quinta-feira, 28 de julho de 2016

Aos 69 anos Antônio Birelo mantém a tradição da música caipira.


A história da Família Birelo em Ibiporã começa em 10 de outubro de 1953, quando vieram de Batista Botelho (SP) para morar numa chácara na atual Rua 19 de Dezembro, onde hoje é o Bar do Ciro. Antônio Birelo (69) tinha seis anos e na chácara de um alqueire, entre 1953 a 1958 foi cultivado o café. “Em 3 de maio de 1958 trocamos a chácara por um sitio de cinco alqueires onde hoje é a SAMAE, entre os rios Tucano e Jacutinga. Ficamos até agosto de 1970 e no período foram cultivados quatro mil pés de café, vendidos para a máquina de cereais. Com a erradicação do “Ouro Verde” fomos para outras culturas, como arroz, milho, feijão e algodão. Criávamos porcos e galinhas para consumo e venda”, recorda. Birelo cita que o pai Armínio Birelo (nome de Rua na Vila Romana) era apegado ao café, mas a geada lhe obrigou a mudar de ramo. “O Governo pagava para erradicar a cultura. Ele foi queimado devido às geadas e fez o agricultor perder a emoção que havia quanto ao cultivo”, lamenta.                                                                                                                  
Com a venda do sitio e a ida para a área urbana, aos 23 anos Antônio Birelo tinha pouco estudo e por isto foi matriculado no Rotary, onde fez o ginásio até 1975. De 1976 a 1978 fez Técnico em Contabilidade na Escola Carlos Augusto Guimarães. Ele conciliou os estudos com atividades na algodoeira, fábrica de móveis, madeireira, no depósito da Família Calsavara, IBGE e em escritórios. Mesmo formado não atuava na área devido à simplicidade que trazia do campo. Mas, em 18 de outubro de 1986 fez um teste seletivo e começou a trabalhar na prefeitura como fiscal de obras e comércio, atuando por 25 anos. “Subordinado a Tributação, ajudava a montar, classificar e entregar o IPTU, além de fazer vistoria de habite-se nos imóveis. No inicio trabalhava a pé com trena e prancheta, depois de bicicleta e em meados de 1991 a prefeitura comprou três motos, deixando o serviço mais rápido”, recorda. Nos 25 anos dedicados a prefeitura, ele gostou muito do que fez. Mesmo aposentado tinha vontade de ajudar os companheiros de trabalho. “O serviço de fiscal tinha diversos questionamentos, mas cabia a nós orientar a população”. Paralelo a isto Birelo era famoso por jogar futebol em diversos times, como o Internacional, Portuguesa, Ases do Volante, Café, Baiano e Atlético do Paraná, todos de Ibiporã. “A paixão pelo futebol começou quando viemos morar na Estudantes, 310, em frente ao Estádio do Cruzeiro e onde fica o prédio da Prefeitura”, diz.                                                                              

Casado com Clarisse Soares Birelo (52) e pai de Hugo Soares Birelo (29), hoje se dedica a várias atividades, como o acordeom, que desde a infância faz parte da sua vida. Ele já tocou em bailes, no asilo, no Grêmio dos Funcionários da Prefeitura, na feira de Domingo e em fanfarras. “As pessoas do asilo me conhecem por sanfoneiro e a música para eles é uma terapia. Comecei a tocar com dez anos, quando meu pai tinha uma Stradella. Ele era tão invocado, que tocava a noite inteira. No outro dia quando ia para a roça, assoviava músicas como A jardineira”, recorda Birelo, que em 1963 estudou música com o professor Almir Bonfim. “No inicio senti dificuldades devido os calos desenvolvidos pelo trabalho na enxada”, diz. Com o gosto musical apurado, ele é uma das atrações na feira de domingo, onde a família tem uma banca. “A sanfona é tradicional na feira e quando não toco as pessoas sentem saudades. Quanto as músicas, toco as antigas de Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Lio e Léo, Moreno e Moreninho. Elas têm muito com minha historia de vida, pois eram duplas tradicionais que cantavam a vida do homem da roça. Ainda guardo CD’s, fitas k7 e vinis, como um de 78 rotações feito em carvão e um de 1940 com a música ‘Moreninha Linda’, de Tonico e Tinoco. Eles representam o caipira e me identifico muito devido entre 1958 a 1970, quando morávamos na roça, ouvirmos o programa ‘Na beira da tuia’, transmitido pela Rádio Nacional de São Paulo e apresentado pela dupla. Ao chegarmos em casa no escurecer, ligávamos o radio para escutar o programa e já assisti um show deles no Munhecão”, pontua Antônio Birelo, que hoje desenvolve cruzadinhas e caça palavras para o jornal Gazeta de Ibiporã. 

Em Ibiporã, projeto social leva cidadania ao Lourenço Bacarin, Jamil Sacca, Miguel Petri e Mustafá Issa


Com grande experiência em projetos sociais, Alex Queiroz (40) desenvolve atividades nos bairros Lourenço Bacarin, Jamil Sacca, Miguel Petri e Mustafá Issa. Isto é possível graças as parcerias com o músico e pedagogo Marcos Miranda e Nildo Silva, professor de artes marciais. Vindo de Niterói há três anos, ele é professor de Jiu Jitsu, capoeira e Ginastica Fight para a Melhor Idade. “Os projetos são voltados à prevenção da situação de risco e buscam propiciar melhorias nas comunidades. Antes do jovem entrar em situações de risco que envolva a criminalidade, fazemos a prevenção através da cultura, esporte e educação com uma estrutura física e psicológica de professores e voluntários”, diz Alex, que pretende expandir as atividades para a Vila Kennedy, Taquara do Reino e Jataizinho.                                                                
Entre os trabalhos consta o muay thai, capoeira, contação de estórias e ginástica fight. Em breve começarão as oficinas de confecção de instrumentos musicais a partir material reciclado, matemática, xadrez, artesanato e cultura afro. “As atividades são realizadas no contra turno escolar e mesmo não estando matriculado o aluno é aceito, pois todos merecem uma oportunidade”, cita Alex. Ele ressalta que a presença dos pais na vida das crianças e dos adolescentes faz muita diferença na formação psicológica.                                                 
Interessados em conhecer o trabalho do Alex Queiroz podem entrar em contato pelo 84278389 ou visitar seu perfil no Facebook. 

