A quadra, sede de finais emocionantes de futsal, acumula lixo e entulho.
Para quem acompanha o futsal amador da região norte, sabe que no Vivi Xavier existe uma quadra, que aos fins de semana e durante as noites ficavam lotadas de espectadores para acompanhar os torneios e campeonatos, das mais variadas categorias. No entanto, devido à falta de iluminação, já não é mais possível acompanhar as rodadas noturnas. Outro fato lamentável é que o lixo e entulho tomaram conta das imediações da quadra.
A denúncia, encaminhada pelos moradores ao Cincão Notícias, foi constatada e tal situação é vergonhosa, devido o local ser ponto de encontro, lazer e esporte de uma região populosa.
De acordo com vizinhos das imediações da quadra, o lixo é oriundo dos próprios moradores, que cortam galhos de árvores e despejam ali. Outra fonte de sujeira, segundo os mesmos, é a reforma da Escola Municipal Ignez Andreazza. “A prefeitura, há cerca de 30 dias, limpou parcialmente o terreno, mas nada adiantou, pois é visível o acumulo de lixo, propenso a disseminação de insetos e doenças”, lamentam os moradores.
Como agravante, a reforma e reestruturação da quadra poliesportiva não foi concluída integralmente, faltando calçamento e sendo extraviada a antiga iluminação.
Para maiores esclarecimentos, foi procurada a Secretaria de Obras para tentar uma solução. De acordo com José Eduardo Soncin, caso haja insatisfação quanto a reforma e higienização da quadra, cabe aos moradores pleitearem junto aos órgãos públicos uma solução. Quanto a luminária, o mesmo afirmou que ela ficou com a associação de moradores. Porém, ao serem questionados, os mesmos desconheciam tais informações.
Com fim de chegar a uma solução, o próprio Cincão Notícias tomou as devidas providencias e protocolou junto a Câmara dos Vereadores, um pedido para limpeza, capina, roçagem e calcamento da quadra, além da verificação e instalação dos antigos refletores.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Reunião na Câmara dos Vereadores visa solução ao PSF
A saúde pública de Londrina está na “UTI” devido ao impasse acerca do PSF (Programa Saúde da Família). O serviço, que atende e previne doenças nas populações mais pobres, foi ameaçado de ser extinto e os profissionais da saúde se viram sem emprego e reconhecimento dos direitos trabalhistas.
A Santa Casa de Londrina, que assumiu o PSF em caráter emergencial, não possuía verbas indenizatórias referentes ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e outras garantias.
No entanto, após a mobilização dos trabalhadores e questionamentos ao Poder Público, foi reavaliada a situação e garantiu-se que o serviço permanecerá vigente. Isso é uma grande vitória, não apenas para os profissionais de saúde, mas principalmente aos mais pobres, que dependem da saúde pública.
De acordo com a vereadora Sandra Graça, para que não fosse interrompido o PSF, foi determinado um termo de ajustamento de conduta, onde a prefeitura, responsável pelo serviço, ficou incumbida de depositar em juízo, salários e rescisões atrasados à antiga mantenedora, a Santa Casa.
A reunião, feita no dia 9/7, também contou com a presença da vereadora Lenir de Assis, Professor Rony Alves, juntamente com representantes da Santa Casa, Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Promotoria de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, Prefeitura, SinSaúde, CIAP, Conselho Municipal de Saúde e demais segmentos.
“O PSF está funcionando e queremos que ele melhore através do reconhecimento do profissional da saúde pública, pagamento de melhores salários e qualificação”, salienta Sandra Graça.
A vereadora comentou que no próximo dia 16, haverá uma nova reunião, com o objetivo de ajustar possíveis alterações, a serem discutidas no decorrer da semana.
A Santa Casa de Londrina, que assumiu o PSF em caráter emergencial, não possuía verbas indenizatórias referentes ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e outras garantias.
No entanto, após a mobilização dos trabalhadores e questionamentos ao Poder Público, foi reavaliada a situação e garantiu-se que o serviço permanecerá vigente. Isso é uma grande vitória, não apenas para os profissionais de saúde, mas principalmente aos mais pobres, que dependem da saúde pública.
De acordo com a vereadora Sandra Graça, para que não fosse interrompido o PSF, foi determinado um termo de ajustamento de conduta, onde a prefeitura, responsável pelo serviço, ficou incumbida de depositar em juízo, salários e rescisões atrasados à antiga mantenedora, a Santa Casa.
A reunião, feita no dia 9/7, também contou com a presença da vereadora Lenir de Assis, Professor Rony Alves, juntamente com representantes da Santa Casa, Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Promotoria de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, Prefeitura, SinSaúde, CIAP, Conselho Municipal de Saúde e demais segmentos.
“O PSF está funcionando e queremos que ele melhore através do reconhecimento do profissional da saúde pública, pagamento de melhores salários e qualificação”, salienta Sandra Graça.
A vereadora comentou que no próximo dia 16, haverá uma nova reunião, com o objetivo de ajustar possíveis alterações, a serem discutidas no decorrer da semana.
Pesque Pesquisando
Projeto do Centro Cultural Lupércio Luppi ensina a iniciação da pesquisa aos estudantes da 4ª série na Escola Ruth Lemos.
Apesar dos fartos recursos tecnológicos e facilidades encontradas pelos estudantes, a pesquisa escolar sempre foi imprescindível na ampliação do conhecimento e absorção de conteúdos. Com este pensamento, o Centro Cultural Lupércio Luppi, criou e levou a Escola Municipal Ruth Lemos, no Luis de Sá, o projeto “Pesque Pesquisando”.
O projeto de iniciação ao estímulo à pesquisa e com duração de seis meses, traz aos estudantes temas relacionados a países, meio ambiente, população, moedas e conta com apresentações pedagógicas das mais diferenciadas formas, como o teatro, fantoche, poesia, máscaras e dança.
De acordo com o centro cultural, a atividade lúdica ensina e estimula o conhecimento dos mais diferenciados assuntos, além das apresentações motivar a criatividades.
Apesar dos fartos recursos tecnológicos e facilidades encontradas pelos estudantes, a pesquisa escolar sempre foi imprescindível na ampliação do conhecimento e absorção de conteúdos. Com este pensamento, o Centro Cultural Lupércio Luppi, criou e levou a Escola Municipal Ruth Lemos, no Luis de Sá, o projeto “Pesque Pesquisando”.
O projeto de iniciação ao estímulo à pesquisa e com duração de seis meses, traz aos estudantes temas relacionados a países, meio ambiente, população, moedas e conta com apresentações pedagógicas das mais diferenciadas formas, como o teatro, fantoche, poesia, máscaras e dança.
De acordo com o centro cultural, a atividade lúdica ensina e estimula o conhecimento dos mais diferenciados assuntos, além das apresentações motivar a criatividades.
Orquídeas silvestres
As orquídeas fazem bem à saúde e ao meio ambiente
Com um belo aroma e um visual verde e florido que encanta os olhos de todos, Euclides Franco, de 77 anos, morador do Jardim Paulista, cria há mais de 15 anos, em sua casa, as mais diferenciadas espécies de orquídeas.
Em vasos de pinos de madeira, florescem a catréia, a purpurata, a tenebrosa, a pastoral e diversas outras exuberando flores e pólens. “As orquídeas são selvagens e nascem junto a tronco de árvores. Na natureza são mais de 25.000 variedades”, diz.
Euclides ganhou as plantas que cultiva, mas lembra o passado pioneiro, quando muitas orquídeas selvagens foram trazidas à cidade por mateiros, em troncos de peroba e ipê. “Hoje são mais de 700 pessoas que as criam em Londrina”, comenta.
Porém, ele cita que as orquídeas encontradas nas matas devem ser preservadas para crescerem durante os anos e dar vida ao meio ambiente. E, a sua retirada depende de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA.
A orquídea pode virar perfume ou bem de decoração e as de Euclides são tratadas com adubo e regadas com extratos feitos de pimenta e vinagre, para assim eliminar possíveis insetos que podem estragar e matar as plantas por doenças. Da mesma forma, ele lembra aos interessados no cultivo, que a orquídea precisa de uma estrutura e não podem acumular água, eliminando focos da mosquito da dengue, pernilongos e o apodrecimento nos pinos de madeira.
Com mais de 500 vasos de orquídeas, além de outras plantas, Euclides diz que todos devem ter um hobby, fazer uma terapia ou buscar uma atividade. Como no dia que foi ao médico com a esposa e lhe foi recomendado uma terapia, como conversar com as plantas. “As orquídeas fazem bem à saúde e ao meio ambiente”, salienta.
Com um belo aroma e um visual verde e florido que encanta os olhos de todos, Euclides Franco, de 77 anos, morador do Jardim Paulista, cria há mais de 15 anos, em sua casa, as mais diferenciadas espécies de orquídeas.
Em vasos de pinos de madeira, florescem a catréia, a purpurata, a tenebrosa, a pastoral e diversas outras exuberando flores e pólens. “As orquídeas são selvagens e nascem junto a tronco de árvores. Na natureza são mais de 25.000 variedades”, diz.
Euclides ganhou as plantas que cultiva, mas lembra o passado pioneiro, quando muitas orquídeas selvagens foram trazidas à cidade por mateiros, em troncos de peroba e ipê. “Hoje são mais de 700 pessoas que as criam em Londrina”, comenta.
Porém, ele cita que as orquídeas encontradas nas matas devem ser preservadas para crescerem durante os anos e dar vida ao meio ambiente. E, a sua retirada depende de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA.
A orquídea pode virar perfume ou bem de decoração e as de Euclides são tratadas com adubo e regadas com extratos feitos de pimenta e vinagre, para assim eliminar possíveis insetos que podem estragar e matar as plantas por doenças. Da mesma forma, ele lembra aos interessados no cultivo, que a orquídea precisa de uma estrutura e não podem acumular água, eliminando focos da mosquito da dengue, pernilongos e o apodrecimento nos pinos de madeira.
Com mais de 500 vasos de orquídeas, além de outras plantas, Euclides diz que todos devem ter um hobby, fazer uma terapia ou buscar uma atividade. Como no dia que foi ao médico com a esposa e lhe foi recomendado uma terapia, como conversar com as plantas. “As orquídeas fazem bem à saúde e ao meio ambiente”, salienta.
Brasil e Equador no Cemitério de Automóveis
Radicado no Amapá, Ale D’ile volta a Londrina numa parceria com a equatoriana Andréa Ruilova.
Visitando Londrina pela primeira vez, o Projeto NOSCAIS – Novos Caminhos Novas Histórias – de caráter literário e cultural, de autoria das escritoras e poetizas amapaenses, Iramel Lima e Leacide Moura, apresentará neste sábado (11), no espaço cultural Cemitério de Automóveis o show musical da cantora e compositora equatoriana Andréa Ruilova em turnê pelo Brasil, em parceria com o cantor e compositor Alê D’ile. Parte da renda da bilheteria destina-se a produção do segundo livro das duas escritoras e da gravação do primeiro CD musical do cantor Alê D’ile em parceria com a cantora equatoriana Andréa Ruilova, representando um intercambio cultural latino americano. Além de Londrina, Andréa Ruilova se apresentará em Curitiba e na Bahia.
