domingo, 5 de julho de 2020

Aldo Moraes é eleito para a Academia de Letras do Brasil



O músico, jornalista e escritor Aldo Moraes acaba de ser eleito membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil. O londrinense foi comunicado pelo Presidente Armando Caaraura, que é maestro e escritor, sobrinho-neto de Manuel Bandeira. Vencedor de prêmios musicais na Europa, Brasil e América Latina, Aldo Moraes tem sete livros lançados e poemas espalhados por dezenas de coletâneas literárias. Seu poema “Lágrima de mulher” foi premiado em dez concursos no Brasil, Portugal e Estados Unidos. Nos dois últimos anos, foi convidado do Festival Literário Londrix; Festival de Poesia de Lisboa; Encontro de poetas em Cuba; Festival Transve de poesias e Festival Literário de Santa Teresa e poemas no Salão Internacional do Livro de Genebra 2020. O artista criou o “Batuque na caixa” em 1999 e foi Secretário de Cultura em Londrina. Em 2017, foi homenageado pelo Congresso Nacional por ter sido premiado no Culturas Populares (Ministério da Cultura) com nota máxima. Moraes também é membro da Academia Independente de Letras, sediada em Pernambuco.

Nascido na Vila Fraternidade em Londrina, Aldo Moraes tem 49 anos e aos seis anos foi morar no Ruy Virmond Carnascilali, onde começou a estudar na Escola Municipal David Dequech, no Jardim Ouro Verde. Foi ali que o grande maestro começou a se interessar pelas artes como a música e a literatura. Antes disso, em maio de 1977, seu pai, Noé Salustiano de Moraes faleceu precocemente e deixou a mãe Marlene Moraes e os irmãos Gislaine de Moraes, Valquíria Moraes e Clodovil Moraes. Por conta desta adversidade, a mãe que trabalhava como doméstica, foi uma mulher batalhadora e o incentivou a ler através de livros, revistas e jornais que trazia das casas dos patrões. Mas a influência da mãe, autora do livro “Memória da Mulher Negra Londrinense”, se deu por outro motivo também: Marlene Moraes era cantora de rádio desde os sete anos. Quando chegou a Londrina, vinda de Ourinhos, ao 16 anos, ela ainda interpretou sucessos de Carmem Miranda, Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves e outros ícones da época em emissoras como a Rádio Londrina, por exemplo. Mas, ao conhecer Noé Salustiano de Moraes, aos 25 anos, ela tornou-se mãe e começou a se dedicar a família e aos filhos.

Com o incentivo da mãe, aos oito anos ele começa e escrever e com nove anos, na 3ª série, em 1980, ganha o prêmio da melhor redação escrita por um aluno das escolas de Londrina. “Aquilo foi fantástico! Ganhei uma coleção de livros do Monteiro Lobato e um diploma. Aquilo mexeu comigo”, recorda. Mesmo com o reconhecimento precoce na literatura, a música era mais forte e ele acreditava que havia uma distância entre ambas e não podia transitar entre as duas artes.

Com a evolução dos estudos e o amadurecimento, em 1993 com 23 anos, Aldo Moraes funda a Free Music e em 1996 ela começa a funcionar do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Londrina, o DCE da Rua Hugo Cabral. Era um espaço cultural amplo, aberto e também o embrião das Vilas Culturais de Londrina, com atividades voltadas a juventude, como música, teatro, danças variadas, literatura e artes plásticas. Apesar de jovem, ele compartilhou de forma profunda o que havia nele: prêmios musicais na Europa em 1994, que consistiu na composição musical do “Livro dos Sonhos” para piano e orquestra, na Áustria, além da experiência de ter estudando música em São Paulo. Nessa época ele descobriu vocação e talento para promoção cultural através da música.


A Free Music atuou intensamente por dois anos com muitas atividades, colaborou junto a Universidade Estadual de Londrina, além de fazer apresentações em espaços como a Associação Médica de Londrina e Secretaria Municipal de Cultura. “Era uma época de folhetim poético e divulgamos este trabalho em eventos nas ruas. Quando a Free Music encerrou as atividades por conta da devolução do espaço ao DCE, seis meses depois criamos o Batuque na caixa, que fornece cursos de formação gratuitos em cordas populares como violão, guitarra, baixo, cavaquinho, percussão, canto, literatura, oficinas variadas, distribuição de livros e teatro. Mais de sete mil alunos foram atendidos em Londrina, Cambé, Sertanópolis, Cianorte e Rolândia no Paraná. O Batuque pretende se estender para Bauru (SP) e Nordeste do Brasil.

Paralelo a Free Music e ao Batuque na caixa, Aldo Moraes começa a participar de concurso de literatura, ganhar prêmios e ter seus trabalhos divulgados em livros, revistas e jornais. Do ano 2000 até a atualidade (2020) ele estabelece a participação em premiações, festivais literários, poesia e eventos culturais variados. Nessa trajetória escreve sete livros, sendo dois de poesia (Poemas dos Amanhecer e Outros Poemas), um de contos (Conto Extraordinários, dividido em duas etapas: vida familiar inspirado no estilo de Nelson Rodrigues e um segundo momento que aborda a vida do homem com Deus), um romance (Casasanta, que se passa em Londrina de 1950 a 2000 e relata a história de uma mulher negra que luta para manter um casamento fracassado, além da falta de oportunidades que ela tem devido ao fato de ser negra) e mais três de música (Um de reflexão: “A música por Aldo Moraes” e outros dois de partituras comentadas de Villa Lobos e peças para orquestras: “Música de Câmara” e “Suítes Brasileiras”). Esses livros são comercializados pela internet. Na opinião do autor um excelente canal para obter patrocínios, divulgar e comercializar livros, uma vez que jovens leitores usam aplicativos como blogs, Facebook, Instagram, Twiter para conhecer novos escritores. Ele também diz que a plataforma “Clube dos Autores” é outro canal que divulga vários livros e autores, como ele, além de possibilitar a venda de suas obras para todo o Brasil e chegar a países da África e Portugal e, dar a chance de interagir com leitores através de mensagens.

Na atualidade esse grande talento do Paraná está Indiaroba, na divisa de Sergipe com a Bahia. Ele foi convidado pelo prefeito Adinaldo Nascimento para verificar a possibilidade de implantar o Batuque na caixa no município. “Indiaroba e Londrina assinaram uma irmandade em 2017, quando o prefeito veio ao Paraná formalizar a parceira junto ao prefeito Marcelo Belinati”, relata Aldo, que em 2019 foi conhecer a cidade, a tradicional Festa de São João e uma cultura com quase 500 anos. “Em fevereiro de 2020 vim a Indiaroba para ficar 15 dias, conhecer empresários e apresentar o Batuque na caixa. A cidade foi muito acolhedora e resolvi ficar. Em maio retornei a Londrina para resolver algumas pendencias e retornei ao Nordeste. Indiaroba tem 80 anos de emancipação política, mas como povoado é antiga, remonta ao período do descobrimento do Brasil. Cidade fronteiriça do Sergipe, com a Bahia, ela possui um grande material histórico e cultural. Estou encantado com tudo isso e atualmente faço a catalogação desse acervo. A riqueza cultural se observa na população, que mantém na fala e nos costumes a tradição da música popular brasileira através da manifestação de grandes mestres do coco, forró e samba. Isto está no dia a dia. Através de observações, percebe-se que os hábitos locais do Nordeste, seja na cultura e no vocabulário, estão enraizados na vida do povo e sem a interferência do eixo Rio – São Paulo. Isso eleva a cultura popular. Dança e literatura são permanentes aqui. Ainda se escreve cordel, textos decassílabos em forma de repente e sonetos. Registro essas tradições culturais para transformar em livros, dança, música e documentário áudio visual”, afirma.