Você conhece os Museus de Rolândia?


Rolândia possui três museus e um Centro Histórico que está sendo construído na antiga estação ferroviária da cidade. Eles são o Museu Municipal, o Museu da Imigração Japonesa e o Museu de Cera da Igreja Matriz. Também existem alguns de propriedade particular, como o da Fazenda Verseroda, onde abriga um pequeno acervo sobre a imigração de seus antepassados e relíquias trazidas da Alemanha nas décadas de 30 e 40.

Museu Municipal: Criado pela lei nº 1.939/89, reúne documentos, objetos, depoimentos de pioneiros e fotos que contam a historia do município, Possui ainda um acervo com obras de arte e apoia artistas da cidade e região promovendo exposições e divulgações dos mesmos. É mantido pela Administração Municipal e localiza-se na Avenida Presidente Bernardes, 656, ao lado da Igreja Matriz de São José. Nele o visitante pode ver obras em telas a óleo de artistas alemães que vieram refugiados da Alemanha e de outros países da Europa e também do Japão. Há diversos objetos utilizados pelos pioneiros, bem como utensílios domésticos e agrícolas, fotografias, documentos de posses de terras e títulos que datam dos anos 30. O Museu Municipal abriga ainda aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos dos anos 40, 50, 60 e 70.

 Museu Agrícola: O Museu Agrícola ou Museu Japonês, fica no Centro Agrícola Japonês e se encontra na zona oeste da cidade, na estrada que vai para o município de Pitangueiras. Construído numa parceria entre o Centro Experimental e Aliança Cultural Brasil – Japão, foi inaugurado por ocasião dos festejos dos 70 anos de Imigração Japonesa no Paraná (Imin – 70) em junho de 1978. Nele é possível apreciar peças ligadas à agricultura, assim como pinturas, minerais, grãos, roupas, além de um típico jardim japonês. Foi construída também uma casa de palmito, reprodução do rancho habitado inicialmente pelos imigrantes, contendo todos os utensílios da época. Possui ainda uma estátua de bronze em tamanho natural que mostra uma família de imigrantes japoneses.

 Museu de Cera da Igreja Matriz: A Igreja Matriz de Rolândia abriga um Museu de Cera com várias personalidades brasileiras e estrangeiras (religiosas e históricas). No total são 20 estátuas em tamanho natural, todas esculpidas em cera de abelha. Ele abriga pessoas consideradas como “santas” pela Igreja Católica como os papas, outros religiosos e personalidades do mundo. O Museu de Cera fica no mezanino da igreja, na parte posterior, um pouco antes da entrada da torre recém-construída e a inauguração do espaço aconteceu em dezembro de 2014. s celebridades representadas em cera no museu são: Charles Chaplin, Madre, Teresa, Einstein, Senna, Santos Dumont Martin Luther King, Gandhi, Hebe, Lady Di, Mazzaropi, Chico Xavier, Marilyn Monroe, John Kennedy, Elvis, Mandela, Dom Hélder Câmara, Papa Francisco e João Paulo II.  


Com a colaboração de Homero José Dias Filho, graduando em História pela UEPG.

Gerando mais de 50 empregos, Toninho Vieira afirma que o desenvolvimento do turismo ecológico e rural ajudaria o comércio local em Jataizinho.


A Família Vieira chegou a Jataizinho em meados de 1950, quando o patriarca Antônio Vieira estabeleceu um comércio de cereais e deixou uma herança para os filhos Antônio, Rosa e Bernadete administrar. Hoje, a família de Antônio José Vieira Júnior atua nos ramos de agropecuária (milho, soja e gado), combustíveis, restaurantes e hotel, empregando cerca de 50 pessoas. Com a rotina extensa ele inicia as atividades às cinco da manhã e finaliza ás 23 horas, geralmente todos os dias. “O trabalho é fundamental e dignifica o homem, ainda mais em tempos de crise”, diz. Representante dos empresários locais, na atualidade ele observa que a corrupção deve ser coibida, uma vez que ela “corrói” o sistema.                                                                                                             
Além de empresário, Antônio Vieira Júnior tem um espírito aventureiro, que incluiu passeios de bicicleta, nadar no Tibagi, a participação no Clube do Carro Antigo e até a filmagem de um “western” na Fazenda Santo Onofre. Casado com Márcia Vieira e pai do Armando e do Antônio Neto (este último mora nos Estados Unidos), “Toninho Vieira” nasceu em Jataizinho e vê com importância a história da cidade, porta de entrada na colonização do Norte do Paraná. Mantendo a humildade e a simplicidade, ele freqüenta bares e restaurantes, onde conversa com todos e vê a cidade como uma grande família. “Tenho como amigo o Odemir Briola da Rádio Nova Geração e Folha de Jataizinho. E além de gerar empregos, quando posso ajudo creches, asilos e outras instituições, seja com valores, comida, roupas ou patrocinando eventos, como o Carro Antigo e a Festa Junina, esta que foi muito tradicional em meados dos anos 80”, declara.