Andréa Ruilova teve sua formação nas cidades de Cuenca no Equador (onde nasceu), em Havana, Cuba e no México, no período de 1987 e 2006. Possui Licenciatura em Jazz, concluído em 2007 na Cidade do México. Está atualmente difundindo sua música, gravada no CD "Folhinha", no qual é cantora, compositora e diretora musical; e no CD gravado ao vivo na República Checa; também participa do quinteto de vozes e percussão OLLIN CUICA.
O cantor Alê D’ile atua na música há 20 anos e já participou de vários festivais e eventos. Formado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina e professor de francês na rede pública do Amapá, Alê D’ile foi músico da Banda Municipal de Porecatu e sua ida ao Amapá deu-se pela vontade de conhecer outras partes do Brasil e pela sua graduação em Francês, devido ser obrigatório o ensino desta língua no estado amazônico.
A apresentação no Cemitério de Automóveis marca a integração cultural latino americana com um repertório variado da música brasileira com a equatoriana, onde ritmos como a salsa, cumbia, samba, jazz, bossa nova se misturam.
Quanto ao cd, Alê D’ile diz que ele sairá até o fim do ano e no repertório músicas como a moda de viola, tipicamente da cultura popular paranaenses, salsa, músicas cantadas em francês e outras que relembram a história e cultura do Amapá, um estado que mistura os indígenas, brasileiros, franceses, espanhóis, portugueses e holandeses.
Quem desejar conhecer melhor o trabalho da dupla, pode acessar na internet o www.myspace.com/andrearuilovafolhinha
Visitando Londrina pela primeira vez, o Projeto NOSCAIS – Novos Caminhos Novas Histórias – de caráter literário e cultural, de autoria das escritoras e poetizas amapaenses, Iramel Lima e Leacide Moura, apresentará neste sábado (11), no espaço cultural Cemitério de Automóveis o show musical da cantora e compositora equatoriana Andréa Ruilova em turnê pelo Brasil, em parceria com o cantor e compositor Alê D’ile. Parte da renda da bilheteria destina-se a produção do segundo livro das duas escritoras e da gravação do primeiro CD musical do cantor Alê D’ile em parceria com a cantora equatoriana Andréa Ruilova, representando um intercambio cultural latino americano. Além de Londrina, Andréa Ruilova se apresentará em Curitiba e na Bahia.
Andréa Ruilova teve sua formação nas cidades de Cuenca no Equador (onde nasceu), em Havana, Cuba e no México, no período de 1987 e 2006. Possui Licenciatura em Jazz, concluído em 2007 na Cidade do México. Está atualmente difundindo sua música, gravada no CD "Folhinha", no qual é cantora, compositora e diretora musical; e no CD gravado ao vivo na República Checa; também participa do quinteto de vozes e percussão OLLIN CUICA.
O cantor Alê D’ile atua na música há 20 anos e já participou de vários festivais e eventos. Formado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina e professor de francês na rede pública do Amapá, Alê D’ile foi músico da Banda Municipal de Porecatu e sua ida ao Amapá deu-se pela vontade de conhecer outras partes do Brasil e pela sua graduação em Francês, devido ser obrigatório o ensino desta língua no estado amazônico.
A apresentação no Cemitério de Automóveis marca a integração cultural latino americana com um repertório variado da música brasileira com a equatoriana, onde ritmos como a salsa, cumbia, samba, jazz, bossa nova se misturam.
Quanto ao cd, Alê D’ile diz que ele sairá até o fim do ano e no repertório músicas como a moda de viola, tipicamente da cultura popular paranaenses, salsa, músicas cantadas em francês e outras que relembram a história e cultura do Amapá, um estado que mistura os indígenas, brasileiros, franceses, espanhóis, portugueses e holandeses.
Quem desejar conhecer melhor o trabalho da dupla, pode acessar na internet o www.myspace.com/andrearuilovafolhinha
Movimento Negro de Londrina se articula para lançar a Campanha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra
É conhecido por todos no Brasil, que o negro e sua história foi construída através do sofrimento, desde os tempos da escravidão. Apesar da liberdade conquistada, o negro ainda sofre preconceitos e os jovens são as principais vítimas. Privados de educação e oportunidades, muitos são condenados à marginalidade, desemprego e baixos salários.
Procurando ampliar o debate acerca do tema, o Movimento Negro de Londrina começou a articulação para lançar a Campanha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra. De acordo com José Evaristo Silvério Netto, 27 anos e mestrando em Educação Física na Universidade Estadual de Londrina, constata-se, por números oficiais, que muitos negros, devido à violência, tráfico de drogas e falta de oportunidades de emprego e renda, morrem antes dos 25 anos, principalmente os da periferia. “O que provoca isso é o racismo institucional, as dificuldades de entrar na universidade e o desemprego”, lamenta.
Para o mestrando, o século XXI não poderia abrigar tais desigualdades e deve haver uma análise histórica abordada desde a colonização européia, onde aos negros nunca foi garantida a cidadania. “A discriminação existe e devemos combate-lá pelo reconhecimento do racismo dentro de nós”, afirma.
O negro foi e é muito importante não apenas na cultura brasileira, mas também no caráter tecnológico, como as redes de esgotos (presentes nas cidades antigas da África), na literatura, matemática, culinária, ciências exatas, esporte e cultura.
A sociedade deve enfileirar-se, contribuir, debater e participar das questões negras e integrar esta luta pelos direitos humanos.
Procurando ampliar o debate acerca do tema, o Movimento Negro de Londrina começou a articulação para lançar a Campanha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra. De acordo com José Evaristo Silvério Netto, 27 anos e mestrando em Educação Física na Universidade Estadual de Londrina, constata-se, por números oficiais, que muitos negros, devido à violência, tráfico de drogas e falta de oportunidades de emprego e renda, morrem antes dos 25 anos, principalmente os da periferia. “O que provoca isso é o racismo institucional, as dificuldades de entrar na universidade e o desemprego”, lamenta.
Para o mestrando, o século XXI não poderia abrigar tais desigualdades e deve haver uma análise histórica abordada desde a colonização européia, onde aos negros nunca foi garantida a cidadania. “A discriminação existe e devemos combate-lá pelo reconhecimento do racismo dentro de nós”, afirma.
O negro foi e é muito importante não apenas na cultura brasileira, mas também no caráter tecnológico, como as redes de esgotos (presentes nas cidades antigas da África), na literatura, matemática, culinária, ciências exatas, esporte e cultura.
A sociedade deve enfileirar-se, contribuir, debater e participar das questões negras e integrar esta luta pelos direitos humanos.
Juventude Negra de Londrina
Em Londrina, atualmente, existem algumas entidades e grupos de juventude que lutam por direitos humanos, principalmente contra o racismo, sexismo, e intolerâncias correlatas. Dois destes grupos que estão se estruturando: o COJUNE – Coletivo da Juventude Negra de Londrina e o UJAL – União da Juventude Afro de Londrina.
A população precisa se organizar para pensar a sociedade que se quer construir. Vivemos um momento de grandes debates e preocupações acerca da onde de violência que assola a sociedade como um todo. A violência, antes restrita aos bairros periféricos, agora atingem os bairros mais elitizados. Enquanto a violência era um assunto que envolvia bairros periféricos, de predominância de moradores pobres e negros, não havia muita preocupação por parte dos gestores públicos. Quando esta violência se ampliou atingindo ricos e pobres, graças às profundas desigualdades sociais, principalmente quando analisada a situação da população negra e das mulheres, despertou grande preocupação por parte do governo federal, estadual e municipal. Desde então vêm ocorrendo conferências de segurança pública organizadas por órgãos governamentais, vêm sendo criadas leis para tentar conter a violência urbana, e outras ações no sentido de coibir a onda de crimes e violência que hoje atinge a sociedade como um todo.
O grande problema é que, como sempre acontece, a população não foi consultada. Nesses processos políticos, a sociedade civil pouco tem participado para auxiliar na formulação de políticas para a promoção de uma sociedade mais justa e menos desigual. Desta maneira, nós da juventude negra entendemos que para que haja uma efetiva mudança na realidade da nossa sociedade, a população deve participar dos processos políticos, como as conferências que vêm sendo realizadas (conferências livres de Segurança Pública, de Promoção da Igualdade Racial, de Comunicação, de Saúde, etc..), pois é a população, principalmente os moradores das regiões periféricas, que tem conhecimento de causa sobre a violência urbana e as desigualdades sociais, e sabem quais os problemas pontuais que devem ser superados para que construamos, de fato, uma sociedade mais humana.
Estamos nos organizando, COJUNE e UJAL, para que possamos através da militância por direitos humanos lutar contra o racismo, contra a reprodução de intolerâncias, e contra as desigualdades sociais, através de ações como reuniões, organizações de eventos de debates, articulações com outros movimentos sociais e grupos culturais. Convidamos a todas e todos para juntarem-se a nós. Para tanto, devem entrar em contato conosco pelo e-mail: nettosilverio@yahoo.com.br ou pelo telefone (43) 842619030.
Por: COJUNE – Coletivo da Juventude Negra de Londrina
A população precisa se organizar para pensar a sociedade que se quer construir. Vivemos um momento de grandes debates e preocupações acerca da onde de violência que assola a sociedade como um todo. A violência, antes restrita aos bairros periféricos, agora atingem os bairros mais elitizados. Enquanto a violência era um assunto que envolvia bairros periféricos, de predominância de moradores pobres e negros, não havia muita preocupação por parte dos gestores públicos. Quando esta violência se ampliou atingindo ricos e pobres, graças às profundas desigualdades sociais, principalmente quando analisada a situação da população negra e das mulheres, despertou grande preocupação por parte do governo federal, estadual e municipal. Desde então vêm ocorrendo conferências de segurança pública organizadas por órgãos governamentais, vêm sendo criadas leis para tentar conter a violência urbana, e outras ações no sentido de coibir a onda de crimes e violência que hoje atinge a sociedade como um todo.
O grande problema é que, como sempre acontece, a população não foi consultada. Nesses processos políticos, a sociedade civil pouco tem participado para auxiliar na formulação de políticas para a promoção de uma sociedade mais justa e menos desigual. Desta maneira, nós da juventude negra entendemos que para que haja uma efetiva mudança na realidade da nossa sociedade, a população deve participar dos processos políticos, como as conferências que vêm sendo realizadas (conferências livres de Segurança Pública, de Promoção da Igualdade Racial, de Comunicação, de Saúde, etc..), pois é a população, principalmente os moradores das regiões periféricas, que tem conhecimento de causa sobre a violência urbana e as desigualdades sociais, e sabem quais os problemas pontuais que devem ser superados para que construamos, de fato, uma sociedade mais humana.