Há uma enorme expectativa quanto ao resultado final, não apenas da população, mas também do prefeito Adinaldo Nascimento, devido Indiaroba ser uma cidade litorânea e turística, onde a população vive da agricultura (mandioca, milho, abacaxi), pesca (caranguejo, camarão e peixes) e dos festejos juninos e tradições populares que duram mais de um mês e trazem muitos turistas a localidade. “A tradição das festas juninas é muito forte no Nordeste. Para cada santo há uma comemoração diferente. Para Santo Antônio, o santo casamenteiro, se coloca a imagem de cabeça para baixo, além do enorme bolo que tem medalhas do santo dentro. Depois vem as festas de São João com a grande fogueira, as celebrações religiosas de cunho católico, as comidas tradicionais, como o quentão, a canjica e a macaxeira por exemplo. Na festa de São Pedro há bastante coisa envolvendo o mar, barcos, rios, algo muito próximo ao pescador, além dos passeios e procissões nos rios e mar. Antes disso, Indiaroba também celebra a Festa do Divino Espirito Santo, em respeito à Nossa Senhora da Conceição, santa padroeira da cidade. Esta festa marca o início dos festejos juninos. Tamanha é a grandeza da tradição, que no mês de junho as famílias colocam santos e altares nas portas das casas, onde passa a procissão e o Divino Espirito Santo é coroado e levado a Igreja do Divino. Não é apenas o resgate e registro da cultura ancestral de uma cidade com população 80% negra que faço. Eu resgato a mim mesmo”, declara o músico.

Mas quem pensa que o trabalho termina por aí, está enganado. No campo da literatura, este ano ele foi convidado para cerca de dez festivais literários, desses, cinco no exterior (Cuba, Estados Unidos, Portugal, Itália e França). Esses festivais internacionais já aconteceram e ele enviou vídeos, livros e poemas, além das participações em lives com autores onde houve o lançamento de livros. Aldo Moraes também está fazendo muitas composições devido a tranquilidade de Indiaroba, além do mar, os rios, as belas paisagens, o povo bonito e acolhedor lhe serem propícios a inspiração. Soma-se a tudo isso o convite para participar da Academia de Letras do Brasil. Quem o indicou foi o presidente, maestro Armando Caaraura. A Academia de Letras do Brasil reúne autores de todo país e colaboradores estrangeiros. “É o momento de celebrar um grande passo na área da literatura, ter maior divulgação em diferentes lugares, além de dialogar com outros autores. Não existe cultura e arte sem diálogo”, diz.

Quanto as composições musicais, Aldo Moraes pontua, dizendo que fez peças eruditas premiadas no exterior e de canções populares, além de parcerias com Jaime Santos e Wilmar Cirino, executadas em várias partes do Brasil. Outra canção “Jéssica”, música em inglês com pegada country, é presença nas rádios da caixola para o mundo: Interativa FM, Alternativa FM, Rádio Brasil Sul, Paiquerê FM e São Jorge FM.  Esta canção também foi tema da revista de Arte Londrina do site cultural Arte Brasil e no Youtube. “Há uma esperança”, “Romã” (que dá nome ao CD lançado por Jaime Santos em 2019) e “Chegando”, são canções com poesia moderna que circulam pelas redes sociais e web rádios.

Contatos: WhatsApp 43 99957-0245 e e-mail: composermoraes@hotmail.com


segunda-feira, 2 de março de 2020

Escola Criativa ainda tem vagas para 2020

A Escola Criativa está com matriculas abertas para 2020. A professora Simone Gomes de Toledo cita que os pais devem agendar a visita para conhecer o funcionamento da instituição. A Criativa recebe crianças de quatro meses a cinco anos e onze meses. O aluno sai pré-alfabetizado devido os trabalhos pedagógicos e didáticos relacionados à leitura e escrita. Visitar a escola possibilita conhecer o cronograma e material como livros e apostilas, além de ver como é o funcionamento das atividades no ano letivo.
Por conta de priorizar a qualidade no ensino, a Criativa oferece meio período e ensino integral, compreendido entre as 7hs30 as 18hs30, sendo que crianças a partir de quatro meses já podem ser matriculadas. “A adaptação dos bebês não é difícil, devido as crianças, principalmente menores, receberem das pedagogas muito carinho, atenção, alimentação em horário correto e banho. O trabalho feito pelo mesmo profissional mantém a criança segura. Outro ponto é a não existência de estagiários, mas de pedagogas formadas e auxiliares de sala. Outra profissional é a nutricionista, que organiza um cardápio saudável com frutas, legumes e verduras”, relata a professora.
A Criativa prima a qualidade de ensino ao desenvolver, em todos os segmentos educacionais, música, alfabetização, fala, dicção, contação de estórias e atividades que geram uma rotina voltada na formação e no futuro da criança. “O aluno evolui o aprendizado desde o berçário. A partir de três anos são inseridas apostilas e material didático no ensino e através do lúdico ensinamos cores, formas geométricas, letras, números e situações que contribuem com o aprendizado. Aos cinco anos ele está pré-alfabetizado. Isso é um diferencial que pais e mães devem procurar na educação dos filhos e remete a que a escola está disposta a oferecer. Por isso, há uma diferença muito grande entre deixar a criança com a babá ou na escola. Muitas ficam na escola o dia todo e por isso, a Criativa é a segunda casa delas. É em casa que ficamos aconchegados, amados e exigidos a desempenhar nosso papel na sociedade e na vida como um todo da melhor forma possível. Cabe à escola conciliar a educação de casa e acadêmica, com o fim de tornar o ser humano capaz de tomar decisões e definir o certo do errado para toda a vida. Muitos pais escolhem a escola dos filhos sem se preocupar com o que ela ensina, por achar que o aluno ainda é pequeno demais. Entretanto, a educação e a forma que a escola transmite os conhecimentos, são essenciais para o desenvolvimento ao longo da vida”, diz.
Tal explicação faz sentido ao descobrirmos que é na educação infantil que se desenvolve a capacidade de observação e de ação do ser humano, tornando-o um adulto seguro nas decisões. Desde pequena a criança deve ser estimulada a pensar e agir pelos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, para definir o certo do errado, pois só assim serão pessoas capazes. “Tenho sorte de contar com os pais e a equipe pedagógica decidida e capaz de tomar para si tamanha responsabilidade. Formamos uma grande equipe infalível. E assim, junto com os pais, a equipe Criativa desenvolve nas crianças o hábito de respeitar regras e limites para conhecerem direitos e tornar significativa sua existência na sociedade”, finaliza.
            A Criativa está na Rua Vitoriano Valente 931, esquina com a Xavier da Silva e próxima ao Colégio Olavo Bilac. Mais informações no 43 32587289.


Dona Marlene e o livro “Minha vida, meu bairro, minha cidade!”

Em 2019, a aposentada Maria Helena de Oliveira Morais lançou a revista do projeto cultural “Memória da Mulher Negra Londrinense” em que realizou uma pesquisa sobre 40 mulheres negras de Londrina que foram importantes para o desenvolvimento social, cultural e comunitário nas quatro regiões da cidade e nos distritos, através de perfil biográfico, mesclado à memória do bairro, região e da própria cidade. A proposta foi contribuir com a memória da cidade por meio do resgate das histórias de mulheres simples, trabalhadoras, artistas amadoras e que estiveram fora do foco da história e da mídia ao longo do desenvolvimento de Londrina.
Nas próximas semanas ela lança o livro autobiográfico “Minha vida, meu bairro, minha cidade” com sua trajetória de vida desde a infância em Ourinhos (SP), passando por cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, além da urbanização da Zona Norte de Londrina e suas conquistas como mulher, mãe e artista.
Num país de grande população negra e com grande maioria de mulheres, a importância dessas duas publicações se dá pela valorização e preservação da memória e patrimônio imaterial; pela discussão das questões de gênero e o deslocamento da história e do espaço geográfico para a periferia das cidades. “Nasci em dez de julho de 1943 em Ourinhos. Sou filha de Horácio de Oliveira (1895 - 1970 - natural de Xavantes - SP) e Maria de Oliveira (1905 - 1967 - natural de Belo Horizonte - MG) que eram filhos de escravos. Meus avós maternos são Ana da Silva e João da Silva (pais de Maria de Oliveira), africanos, da Costa da Mina (atual Benin, Togo e Gana) e escravos no interior de Minas Gerais. Meus avós paternos são Sebastião de Oliveira e Rafaela Conceição de Oliveira. Eu era muito miudinha e foi preciso chamar uma senhora para me amamentar, até mamãe ter o leite. Esta senhora era descendente de escravos, magra e de uma religiosidade intensa e se chamava Altina. Contam que um dia mamãe comentou com ela que eu era muito frágil e temia que eu não crescesse e nem tivesse forças para sobreviver à aparente fragilidade”, cita Maria Helena.