Com a visão direcionada ao desenvolvimento local, ele observa o potencial turístico de Jataizinho nos passeios a barco, canoagem, rafting e bóia cross no Rio Tibagi; as ilhas de São Luiz Quitério e do Baiano; as olarias e como se faz tijolos; os hotéis e restaurantes e; passeios de carroça e cavalgada. “Deve se criar um roteiro onde o visitante fique sábado e domingo na cidade explorando o turismo rural e de natureza. Os órgãos públicos devem investir e criar estrutura para ajudar o comércio local”, pontua.                                



quarta-feira, 27 de julho de 2016

A música e o universo infantil. (Por Aldo Moraes)


Praticamente ignorado pelo rádio, o público infantil voltou-se para a televisão. Mas a memória de um tempo em que os meios de comunicação concebiam a criança como ser criativo e velhas canções infantis ainda ecoam como sonhos perdidos em busca de um lugar. Quem não se lembra de:

“O cravo brigou com a rosa, debaixo de uma sacada. O cravo saiu ferido e a rosa despedaçada” (folclórica)
“Era uma casa muito engraçada. Não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não, porque a casa não tinha chão” (Vinicius de Moraes/Toquinho)
“Vem meu ursinho querido, meu companheirinho, ursinho pimpão. Vamos sonhar aventuras, voar nas alturas da imaginação” (T. Landa/T. Cruz e imortalizada pela turma do Balão Mágico)

São músicas de várias épocas e estilos em que a canção de roda, a valsa e ritmos mais modernos faziam parte do cotidiano de nossas crianças. Pela TV ou rádio, podiam-se ouvir histórias e canções que extrapolavam o universo infantil e eram populares para todas as idades. Atualmente a produção das rádios e TVs praticamente esqueceram que existe um público entre o jovem e o adulto e que houve um tempo no qual profissionais se dedicavam às crianças em trabalhos que demandavam suor e criatividade.              
Os anos 70, por exemplo, levaram as crianças a bordo da nave mágica do “pó de pirlimpimpim” e junto com os moradores do Sítio do Pica Pau Amarelo, as rádios executavam canções de Guilherme Arantes, Paulo Leminski, Moraes Moreira, Ângela Rô Rô e Dori Caymmi baseadas na imortal obra de Monteiro Lobato. A inserção de personagens como o Minotauro, a Cuca, o Saci e Peter Pan apresentavam referências da história grega e do folclore brasileiro às nossas crianças.                                                                                   
Nos anos 80 a criatividade do diretor Augusto César Vanucci trouxe a idéia dos Especiais Infantis como “Plunct Plact Zum” e “Arca de Noé”. Um roqueiro como Raul Seixas deu voz ao “Carimbador Maluco” que abria o programa e autorizava a viagem pelo espaço.                                                                        
Em nossa região, Tia Lucy apresentava ao vivo o programa que deu espaço a crianças para comunicação e interação com o público, sempre aos domingos. Era também um tempo em que a figura do palhaço era muito popular e o inesquecível Picolino era conhecido e amado pelas crianças.                              
Tudo que era feito na TV e no cinema como o Sítio, os Trapalhões, o Balão Mágico e os especiais infantis se transformavam em canções e discos que os pais podiam desfrutar junto com seus filhos.                                                           
As canções além do lazer são sempre temas de conversas para a educação social, cultural e ambiental em qualquer idade. A canção infantil tem o poder de mobilizar pais e educadores para uma conversa prazerosa e lúdica acerca de aspectos importantes da vida diária e do futuro a ser construído pelos pequenos.                                                                                                                              
No Brasil temos uma produção significativa voltada ao público infantil, mas que desde os anos 90 tem diminuído. Villa Lobos, Jorge Antunes, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque contribuíram bastante para o repertório infantil. Um grande destaque nas últimas décadas é o trabalho de Sandra Perez e Paulo Tatit com o grupo “Palavra Cantada” e que sempre tem a colaboração de Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. É música infantil de alta qualidade para as crianças e papais de hoje em dia!




Nova geração teatral surge em Cambé através do apoio da FUNCAC.


Os últimos anos tem sido de grande efervescência e realizações para o teatro em Cambé em eventos que tem chegado a várias cidades da região. Esta mobilização em torno de jovens talentos tem sido possível graças a uma produtiva parceria da Funcac (Fundação Cultural de Cambé) com o ator, diretor, dramaturgo e poeta Valdir Rodrigues, além do notável empenho e interesse de Márcio Berguin Martin e José Anésio Montini em prestigiar a cultura da cidade através de oficinas gratuitas para crianças e jovens.                           

Valdir Rodrigues é poeta desde os anos 90, tem um livro publicado e outro para ser lançado ainda este ano; realiza recitais e performances de poesia em eventos e abertura de shows (como fez na Expo Londrina em 2005) e colabora com blogs no Brasil e Europa. Ele é criador do neo-romantismo literário e escreve peças modernas e de curta duração no estilo chamado de Nova Dramaturgia. Rodrigues morou alguns anos em Portugal e tem um intercâmbio permanente com artistas europeus (como o escritor José Bivar). Por aqueles mares, Valdir escreveu textos para grupos teatrais; atuou e se apresentou com o monólogo “Quando eu morrer, quem vai chorar por mim?” no III Festival Internacional do Algarve (2008). Em Londrina ele coordena o Núcleo Teatral do “Batuque na caixa”, projeto que também tem parceria com a Funcac nas oficinas de literatura realizadas na Praça CEU e com grandes resultados em 2015.                                                                                                                                            
Seu trabalho de formação de atores em Cambé vai além da arte de atuar, pois Valdir Rodrigues dá acesso ao seu conhecimento literário e a outras funções que permeiam o espaço cênico como iluminação, direção e sonoplastia. Por isso, talentos como Anna Bacinello, Maria Eduarda Trevisan e Dayane Bueno já colaboram nas montagens da turma.                                                           
Nestes últimos anos, montagens infanto-juvenis como “Ninguém tem mais medo de monstros”; “Malas a Estibordo” e “A mulher que pensava ser esperta” foram apresentadas ao público de Cambé e região em locais fechados e praças públicas, sempre com apoio da Funcac. Para o público adulto, Rodrigues encenou “Quando eu morrer, quem vai chorar por mim?” com a trilha sonora inédita de Aldo Moraes e direção de Anna Bacinello. Este ano, ele também dirigiu “A Paixão de Cristo” em Cambé.                                                                       
Este trabalho de formação, com amplo acesso a cultura e cidadania promovido pela Prefeitura de Cambé e Funcac é um exemplo a ser seguido, pois permite um futuro melhor para as novas gerações e a garantia de um dos maiores patrimônios que uma cidade pode ter: preservação de sua memória através da cultura e educação cidadã!