Estamos nos organizando, COJUNE e UJAL, para que possamos através da militância por direitos humanos lutar contra o racismo, contra a reprodução de intolerâncias, e contra as desigualdades sociais, através de ações como reuniões, organizações de eventos de debates, articulações com outros movimentos sociais e grupos culturais. Convidamos a todas e todos para juntarem-se a nós. Para tanto, devem entrar em contato conosco pelo e-mail: nettosilverio@yahoo.com.br ou pelo telefone (43) 842619030.
Por: COJUNE – Coletivo da Juventude Negra de Londrina
Ilumina Londrina
Do alto comtemplo Londrina
Feito Deus
Domino seus passos, suas ruas
idas e vindas
Da janela do aptº do décimo quarto andar
controlo com o olhar os carros, pessoas
e o voo dos pássaros
em danças celestiais
Mas o Sol
teima em multicolorir as nuvens,
Distrair minha atenção...
Compete em seu jogo de poder e sedução
até roubar de vez paisagem e cena.
Meio que arrependido... se esconde
sob as sombras da noite
Dá lugar às estrelas terrestres
Feito centenas de milhares de pirlim pimpim
Ilumina Londrina!
Em diamante e magia
Do alto contemplo Londrina...
Leacide Moura - Escritora amapaense.
Feito Deus
Domino seus passos, suas ruas
idas e vindas
Da janela do aptº do décimo quarto andar
controlo com o olhar os carros, pessoas
e o voo dos pássaros
em danças celestiais
Mas o Sol
teima em multicolorir as nuvens,
Distrair minha atenção...
Compete em seu jogo de poder e sedução
até roubar de vez paisagem e cena.
Meio que arrependido... se esconde
sob as sombras da noite
Dá lugar às estrelas terrestres
Feito centenas de milhares de pirlim pimpim
Ilumina Londrina!
Em diamante e magia
Do alto contemplo Londrina...
Leacide Moura - Escritora amapaense.
Indígenas pedem demarcação de terras em Tamarana
De acordo com o informativo da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) de julho de 2009, “a demarcação de terras é o eixo central da questão indígena. Ela é necessária não apenas para que os índios a utilizem, como meio de subsistência, mas fundamental para a manutenção do universo religioso e a sobrevivência de cada povo, como grupos etnicamente diferenciados. A terra é, pois, condição sine qua non para a perpetuação da cultura indígena”.
Baseada na afirmação acima, um grupo de índios caingangues da reserva Serrinha, ocupou nesta semana uma fazenda em Tamarana, nas imediações da reserva do Apucaraninha. Eles alegam que suas terras são insuficientes para assegurar o sustento das cerca de 400 famílias indígenas.
A reserva do Apucaraninha tem 5,5 mil hectares e lideranças indígenas alegam que originalmente a terra indígena contava com quase 70 mil hectares e foi reduzida com a regulamentação de 1949. A alegação é que a maior parte da área da reserva não serve para agricultura e por isso querem "recuperar parte das terras originais". A propriedade invadida faria parte deste território.
A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 231, reconheceu aos índios os “direitos originários sobre as terras que tradicionalmente habitam”. Não se pode afirmar que o preceito constitucional seja, de fato, observado. Mas não se pode negar, também, que houve, apesar da pressão contrária, um significativo avanço no processo de demarcação e regularização fundiária indígena. E essa pressão se manifesta diuturnamente, de maneira articulada, por forças ligadas a fazendeiros, latifundiários e outros segmentos afins. À medida que o tempo avança, aumentam as dificuldades no processo de reconhecimento das terras indígenas, principalmente às margens do Rio Tibagi.
De acordo com a história do Paraná, a reivindicação por terras as margens do Tibagi, acentuou-se a partir da crise dos aldeamentos indígenas, que no final da Província já não apresentavam os resultados esperados e foram extintos em 3 de julho de 1900. Mesmo permanecendo atuantes na primeira década da República, os aldeamentos de São Jerônimo da Serra e São Pedro de Alcântara (atual Jataizinho) não conseguiam trazer as populações indígenas de forma definitiva para as suas respectivas sedes. Grupos indígenas viviam espalhados por diferentes locais do vale do Tibagi e seus afluentes. Devido a isso, acrescido a extinção dos aldeamentos em 1900, possibilitou uma mudança na política indigenista no Paraná. Por um lado o governo, pretendendo agrupar as populações indígenas, mas de uma forma diferente, cedendo terras, não mais com a ação da catequese e desejando a inserção dos índios na sociedade. Por outro lado, os grupos indígenas, que dispersos pelos vales dos rios Tibagi e Paranapanema, acentuaram a pressão pela demarcação de terras.
A política indigenista do Paraná, desde 1900, consiste na reserva de terras e à instalação de Postos Indígenas. A primeira área reservada aos índios, em nossa região, ocorreu durante o governo de Francisco Xavier da Silva, ainda em 1900, caracterizada pelo ideal da proteção e assistência aos índios, baseada na nova perspectiva da política indigenista, mais humanista e laica (doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas).
Espalhados nos mais diferenciados locais numa área extensa de terras, compreendidas entre os rios Paranapanema, Tibagi e Ivaí, o decreto nº 6, de 5 de julho de 1900, do governador Francisco Xavier da Silva, procurou reunir os grupos indígenas nômades e de outras etnias, numa tribo ou em aldeamentos. Baseado nisto, os livros de história contam que ficou estabelecido, através do decreto, que nas terras devolutas sitas entre os rios Tibagi, Apucarana, Apucaraninha e a Serra do Apucarana, com o total de 68.536 hectares, ficariam destinadas aos kaingangs. No entanto, esta não era a única área ocupada pela etnia na margem esquerda do rio Tibagi.
De acordo com o movimento indígena, que ocupou a fazenda em Tamarana, houve um processo de redução das terras indígenas, ocorrido os meados do século XXI. Esta área, denominada hoje de Terra Indígena Apucaraninha, apresenta uma extensão total de pouco mais de 5.575 hectares. Porém, o grupo Kaingang que nela habita, nunca desistiu de lutar pelos seus interesses, inclusive de retomada dos antigos territórios.
Baseada na afirmação acima, um grupo de índios caingangues da reserva Serrinha, ocupou nesta semana uma fazenda em Tamarana, nas imediações da reserva do Apucaraninha. Eles alegam que suas terras são insuficientes para assegurar o sustento das cerca de 400 famílias indígenas.
A reserva do Apucaraninha tem 5,5 mil hectares e lideranças indígenas alegam que originalmente a terra indígena contava com quase 70 mil hectares e foi reduzida com a regulamentação de 1949. A alegação é que a maior parte da área da reserva não serve para agricultura e por isso querem "recuperar parte das terras originais". A propriedade invadida faria parte deste território.
A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 231, reconheceu aos índios os “direitos originários sobre as terras que tradicionalmente habitam”. Não se pode afirmar que o preceito constitucional seja, de fato, observado. Mas não se pode negar, também, que houve, apesar da pressão contrária, um significativo avanço no processo de demarcação e regularização fundiária indígena. E essa pressão se manifesta diuturnamente, de maneira articulada, por forças ligadas a fazendeiros, latifundiários e outros segmentos afins. À medida que o tempo avança, aumentam as dificuldades no processo de reconhecimento das terras indígenas, principalmente às margens do Rio Tibagi.
De acordo com a história do Paraná, a reivindicação por terras as margens do Tibagi, acentuou-se a partir da crise dos aldeamentos indígenas, que no final da Província já não apresentavam os resultados esperados e foram extintos em 3 de julho de 1900. Mesmo permanecendo atuantes na primeira década da República, os aldeamentos de São Jerônimo da Serra e São Pedro de Alcântara (atual Jataizinho) não conseguiam trazer as populações indígenas de forma definitiva para as suas respectivas sedes. Grupos indígenas viviam espalhados por diferentes locais do vale do Tibagi e seus afluentes. Devido a isso, acrescido a extinção dos aldeamentos em 1900, possibilitou uma mudança na política indigenista no Paraná. Por um lado o governo, pretendendo agrupar as populações indígenas, mas de uma forma diferente, cedendo terras, não mais com a ação da catequese e desejando a inserção dos índios na sociedade. Por outro lado, os grupos indígenas, que dispersos pelos vales dos rios Tibagi e Paranapanema, acentuaram a pressão pela demarcação de terras.
A política indigenista do Paraná, desde 1900, consiste na reserva de terras e à instalação de Postos Indígenas. A primeira área reservada aos índios, em nossa região, ocorreu durante o governo de Francisco Xavier da Silva, ainda em 1900, caracterizada pelo ideal da proteção e assistência aos índios, baseada na nova perspectiva da política indigenista, mais humanista e laica (doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas).
Espalhados nos mais diferenciados locais numa área extensa de terras, compreendidas entre os rios Paranapanema, Tibagi e Ivaí, o decreto nº 6, de 5 de julho de 1900, do governador Francisco Xavier da Silva, procurou reunir os grupos indígenas nômades e de outras etnias, numa tribo ou em aldeamentos. Baseado nisto, os livros de história contam que ficou estabelecido, através do decreto, que nas terras devolutas sitas entre os rios Tibagi, Apucarana, Apucaraninha e a Serra do Apucarana, com o total de 68.536 hectares, ficariam destinadas aos kaingangs. No entanto, esta não era a única área ocupada pela etnia na margem esquerda do rio Tibagi.
De acordo com o movimento indígena, que ocupou a fazenda em Tamarana, houve um processo de redução das terras indígenas, ocorrido os meados do século XXI. Esta área, denominada hoje de Terra Indígena Apucaraninha, apresenta uma extensão total de pouco mais de 5.575 hectares. Porém, o grupo Kaingang que nela habita, nunca desistiu de lutar pelos seus interesses, inclusive de retomada dos antigos territórios.
Numa carta de manifestação, enviada ao Cincão Notícias, os Kaingangs justificam a ocupação das terras.
“Nós da comunidade indígena Kaingang da aldeia indígena Serrinha no município de Tamarana, estamos acampados no entorno da Terra Indígena Apucaraninha com o objetivo de identificarmos e demarcarmos nosso território tradicional já acordado junto a Diretoria de Assuntos Fundiários em Brasília (FUNAI) em agosto de 2007, porém, estamos mobilizados com o intuito de que sejamos ouvidos e queremos urgentemente a presença de representantes da FUNAI de Brasília para podermos negociar e para que se inicie o mais rápido possível à demarcação com a criação do grupo de trabalho, pois tememos uma reintegração de posso e nós da comunidade indígena dificilmente iremos nos retirar enquanto não tivermos uma resposta concreta da FUNAI de Brasília. Estamos dispostos a ir até o final com objetivo de reavermos nossos territórios tradicionais, reduzidos em 1949, pelo governo estadual e federal.
Gostaríamos de termos então o apoio do Governo Estadual intermediando essa negociação junto a FUNAI e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, pois poderemos ter um embate caso a polícia for tentar nos retirar a força em uma reintegração de posse por medidas judiciais.