- Esta garotinha vai ser a alegria do lar, respondeu dona Altina.” (inicio do livro)

A proposta patrocinada na modalidade de bolsa pelo PROMIC (Programa de Incentivo a Cultura de Londrina) além de ser cultural, passa pelos contextos social, educativo e de defesa da memória da mulher em Londrina e também contribui com a aplicação da Lei Federal 10.639/03, cultura de matriz africana, além de registrar o movimento e a importância da luta da mulher negra em Londrina nos últimos 40 anos. A diagramação do livro é de Marcelo Paes e revisão do jornalista Aldo Moraes. O livro tem prefácio da professora Divanir Cirino e do poeta e ator Ronilson Moura. Maria Helena de Oliveira, 76 anos, é a proponente do projeto.

Youtube:

Contatos: aquitemlivro@bol.com.br

Prefeitura de Londrina inicia as obras do Trecho 1 do Arco Leste

Obra viária importante para melhorar o fluxo de trânsito e interligar o tráfego entre as regiões sul e norte de Londrina, o projeto Arco Leste caminha para suas duas últimas etapas. O Trecho 1, penúltimo de cinco lotes, entrou em execução há alguns dias e permitirá concretizar o prolongamento da Avenida dos Pioneiros, a partir da rotatória da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na região leste, até a BR-369, próximo a saída para Ibiporã. As ordens de serviço para liberação dos trechos 1 e 3 foram assinadas pelo prefeito Marcelo Belinati no fim de dezembro, quando Londrina comemorou seus 85 anos.
O secretário de Obras de Londrina, João Verçosa, destacou que os dois trechos irão fechar o projeto, criando um novo corredor de tráfego e mais opções de trânsito em diferentes áreas da cidade, possibilitando a integração desde a PR-445 até a BR-369.
O Trecho 1 da obra inclui pavimentação de pista e construção de dois viadutos na avenida para a transposição da linha férrea. Assim, a via será prolongada por cerca de 600m até uma faixa que já está asfaltada, complementando integralmente o acesso à BR-369. O Município investe quase R$ 3,7 milhões para a realização dos trabalhos, que estão sendo desenvolvidos pela vencedora da licitação, a empresa SINATRAF Engenharia e Comércio LTDA. O prazo é de 330 dias.
A primeira parte das atividades inclui a limpeza de terreno como preparação para os serviços de terraplanagem e drenagem. Posteriormente, serão feitas a pavimentação, construção dos viadutos e complementações das pistas executadas. Ainda serão realizados trabalhos de sinalização viária e iluminação, entre outros.

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A CredService trouxe até Jataizinho uma gama de serviços financeiros para aposentados, pensionistas do INSS e funcionários públicos do Estado e da União. As soluções financeiras vão desde novos consignados em folha de pagamento, refinanciamento de empréstimo, além de portabilidade do empréstimo de outros bancos e instituições financeiras.
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Em tempos de alta dos juros, é preciso ficar cada vez mais atento ao custo dos empréstimos e financiamentos. E mais do que isso: buscar alternativas de dinheiro mais barato para saldar dívidas ou adquirir um bem. Desta forma, a CredService se coloca a disposição para sanar dúvidas. “Traga sua dívida de outros bancos e saia com mais dinheiro no bolso”.
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Exemplo de excelência na coleta e tratamento de resíduos sólidos, Kurica está integrada junto à população de Ibiporã


A limpeza pública é uma atividade fundamental para manter o equilíbrio entre o ser humano e o meio ambiente. Entre as ações realizadas pela limpeza pública estão a coleta de lixo e a varrição de ruas, serviço que em Ibiporã é de responsabilidade da Kurica Ambiental.
Atuando nestes dois segmentos no município, a Kurica também faz o tratamento dos resíduos coletados de maneira diferenciada de outras cidades brasileiras, por conta da coleta e tratamento de resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis. Estes materiais não são levados ao mesmo local, pois o rejeito fica na cidade. Do lixo orgânico é feita a compostagem para virar adubo e os recicláveis retornam para o mercado. Estes dois processos são feitos na sede da empresa. Isso é fundamental na preservação do meio ambiente e por consequência melhora a economia e otimiza as receitas públicas devido dar longevidade ao aterro sanitário.  
Quanto à varrição de rua, devemos dar muita importância a esse trabalho. Não apenas a estética, mas por evitar possíveis transtornos a população devido à obstrução de bueiros e galerias de águas pluviais, causarem enchentes e alagamentos. Ainda, do ponto de vista ambiental, observa-se que a varrição de ruas evita que o lixo acumulado vá para os rios, causando erosão, transbordamento e poluição difusa em nascentes e mananciais de abastecimento. A desobstrução dos bueiros e das galerias pluviais tem um grande custo ao município e quando a varrição de rua é bem feita, possibilita a economia das verbas direcionadas a esse trabalho.  
Além de Ibiporã, a Kurica atua em mais 33 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, sendo forte a sua presença na Região Metropolitana de Londrina. E, para que esse serviço seja feito com mais qualidade, ela pede ajuda a população em ações simples, mas que envolvem a cidadania, como por exemplo, destinar corretamente o lixo orgânico, rejeitos e reciclados ou, não jogar lixo na rua. São ações simples, mas que ajudam a melhorar saúde pública e coletiva, onde Ibiporã se destaque nestes aspectos.
Tamanha a importância do trabalho da Kurica na cidade, que foi desenvolvido um trabalho educativo quando, há cerca de sete anos, ela começou a atuar aqui. Esse trabalho envolve um cronograma de educação ambiental para a população, principalmente nas escolas, através de atividades formativas.
Hoje a Kurica é integrada com a população de Ibiporã e faz um trabalho de excelência e referência com o que há de melhor no mundo, executando um serviço de altíssima qualidade nos aspectos operacionais e econômico.

Fish Tatto é premiado na Tattooweek, em São Paulo


Em novembro, o tatuador Jonatha Fish Tatto esteve em São Paulo, participando da Tattooweek São Paulo, uma das maiores convenções do gênero. Ele representou Ibiporã e o norte do Paraná e, obteve o 3º lugar na categoria Black Work, num trabalho que durou mais de 15 horas. “Obrigado a todos que foram ao meu stand, quem acompanha e curte meus trabalhos, além da minha amada esposa Taty Horsai, que sempre me apóia”, cita.
Em Ibiporã há 16 anos, Fish Tatto está feliz com os resultados obtidos, experiência, aprendizado e o processo de evolução contínua. Com um trabalho de tatuagens e piercings, ele agradece ao município, clientes, amigos e colaboradores que de alguma forma fortalecem seu trabalho.
Quanto a Tattooweek São Paulo, uma das maiores convenções do mundo, haviam em torno de 600 estandes e mais de 3500 tatuadores. Ficar em 3º lugar na categoria Black Work é um reconhecimento do seu trabalho. “Sou patrocinado pela Nativus Care, uma marca curitibana de cosméticos e cuidados específicos para tatuagem e micro pigmentação. Quando vamos a eventos do gênero, levamos o nome da marca, do estúdio e de Ibiporã”, cita Fish Tatto, que ficou cinco dias em São Paulo. “A tatuagem premiada levou 15 horas para ser feita. Um tempo cansativo e desgastante, onde corremos contra o relógio”, relata.
Profissional em vários estilos de tatuagem, Fish Tatto cita que o Black Work é um trabalho que ele realiza há muito tempo e possui bastante experiência. “Faço Black Work diariamente há 4 anos. Esse tempo me fez alcançar um bom nível e me rendeu vários prêmios”, pontua.