O último padeiro de carroça de Jataizinho.


Os mais novos não conhecem ou fazem idéia da profissão. Os mais velhos recordam e tem saudades do trabalho exercido pelo padeiro que entrega pães a domicilio. Trata-se se de Jonildo Fabri, que em 1º de maio completa 75 anos e está na atividade há mais de meio século. Trabalhador do campo e da linha férrea, ele sentia a necessidade de abrir o próprio negócio. Com a idéia na mente ele começou a revender pães e não apenas virou empreendedor, mas também comprou a casa própria. “Levantava às três e meia da manhã para pegar o pão quentinho e já ia a casa dos clientes para entregar o produto. Muitos bóias frias que atuavam na safra do algodão foram meus consumidores. Hoje sou o único padeiro ambulante da cidade e já cheguei a entregar mais de 4200 unidades. Com o surgimento de mercados e padarias a venda caiu para 700 pães. A crise econômica também prejudicou os negócios e outro fator que gerou prejuízos foi vender fiado, uma vez que levei muitos calotes”, lamenta.          
                                                                                 
Mesmo com as adversidades ele ainda circula por Jataizinho numa carroça tracionada pelo cavalo Ventania, além de ter atuado muitos anos com o irmão Belmiro Fabri, que atendia a área rural da Jacutinga e do Engenho de Ferro fazendo o “serviço de entregas” diariamente.                                                         

Quanto ao meio de transporte, a carroça, esta é um capítulo a parte. Ao todo ele já teve quatro, sendo que guarda duas em sua casa. “O Ventania tem dois anos e já tive uma égua que viveu mais de 50 anos. Os cavalos são bem tratados, rodam toda a cidade e são alimentados com milho e quirela. O padeiro ambulante foi uma profissão tradicional, mas que se findou. Caso eu me aposente não haverá um substituto”, pontua. 

domingo, 24 de julho de 2016

Com grande procura, Casa de Carnes Bom Bife tem marmitex a partir de R$ 8.


A Casa de Carnes Bom Bife é uma empresa familiar e tradicional há mais de 22 anos em Ibiporã. Os esforços do trabalho de Carlos Bruneli se iniciaram com o açougue. Após anos ampliou com um mini mercado, lanchonete e agora também funciona como restaurante há mais de um ano. A idéia do restaurante, segundo o comerciante, surgiu para agregar valor, uma vez que havia espaços ociosos e ele resolveu inovar devido o horário do almoço estar parado. Aberto de segunda a sábado, das 11 horas às 14hs30min, aos domingos ele tem marmitex a retirar no balcão ou para entrega. Popular em virtude da diversidade de carnes, a Casa de Carne Bom Bife tem almoço a partir de R$15,00. Mas um dos produtos mais pedidos são as marmitex de R$ 8,00, com opção de três a quatro tipos de misturas e sem taxa para entrega, uma vez que a equipe de motociclistas vai a qualquer ponto de Ibiporã em menos de 15 minutos. “O valor em conta se deve ao fato de agregar o açougue ao restaurante, propiciando um produto de qualidade e preço diferenciado. Graças a isto forneço condições facilitadas a grupos ou empresários que desejam comprar em maiores quantidades, como por exemplo, pagamento mensal ou quinzenal”, diz.                                                                  
A Casa de Carnes Bom Bife também se mostra ponto de encontro com o happy hour durante a semana. Ele se inicia às 17 horas e vai até a meia noite, de segunda a sexta. No sábado o estabelecimento funciona até as oito da noite e em especial, na segunda e na sexta feira tem música ao vivo num ambiente familiar. A lanchonete serve porções, espetinhos, carnes assadas variadas, além de comidas tradicionais. Em breve, ele fará promoção da torre de chopp.                    

A tradição da Casa de Carnes Bom Bife, para o ibiporãense é lembrada principalmente aos domingos, onde a variedade de carnes assadas é grande e com preços acessíveis devido à compra direta. É possível encontrar costela, maminha, frango assado recheado ou desossado, coxa desossada ou recheada, cupim, costela recheada, carnes suínas, lombo recheado e outras variedades alimentícias como maionese e farofa.                                          
Localizado na Avenida Paraná 1149 e com telefone de contato pelo 32585133, Carlos Bruneli diz que a carne assada está disponível a partir das 10 horas e que aceita vários cartões de crédito e débito. Com uma página no facebook em seu nome e outra na Casa de Carnes Bom Bife, ele tem muitos seguidores e interage com os clientes através de fotos e comentários. 