Estamos no dia de hoje com cerca de 700 pessoas, na maioria crianças e jovens. Outros indígenas ainda não estão na ocupação por falta de lonas para barracos. Gostaríamos de frisar que não houve uma cisão do grupo do Apucaraninha, mas uma iniciativa coletiva, porque estamos vendo nossa população crescer a cada vez mais sem condições de subsistência para nosso povo, e não estamos reivindicando o que não é nosso de direito, mas para que se cumpra a Constituição Brasileira e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, na qual o Brasil aderiu.
Nosso território tradicional foi tirado de nós sem o consentimento em 1949. No entanto aguardamos pronunciamento dos órgãos competentes para mantermos nosso relacionamento de bons préstimos existentes.
Na oportunidade enviamos manifestações de respeito e consideração.
Aldeia Serrinha, 07 de julho de 2009”
Gostaríamos de termos então o apoio do Governo Estadual intermediando essa negociação junto a FUNAI e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, pois poderemos ter um embate caso a polícia for tentar nos retirar a força em uma reintegração de posse por medidas judiciais.
Estamos no dia de hoje com cerca de 700 pessoas, na maioria crianças e jovens. Outros indígenas ainda não estão na ocupação por falta de lonas para barracos. Gostaríamos de frisar que não houve uma cisão do grupo do Apucaraninha, mas uma iniciativa coletiva, porque estamos vendo nossa população crescer a cada vez mais sem condições de subsistência para nosso povo, e não estamos reivindicando o que não é nosso de direito, mas para que se cumpra a Constituição Brasileira e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, na qual o Brasil aderiu.
Nosso território tradicional foi tirado de nós sem o consentimento em 1949. No entanto aguardamos pronunciamento dos órgãos competentes para mantermos nosso relacionamento de bons préstimos existentes.
Na oportunidade enviamos manifestações de respeito e consideração.
Aldeia Serrinha, 07 de julho de 2009”
Com seis meses de legislatura, vereador Tito Valle ressalta a importância do mandato popular
Desde quando assumiu a cadeira na Câmara dos Vereadores, Tito Valle (PMDB) mostrou dedicação e honestidade com a população de Londrina, através de leis e emendas que beneficiam os desfavorecidos, estudantes, a segurança pública e segmentos organizados da sociedade civil, mas sempre buscando o resgate social. É um mandato com várias bandeiras voltadas a construção da cidadania e democracia através dos eixos do movimento popular, trabalho, promoção de igualdade racial, educação, defesa do consumidor e segurança.
Apesar do engajamento, Tito diz que seu primeiro mandato como vereador está sendo uma aprendizagem e graças a equipe técnica de assessores destacada, seu gabinete dá conta dos pedidos e encaminhamentos de leis. “Nosso lema é o mandato popular e participativo”, diz o peemedebista. Ele vê a atuação e participação do povo através de diversas maneiras, seja em reuniões de bairros, abertura do gabinete a quem lhe procura, reuniões em escolas, consultas e assembléias populares. “Com essas medidas diagnosticamos os problemas, trazidos pelas lideranças, a fim de traçar o perfil sócio econômico político londrinense”, salienta. De acordo com Tito Valle, esta é a ferramenta que direciona o trabalho de um vereador quanto as políticas públicas.
O vereador, que se formou em Direito, Técnico de Segurança no Trabalho e foi professor secundarista entre os anos de 1993 a 2001, destaca nestes seis meses projetos de promoção e inclusão social, como o ensino do xadrez; a “empresa amiga do consumidor”; Dia da Consciência Negra; atuação na CEI do Transporte Coletivo (onde proíbe o prefeito de aumentar o valor da tarifa no período das investigações); além de mais de vinte emendas no orçamento municipal para obtenção de verbas destinadas a obras de infra-estrutura viária, saúde, educação, segurança, promoção social de idosos e adolescentes. “É de nossa autoria o projeto que prevê a construção de um viaduto no cruzamento da Avenida Winston Churchil com a Henrique Mansano (que passa em frente ao Estádio do Café); a transposição entre o Imagawa e Residencial do Café; as escolas de inclusão digital no Violin e Ouro Verde; a construção da Casa do Negro; além da revitalização e ligação do fundo de vale do Jardim dos Alpes com a Avenida Brasília.
Focado na segurança pública, o vereador lembra do papel fundamental exercido na organização das conferências livres, que garantiram a Londrina e região metropolitana, a apresentação de projetos ao PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), programa que contempla apenas capitais. “Segurança não se faz somente com o aumento da polícia, mas com a promoção de emprego e educação. A criminalidade está ligada a quesitos sociais e não é a policia violenta e truculenta que vai acabar com o crime. Antes de combatermos a criminalidade temos que olhar para as escolas e dar qualidade a elas. É fácil encontrar escolas sem bibliotecas, salas de informática, orientação psico-pedagógica e vocacional. O mesmo se aplica a pessoa que busca um emprego”, salienta.
Tito mostra-se contente com os avanços, mas cita que os problemas enfrentados pelo atual executivo e legislativo são reflexos de uma administração interina, obrigada a protelar temas de maior relevância, como saúde e educação.
Apesar do engajamento, Tito diz que seu primeiro mandato como vereador está sendo uma aprendizagem e graças a equipe técnica de assessores destacada, seu gabinete dá conta dos pedidos e encaminhamentos de leis. “Nosso lema é o mandato popular e participativo”, diz o peemedebista. Ele vê a atuação e participação do povo através de diversas maneiras, seja em reuniões de bairros, abertura do gabinete a quem lhe procura, reuniões em escolas, consultas e assembléias populares. “Com essas medidas diagnosticamos os problemas, trazidos pelas lideranças, a fim de traçar o perfil sócio econômico político londrinense”, salienta. De acordo com Tito Valle, esta é a ferramenta que direciona o trabalho de um vereador quanto as políticas públicas.
O vereador, que se formou em Direito, Técnico de Segurança no Trabalho e foi professor secundarista entre os anos de 1993 a 2001, destaca nestes seis meses projetos de promoção e inclusão social, como o ensino do xadrez; a “empresa amiga do consumidor”; Dia da Consciência Negra; atuação na CEI do Transporte Coletivo (onde proíbe o prefeito de aumentar o valor da tarifa no período das investigações); além de mais de vinte emendas no orçamento municipal para obtenção de verbas destinadas a obras de infra-estrutura viária, saúde, educação, segurança, promoção social de idosos e adolescentes. “É de nossa autoria o projeto que prevê a construção de um viaduto no cruzamento da Avenida Winston Churchil com a Henrique Mansano (que passa em frente ao Estádio do Café); a transposição entre o Imagawa e Residencial do Café; as escolas de inclusão digital no Violin e Ouro Verde; a construção da Casa do Negro; além da revitalização e ligação do fundo de vale do Jardim dos Alpes com a Avenida Brasília.
Focado na segurança pública, o vereador lembra do papel fundamental exercido na organização das conferências livres, que garantiram a Londrina e região metropolitana, a apresentação de projetos ao PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), programa que contempla apenas capitais. “Segurança não se faz somente com o aumento da polícia, mas com a promoção de emprego e educação. A criminalidade está ligada a quesitos sociais e não é a policia violenta e truculenta que vai acabar com o crime. Antes de combatermos a criminalidade temos que olhar para as escolas e dar qualidade a elas. É fácil encontrar escolas sem bibliotecas, salas de informática, orientação psico-pedagógica e vocacional. O mesmo se aplica a pessoa que busca um emprego”, salienta.
Tito mostra-se contente com os avanços, mas cita que os problemas enfrentados pelo atual executivo e legislativo são reflexos de uma administração interina, obrigada a protelar temas de maior relevância, como saúde e educação.
Planos para o futuro
Vindo de uma família humildade, Tito Valle ressalta que diversas foram as dificuldades sofridas na “pele”. “Conheço a luta de classes e experimentei o apartaid social e social existente no Brasil. Isso sempre foi negado pela elite dominante. Mas, tal fato nos coloca numa situação especial para a discussão de projetos transformadores da sociedade”, diz.
Nesta mesma tônica o vereador do PMDB diz ser necessário a discussão de questões relativas ao mandato, devido o mesmo ser de cunho popular. “O futuro vai chegar de acordo com o trabalho determinado por nós. Isso depende do rumo a tomar e da perseverança”, finaliza o peemedebista.
Nesta mesma tônica o vereador do PMDB diz ser necessário a discussão de questões relativas ao mandato, devido o mesmo ser de cunho popular. “O futuro vai chegar de acordo com o trabalho determinado por nós. Isso depende do rumo a tomar e da perseverança”, finaliza o peemedebista.
Indígenas reivindicam Mata do Maria Cecília
Abandonada pelo Poder Público, área foi doada a FUNAI
Kaingangs pretendem construir centro de resgate da cultura indígena
A situação da Mata Ângelo Cretá, no Maria Cecília, é deplorável. Facilmente encontra-se lixo, restos de móveis, roupas e colchões velhos. Ali se tornou ponto de usuários de drogas, assaltos e estupros. Os animais silvestres que ali existiam, como pássaros e macacos, infelizmente foram mortos a pauladas e pedradas.
Devido a ineficiência do poder público quanto a preservação do local e da região, um fato inédito aconteceu: a Mata Ângelo Cretá foi doada a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e a etnia kaingangs, de São Jerônimo da Serra, pretende instalar uma pequena aldeia e um centro de resgate e valorização da cultura indígena.
A comerciante Sandra Aparecida Castro, 44 anos e moradora do Maria Cecília aprovou a idéia e comenta que os índios deveriam estar ali há mais tempo, devido a quantidade de lixo, marginais e pelo local tornar-se um esconderijo de bandidos e o desrespeito a natureza ser muito grande. “Um centro cultural trará mais segurança, cultura e educação”, salienta.
De acordo com os indígenas Valdir e Aristides, no centro cultural serão praticadas danças, confeccionadas roupas e comidas indígenas. Mas, o principal objetivo, é cuidar da natureza. “A prefeitura doou o terreno e cabe a nós sermos os guardiões da mata”, salienta o cacique Aristides.
Kaingangs pretendem construir centro de resgate da cultura indígena
A situação da Mata Ângelo Cretá, no Maria Cecília, é deplorável. Facilmente encontra-se lixo, restos de móveis, roupas e colchões velhos. Ali se tornou ponto de usuários de drogas, assaltos e estupros. Os animais silvestres que ali existiam, como pássaros e macacos, infelizmente foram mortos a pauladas e pedradas.
Devido a ineficiência do poder público quanto a preservação do local e da região, um fato inédito aconteceu: a Mata Ângelo Cretá foi doada a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e a etnia kaingangs, de São Jerônimo da Serra, pretende instalar uma pequena aldeia e um centro de resgate e valorização da cultura indígena.