Rafael da Farmácia: o vereador que luta pela saúde pública


O vereador Rafael da Farmácia está em seu primeiro mandato, porém a sua representatividade como liderança comunitária não é de hoje. Um dos percussores das farmácias populares e comunitárias, por muitos anos ele atuou no Jardim San Rafael e hoje, há três anos na Câmara dos Vereadores, seu foco é a saúde pública. Entre a rotina diária do vereador consta a visita aos postos de saúde, UPA e Hospital Cristo Rei para ver se falta recursos como medicamentos e infra estrutura, por exemplo. “O corpo a corpo é necessário para descobrir falhas do sistema público e levar as autoridades como o prefeito ou Secretaria de Saúde. No Cristo Rei visito quartos, converso com pacientes sobre o atendimento e ouço as necessidades. Um problema de difícil solução é a demanda de doentes oriundos de outros municípios que incham o hospital e causam transtornos a Ibiporã. Como o sistema de saúde é público, jamais podemos negligenciar uma situação de doença. Assim, cobramos dos municípios vizinhos alguma ajuda financeira. Às vezes é comum pacientes de outras cidades pedirem transporte a Ibiporã, o que não pode, como uma paciente de Assai, que pediu a prefeitura de Ibiporã para ir do Cristo Rei a sua cidade. Entrei em contato com a gestão de Assai e enviaram o transporte para buscar a paciente. Com um pensamento humanitário, eu e alguns vereadores fomos a Curitiba relatar a situação a Secretaria Estadual de Saúde. A conversa foi produtiva e entre os ganhos está a verba de 180 mil reais destinadas à compra de medicamentos”, cita.  
Por conta da qualidade da saúde em Ibiporã, Rafael da Farmácia diz que o município conquistou o 1º lugar no Prêmio Nacional de Saúde Bucal 2019, desenvolvido pelo Conselho Federal de Odontologia e que premia municípios que se destacam na implantação de Políticas Públicas de Saúde Bucal. Além do certificado e do troféu, o principal prêmio é uma cadeira odontológica completa, com mochos e equipo para acionamento e controle de seringas tríplice, micro motores e turbinas; suctor para coleta de dejetos através de cuspideira/sugadores e refletor odontológico. O equipamento, a ser instalado na UPA, será mais um reforço para o atendimento à população ibiporãense.  
Outras bandeiras são levantadas pelo vereador Rafael da Farmácia, como a renda e receita do município. “A receita dos municípios caíram bastante e para melhorar, buscamos economia. Inclusive, a Câmara dos Vereadores devolverá mais de dois milhões e meio de reais aos cofres públicos por conta de cortes e economia nos gastos, como a diminuição de viagens, economia de luz, produtos de limpeza e uso racional da água. No fim do ano vemos o resultado quando se trabalha consciente, sem vaidades e com o pé no chão. Mas só isso não é necessário. Devemos atrair empresas e gerar empregos. Por conta disso, fomos atrás de empresários e em breve será instalada uma transportadora que vai gerar mais de 350 empregos diretos”, afirma.  
Quanto aos projetos, Rafael da Farmácia afirma que um de destaque é a “Creche do Idoso”, onde já levou a proposta a Brasília e existem modelos a serem copiados. “Ao invés de ir para asilos, o idoso vai a um determinado local onde tem atividades como academia, televisão, sala de descanso, além de estrutura médica, psicológica e de enfermagem”, relata.
Rafael da Farmácia finaliza a entrevista citando que a saúde não é apenas o atendimento no posto de saúde ou na UPA, mas se amplia a questões como a limpeza urbana, coleta de lixo e reciclagem. Sempre que pode ele fiscaliza a coleta de entulhos, do lixo doméstico e varrição de rua. “A prefeitura realiza mutirões de limpeza e quando posso indico locais que acumulam lixo e podem propiciar a proliferação de animais, insetos e doenças como a dengue. A limpeza urbana também é uma questão de saúde pública e isso, deve começar em nossas casas e quintais”, pontua.


Funcionando há mais de 20 anos, Bella Cidade já formou milhares de condutores


Neusa Mara Pereira é proprietária da Auto Escola Bella Cidade há mais de vinte anos. Neste período ela formou milhares condutores de moto, carro, ônibus e caminhão. “Hoje em dia não é difícil tirar a habilitação, sendo preciso passar nos testes de aptidão psicológica, avaliação física e mental para depois iniciar as aulas teóricas e práticas”, cita.                                                                                 
Quanto aos valores a diferença de preço para moto e carro não é grande, como R$ 1.700,00 para moto; R$ 2.200,00 para carro e; R$ 2.600,00 para carro e moto. Ela ressalta que existe no mercado de trabalho a necessidade da habilitação como, por exemplo, os aplicativos Uber e Ifood, além de motoristas de carreta e ônibus. O exemplo se vê no concurso público aberto pela Prefeitura de Ibiporã, onde alguns cargos exigem a habilitação. “Não se deve esperar abrir o concurso sair, mas se antecipar. Imagina a perda de tempo e dinheiro que é caso alguém passe no concurso, mas não tenha a habilitação e resolva dar entrada no processo após passar na prova escrita? Há o risco de não poder assumir a vaga”, alerta. Para facilitar aos candidatos a habilitação, a Auto Escola Bella Cidade parcela o valor em até 10 vezes no cartão de crédito ou faz uma espécie de “prestação”, onde o aluno paga o valor em até cinco vezes.
Habilitada há mais de 34 anos, ela recorda que no passado era mais fácil obter a carteira de motorista. “Queria fazer uma surpresa ao meu esposo e em 1988 fui a Londrina obter a habilitação. Fiz exame de vista na manhã e avaliação psicológica à tarde. Legislação foi no outro dia e a prova prática à tarde. Todo o processo durou dois dias. Hoje é diferente. Primeiro o aluno traz os documentos e da entrada no processo. Faz uma foto no DETRAN, exame de vista e psicológico. Aprovado, o candidato faz aulas teóricas de doze dias ou 45 horas/aula. Aprovado na prova teórica são cinco aulas no simulador e mais 20 aulas na rua. Todo o processo dura, caso não seja reprovado, em média dois meses e meio”, diz.
Além da primeira habilitação, Neusa Mara relata que a auto-escola oferece a categoria D, onde o processo dura menos de um mês. Para as aulas é disponibilizado um ônibus Marcopolo 2017. “Devido o crescimento das mulheres no mercado de trabalho das vans escolares, há uma grande procura deste público”, pontua. A Auto Escola Bella Cidade está na Rua Tamandaré, 42. O telefone de contato é o 43 32583648.

Indiaroba: A cidade do povo (Por Aldo Moraes)


O desafio em chegar às terras nordestinas é não se encantar com sua beleza natural e a boa recepção de seu povo. Tão natural, quanto os esvoaçantes coqueiros, o mar, a praia e a amizade das pessoas por quem chega de qualquer lugar do Brasil e do mundo. Numa pequena comitiva formada por empresários e agentes culturais de Londrina, viemos para empreendimentos econômicos e realizar intercâmbio com a cultura produzida em Indiaroba.
Chamou nossa atenção a culinária local a qual tivemos o prazer de desfrutar na noite da chegada: bolo de macaxeira, bolo de pupa, carne de sol, frigideira de ovo e suco de frutas da terra preparados na residência do prefeito Adinaldo Nascimento pela cozinheira Genildes. Enquanto isso, lá fora os festejos juninos são um caso especial de geração de renda e socialização: feirinha da agricultura familiar; concurso de quadrilhas; shows com artistas da cidade e comidas típicas da região.
Destacamos nessa encantadora noite (2º dia da viagem) a festa junina: o cantor Florêncio; a quadrilha da cidade; a secretária de cultura Solange Santos Lima, o baterista Nego Loiro e o ex-prefeito Raimundo Torres.
Após o feriado de Corpus Christi, o prefeito Adinaldo do Nascimento fez a entrega de equipamentos para uso diário e dias de chuvas aos recicladores de Indiaroba. Vários secretários municipais, o Presidente da Cooperativa Zezão, o vice prefeito Marcos Sertanejo e os trabalhadores participaram da entrega.  É uma importante iniciativa num município de cerca de 20 mil habitantes e que se preocupa com as questões ambientais e com o bom uso de suas belezas naturais.
O tempo e sua relação com o homem e a natureza é um dos personagens da cidade. É o tempo fluindo naturalmente e ao mesmo tempo mutando como em Heráclito, só que agora no Rio Real que começa na Bahia e passa por Indiaroba.
Ao acordar e abrir as janelas do quarto seja três ou oito horas da manhã, o que vislumbramos são a paradisíaca imagem que integra o rio, os barcos, os pescadores, o mangue seco ao lado, os caranguejos, os coqueiros, o vento e o tempo que flui como uma prosa que conta histórias devagarzinho. O tempo que conduz o barco e fala ao ouvido do homem o tempo de sair e de voltar. O tempo que marca o compasso das conversas no bar de frente ao rio. O tempo quase invisível no rio que flui e é tão espontâneo que não vemos. Como na filosofia de Heráclito, o rio parece parado, mas o barco que sai de manhã sabe que é outro rio quando volta na tardinha que escurece. Os coqueiros e seus frutos esvoaçam na madrugada que se anseia mais fria que o clima do Nordeste e também parecem obedecer aos caprichos do tempo.
Tivemos a oportunidade de ver ainda a inauguração do Espaço Cultural João Pequeno; o gigante espetáculo das quadrilhas juninas; os shows de forró; o samba de coco da Tia Mocinha; a Filarmônica do Divino e o festival de barcos, no bairro Pontal.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