As relações da literatura com a música brasileira


A música brasileira (em sua vertente erudita ou popular) é tão rica que suas relações temáticas com a política, artes, comportamento e a literatura são evidentes e muito amplas. São citações, formas de linguagem, poemas inteiros musicados e hibridismo da música com a poesia e a prosa.                                                  
No campo da música clássica brasileira, Carlos Gomes transformou o romance “O Guarani” (José de Alencar) na ópera nacional mais conhecida e encenada no mundo; Villa Lobos aproveitou o modernismo para usar em bom português os textos de nossos autores nas suas famosas “Serestas” (para piano e voz) enquanto Francisco Mignone trabalhou com óperas escritas por autores europeus e brasileiros. Sua ópera “O contratador de diamantes” utiliza texto do italiano Gerolamo Bottoni.                                                                                            
Mais recentemente, Jorge Antunes encontrou no escritor Gerson Valle um grande parceiro para suas obras musicais como a muito comentada ópera “Olga”. E o mestre Koellreutter musicou o texto “Café”, do modernista Mário de Andrade com ênfase na mistura nacionalismo/vanguarda.                                                 
A música popular brasileira é uma verdadeira aula de poesia, revelada em citações e parcerias entre as duas áreas da cultura. Não faltam, no entanto, espaço para autores europeus e americanos, principalmente os beatniks.                   
O cuidado com as letras sempre esteve presente na história da MPB e do samba como são os casos de Noel Rosa, Dorival Caymmi, Dolores Duran, Ary Barroso, Humberto Teixeira e Lupicínio Rodrigues. Com a chegada da Bossa Nova, Vinicius de Moraes impõe novo padrão estético ao universo das letras vinculando-a também a formas tradicionais e a elementos modernos como o jazz, o cinema e descrições simples e coloquiais da vida cotidiana. Vinicius foi fonte e inspiração para tudo o que veio dos anos 50 em diante no Brasil. Sua própria poesia foi fundamental nesse processo, bem como o apreço de Tom Jobim por Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto.                                                                                                              
O tropicalismo de Caetano, Gil, Tom Zé e Torquato Neto abriu espaço para Fernando Pessoa, João Cabral, Cecília Meirelles e Haroldo de Campos nos anos 60. Gil, com seu texto que revela o metafísico do ser, o zen, o haicai e a alusão ao aleatório no remete aos poetas japoneses.                                                      
Os anos 70 foram marcados pela linguagem poética colocada como protesto contra a repressão da ditadura e os poetas-músicos se voltaram para a visão de uma luta ampliada. É o caso de Belchior, Ivan Lins e Gonzaguinha. Mas houve a adaptação do Bhavagad Gita (Raul e Paulo Coelho); Zé Ramalho com sua poesia folk-nordestina-metafísica e Fagner musicando clássicos de Cecília Meirelles e Fernando Pessoa.                                                                                        
O rock nacional dos anos 80 trouxe uma geração de livro embaixo do braço como Renato Russo, Paulo Ricardo, Cazuza e Arnaldo Antunes em abordagem subjetiva e lírica do amor e da política de Brasília. A ousadia de Antunes trouxe ao mundo da TV e do rádio os elementos concretistas, signos pós verbais e aleatórios. Ele é o caso de um artista que vai além de sua época na questão da estética, como foi Caymmi quando invocou o mar e musicou as imagens narradas em livro por Jorge Amado: é doce morrer no mar!


Mais de 60 mil eleitores usarão a biometria em Cambé.

O Fórum Eleitoral de Cambé divulgou o resultado do recadastramento biométrico: Se a eleição fosse hoje, haveria 60.252 eleitores aptos ao voto. Até a eleição de 2 de outubro este número sofrerá alterações porque o recadastramento ainda continua para quem não fez em tempo hábil, além das transferências e dos novos eleitores. Na última eleição o município tinha 74.244 votantes. Segundo Camila Garcia, Chefe do Cartório Eleitoral, a diferença se explica pelo grande número de eleitores suspensos que nunca comparecem para votar, mostrando que os números antigos não eram reais. “Ultrapassamos os 80% exigidos pelo TRE. Finalizamos com 59.786 cadastrados, totalizando 80,53% do total de eleitores”. Para se recadastrar e transferir o título, o eleitor deve procurar o Fórum Eleitoral na Rua da Esperança, 450. Mais informações no telefone 3254-5665, das 12 às 18 horas.


Em Cambé, Praça CEU disponibiliza oficinas gratuitas de skate.


A Praça CEU oferece aulas gratuitas de skate para crianças e adolescentes. As oficinas são ministradas por Tiago Araújo Coelho Matos (29), conhecido por Manabú. Além de praticar o skate há mais de 13 anos, ele é professor de Muay Thai e capoeira. “Tive influência do meu irmão Davidson Matos. Nesta trajetória participei de campeonatos em Rolândia, Arapongas, Apucarana, Maringá, Londrina, Cascavel e Curitiba, além de bons resultados como o título estadual da categoria iniciante e em 2013 o 6º lugar no amador”, relata.                                                                                                                 
O projeto funciona na quarta e no sábado, atende crianças de 4 a 13 anos e as aulas não tem custo devido o apoio da Prefeitura. “A inserção prematura no skate propicia aspectos positivos como o desenvolvimento do equilíbrio, agilidade, esforço e concentração. Os dois últimos itens se aplicam por conta da dificuldade para realizar as manobras”, diz.                                   
Com treze alunos divididos conforme a faixa etária, a Praça CEU oferece uma excelente estrutura no que se refere à pista, um skate park público que diariamente recebe muitos skatistas. Ela viabiliza diversas manobras devido os obstáculos e as rampas terem um bom planejamento. Quanto às inscrições, elas devem ser feitas na Praça CEU, localizada na Rua Genésio Geraldo dos Santos, 451, no Jardim Tarobá. Os alunos devem levar uma foto 3x4, certidão de nascimento ou a identidade, além da autorização dos responsáveis. Os pais interessados em saber mais a respeito das oficinas podem ao local para maiores informações. Manabú ressalta que os alunos sem condições de obter um skate, que vale em torno de cento e vinte reais, poderão usar, no local, as unidades disponibilizadas pela Prefeitura. 