A comerciante Sandra Aparecida Castro, 44 anos e moradora do Maria Cecília aprovou a idéia e comenta que os índios deveriam estar ali há mais tempo, devido a quantidade de lixo, marginais e pelo local tornar-se um esconderijo de bandidos e o desrespeito a natureza ser muito grande. “Um centro cultural trará mais segurança, cultura e educação”, salienta.
De acordo com os indígenas Valdir e Aristides, no centro cultural serão praticadas danças, confeccionadas roupas e comidas indígenas. Mas, o principal objetivo, é cuidar da natureza. “A prefeitura doou o terreno e cabe a nós sermos os guardiões da mata”, salienta o cacique Aristides.
Política Nacional de Humanização do Atendimento no SUS é implantado no Hospital Zona Norte
O Sistema Único de Saúde, implantado há vinte anos no Brasil, está inserido nos hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde, porta de entrada das mais diferencias doenças, traumatismos, consultas ambulatoriais e uma infinidade de outros casos.
Sistema que mudou o conceito de saúde pública, nestes vinte anos o SUS, além de realizar serviços e procedimentos, primeiramente produz afeto e relações num contraditório cenário mercantilista, onde enfrentou adversas dificuldades. É neste quadro que seus gestores procuram soluções efetivas para melhorar o atendimento e a qualidade do serviço.
Uma das ações encontradas está na PNH, Política Nacional de Humanização, proponente duma nova relação entre gestores, servidores e usuários. O tema foi aplicado no Hospital Anísio Figueiredo, no último dia 31 de julho, através de palestra e treinamento sobre acolhimento com avaliação e classificação de risco aos funcionários do hospital e das UBS da região.
A PNH, incorporada ao HumanizaSus, consiste na alteração dos níveis de atenção e de gestão das práticas de saúde, onde casos de menor complexidade devem ser resolvidos nas UBS; aposta no trabalho coletivo na direção de um SUS acolhedor, resolutivo e confiável; propõe uma nova relação entre os usuários, redes sociais e trabalhadores; estabelece grupalidades e vínculos solidários; valoriza o fomento da autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos e; pede o aumento do grau de co-responsabilidade e do compromisso com a luta pela melhoria das condições de trabalho.
Com isso, objetiva-se reduzir as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso, atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; informações aos usuários, a fim dos mesmos conhecerem quem são os profissionais que cuidam da sua saúde, com o compromisso do serviço público assumir a responsabilidade por sua referência territorial, com as UBS garantindo informações ao usuário, acompanhando pessoas de sua rede social, assim garantindo direitos e uma gestão participativa aos trabalhadores e usuários.
De acordo com a enfermeira Vivian Biazon El Redá Feijó, Chefe da Divisão de Pronto Socorro do Hospital Universitário de Londrina e Mestranda em Saúde Coletiva, pela Universidade Estadual de Londrina, a humanização no SUS é precisa devido o baixo investimento na qualificação dos trabalhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao trabalho em equipe; poucos dispositivos de fomento à co-gestão e á valorização e inclusão dos gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção da saúde; e o desrespeito aos direitos dos usuários. A enfermeira cita que a fragmentação do processo de trabalho, das relações entre os diferentes profissionais e da rede assistencial, dificulta a complementação entre a rede básica e o sistema de referência. Além disso, a precária interação nas equipes e despreparo para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção, pede urgentemente a humanização no atendimento.
Para o sucesso do HumanizaSus, Vivian cita que serão implantadas medidas para ampliar o acesso dos usuários como o acolhimento responsável e resolutivo baseado em critérios de classificação de risco; defesa dos direitos dos usuários; ampliação do campo de atuação dos profissionais clínicos, pediatras, cirurgiões, enfermeiros e assistentes sociais; e principalmente: a análise morbi-mortalidade e procedência da demanda.
Segundo o mestre em enfermagem em Saúde Pública, Carlos Aparecido Oliveira, atual supervisor do Pronto Socorro do HU e do Pronto Atendimento Municipal, o PNH é um ato administrativo, mas sem desassistência à população, que propõe ampliar as consultas nos casos de referência hospitalar, melhorar o acesso da população às agendas e capacitar os profissionais de saúde no tratamento das urgências e emergências. “No Brasil, especificamente nos hospitais do Rio de Janeiro, onde a espera para o atendimento era demorada, temos resultados positivos da diminuição das filas. Com o exemplo a ser seguindo em Londrina, procuramos o mesmo resultado, diminuindo a superlotação nos serviços de urgência e priorizando as consultas baseadas em critérios clínicos e não mais por ordem de chegada”, diz.
O mestre cita que a maior parte das consultas, registradas nos hospitais, não são graves e a população deve contribuir em casos menos complexos como dor lombar, cefaléia leve, curativos, verificação e controle de pressão arterial, atestado, retirada de pontos, check-up e outros, buscando a UBS. “Um procedimento simples pode ser resolvido na UBS, mas o paciente, por falta de informação procura o hospital, agravando a situação da espera. O importante é a população ficar ciente que o objetivo do PNH é classificar o risco e dar prioridade a casos mais graves”.
A residente em Gerência de Serviços de Enfermagem, pela Universidade Estadual de Londrina, Mariana Ângela Rossaneis, presente na palestra, relata que diariamente o HU é obrigado, devido à elevada demanda, encaminhar ao Hospital da Zona Norte os mais diferenciados casos porque o paciente não procurou o serviço correto anteriormente. “O Ministério da Saúde, para dar conta da demanda, criou este sistema de classificação de risco (PNH) a fim de avaliar os pacientes de emergência. Infarto, parada cardiorespiratória, casos de sofrimento agudo ou politraumatismo tem maior prioridade que uma cefaléia ou a retirada de pontos”, ressalta.
Em relação aos profissionais do Hospital Anísio Figueiredo, eles avaliam que a qualificação foi de grande importância para organizar e diminuir a fila do pronto socorro, porta de entrada do hospital, além de construir uma rede de serviços junto as UBS da região. Quanto ao atendimento, Denise Scarneiro Sardinha, Coordenadora de Enfermagem, lembra que ninguém deixará de ser atendido, mas que será priorizado casos mais graves e com gravidade de risco. “O segredo é ouvir o paciente e dar atenção aos que precisam. Isso são caminhos para melhorar a qualidade na assistência ao usuário e ao trabalhador da saúde”.
Para o auxiliar de enfermagem Paulo Diniz, o que está sendo aprendido pelos trabalhadores deve ser expandido as comunidades, através das associações de moradores, igrejas, escolas, creches, lideranças, imprensa ou via PSF, o Programa Saúde da Família, para haver maior entendimento e participação. Já a técnica em enfermagem, Rosália Cristina Alignani, acredita que o treinamento ajuda a renovar os conhecimentos numa área tão delicada, a da saúde pública. “A demora na fila do SUS é causada pelos próprios pacientes, que deveriam ter maior discernimento e antes procurar a UBS. Porém, nada impede que o trabalho de conscientização seja feito”.
Sistema que mudou o conceito de saúde pública, nestes vinte anos o SUS, além de realizar serviços e procedimentos, primeiramente produz afeto e relações num contraditório cenário mercantilista, onde enfrentou adversas dificuldades. É neste quadro que seus gestores procuram soluções efetivas para melhorar o atendimento e a qualidade do serviço.
Uma das ações encontradas está na PNH, Política Nacional de Humanização, proponente duma nova relação entre gestores, servidores e usuários. O tema foi aplicado no Hospital Anísio Figueiredo, no último dia 31 de julho, através de palestra e treinamento sobre acolhimento com avaliação e classificação de risco aos funcionários do hospital e das UBS da região.
A PNH, incorporada ao HumanizaSus, consiste na alteração dos níveis de atenção e de gestão das práticas de saúde, onde casos de menor complexidade devem ser resolvidos nas UBS; aposta no trabalho coletivo na direção de um SUS acolhedor, resolutivo e confiável; propõe uma nova relação entre os usuários, redes sociais e trabalhadores; estabelece grupalidades e vínculos solidários; valoriza o fomento da autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos e; pede o aumento do grau de co-responsabilidade e do compromisso com a luta pela melhoria das condições de trabalho.
Com isso, objetiva-se reduzir as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso, atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; informações aos usuários, a fim dos mesmos conhecerem quem são os profissionais que cuidam da sua saúde, com o compromisso do serviço público assumir a responsabilidade por sua referência territorial, com as UBS garantindo informações ao usuário, acompanhando pessoas de sua rede social, assim garantindo direitos e uma gestão participativa aos trabalhadores e usuários.
De acordo com a enfermeira Vivian Biazon El Redá Feijó, Chefe da Divisão de Pronto Socorro do Hospital Universitário de Londrina e Mestranda em Saúde Coletiva, pela Universidade Estadual de Londrina, a humanização no SUS é precisa devido o baixo investimento na qualificação dos trabalhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao trabalho em equipe; poucos dispositivos de fomento à co-gestão e á valorização e inclusão dos gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção da saúde; e o desrespeito aos direitos dos usuários. A enfermeira cita que a fragmentação do processo de trabalho, das relações entre os diferentes profissionais e da rede assistencial, dificulta a complementação entre a rede básica e o sistema de referência. Além disso, a precária interação nas equipes e despreparo para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção, pede urgentemente a humanização no atendimento.
Para o sucesso do HumanizaSus, Vivian cita que serão implantadas medidas para ampliar o acesso dos usuários como o acolhimento responsável e resolutivo baseado em critérios de classificação de risco; defesa dos direitos dos usuários; ampliação do campo de atuação dos profissionais clínicos, pediatras, cirurgiões, enfermeiros e assistentes sociais; e principalmente: a análise morbi-mortalidade e procedência da demanda.
Segundo o mestre em enfermagem em Saúde Pública, Carlos Aparecido Oliveira, atual supervisor do Pronto Socorro do HU e do Pronto Atendimento Municipal, o PNH é um ato administrativo, mas sem desassistência à população, que propõe ampliar as consultas nos casos de referência hospitalar, melhorar o acesso da população às agendas e capacitar os profissionais de saúde no tratamento das urgências e emergências. “No Brasil, especificamente nos hospitais do Rio de Janeiro, onde a espera para o atendimento era demorada, temos resultados positivos da diminuição das filas. Com o exemplo a ser seguindo em Londrina, procuramos o mesmo resultado, diminuindo a superlotação nos serviços de urgência e priorizando as consultas baseadas em critérios clínicos e não mais por ordem de chegada”, diz.
O mestre cita que a maior parte das consultas, registradas nos hospitais, não são graves e a população deve contribuir em casos menos complexos como dor lombar, cefaléia leve, curativos, verificação e controle de pressão arterial, atestado, retirada de pontos, check-up e outros, buscando a UBS. “Um procedimento simples pode ser resolvido na UBS, mas o paciente, por falta de informação procura o hospital, agravando a situação da espera. O importante é a população ficar ciente que o objetivo do PNH é classificar o risco e dar prioridade a casos mais graves”.