No conturbado 2018, ano de Copa do Mundo e de eleições no Brasil, a violência contra a mulher tem sido intensamente discutida. E agora neste mês, temos o Outubro Rosa, onde questões de gênero ligadas à saúde são debatidas e lembradas. O poema abaixo escrevi sobre o impacto emocional e as reflexões de histórias de uma vida contadas por uma mulher especial.
Como na canção de Caetano (Tigresa), abaixei meus olhos para chorar e ouvir, permitindo “que a tigresa possa mais do que o leão!” Mulheres de verdade são anjos e também são seres reais com marcas de dor, olhares tristes, desejos, prazeres e medos. Assim, todos os dias ouvimos relatos e desabafos que exigem duplamente atitude e órgãos governamentais com mais estrutura para que as leis já existentes funcionem.
Neste poema, o poeta ouvinte faz uma volta ao passado para reencontrar com essa mulher a ponto de salva-la de um marido violento, de tristezas, de sonhos desfeitos e tatuagens na alma que nem sempre se curam. E numa noite enluarada, ambos resgatam os valores humanitários e do amor afetivo e seguem adiante. É preciso recuperar a dignidade e o valor humano de milhares de mulheres pelo Brasil afora para que todos possam seguir adiante...
Para esta moça que me contou sua história e todas as outras mulheres que lutam por um futuro mais leve e possível, meu tributo, carinho e respeito por meio deste poema.
LÁGRIMA DE MULHER
Eu não vi você chorar
Pode ser que naqueles dias, eu estivesse sorrindo mergulhado em alguma vitória.
Eu não vi você fugir para o quarto e se esconder da tristeza
Talvez na memória da vida, eu ainda nem sabia que ia te encontrar.
Eu não soube dos seus momentos de solidão
Tinha gente demais a meu lado e eu não sabia que precisava te buscar.
Fiquei triste quando você me contou dos seus sonhos desfeitos
Realmente eu nem imaginava que alguém podia fazer isso com uma mulher.
Eu não estava no dia em que a menina chorou e sentiu as incertezas da vida
Queria saber onde eu estava nesse dia pra fazer o tempo voltar. Pra olhar no seu rosto, te consolar e te amar de verdade como homem nenhum jamais te amou...
Naqueles dias em que você ficou sem esperanças e que tudo parecia desabar, eu queria muito estar com você.
Ia ficar quieto e você certamente sentiria que bastava minha presença para te acalmar e te mostrar um rumo.
Esquecendo de mim, encontrei essa lágrima triste e oculta a cair no seu rosto
Eu deixei a lágrima cair, jurei que seria a última.
Que você só vai chorar de alegria daqui em diante.
Tomei você em meus braços e a noite trouxe a lua e o vento.
A noite nos envolveu em mistérios, amor e poesia!
Por Aldo Moraes

Cemitério São Lucas espera receber cerca de 50 mil pessoas no Dia de Finados (Publicado em outubro de 2018 no Jornal Nossa Terra de Ibiporã)


O Cemitério São Lucas espera receber cerca de 50 mil visitantes no próximo dia 2 de novembro, Dia de Finados. A segurança será reforçada e funcionários orientarão os visitantes sobre a localização dos quase cinco mil jazigos e 20 mil sepultamento. O funcionamento será das 7 às 19 horas.
A reforma de túmulos será permitida até 28 de outubro. Para isso é necessário comparecer ao escritório do cemitério e pedir autorização. Não há taxa, mas o construtor, ao gerar entulhos, deve fazer o descarte, uma vez que equipes fiscalizam as obras. O município não cobra taxa de manutenção das famílias que possuem a concessão dos túmulos, apenas taxa de sepultamento. A administração do espaço também realiza empréstimo das gavetas por três anos. Após o período os restos mortais são remanejados para o ossuário. "A Prefeitura cuida da manutenção geral do cemitério, mas dos túmulos é inviável. Não cobramos taxa de manutenção, mas solicitamos que os familiares cuidem dos jazigos de seus entes queridos", ressalta o chefe da Divisão de Cemitérios, Paulo Ribeiro. Já a limpeza será permitida até dia 1º, das 7 às 14 horas. A orientação é que os visitantes utilizem apenas baldes. Não será permitida a entrada com mangueira. "Permitiremos a entrada de vasos com flores artificiais e naturais, sem o plástico que as envolve, devido acumular água e ajudar na proliferação do mosquito da dengue", orienta Paulo Ribeiro.
O São Lucas é referencia em termos de cemitério bem cuidado e limpo. Nestes mais de 70 anos de funcionamento, um período ele foi terceirizado. Em 2009 o espaço foi municipalizado, possibilitando maior qualidade nos serviços e por consequencia elogios da população. Por ser da Prefeitura, foi construído um complexo com área destinada a escritório, administração, refeitório e vestiário. Era um sonho dos funcionários realizado nesta gestão e a inauguração, segundo o prefeito João Coloniese, será em 1º de novembro.
Apesar de todo o trabalho, existe uma situação preocupante: no último vendaval mais de cem placas de granito e mármore, onde ficam placas de fotos de falecidos, quebraram-se com a força da tempestade. As famílias devem ir ao cemitério para consertar os estragos. Outra situação são as construções irregulares e despadronizadas que necessitam de readequações.
A data marcante, que leva centenas de pessoas para visitar túmulos, marca algo inusitado: o túmulo da pequena Leocira Vanessa Stercio, falecida em 1990. Segundo os funcionáios do São Lucas, é o túmulo mais visitado devido também estar sepultado o papagaio Menino. A criança, doente e internada no hospital, não estava com a família há algum tempo. Sentindo saudades, o papagaio faleceu. Após alguns dias, a pequena Leocira também faleceu. Tanto familiares, quanto adultos e principalmente crianças, vão ao túmulo rezar pela criança e pelo papagaio.

Edson Amorin lança no Youtube o clip da música “Tô nem ai pra você”.

