo retilíneo
dos satélites e das parabólicas
que mostram mapas e estradas
com definição.

Amanhã já se saberá
que falaram de Marte e de sua população.

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