A Ação Influência incentiva o skate e mostra que é possível ficar longe das drogas.


No último dia 3 de julho rolou no Carecão o Projeto Ação Influência, somando música, cultura e um campeonato de skate nas categorias mirim, iniciante e amador. A Ação Influência incentiva o skate e demonstra que é possível ficar longe das drogas e encontrar o verdadeiro sentido da vida através de experiências compartilhadas.                                                                 
O skate é um grande aliado nesse projeto por ser um esporte praticado entre jovens e que traz benefícios físicos, mentais, psicológicos e sociais, auxiliando o convívio sadio e proporcionado oportunidades de crescimento, valorização da vida e auto-estima por parte dos envolvidos. “Agradeço aos patrocinadores, organizadores e pessoas que participaram diretamente ou indiretamente da Ação In.fluência. Foi demais! Valeu”, diz Júlio Conceição, idealizador do projeto. Ele afirmou que transformará o evento em mensal e itinerante, descentralizando as atividades para alcançar outras localidades. 

Vereador Orlando Ferreira propõe a construção de centros comunitários no Jamil Sacca, Afonso Sarábia, Miguel Petri e Mustafá Issa


Em recente visita ao Prefeito José Maria, o vereador Orlando Ferreira questionou a possibilidade da construção de dois centros comunitários para atender os conjuntos Jamil Sacca, Afonso Sarábia, Miguel Petri e Mustafá Issa. A medida atenderia mais de 1500 famílias e possibilita atividades como oficinas, programas de saúde, de educação e esportivas. “O centro comunitário valoriza o bairro e ocupa desde a criança ao idoso através de cursos e palestras. A região é muito grande e afastada do centro. A medida daria mais oportunidades à população”, cita.                                                                      

A reunião, segundo o vereador, foi positiva e houve uma sinalização favorável a idéia, além disso, ele se empenhará para sua concretização devido à utilidade da obra ao coletivo. Outro fator citado é que os espaços ajudarão as comunidades a se organizar, incentivando a criação de associações de moradores. “Vamos amadurecer a idéia, mas no intuito de levar a transformação social às comunidades”, pontua Orlando Ferreira, que na infância e adolescência, há mais de 70 anos, participou ativamente de grupos teatrais e jogos de basquete em espaços comunitários da Igreja Católica. 

Campanha da Igreja Nossa Senhora da Paz, de Ibiporã, arrecada alimentos e se baseia na “Obra da Misericórdia”.


Segundo o padre da Igreja Matriz, Vagner Rodrigues Pereira, que está no município desde 9 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco tem chamado os fiéis da Igreja Católica a realizar as 14 Obras da Misericórdia. São sete corporais (Dar de comer a que tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Dar pousada aos peregrinos; Vestir os nus; Visitar os enfermos; Visitar os presos e; Enterrar os mortos) e sete espirituais (Ensinar os ignorantes; Dar bom conselho; Corrigir os que erram; Perdoar as injúrias; Consolar os tristes; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo e; Rezar a Deus por vivos e defuntos. “Baseado nas palavras do Padre Francisco, a Conferência dos Vicentinos está arrecadando roupas e alimentos para as famílias carentes. A conferência, que nasceu de São Vicente de Paulo, tem um olhar caridoso às pessoas que estão passando por necessidades”, diz o padre. Ele complementa que os colaboradores distribuem um folheto na missa, onde se especifica os alimentos que podem ser doados, como feijão, arroz, farinha, óleo e outros que compõe uma cesta básica. No domingo seguinte a pessoa traz o que pegou.              
O padre ressalta que além dos alimentos a igreja também arrecada roupas e itens de higiene pessoal. Geralmente as procuras ocorrem na secretaria paroquial, onde as famílias deixam nome e endereço e se observa a necessidade. As paróquias da Nossa Senhora das Graças, no Caluana; a Matriz Nossa Senhora da Paz e; a do Jardim São Rafael, ajudam as famílias, independente da religião, através das 18 conferências vicentinas. “É fundamental o papel da igreja, que ajuda os mais carentes através do trabalho social. Em 2014 a Igreja Católica ajudou mais de 60% da população carente no Brasil em diversos aspectos. Isto se baseia em estatísticas e estudos na CNBB, que abordou as obras de caridade. A humanidade e o ser humano esta acima de tudo. Em Ibiporã se observa o valor humano em todas as igrejas da cidade, independente se católicas ou evangélicas”, diz.                                               
Tendo a visão que a igreja interage na sociedade, o padre Vagner Rodrigues Pereira diz que a desestruturação familiar causa problemas ligados a violência em diversos aspectos. “Se não houver valores a pessoa está apta a ilegalidades ou ilicitudes. Por isto, a religião é uma das bases familiar”, diz o padre. Ele finaliza dizendo que mesmo se a pessoa não for à missa, ela pode fazer sua doação na secretaria paroquial.

Delegado Roberto Fernandes é transferido para Cambé.


O delegado Roberto Fernandes, após dois anos de atuação em Ibiporã foi transferido para Cambé por solicitação dos deputados Cobra e Tiago Amaral. Com mais de sete anos de experiência no cargo, em Ibiporã ele optou pela linha investigativa para combater o tráfico de drogas, roubos e furtos. Foram várias operações, onde por exemplo se prendeu mais de 20 traficantes de duas quadrilhas usando a tecnologia. “Instruímos os inquéritos com várias provas (fotografias, vídeos, cruzamento de dados telefônicos, cadastrais e bancários), por conseqüência o índice de condenação é elevado”, diz.                                   

