A Secretaria de Saúde do Paraná, através do secretário Gilberto Martin, lançou na Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) em Guarapuava, na quarta-feira (24), o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida, que tem como principal objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado. Cerca de 200 pessoas, entre prefeitos, secretários municipais de saúde e representantes de clubes de serviço, igrejas, e associações de moradores participaram do evento que reuniu os 36 municípios de abrangência da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava e da 22ª, de Ivaiporã.
O programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é parte da estratégia do Governo para reduzir o coeficiente de mortalidade infantil a menos de 10. Dados preliminares mostram que no Paraná, em 2008, este coeficiente era de 13 para cada mil nascidos vivos. “Desde 2003, o Governo investe em obras e equipamentos que possibilitam a melhora do atendimento a Saúde nos municípios e, com estas ações houve uma sensível melhora nos índices de mortalidade. Mas isto não é o suficiente, por isso planejamos um programa que introduz seis passos simples e claros. E o primeiro passo é envolver a sociedade no processo, criando um senso de responsabilidade coletivo”, afirmou Gilberto Martin.
“A gravidez é a manifestação máxima da vida e temos que trabalhar unidos para que óbitos evitáveis não ocorram nesta fase. Os números mostram que ainda podemos interferir na redução da mortalidade materna e infantil, pois a maioria dessas mortes pode ser evitada com medidas simples, como a realização do pré-natal, da busca ativa das gestantes no início da gravidez, e a vigilância do recém-nascido até completar um ano de vida. Por isso este convite à sociedade, para que também esteja engajada na preservação da vida das gestantes e de seus filhos”, ressaltou o secretário.
Na oportunidade Martin ressaltou a importância da criação dos Comitês Municipais para a Redução da materno-infantil. “A razão deste lançamento regional é mostrar a importância da participação da comunidade no processo de redução da mortalidade. Este comitê deverá analisar os dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde e juntos encontrar soluções que reduzam as mortes durante a gravidez e logo após o parto”, complementou.
A expectativa é que até o final do ano todos os municípios já tenham instalados os seus comitês. “Com a implantação do comitê, a comunidade poderá contribuir com o segundo passo do programa também, que é o da busca ativa das gestantes, por exemplo. A pastoral da Igreja, ou até mesmo o pastor ou o sacerdote podem contribuir na orientação das gestantes, incentivando-as a procurar o serviço de saúde para a realização do pré-natal”, reforçou.
Os outros passos do programa visam à garantia do pré-natal a todas as gestantes cadastradas no programa, e também a garantia de maternidade de referência para cada parto. “Durante o pré-natal poderemos prever se a gestação será de alto-risco ou não, e vamos sempre trabalhar com uma maternidade mais próxima para ser referência para várias unidades de saúde. Se a gestação for de risco, a maternidade referência também será acionada”, complementou.
O programa também prevê a implantação da vigilância para o acompanhamento do recém-nascido em situação de risco e o acompanhamento da criança no primeiro ano de vida, com vacinação e cuidados para um desenvolvimento saudável. “As clínicas da mulher e da criança terão papel fundamental nesta fase, pois servirão para as consultas de rotina da mãe e da criança, até a criança completar um ano de vida”, finalizou.
O Representante das instituições de ensino superior e vice-reitor da Unicentro, Nelson Aldo Bonna ressaltou que a universidade está muito feliz em acolher o lançamento regional deste programa, que é de extrema importância para o Estado e para a comunidade. “Somos parceiros da Secretaria de Estado da Saúde em outros projetos e daremos a nossa parcela de contribuição para que este programa seja um sucesso”, ressaltou.
Para o Pastor Rilsom, que representou as igrejas evangélicas, a iniciativa do Governo do Paraná é importante, visto que o programa luta para a preservação da vida. “Estamos todos felizes com esta iniciativa, pois mostra um Governo interessado e participante, engajado na luta pela vida das mulheres e das crianças”, afirmou.
Já o representante dos secretários municipais de Saúde da região, Valdemir Scarpari, disse que este programa vai contribuir com as ações que já vem sendo feitas pelas Secretarias Municipais de Saúde, e que as duas iniciativas somadas contribuirão ainda mais para a redução da mortalidade.
Centros de Saúde da Mulher e da Criança: Uma das ações do Governo, que complementa o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é a implantação de 348 centros de saúde da mulher e da criança no Estado. Destes, 59 já estão em funcionamento, 87 estão em construção e 202 em processo de licitação.
Na abrangência da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava já foram contemplados com o centro os municípios de Candói, Foz do Jordão, Goixim, Marquinho, Pinhão e Porto Barreiro. E na abrangência da 22ª Regional de Saúde de Ivaiporã três são os municípios já contemplados: Cândido de Abreu, Nova Tebas e São João do Ivaí.
Estes centros já estão em funcionamento e proporcionam o atendimento diferenciado as gestantes destes municípios. Além da construção e dos equipamentos fornecidos pelo Governo do Paraná, ainda é repassado pelo Estado um incentivo de R$8 mil por mês para a manutenção destes centros. O terreno para a construção, bem como a contratação dos funcionários é responsabilidade de cada município.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
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