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O cantor sertanejo Edson Amorin, lançou no Youtube o clip do sertanejo universitário “Tô nem ai pra você”. A música, de autoria própria e na gaveta desde 2011, foi gravada no Estúdio Lopes de Cambé.                                             
Edson Amorim começou a carreira ainda jovem, em Londrina. Aos seis anos demonstrava interesse pelo meio musical. “Meus tios Carlos José Cardoso e João Ferreira cantavam nas festa da família e eu era apaixonado pelas músicas e instrumentos. Mas a condição dos meus pais não eram as melhores, pois não tinham condições de comprar um violão. Muito curioso, fiz um violãozinho de madeira com cordas de linha para pesca. Nesse pequeno violão aprendi meus primeiros acordes. Vendo meu talento, com muito sacrifício, meus pais (Jacob Ferreira dos Santos e Maria de Lourdes do Amorim Santos) compraram um violão usado. Foi um dos momentos mais felizes da minha infância e pude aprender várias canções como autodidata. Mais uma vez meus pais se esforçaram e fui matriculado para fazer aulas de violão com um rapaz que morava perto da minha casa, o Maicon. Aos poucos era convidado pelos professores da escola para se apresentar nas festas juninas e formaturas, além de programas de TV regionais e festivais. Fiquei conhecido na escola e na vizinhança por Cantor. Aos 13 anos conheci o projeto “Batuque na caixa” onde me tornei aluno. Logo viram meu talento e fui convidado para fazer parte do corpo de instrutores. Dentro do projeto aprendi a tocar vários instrumentos e algumas técnicas vocais. Lá, também participei da banda do projeto, gravação de CD e demais projetos, como a Epesmel, Guarda Mirim e alguns colégios, atuando como professor, além de tocar na Bahia, em específico no Pelourinho, com o Olodum. O Batuque na caixa é coordenado até hoje pelo maestro Aldo Moraes, que se tornou um grande amigo e sempre apoiou minha trajetória”, relata Edson Amorim.                                                            
Com um sonho e alçando ir mais longe, em 2008 ele lançou-se no mercado, formando a dupla Edy & Jota. Em 2009 produz o 1º CD, “Festa na Cidade” e em 2011 o “Turnê 2011”, totalmente independente e com apoio de Wilmar Cirino, um compositor londrinense, além de estarem disponíveis no site Palco MP3. O álbum marca a profissionalização de Edson, que tem como referências Zezé de Camargo e Luciano, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, Tião Carreiro e Pardinho, Lourenço e Lourival, Jacó e Jacózinho, Gian e Giovani, Eduardo Costa, Jorge e Mateus, João Bosco e Vinicius, Cristiano Araújo e Leo Magalhães e etc.    
                                                                                                
Para divulgar o trabalho, Edson Amorim também se apresenta em locais diversificados, como festas particulares e barzinhos, levando um repertório variado entre o sertanejo de raiz a MPB e Pop Rock. No entanto ele vê que a internet dá amplitude ao trabalho musical independente, ajudando os artistas que não possuem empresário. Ele também convida a todos para caminhar junto a ele nessa jornada rumo ao sonho possível, acessando e se inscrevendo no canal do Youtube, que tem o seu nome. Mais informações sobre o cantor Edson Amorim podem ser visualizadas no Youtube, Facebook e Instagram ou no telefone 43 996358834.

Em Londrina, Nossa Terra conquista leitores na Padaria Kotovelos e na Banca do Tito


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Há mais de dez anos circulando em Ibiporã, o Nossa Terra também é visto em Jataizinho e Londrina, como na Banca do Tito e na Padaria Engenho Doce, onde o proprietário é José Luis Melo. Simpático e humorado, os clientes brincam com Melo, dizendo que ele é sósia do ator norte americano Jack Nicholson, o mesmo que interpretou o Coringa no filme “Batman”.
Estabelecido no ponto há 15 anos, a Engenho Doce está na Rua Riachuelo 42, sendo popularmente conhecida como Padaria do Kotovelos, em referência ao antigo Bar Kotovelos, que funcionou no local e está localizado a alguns metros adiante. A padaria está em frente ao Colégio José de Anchieta e ao posto de combustíveis da Avenida Higienópolis, que tem bastante movimento durante o dia e a noite. “A padaria era perto da Confepar e da UEL. Resolvi investir na área central e descobri o espaço. Apesar da proximidade com o Colégio Anchieta, os alunos não são os principais leitores de jornais, mas sim o público adulto”, diz José, que tem preço baixo, qualidade e variedade nos produtos, como a saudosa Sodinha, que vende mais que Tubaína e Coca Cola. “Abro às 5hs30, asso pães, salgados e frito o delicioso pastel de carne, um dos mais pedidos no balcão”, complementa.
A distribuição do Nossa Terra, gratuita, tem bastante procura e tornou-se tradicional. “Muitas pessoas de Ibiporã vem à padaria e ficam contentes de ver um jornal da sua cidade. E mesmo quem é de Londrina, leva-o para casa ou quando toma um café, folheia suas páginas”, relata.
Considerando-se tradicional, ele observa que o público da televisão está se ampliando e a população está deixando de ler o jornal impresso devido alguns periódicos serem vendidos. No entanto ainda existe, como ele, leitores tradicionais de impressos. “Todos os dias leio. É um hábito cultural desenvolvido na juventude”, pontua.
Outro ponto de distribuição em Londrina é a Banca do Tito, localizada há mais de 43 anos na Galeria do Centro Comercial e próxima aos Correios, Biblioteca e antigos cines Londrina e Vila Rica. “O periódico mais antigo que trabalho é a revista Veja. Mas há outras publicações como a Quatro Rodas e Seleções. Entre os gratuitos, um que tem bastante destaque é o Nossa Terra. O público das bancas é mais conservador e parte da juventude, infelizmente não compra jornais e revistas”, declara Tito. Devido a essa mudança no mercado, a Editora Abril, por exemplo, está encerrando algumas publicações. Ele teve que diversificar e vender produtos diferenciados como Vale Sorte, recarga de celular e apostila de concurso público. Até os mapas rodoviários já não são comercializados desde 2015.
Se parte da juventude perde o interesse, ele ressalta que o público feminino ainda o procura bastante, principalmente atrás de revistas como a Moda Moldes, Manequim, Marie Claire, Cláudia, Boa Forma, Caras, Ana Maria, Malu e outras que abordam novelas. “No auge das bancas, quando não havia internet, se compravam caça palavras e gibis, principalmente para as crianças de dez anos e em especial as edições comemorativas, como as que a Disney lançava no Natal. Era uma forma de presentear as crianças. Alguns pais ainda têm esse hábito. Isso é consequência da internet, vídeos e televisão, que toma mais espaço. O impresso, como jornais e revistas, tem um texto mais profundo que alguns conteúdos da internet. Tamanha profundidade possibilita ao leitor maior reflexão e absorção de conhecimento e informação”, pontua Tito. 


Música Popular e transformação social (Por Aldo Moraes)


A música popular brasileira, além dos seus méritos rítmicos, melódicos, harmônicos e literários, também construiu ao longo dos últimos 100 anos o acompanhamento e apoio às grandes transformações sociais e culturais pela qual passou nossa sociedade. Samba, canção, xote, baião, rock e música de raiz repercutiram fases importantes da história recente, como retratam sambas de Noel Rosa e Wilson Batista, abordando morros e favelas, a crescente industrialização e as leis municipais que taxavam de vagabundo quem não possuía emprego fixo.
Nos anos 40, Wilson Batista escreveu o bem humorado samba “O bonde São Januário”, censurado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), pois a letra dizia: “O bonde São Januário leva mais um sócio otário, só eu não vou trabalhar” e contrariava a proposta governamental de Getúlio Vargas. O DIP recomendou a mudança na letra e o samba ficou assim: “O bonde São Januário leva mais um operário, sou eu que vou trabalhar”. Além da questão social, do trabalho e da exploração da mão de obra, o samba abordava os novos meios de transporte na vida urbana.
Geraldo Pereira aborda a novidade das loterias em “Acertei no milhar”, enquanto Herivelto Martins evoca bairros cariocas e a vida noturna então crescente com seus amores, boates a boemia.
Um samba antológico de Jorge de Castro e Wilson Batista (Mãe solteira) fala do preconceito social no contexto da moça abandonada e com o filho nos braços. Maria da Penha é porta-bandeira de uma escola de samba e “ateou fogo às vestes pela vergonha de ser mãe solteira”. Em 1954, a música foi gravada por Roberto Silva. Os anos 50 também foram marcados pelo período de desenvolvimento da indústria e da tecnologia nacional, bem como da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer e cuja atmosfera foi captada por João Gilberto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim no movimento Bossa Nova. As letras eram mais coloquiais e o gênero brasileiro namorou com o jazz e a música erudita de Chopin, Debussy e Villa Lobos.
O tropicalismo, a Jovem Guarda e a aparição de músicos como Chico Buarque, Jorge Benjor, Elis Regina, Edu Lobo, Milton Nascimento e Paulinho da Viola se deram num conturbado momento político e de grande abertura sexual e dos costumes com os hippies e o amor livre. As canções, as entrevistas e as manifestações públicas dos artistas percorriam os anseios do povo brasileiro na luta por liberdade, justiça social e direitos civis. Pelo impacto de suas músicas, muitos foram presos, torturados e grandes nomes da MPB tiveram que se exilar em outros países. Essa pressão em torno dos compositores e cantores mostra a força que a cultura tem para simbolizar e denunciar momentos difíceis em uma sociedade. Mesmo com o uso de metáforas, a arte incomoda a tal ponto de seus autores temerem pela vida.
A abertura política veio com o reconhecimento dos direitos civis e individuais e também as eleições livres, mas sempre marcados por certa frustração coletiva, como foi o caso da censura ao filme francês “Je vou salue Marie” nos anos 80. Por isso, o chamado rock nacional cantou e gritou os entraves de uma sociedade ainda aprendendo a caminhar pela democracia. Atualmente, liberdade individual, internet e o retorno ao essencial da vida fazem parte das canções de novas gerações de compositores e cantores brasileiros.