A residente em Gerência de Serviços de Enfermagem, pela Universidade Estadual de Londrina, Mariana Ângela Rossaneis, presente na palestra, relata que diariamente o HU é obrigado, devido à elevada demanda, encaminhar ao Hospital da Zona Norte os mais diferenciados casos porque o paciente não procurou o serviço correto anteriormente. “O Ministério da Saúde, para dar conta da demanda, criou este sistema de classificação de risco (PNH) a fim de avaliar os pacientes de emergência. Infarto, parada cardiorespiratória, casos de sofrimento agudo ou politraumatismo tem maior prioridade que uma cefaléia ou a retirada de pontos”, ressalta.
Em relação aos profissionais do Hospital Anísio Figueiredo, eles avaliam que a qualificação foi de grande importância para organizar e diminuir a fila do pronto socorro, porta de entrada do hospital, além de construir uma rede de serviços junto as UBS da região. Quanto ao atendimento, Denise Scarneiro Sardinha, Coordenadora de Enfermagem, lembra que ninguém deixará de ser atendido, mas que será priorizado casos mais graves e com gravidade de risco. “O segredo é ouvir o paciente e dar atenção aos que precisam. Isso são caminhos para melhorar a qualidade na assistência ao usuário e ao trabalhador da saúde”.
Para o auxiliar de enfermagem Paulo Diniz, o que está sendo aprendido pelos trabalhadores deve ser expandido as comunidades, através das associações de moradores, igrejas, escolas, creches, lideranças, imprensa ou via PSF, o Programa Saúde da Família, para haver maior entendimento e participação. Já a técnica em enfermagem, Rosália Cristina Alignani, acredita que o treinamento ajuda a renovar os conhecimentos numa área tão delicada, a da saúde pública. “A demora na fila do SUS é causada pelos próprios pacientes, que deveriam ter maior discernimento e antes procurar a UBS. Porém, nada impede que o trabalho de conscientização seja feito”.
sábado, 15 de agosto de 2009
O outro Cidadão Kane
Empreendedor determinado, passional, oportunista, inescrupuloso, perdulário, diga-se o que for, William Randolph Hearst - o Cidadão Kane de Orson Welles - permanece como figura exponencial na história do jornalismo, um "rei sem coroa", mas um rei, como é mostrado em nova biografia.
"O trem chegou à meia-noite, com mais de nove horas de atraso, e 20 passageiros desceram dos vagões cobertos de neve. Todos estavam congelados e famintos, mas satisfeitos por terem escapado com vida", escrevia o "San Francisco Examiner". Em outras ocasiões, segundo o jornal, os trens estavam tão atrasados que "o passageiro corria o perigo da senilidade". E, em retorno pelas tarifas exorbitantes, o material da ferrovia era tão velho que as chances de sobrevivência do público eram "iguais às de um soldado no campo de batalha". Quando havia um acidente, pequeno ou grande, os repórteres do "Examiner" corriam para entrevistar os "sobreviventes".
O "San Francisco Examiner" era o jornal que William Randolph Hearst tinha recebido de seu pai, o senador George Hearst, um multimilionário que enriquecera com minas de cobre, ouro e prata e era um dos maiores acionistas das mineradoras Anaconda e Homestead. Ele mandou seu filho Willie estudar em Harvard, mas não conseguiu que se formasse. Willie preferia o jornalismo. Admirava Joseph Pulitzer Jr., que tinha comprado um jornal praticamente falido, o "New York World", e em dois anos aumentou em dez vezes as vendas e o transformou em pouco tempo no diário mais influente, mais rentável e de maior circulação de Nova York. O diário de Pulitzer, com manchetes chamativas e reportagens incisivas e agressivas, se convertera no defensor dos pobres, dos imigrantes, dos operários, dos oprimidos, dos "underdogs" - os miseráveis. E no flagelo dos grandes negócios.
Quando, em 1887, com 24 anos, conseguiu que seu pai lhe cedesse o "San Francisco Examiner", um diário deficitário e o de menor circulação da cidade, que comprara para fazer propaganda política, Willie adotou Pulitzer e o "World" como modelos. Contratou jornalistas com salários raramente vistos, renovou os equipamentos e partiu para fazer um jornalismo sensacionalista, exibicionista e populista, com ênfase nas emoções, no inesperado e curioso, com zelo reformista, na defesa do cidadão comum e no ataque aos monopólios, bem escrito e bem ilustrado. Toda edição que não obrigasse o leitor a levantar-se da cadeira e dizer "Meu Deus!", era considerada um fracasso. Com pouca modéstia e talento especial para a autopromoção, tinha como "slogan" o "Monarca dos Diários". Na política apoiava o Partido Democrata, o mesmo de seu pai.
"O trem chegou à meia-noite, com mais de nove horas de atraso, e 20 passageiros desceram dos vagões cobertos de neve. Todos estavam congelados e famintos, mas satisfeitos por terem escapado com vida", escrevia o "San Francisco Examiner". Em outras ocasiões, segundo o jornal, os trens estavam tão atrasados que "o passageiro corria o perigo da senilidade". E, em retorno pelas tarifas exorbitantes, o material da ferrovia era tão velho que as chances de sobrevivência do público eram "iguais às de um soldado no campo de batalha". Quando havia um acidente, pequeno ou grande, os repórteres do "Examiner" corriam para entrevistar os "sobreviventes".
O "San Francisco Examiner" era o jornal que William Randolph Hearst tinha recebido de seu pai, o senador George Hearst, um multimilionário que enriquecera com minas de cobre, ouro e prata e era um dos maiores acionistas das mineradoras Anaconda e Homestead. Ele mandou seu filho Willie estudar em Harvard, mas não conseguiu que se formasse. Willie preferia o jornalismo. Admirava Joseph Pulitzer Jr., que tinha comprado um jornal praticamente falido, o "New York World", e em dois anos aumentou em dez vezes as vendas e o transformou em pouco tempo no diário mais influente, mais rentável e de maior circulação de Nova York. O diário de Pulitzer, com manchetes chamativas e reportagens incisivas e agressivas, se convertera no defensor dos pobres, dos imigrantes, dos operários, dos oprimidos, dos "underdogs" - os miseráveis. E no flagelo dos grandes negócios.
Quando, em 1887, com 24 anos, conseguiu que seu pai lhe cedesse o "San Francisco Examiner", um diário deficitário e o de menor circulação da cidade, que comprara para fazer propaganda política, Willie adotou Pulitzer e o "World" como modelos. Contratou jornalistas com salários raramente vistos, renovou os equipamentos e partiu para fazer um jornalismo sensacionalista, exibicionista e populista, com ênfase nas emoções, no inesperado e curioso, com zelo reformista, na defesa do cidadão comum e no ataque aos monopólios, bem escrito e bem ilustrado. Toda edição que não obrigasse o leitor a levantar-se da cadeira e dizer "Meu Deus!", era considerada um fracasso. Com pouca modéstia e talento especial para a autopromoção, tinha como "slogan" o "Monarca dos Diários". Na política apoiava o Partido Democrata, o mesmo de seu pai.
Começou assim a construção do que foi provavelmente o maior império jornalístico da história, formado por dezenas de jornais e revistas, estúdios de cinema, agências de notícias, e a formação de uma lenda em torno de William Randolph Hearst, um milionário que não se sentia bem entre os ricos; com um talento extraordinário para o jornalismo e para gastar centenas de milhões de dólares da época em objetos de arte e na construção de obras faraônicas. Sua figura enigmática atraiu dezenas de escritores. Provavelmente, ele será mais lembrado no futuro por ter servido de inspiração a Orson Welles a criar o Cidadão Kane, do que por todo seu dinheiro ou pela influência de seu império.
Com Hearst, o "Examiner" iniciou uma longa série de campanhas. Um de seus alvos foi a Southern Pacific, dona também da Central Pacific, que tinha o monopólio do transporte ferroviário na Califórnia e das conexões com o Leste dos Estados Unidos. As tarifas das passagens e frete eram exorbitantes e o serviço precário, mas nada era feito porque a empresa tinha os políticos no bolso e controlava a maioria dos jornais. Hearst iniciou uma persistente campanha contra a ferrovia, tanto com editoriais como com reportagens, apesar de seu pai ser amigo de um dos principais acionistas. A Southern Pacific tinha usado pouco capital próprio; quase todo o dinheiro investido era do governo, mas alegava não poder pagar esse dinheiro de volta sem levar a empresa à falência. A campanha do "Examiner" durou anos e serviu para aumentar a sua popularidade e a circulação. Outro alvo foi a companhia de águas, que também abusava de seu monopólio, para cobrar tarifas elevadas. Foi obrigada a reduzir o preço como resultado da campanha.
Hearst queria um jornal acessível até para o mais humilde dos leitores. Ao iniciar sua carreira no "Examiner", uma jovem repórter ouviu uma das melhores lições que um jornalista pode receber. Adaptado, o conselho foi o seguinte: "Há um operário que entra de madrugada no trabalho. Enquanto aguarda, ele abre o jornal. Pense nele ao escrever uma reportagem. Não escreva uma única linha que ele não possa entender e que ele não vá ler".
Ele era tolerante com os excessos de seus melhores jornalistas. Quando um editor quis demitir um repórter por embriaguez, Hearst respondeu: "Se ele está sóbrio um dia em cada 30 é tudo que eu preciso". Dizia-se que o dono era a única pessoa sóbria da redação. Em outra ocasião, o chefe de reportagem quis demitir um repórter, mas este se negou a ir embora. Ao avaliar a situação, Hearst disse que um superior, num caso desses, podia mandar embora um subordinado. O repórter, com sotaque irlandês, disse que havia um problema: "Não quero ser demitido". Hearst levantou os braços, olhou para o executivo: "Neste caso, não há nada que possamos fazer". E o repórter continuou no "Examiner".
Com Hearst, o "Examiner" iniciou uma longa série de campanhas. Um de seus alvos foi a Southern Pacific, dona também da Central Pacific, que tinha o monopólio do transporte ferroviário na Califórnia e das conexões com o Leste dos Estados Unidos. As tarifas das passagens e frete eram exorbitantes e o serviço precário, mas nada era feito porque a empresa tinha os políticos no bolso e controlava a maioria dos jornais. Hearst iniciou uma persistente campanha contra a ferrovia, tanto com editoriais como com reportagens, apesar de seu pai ser amigo de um dos principais acionistas. A Southern Pacific tinha usado pouco capital próprio; quase todo o dinheiro investido era do governo, mas alegava não poder pagar esse dinheiro de volta sem levar a empresa à falência. A campanha do "Examiner" durou anos e serviu para aumentar a sua popularidade e a circulação. Outro alvo foi a companhia de águas, que também abusava de seu monopólio, para cobrar tarifas elevadas. Foi obrigada a reduzir o preço como resultado da campanha.
Hearst queria um jornal acessível até para o mais humilde dos leitores. Ao iniciar sua carreira no "Examiner", uma jovem repórter ouviu uma das melhores lições que um jornalista pode receber. Adaptado, o conselho foi o seguinte: "Há um operário que entra de madrugada no trabalho. Enquanto aguarda, ele abre o jornal. Pense nele ao escrever uma reportagem. Não escreva uma única linha que ele não possa entender e que ele não vá ler".