Outros casos elucidados foram os de roubos a comércio e residências, como a tentativa de latrocínio em frente a um banco. Por meio de imagens das câmeras do comércio e por depoimentos de testemunhas prendeu-se os bandidos. “As câmeras do comércio e da prefeitura ajudam muito a policia. É a tecnologia contra a marginalidade”, diz. Outra forma da sociedade contribuir é participando dos conselhos de segurança ou do “Vizinho Solidário”. “Em dez meses conseguimos ativar o Conselho de Segurança, que tem a frente o pastor José Vilande e o padre Vagner Rodrigues Pereira. Foram agregados diversos segmentos e o conselho ficou democrático”.                                                             

Mesmo com a grande atuação, a polícia sofre com o número reduzido de funcionários, mesmo assim, são policiais e investigadores zelosos, abnegados, destemidos, competentes, vocacionados e comprometidos com a população. “Estamos para cumprir a lei e a comunidade pode se aproximar de nós e dos conselhos de segurança e tutelar, principalmente quem tem filhos adolescentes ou vizinhos que tenham problemas de violência ou infrações. Em caso de denuncia a mesma é encaminhada ao Ministério Público. No entanto é interessante colocar os adolescentes em cursos ou para trabalhar. O ócio é prejudicial e pelos estudos se constrói um futuro melhor”, relata. O delegado também diz que a parceria com a prefeitura se expande além das câmeras e se reafirmou pelo atendimento médico nas celas. Intercaladamente o município cede um médico, evitando o risco da escolta de presos a hospitais. Quando um policial não está na escolta ele investiga.                                                         

Roberto Fernandes se despede com sentimento de obrigação cumprida e ressalta que graças ao trabalho da policia, Ibiporã, em proporção e relação a cidades menores não é violenta e a população deve ficar tranqüila. “Muitos criminosos migram de Londrina para cá. O exemplo está no último homicídio registrado, onde vitima e autor eram da cidade vizinha. Não há fuga de presos em massa devido o cuidado redobrado na carceragem. No entanto a Secretaria de Segurança do Estado deveria acompanhar o crescimento demográfico e da criminalidade, investindo na contratação de pessoal e compra de veículos para não haver defasagem e o combate ao crime ser mais efetivo”, pontua. 

Salvador Estofados abre loja na Avenida Getúlio Vargas, em Jataizinho.


Há dois meses em Jataizinho, a Salvador Estofados produz e reforma sofás, pufs, almofadas e demais estofados. A loja é comandada por Marlene Santos e Nadson Gomes. Natural da Bahia, há 38 anos ele iniciou-se na profissão com os familiares. “Não havia tecnologia e usávamos grampeador, martelo e tachinhas na confecção dos itens”, recorda.                                 
Morador da cidade há pouco tempo, ele chegou aqui devido Marlene ser natural do município. Vindo de São Paulo, Nadson trabalhou em empresas como a Talento, Casarão, Ambiente Móveis e Casa do Estofador. Esta experiência lhe capacitou para fabricar e reformar móveis com agilidade, como um puf, feito em poucas horas. “A decoração do imóvel fica melhor quando se utiliza algo diferenciado. Meus artigos são confortáveis e uso chenille, courvin, suede, napa e outros com durabilidade entre três a dez anos. Tudo é feito sob medida”, diz.                                                                                                                          
A Salvador Estofados fica na Avenida Getúlio Vargas, 684. O contato são pelos telefones 91088899 ou 91765391. Os interessados em dicas de decoração de casa ou escritório podem o procurar. 

As relações da literatura com a música brasileira II

Retomamos o panorama da literatura com a música brasileira em relações tão ricas que surgem na forma de citações, elementos de linguagem, poemas inteiros musicados e hibridismo da música com a poesia e a prosa.                 

Ainda nos anos 80, situamos Paulo Ricardo como um letrista influenciado pela MPB e por nomes como Bob Dylan, Rimbaud, Drummond e John Lennon. A metáfora de suas letras permitiu que o protesto e a denuncia política viessem marcados pelo lirismo como em ‘A cruz e a espada’:
“Agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada pelos anos que a pintura escondia”.


Cazuza utiliza a ironia e as referências a seus ídolos como Luiz Melodia, Rimbaud, Allen Ginsberg, Lou Reed e Drummond como ponte para uma poesia cortante que ilustra bem as verdades fugazes e as desilusões políticas e ideológicas em nosso tempo. Na canção “Só se for a dois”, Cazuza debate o humanismo religioso e sua realidade nos quatro cantos do mundo.                            

Marina Lima tem uma relação forte com a poesia em estado puro. Ela musicou textos originais do irmão Antonio Cícero, numa parceria interessante, onde o filósofo carioca também produziu letras especialmente para a cantora.                  

O panorama da MPB tem um lugar especial aos letristas que colaboraram durante décadas com compositores: Bernardo Vilhena com Ritchie e Lobão; Fernando Brant com Milton Nascimento; Aldir Blanc com João Bosco; Vítor Martins com Ivan Lins e Alice Ruiz com Itamar Assumpção. Itamar é um nome fundamental da vanguarda paulista, mas viveu a infância e juventude em Cambé e desta saiu, aconteceu para o Brasil e para o mundo.            

O londrinense Arrigo Barnabé utiliza frases curtas e cheia de imagens (quase haicai). Nos anos 80 dedicou canções a Londrina, Tamarana e Ibiporã, aproximando a juventude universitária dos nossos costumes e cenários.                                  