Jack Berraquero: O artista do Jardim San Rafael que brilha na televisão

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Ao sair de Ibiporã para tentar a vida artística no Rio de Janeiro, José Berraquero, conhecido por Jack Berraquero, não imaginou que contracenaria com artistas da Rede Globo e do cinema internacional, como Selton Mello, Renato Aragão, Evandro Mesquita, Marco Nanini e outras celebridades. Filho caçula de Antonio Berraquero e Iraci Fernandes Dias Berraquero, entre os treze irmãos, foram as irmãs que colocaram nele o apelido de Jack. Isso foi há 36 anos em Abatiá, onde nasceu e após onze anos, veio morar em Ibiporã, no Jardim San Rafael, em específico na Rua Uraí, local onde a família reside até hoje. Do bairro que viveu a infância, na memória paira a época de estudante no colégio San Rafael e posteriormente no Olavo Bilac, onde foi orador na formatura da turma. “O nome Berraquero é espanhol, mas existe muita confusão. Muitas vezes sou chamado de Barraqueiro. Talvez essa confusão tenha ajudado a escolha na carreira artística, devido a minha família ser muito brincalhona com a situação do nome, além de sermos grandes contadores de histórias”, relata Jack, que mesmo sendo um artista internacional, preserva um pouco da timidez.
O interesse pela arte se intensificou após ele assistir o filme “Cidade de Deus” e ao conhecer, em Londrina, uma agência que levava pessoas da região para atuar como figurantes em novelas da Rede Globo. “Na época, há 16 anos, era 700 reais para ir ao Rio de Janeiro, ficar duas semanas lá e tentar um trabalho de figurante. No entanto, eu tinha apenas 300 reais e propus ir sentado no corredor do ônibus. A dona da agência me pediu para aguardar no caso de sobrar uma vaga, algo que aconteceu. Sem nenhum real no bolso e com uma mochila nas costas cheguei ao Rio de Janeiro na esperança de um trabalho, algo que não se realizou. Mesmo assim conheci a Cidade Maravilhosa e de alguma forma conseguia me alimentar. Sem perspectivas e quase vindo embora, no último dia me convidaram para um trabalho na novela Celebridades. Na cena, o ator Marcelo Faria era bombeiro e salvava um menino que caiu num buraco. Ao retornar para Ibiporã, muitos comentaram a participação. Voltei para o Rio de Janeiro e por dois meses fiz muitas figurações, porém não havia trabalhos maiores. Foi aí que entrei nas aulas de teatro no Retiro dos Artistas e conheci Cico Caseira (já falecido) e Stepan Nercessian. Com mais experiência, durante cinco anos fiz teatro de rua para sobreviver, além de alguns trabalhos nas favelas através da CUFA (Central Única das Favelas). Esse último foi intenso, devido a arte servir como válvula de escape contra as adversidades, como a violência por exemplo”, recorda.
E foi o teatro, que abriu as portas para Jack Berraquero na televisão. Ao se apresentar no Centro Cultural do Banco do Brasil, ele foi convidado para a novela Duas Caras, onde interpretou Jailson, um vendedor de DVDs piratas. Após isso surgiram diversos trabalhos, mas com uma ressalva: alguns personagens morriam no inicio ou meio da trama, seja atropelado, metralhado, queimado ou de outras maneiras cruéis ou humoradas. “Acho que já morri umas 15 vezes na televisão e cinema, algo que o pessoal de Ibiporã comentava aos risos com seus familiares, em especial com minha mãe. Mas outros personagens viveram até o fim, como em Força do Querer, onde quase morri nas mãos da Bibi Perigosa, interpretada pela Juliana Paes. Em Deus Salve o Rei sobrevivi a duas guerras, interpretando Valentim. Outro trabalho foi O Mecanismo, da Netflix. Os diretores Marcos Prado e José Padilha me convidaram para fazer o Faxina, um preso bastante sombrio. Outro trabalho marcante foi com Renato Aragão, o Didi, no filme A Princesa e Vagabundo, onde interpreto um mendigo que rouba o casado do Didi. Outro filme foi o Acampamento de férias do Didi - O mistério do Corsário, onde fiz o Pirata Rato. Na Grande Família trabalhei com Marcos Nanini, fazendo um bêbado. Na cena, o Augustinho Carrara inaugura um busto, não havia texto e fiz no improviso. Outro personagem marcante foi o Cafuringa, na novela Os Mutantes, da Record”, diz.
Em relação ao cinema, aos poucos ele desenvolve um portfólio variado, como em Tropa de Elite e Meu nome não é Jonny, onde conheceu Selton Mello. Após isso, fez o curta metragem “Meia noite morrerei três vezes”, morrendo enforcado, de overdose e com tiro na cabeça. Posteriormente atuou em “Macabro”, um filme inspirado numa história real de dois irmãos necrófilos e ocorrida na região de Nova Friburgo, onde há mistura de ação e policial. Jack Berraquero também foi convidado para o filme “Lima Barreto no 3º dia”, que conta a história do escritor nos três últimos dias que ficou no manicômio. Aqui, Berraquero faz um soldado que se alistou para lutar na guerra, mas que na verdade tinha interesse no uniforme. Atual estrela do comercial da Fox Sports, ele também participou de filmagens para comerciais da Skol, interpretando um mecânico e outra filmagem destinada ao Governo do Espírito Santo.

Quanto ao futuro próximo, em breve será lançada no Multishow a série “A Divisão”, interpretando o policial Emanuel, além do filme “Back to Maracanã”, em parceira com Israel. No teatro, começou a ensaiar uma peça com o ator Osvaldo Mil, que na série “O Mecanismo”, interpreta o investigador Luis Carlos Guilhome. “Ainda não ganhei nenhum prêmio, mas espero isso no decorrer dos anos. Por enquanto, todas as vezes que venho a Ibiporã, sempre me reconhecem na rua, me param para conversar e tirar fotos. Para mim já é uma grande recompensa”, pontua. 


Qual a importância de ler? Em que a literatura nos ajuda? Quais os benefícios da leitura? Estas e outras perguntas nos cercam diariamente quando o assunto é a leitura, seja sobre literatura clássica e formal, ou informal de revistas, divulgações de mercados, lojas e propagandas em geral.
Despertar o interesse pela leitura é fundamental para formar cidadãos capazes de analisar criticamente o mundo ao seu redor, influenciando positivamente a vida pessoal, social e econômica. Através da leitura descobrem-se possibilidades de interpretação do mundo e consequentemente amplia-se a capacidade de comunicação.
No atual contexto a leitura e a comunicação sofreram modificações diante da influência das tecnologias e mídias digitais. A leitura individual e impressa como conhecemos, vem dividindo espaço com a leitura digital e coletiva que nos conecta com o mundo. Valorizamos e reconhecemos a importância de ambas, no entanto, apresentamos aqui a necessidade da leitura impressa e formal que tem perdido seu foco com o fácil acesso as leituras digitais.
Por isso, observa-se a valorização do texto jornalístico, um gênero literário rico e repleto de cultura, onde o jornal possui importância no cotidiano da população. Através da narrativa é possível veicular informações, oferecer opiniões e discussões sobre temas importantes que refletem tanto a realidade local, quanto a mundial.
Buscando o resgate desta leitura formal, impressa e informativa, realiza-se semanalmente trabalhos de pesquisa e manipulação de jornais pelos alunos do 5° ano da Escola Municipal Irene Aparecida da Silva, no Jamile Dequech, em Londrina. Em agosto e setembro os textos jornalísticos apresentados foram um pouco diferentes. Diante da matéria divulgada no jornal Nossa Terra, sobre o trabalho realizado pela escola, as crianças tiveram a oportunidade de manipular e conhecer o jornal de Ibiporã, realizando a leitura destes textos e conhecendo um pouco sobre a cultura e realizações do município.
Diante das reflexões apresentadas, destaca-se a disponibilidade de locais de leitura em Ibiporã, que oferece ambientes enriquecedores aos leitores de plantão, contando com a Biblioteca Municipal Irmã Benta Cinelli Fidelini, na Rua 19 de Dezembro 1085; a Biblioteca Cidadã Zilda Arns Neumann, no Conjunto Francisco Domingos Moya, além da Biblioteca SESI, também na Rua 19 de Dezembro. Elas são três importantes centros de informação e leitura com fácil acesso a população.