Ele era tolerante com os excessos de seus melhores jornalistas. Quando um editor quis demitir um repórter por embriaguez, Hearst respondeu: "Se ele está sóbrio um dia em cada 30 é tudo que eu preciso". Dizia-se que o dono era a única pessoa sóbria da redação. Em outra ocasião, o chefe de reportagem quis demitir um repórter, mas este se negou a ir embora. Ao avaliar a situação, Hearst disse que um superior, num caso desses, podia mandar embora um subordinado. O repórter, com sotaque irlandês, disse que havia um problema: "Não quero ser demitido". Hearst levantou os braços, olhou para o executivo: "Neste caso, não há nada que possamos fazer". E o repórter continuou no "Examiner".
O estilo do jornal caiu no agrado dos leitores. No primeiro ano, a circulação dobrou e a publicidade aumentou. Mas o déficit disparou por causa dos contínuos investimentos. Hearst queria fazer do "Examiner" o maior jornal de São Francisco e um excelente negócio, o que conseguiu depois de quatro anos, com ajuda inicial dos investimentos do pai. Vendia 80 mil exemplares numa cidade de 300 mil habitantes.
Em 1895 ele decidiu entrar em Nova York, o mercado jornalístico mais difícil dos Estados Unidos, com 17 diários, e competir com Joseph Pulitzer e o "World", seus antigos modelos. Comprou um jornal de Albert Pulitzer, irmão de Joseph, o "New York Morning Journal", de baixo preço, baixa circulação e baixa qualidade.
Seguiu o mesmo roteiro que em São Francisco. Procurou, por qualquer preço, os melhores jornalistas que pudesse encontrar. Para não perder tempo, contratou em massa toda a equipe que fazia o "Sunday World", o mais rentável jornal de Pulitzer, incluindo o artista que desenhava um suplemento com um garoto de camiseta amarela, extremamente popular entre os leitores, e que levou o garoto com sua camiseta para a edição de domingo do "Journal". Irritado, Pulitzer reagiu, ofereceu mais dinheiro e trouxe a equipe de volta. Apenas por 24 horas. Hearst aumentou a oferta e a contratou de novo no dia seguinte O "World" precisou encontrar outro desenhista e outro garoto com roupa da mesma cor. Foram esses suplementos e a camiseta do garoto que deram aos jornais de Pulitzer e Hearst o nome, depois pejorativo, de "imprensa amarela". Hearst também tirou de Pulitzer seus melhores executivos, entre eles Solomon S. Carvalho, de ascendência judaico-portuguesa. Todos eles ficaram milionários. Para ocupar seu lugar, Pulitzer promoveu outro executivo e ofereceu um jantar em sua homenagem - que foi cancelado às pressas porque ele, também, foi contratado por Hearst.
Como em São Francisco, o jornal de Nova York era graficamente bem apresentado, sensacionalista; defensor das massas, dos sindicatos e dos imigrantes. Iniciou várias campanhas e investiu pesadamente em promoção. Se o "World" era o jornal dos "underdogs", o "Journal" era o jornal dos "under-underdogs". Em pouco tempo, a circulação dobrou para 150 mil exemplares. Pulitzer, desorientado com as iniciativas do jovem impertinente, cortou pela metade o preço de venda do exemplar, mas com escasso impacto na circulação, e aumentou o da publicidade, o que levou alguns de seus anunciantes para o "Journal". Para complementar a edição matutina e competir com o jornal vespertino de Pulitzer, Hearst lançou o "New York Evening Journal".
Em 1895 ele decidiu entrar em Nova York, o mercado jornalístico mais difícil dos Estados Unidos, com 17 diários, e competir com Joseph Pulitzer e o "World", seus antigos modelos. Comprou um jornal de Albert Pulitzer, irmão de Joseph, o "New York Morning Journal", de baixo preço, baixa circulação e baixa qualidade.
Seguiu o mesmo roteiro que em São Francisco. Procurou, por qualquer preço, os melhores jornalistas que pudesse encontrar. Para não perder tempo, contratou em massa toda a equipe que fazia o "Sunday World", o mais rentável jornal de Pulitzer, incluindo o artista que desenhava um suplemento com um garoto de camiseta amarela, extremamente popular entre os leitores, e que levou o garoto com sua camiseta para a edição de domingo do "Journal". Irritado, Pulitzer reagiu, ofereceu mais dinheiro e trouxe a equipe de volta. Apenas por 24 horas. Hearst aumentou a oferta e a contratou de novo no dia seguinte O "World" precisou encontrar outro desenhista e outro garoto com roupa da mesma cor. Foram esses suplementos e a camiseta do garoto que deram aos jornais de Pulitzer e Hearst o nome, depois pejorativo, de "imprensa amarela". Hearst também tirou de Pulitzer seus melhores executivos, entre eles Solomon S. Carvalho, de ascendência judaico-portuguesa. Todos eles ficaram milionários. Para ocupar seu lugar, Pulitzer promoveu outro executivo e ofereceu um jantar em sua homenagem - que foi cancelado às pressas porque ele, também, foi contratado por Hearst.
Como em São Francisco, o jornal de Nova York era graficamente bem apresentado, sensacionalista; defensor das massas, dos sindicatos e dos imigrantes. Iniciou várias campanhas e investiu pesadamente em promoção. Se o "World" era o jornal dos "underdogs", o "Journal" era o jornal dos "under-underdogs". Em pouco tempo, a circulação dobrou para 150 mil exemplares. Pulitzer, desorientado com as iniciativas do jovem impertinente, cortou pela metade o preço de venda do exemplar, mas com escasso impacto na circulação, e aumentou o da publicidade, o que levou alguns de seus anunciantes para o "Journal". Para complementar a edição matutina e competir com o jornal vespertino de Pulitzer, Hearst lançou o "New York Evening Journal".
Hearst assumiu um grande risco quando, nas eleições de 1896, apoiou o candidato democrata William Jennings Bryan para a Presidência. Bryan defendia a cunhagem de moedas de prata, junto com as de ouro, para aumentar o meio circulante e tirar o país da recessão. Sua campanha eletrizou o país. Extremamente eloquente, Bryan dizia que os Estados Unidos estavam sendo crucificados numa "cruz de ouro" para benefício dos banqueiros. Ele defendia também a taxação da renda e a regulamentação das ferrovias e das grandes corporações, temas caros a Hearst. Tinha suporte no Oeste e no Sul, mas era considerado lunático e irresponsável no resto do país, especialmente em Nova York. Foi massacrado pela imprensa, inclusive os jornais próximos ao partido democrata - até Pulitzer lhe retirou o apoio. Só encontrou simpatia na imprensa de Hearst. Quando os anunciantes ameaçaram suspender a publicidade, ele respondia que assim teria mais espaço para defender seu candidato. Bryan perdeu as eleições por uma margem estreita, mas Hearst ganhou prestígio e seus jornais, circulação. Houve dias em que vendiam mais de um milhão de exemplares.
O episódio pelo qual Hearst e seus jornais ficaram mais conhecidos foi a guerra para libertar Cuba, uma colônia espanhola que lutava para conseguir a independência. Hearst viu a contenda como uma luta de oprimidos contra opressores e percebeu que o assunto podia vender muito jornal. Com todo o sensacionalismo de que foi capaz, ele deu cobertura jornalística e apoio material aos rebeldes, ocasionalmente com ajuda dos diplomatas americanos em Havana, e contribuiu para o contrabando de armas e suprimentos.
Ficou famosa a frase apócrifa de Hearst quando um desenhista enviado a Cuba para fazer ilustrações quis voltar a Nova York porque não havia guerra. Ele respondeu "Providencie os desenhos, eu providenciarei a guerra".
Os dois lados praticaram atos de terror para dominar o adversário. Hearst deu grande destaque aos campos de concentração criados pelos espanhóis para confinar as populações civis, ocasionando um elevado número de mortos. Quando o cruzador "Maine" explodiu na baía de Havana, os jornais de Hearst, sem aguardar as conclusões do inquérito - a versão atual é que a explosão foi provavelmente causada por problemas de combustão interna -, apontaram os espanhóis como responsáveis e incitaram o Congresso e o presidente a declarar guerra à Espanha.
Foram destacados dezenas de correspondentes, alguns dos quais participaram como jornalistas e como combatentes. Os Estados Unidos ganharam facilmente a guerra. Tomaram Cuba, Porto Rico e as Filipinas. Neste país, nos anos seguintes, os Estados Unidos usaram a mesma tática espanhola de campos de concentração, com os mesmos resultados. Para os olhos de Washington, os antigos heróis da luta da independência contra a Espanha se transformaram em bandidos rebeldes quando quiseram ser, também, independentes dos Estados Unidos. Porto Rico nunca foi independente e Cuba, depois de tentativas de anexação, se transformou durante décadas numa espécie de protetorado.
O episódio pelo qual Hearst e seus jornais ficaram mais conhecidos foi a guerra para libertar Cuba, uma colônia espanhola que lutava para conseguir a independência. Hearst viu a contenda como uma luta de oprimidos contra opressores e percebeu que o assunto podia vender muito jornal. Com todo o sensacionalismo de que foi capaz, ele deu cobertura jornalística e apoio material aos rebeldes, ocasionalmente com ajuda dos diplomatas americanos em Havana, e contribuiu para o contrabando de armas e suprimentos.
Ficou famosa a frase apócrifa de Hearst quando um desenhista enviado a Cuba para fazer ilustrações quis voltar a Nova York porque não havia guerra. Ele respondeu "Providencie os desenhos, eu providenciarei a guerra".
Os dois lados praticaram atos de terror para dominar o adversário. Hearst deu grande destaque aos campos de concentração criados pelos espanhóis para confinar as populações civis, ocasionando um elevado número de mortos. Quando o cruzador "Maine" explodiu na baía de Havana, os jornais de Hearst, sem aguardar as conclusões do inquérito - a versão atual é que a explosão foi provavelmente causada por problemas de combustão interna -, apontaram os espanhóis como responsáveis e incitaram o Congresso e o presidente a declarar guerra à Espanha.
Foram destacados dezenas de correspondentes, alguns dos quais participaram como jornalistas e como combatentes. Os Estados Unidos ganharam facilmente a guerra. Tomaram Cuba, Porto Rico e as Filipinas. Neste país, nos anos seguintes, os Estados Unidos usaram a mesma tática espanhola de campos de concentração, com os mesmos resultados. Para os olhos de Washington, os antigos heróis da luta da independência contra a Espanha se transformaram em bandidos rebeldes quando quiseram ser, também, independentes dos Estados Unidos. Porto Rico nunca foi independente e Cuba, depois de tentativas de anexação, se transformou durante décadas numa espécie de protetorado.