Djavan é um caso especial de fusão da música calçada no samba e no jazz, cujas letras seguem o beat musical como Sina: “Pai e mãe, ouro de mina. Coração, desejo e sina. Tudo o mais: pura rotina: jazz!”. Suas canções românticas ao contrário produzem imagens únicas, como a cena que Deus cria galáxias e dinossauros para impressionar a amada do poeta em “Te devoro”.                     

Há diversas trilhas sonoras para TV, cinema e filmes baseados em livros em que o compositor opta por misto de canções e peças instrumentais. Nas canções, utilizam trechos de livros e traçam um perfil dos personagens como em Dona Flor (Chico Buarque); O tempo e o vento (Tom Jobim); Tieta (Caetano) e Sítio do Pica Pau Amarelo (Dori Caymmi).                                                       

Por fim, lembramos a emblemática “Lanterna dos Afogados”, de Herbert Vianna, compositor e letrista de grande qualidade. A letra fala sobre os pescadores que saem ao mar e nem sempre voltam. O risco é freqüente e as mulheres ficam aflitas, rezando e torcendo para ver o marido de novo. Para elas, a noite é longa e, sabendo da rotina, o medo sempre está presente. O nome Lanterna dos Afogados vem de um capítulo do livro “Jubiabá”, de Jorge Amado. O capítulo retrata o bar Cais do Porto, onde as mulheres esperavam os maridos com lanternas para ajudá-los a achar o caminho certo.

Chega a Ibiporã o site mais completo: Guia Cidade Fácil

A internet mudou o perfil de empresas e dos consumidores. Com esta visão, Rogério Nunes e Iago Alves, do Portal Te Vi Aqui, criaram o Guia Cidade Fácil de Ibiporã, um catálogo com mais de 1500 empresas e comércios do município. O projeto está em andamento há quatro anos e em março as empresas começaram a ser fotografadas para o guia. Aluno do 3º ano de Publicidade e Propaganda na UNOPAR, Iago, o idealizador do projeto, sempre atuou na área de comunicação e já participou de cursos e palestras no Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Curitiba.                                                            

Ibiporã possui cerca de 1800 estabelecimentos comerciais variados, que vão desde a uma costureira a multinacionais. “O Guia Cidade Fácil é inovador e vem de encontro à atualização das listas telefônicas impressas. Diferente delas, o guia é digital e agrega fotografia, facilitando a localização do estabelecimento pela fachada. O mundo online de buscas abre um leque a diversos comércios”, afirma Rogério Nunes. 
                                                                            
Gratuita a internautas e empresários, interessados em maior visibilidade podem investir com um valor acessível e que garante retorno imediato. A mídia paga consiste na página com dez fotos da empresa e detalhes como endereço, mapa, horário de atendimento, além da possibilidade de compartilhar as informações nas redes sociais como Facebook, Instagram, Whatsapp e outras mídias. Outro benefício são as promoções, onde o comerciante oferece até quatro brindes por mês a quem acessa o site. Tamanho o alcance, que em dois dias mais de cinco mil pessoas visualizaram o Guia Cidade Fácil. “O empresário deve se readequar para ser mais competitivo. A publicidade virtual aumenta a lucratividade e traz um novo tipo de consumidor. O investimento é baixo se observarmos o alcance, que vai desde a dona de casa ao grande empresário”, cita Iago.                                                                                          
Quanto ao Portal Te Vi Aqui, ele já é tradicional na região por cobrir eventos diversos, além de contar com uma excelente equipe de fotógrafos, como o Rogério Nunes, Iago Alves, Agnaldo Nogueira, Mell Kubo e Juliany Campos. “Ibiporã mudou nos últimos anos e o Te Vi Aqui registrou tudo isto. As imagens de hoje serão acessadas no futuro e servirão como fonte de memória. Fico contente em eternizar momentos únicos e acompanhar a evolução dos acontecimentos”, relata Rogério.

Em funcionamento, o Guia Cidade Fácil já dá resultados através das promoções, que tem almoço, travesseiros, caixas de cervejas e demais itens. Interessados em participar dos sorteios online devem curtir e compartilhar o perfil Guia Cidade Fácil no Facebook. Maiores informações podem ser obtidas no site http://guiacidadefacil.com.br, no e mail contato@guiacidadefacil.com.br ou no telefone 8443-0155.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

3º Encontro dos Amigos do Hermínio Barbosa reúne centenas de convidados.


Em sua 3ª edição, o Encontro dos Amigos do Hermínio Barbosa, realizado na Associação dos Operários Municipais de Cambé, levou no último 19 de junho festa, música sertaneja e um grande almoço a centenas de pessoas. Segundo Hermínio Barbosa, a comemoração surgiu quando ele apresentava um programa sertanejo na madrugada e os ouvintes participavam oferecendo músicas a pessoas que não se conheciam pessoalmente. “Uma corrente de amigos criou-se e nasceu à idéia do encontro com almoço, bebidas e música de raiz com violeiros. Graças a Deus idéia funcionou”, diz o radialista.    

O primeiro encontro foi em 7 de junho de 2014 e o segundo em 8 de junho de 2015. As datas variam, mas sempre em junho devido à comemoração do seu aniversário ser dia 10. “Além do encontro bacana entre amigos, agradecemos ao nosso Deus todo Poderoso a oportunidade de realizar o evento, sem fins lucrativos e, por mais um ano de vida com saúde. Os convidados se alegram, vivem momentos agradáveis e esquecem os problemas diários. Quero transformar o Encontro dos Amigos do Hermínio Barbosa em algo tradicional. Ao menos uma vez ao ano poder homenagear a todos em vida com risos, palmas e boas músicas. Este é o maior presente que posso receber”, pontua.