Dayane Pelacine Marques Faiam é Psicopedagoga e atua na Rede Municipal de Ensino Fundamental em Londrina.




Apesar da chuva, 4º Encontro Anual de Carros Antigos e Customizados atraiu grande público a Praça Pio XII


A Praça Pio XII sediou entre 4 a 5 de agosto o 4º Encontro Anual de Carros Antigos e Customizados. Segundo Flávio Eduardo Barroso, Presidente do Motor Clube de Ibiporã, o encontro é de veículos com mais de 30 anos; de carros customizados e tunados com som, rodas, rebaixados e turbo; triciclos, motos, tratores e caminhões. A festa é um atrativo que ajuda o comércio, movimentando hotéis, mercados, postos de combustível e restaurantes. “O evento tornou-se tradicional e figura no calendário oficial do município e do Estado”, relata. Ele complementa que domingo (12), ocorre o 48º Encontro Mensal do Motor Clube. “Apesar da chuva, mais de 600 veículos estiveram presentes na festa, abrilhantada com a participação de food trucks, bandas e apresentação de dança Rockabilly”, cita.
Proprietário de uma picape Willys 1969, comprada nova pelo seu avô e que trabalhou no campo e na cidade, ele afirma que a cultura do carro antigo cresce e o evento possibilita convívio e confraternização de colecionadores para divulgar e reviver histórias passadas. “Há mais de cem anos os veículos ajudam a transformar e evoluir a sociedade através do transporte de cargas e pessoas. Ter um carro antigo não é tão caro como se imagina”, ressalta.                   
O Motor Clube de Ibiporã já ganhou espaço e representatividade ao estar presente em eventos como o lançamento do livro “Contos e Causos”, além de irem a encontros em Jataizinho, Londrina, Cambé, Rolândia e demais localidades. “Outra tendência destes eventos é a exposição de antiguidades como máquina de escrever, panelas, máquina registradora, bicicletas e itens antigos. Isto preserva a história e a memória”, finaliza.    

Entre os expositores, havia o Grupo Vesparaná, que reúne colecionadores de Vespa e Lambreta. Fernando Feijó e Alessandro Peralta, que se agrupam aos fins de semana, citam que a Vespa é uma scooter de 200 cilindradas e fabricadas no Brasil entre 1986 a 1991. Os primeiros modelos eram importados da Itália. Outro colecionador do Vesparaná é Leonardo Mel, que além da scooter exposta, restaura um modelo ano 1964. “Já fomos a encontros no Rio Grande do Sul e a Curitiba. Em breve, o próximo objetivo é irmos ao Chile. São mais de 3000 quilômetros”, cita. Outro integrante do grupo, Carlos Sargarila, tem uma Vespa vermelha 1985 e uma Lambreta 1958, na qual também faz muito sucesso nos encontros.
Quem levou o carro mais antigo ao Encontro foi Ézio Sousa Barbosa: um Ford 1928, o mesmo modelo usado por Al Capone e retratado no filme “Os Intocáveis”. Oriundo de Faxinal, Ézio Barbosa relata que no carro é dos Estados Unidos, mas o adquiriu há cerca de oito anos em São Paulo. “Fui em busca de um Opala, mas ao chegar no galpão, vi o Ford 1928 abandonado. Ele tem motor de 4 cilindros, 40 cavalos de potencia e a restauração durou em torno de dois anos, devido as peças virem dos Estados Unidos”, diz. Além do Ford 1928, Ézio Barbosa tem na sua coleção um Aero Willys Itamaraty que obteve no Rio de Janeiro. É um carro de luxo e presidencial, totalmente restaurado, com interna de couro e motor de 6 cilindros. 
Outro grupo que chamou a atenção foram os Opaleiros, como Denis dos Santos, proprietário de um Opala 1982 SS customizado. O grupo, que atua desde 2004, também agrega Caravans e Diplomatas, que se reúnem no 3º domingo do mês no Armazém da Moda, em Londrina, além de realizarem encontros no 1º domingo do mês na Autolub, localizada na Duque de Caxias com a BR 369, em Londrina. “São em torno de 140 membros com estilos que variam de carros conservados ou o Ratão, algo mais despojado”. O Opala comemora 50 anos de fabricação e mesmo sendo antigo, ainda é uma das estrelas de eventos de racha ou corrida, ambas feitas em autódromos. “Em breve haverá no Autódromo de Londrina, o Área 43, destinado a corrida de ruas. Meu carro terá preparação e carburação que permite alcançar mais de 320 cavalos de potencia”, pontua.

Escola Municipal Irene Aparecida da Silva, de Londrina, apresenta trabalho sobre o folclore paranaense no Londrina Mais

Despertar o interesse pela leitura em crianças e adolescentes é fundamental para formar cidadãos capazes de analisar criticamente o mundo ao seu redor. A literatura infantil desempenha importância fundamental no desenvolvimento cognitivo das crianças. Através dela desenvolve-se a criatividade, imaginação, sentimentos, valores e emoções. O trabalho com a literatura em sala de aula é uma possibilidade de construção de espaços significativos, aproximando as crianças a diferentes linguagens: oral, escrita, plástica, musical e corporal. 
E, durante o mês de julho, buscando mergulhar os alunos neste mundo criativo, realizou-se um importante projeto sobre lendas paranaenses na Escola Irene Aparecida da Silva, no Jamile Dequech, em Londrina. Sob a orientação da professora e psicopedagoga Dayane Pelacine Marques Faiam, os alunos tiveram a oportunidade de pesquisar e conhecer algumas histórias e lendas que compõem a cultura do Paraná. 
Trabalhando o gênero lendas, os estudantes realizaram pesquisas em livros, jornais antigos e internet, selecionando para trabalho as seguintes lendas: Gralha Azul, Araucária, Dois Cavaleiros, Véu da Noiva, Cataratas do Iguaçú, Villa Velha, Capão da Onça e João Maria. Realizou-se rodas de conversas, discussões, confecção de dobraduras e reproduções destas lendas, que ao fim foram enviadas ao Concurso Cultural SESC, voltado ao tema. Mergulhados neste contexto, os alunos do 3° ano produziram um móbile de gralhas azuis, representando a grandiosa influência da ação desta ave para a disseminação da árvore símbolo do Paraná: a araucária. 
O projeto de literatura “Palavras Andantes”, que acontece há 16 anos nas bibliotecas das escolas de Londrina, proporciona este encontro da criança com diversos gêneros literários, bem como sua exploração através dos mais variados tipos de arte. Diante disso, os alunos do 4° ano realizaram a audição e reprodução da música Gralha Azul, através da construção de um mosaico de papel com a figura do pássaro, conhecendo a origem e princípios deste tipo de arte. Por último, os alunos do 5° ano encerraram o projeto com uma roda literária, discutindo sobre as lendas trabalhadas, assim como a pesquisa e estudo dos topônimos de cidades paranaenses que possuem origem indígena, dentre elas Ibiporã, do tupi guarani Ibi (bonita) e porã (terra). Além disso, construiu-se a maquete do Paraná com a localização destas cidades e um glossário dos topônimos mencionados. 
O resultado deste trabalho foi exposto entre 09 e 11 de agosto no Londrina Mais, evento realizado no Parque de Exposição Ney Braga e que teve a participação das escolas de todo o município.