Hearst difundiu a percepção de ter levado os Estados Unidos à guerra por meio de seus jornais. Gastara milhões de dólares, proporcionados pelas minas de ouro e prata. Mas, como tinha calculado, ele se consolidou como a maior força jornalística de Nova York e em pouco tempo seria também a maior do país. Pulitzer reconheceu as qualidades de seu jovem rival. Disse que ele tinha "talento e gênio além de qualquer dúvida, talento não só para as notícias e reportagens como também gênio sem paralelo na autopromoção de seus atos".
Consciente de seu poder e de sua popularidade entre as pessoas de origem humilde, decidiu entrar na política. Foi eleito deputado e, depois de brigar com a corrupta máquina do partido democrata de Nova York, conhecida como Tammany Hall, Hearst fundou um novo partido e, para desespero dos conservadores, em 1905 se lançou candidato a prefeito da cidade. Aplicou na campanha os mesmos métodos e a mesma imaginação com que promovia seus jornais. No dia da eleição, os fiscais de Hearst foram agredidos, muitas urnas foram parar no rio Hudson e outras extraviadas. É quase certo que ele ganhou a eleição, mas, pelo resultado oficial, perdeu por 3,5 mil votos num total de 600 mil Os relatos da época, mesmo dos jornais concorrentes, são unânimes em dizer que os votos foram manipulados. Mas o resultado trouxe alívio à alta sociedade novaiorquina, temerosa do radicalismo do traidor de sua classe. Hearst foi de novo às urnas, ao candidatar-se a governador, contra a "cobiça da plutocracia", defendendo a jornada de oito horas, tarifas ferroviárias menores, eleições diretas para o Senado, controle dos monopólios, pensões para os professores primários. Nova derrota, por 58 mil votos de quase 1,5 milhão. E, numa tentativa sem nenhuma possibilidade, aspirou à Presidência da República. Finalmente, desistiu da vida política.
Superando o fracasso eleitoral, ele lançou jornais por todo o país, fundou revistas, agências de notícias, produtoras de cinema. Transformou-se num dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Pessoalmente, era tímido e educado, de reações imprevisíveis, com uma compulsão para comprar. Foi um acumulador, mais do que um colecionador, de obras e objetos de arte. Comprava continuamente e sem saber o que iria fazer depois. Chegou a adquirir um claustro do século X na província de Segóvia, na Espanha. Foi desmontado pedra a pedra e embalado em 10,7 mil caixas de madeira; para transportá-lo, foi construído um ramal de 30 quilômetros até a ferrovia principal. Não satisfeito com o claustro, anos depois comprou o mosteiro do século XII de Santa María de Ovila, perto de Siguenza, também na Espanha. Foi desmontado, cada pedra marcada e, apesar da revolta dos aldeões locais, transportado por mulas e bois até uma ferrovia de bitola estreita e depois até o porto onde onze navios levaram a carga a São Francisco.
O claustro foi reconstruído na Flórida, em Miami Beach, e serve de atração aos turistas. O mosteiro de Santa María de Ovila, que fora um dos orgulhos dos monges da ordem cisterciense, é hoje um amontoado de pedras esquecidas em algum lugar da Califórnia.
Importar claustros e mosteiros não foi a maior extravagância arquitetônica de Hearst, feito reservado à construção do castelo de San Simeón, numa área de 160 km2 na Califórnia, entre Los Angeles e São Francisco, que demorou várias décadas e custou dezenas de milhões de dólares. Foi inspirado inicialmente na arquitetura renascentista do Sul da Espanha, mas foram tantas as ampliações e modificações, feitas ao sabor de suas ideias, sonhos, lembranças de castelos e catedrais que tinha visto na Europa, que a obra final é um mosaico, um pastiche de estilos arquitetônicos acumulados ao longo dos anos, que revela a complexa personalidade de seu construtor. Por doação de seus herdeiros, o castelo de San Simeón, conhecido como Hearst Castle, hoje pertence ao Patrimônio Histórico (U. S. National Historic Landmark).
Durante a I Guerra, Hearst, isolacionista convicto, se opôs à entrada dos Estados Unidos no conflito e fez um grande esforço, com um elevado custo financeiro, para publicar informações dos dois lados da contenda. Seu isolacionismo o levou a questionar o esforço do Ocidente para derrubar o incipiente regime bolchevique na Rússia: "O povo russo se livrou do jugo dos czares e da nobreza corrupta e estabeleceu uma democracia - não perfeita, mas uma forma de governo democrático que pode evoluir dia a dia para uma democracia melhor". Também protestou contra o envio de "rapazes americanos às neves da Sibéria (,,,) para restabelecer uma autocracia dos czares despóticos, de nobres corruptos e sem consciência e de cossacos cruéis".
Consciente de seu poder e de sua popularidade entre as pessoas de origem humilde, decidiu entrar na política. Foi eleito deputado e, depois de brigar com a corrupta máquina do partido democrata de Nova York, conhecida como Tammany Hall, Hearst fundou um novo partido e, para desespero dos conservadores, em 1905 se lançou candidato a prefeito da cidade. Aplicou na campanha os mesmos métodos e a mesma imaginação com que promovia seus jornais. No dia da eleição, os fiscais de Hearst foram agredidos, muitas urnas foram parar no rio Hudson e outras extraviadas. É quase certo que ele ganhou a eleição, mas, pelo resultado oficial, perdeu por 3,5 mil votos num total de 600 mil Os relatos da época, mesmo dos jornais concorrentes, são unânimes em dizer que os votos foram manipulados. Mas o resultado trouxe alívio à alta sociedade novaiorquina, temerosa do radicalismo do traidor de sua classe. Hearst foi de novo às urnas, ao candidatar-se a governador, contra a "cobiça da plutocracia", defendendo a jornada de oito horas, tarifas ferroviárias menores, eleições diretas para o Senado, controle dos monopólios, pensões para os professores primários. Nova derrota, por 58 mil votos de quase 1,5 milhão. E, numa tentativa sem nenhuma possibilidade, aspirou à Presidência da República. Finalmente, desistiu da vida política.
Superando o fracasso eleitoral, ele lançou jornais por todo o país, fundou revistas, agências de notícias, produtoras de cinema. Transformou-se num dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Pessoalmente, era tímido e educado, de reações imprevisíveis, com uma compulsão para comprar. Foi um acumulador, mais do que um colecionador, de obras e objetos de arte. Comprava continuamente e sem saber o que iria fazer depois. Chegou a adquirir um claustro do século X na província de Segóvia, na Espanha. Foi desmontado pedra a pedra e embalado em 10,7 mil caixas de madeira; para transportá-lo, foi construído um ramal de 30 quilômetros até a ferrovia principal. Não satisfeito com o claustro, anos depois comprou o mosteiro do século XII de Santa María de Ovila, perto de Siguenza, também na Espanha. Foi desmontado, cada pedra marcada e, apesar da revolta dos aldeões locais, transportado por mulas e bois até uma ferrovia de bitola estreita e depois até o porto onde onze navios levaram a carga a São Francisco.
O claustro foi reconstruído na Flórida, em Miami Beach, e serve de atração aos turistas. O mosteiro de Santa María de Ovila, que fora um dos orgulhos dos monges da ordem cisterciense, é hoje um amontoado de pedras esquecidas em algum lugar da Califórnia.
Importar claustros e mosteiros não foi a maior extravagância arquitetônica de Hearst, feito reservado à construção do castelo de San Simeón, numa área de 160 km2 na Califórnia, entre Los Angeles e São Francisco, que demorou várias décadas e custou dezenas de milhões de dólares. Foi inspirado inicialmente na arquitetura renascentista do Sul da Espanha, mas foram tantas as ampliações e modificações, feitas ao sabor de suas ideias, sonhos, lembranças de castelos e catedrais que tinha visto na Europa, que a obra final é um mosaico, um pastiche de estilos arquitetônicos acumulados ao longo dos anos, que revela a complexa personalidade de seu construtor. Por doação de seus herdeiros, o castelo de San Simeón, conhecido como Hearst Castle, hoje pertence ao Patrimônio Histórico (U. S. National Historic Landmark).
Durante a I Guerra, Hearst, isolacionista convicto, se opôs à entrada dos Estados Unidos no conflito e fez um grande esforço, com um elevado custo financeiro, para publicar informações dos dois lados da contenda. Seu isolacionismo o levou a questionar o esforço do Ocidente para derrubar o incipiente regime bolchevique na Rússia: "O povo russo se livrou do jugo dos czares e da nobreza corrupta e estabeleceu uma democracia - não perfeita, mas uma forma de governo democrático que pode evoluir dia a dia para uma democracia melhor". Também protestou contra o envio de "rapazes americanos às neves da Sibéria (,,,) para restabelecer uma autocracia dos czares despóticos, de nobres corruptos e sem consciência e de cossacos cruéis".
Mas, com o tempo, Hearst foi ficando mais conservador, segundo um biógrafo, porque tinha mais para conservar. Passou a antagonizar os sindicatos e ficou preocupado com o espantalho do comunismo e com o "perigo amarelo" representado pelo Japão. Ficou cada vez mais isolacionista. O que não impediu que, dono de um enorme rancho no México, o Babicora, pregasse a intervenção dos Estados Unidos para proteger os investimentos dos cidadãos americanos nesse país. Quando as tropas dos Estados Unidos desembarcaram no porto mexicano de Veracruz, em 1910, ele atacou furiosamente o presidente Wilson, por achar a medida muito tímida e insuficiente. Em outra ocasião, seus jornais divulgaram com estrondo documentos revelando que havia um complô contra os Estados Unidos ao sul do Rio Grande envolvendo latinos, japoneses e comunistas e que o governo mexicano havia subornado editores de jornais, religiosos e quatro senadores americanos.
Embora afastado pessoalmente da política, a ele é atribuída, em boa parte, a eleição de Franklin Roosevelt à Presidência dos Estados Unidos, em 1932. Inicialmente, Hearst lançou o nome do presidente da Câmara, John Nance Garner, que foi pego de surpresa, para disputar a indicação como candidato do Partido Democrata, e conseguiu para ele mais de 100 votos nas eleições primárias. Roosevelt precisava desses votos no colégio eleitoral para derrotar Al Smith; se não os conseguisse imediatamente era quase certo que seus eleitores o abandonariam. Hearst acenou com os votos de Garner caso Roosevelt se comprometesse com uma política de isolacionismo na área internacional. Contra todas suas convicções, Roosevelt concordou e fez um discurso criticando a participação dos Estados Unidos na Liga das Nações. Hearst não teve nenhum problema em convencer Garner a repassar seus votos e entrou na chapa de Roosevelt como candidato a vice-presidente.
Mas ao ser eleito, o novo presidente e o New Deal, seu plano de recuperação econômica, sofreram ataques virulentos da imprensa de Hearst. Isto chega a ser surpreendente. Quando Herbert Hoover ainda era presidente, Hearst sugeriu, em cadeia de rádio e em todos seus jornais, fazer um enorme projeto de obras públicas no valor de US$ 5 bilhões. Disse que era essa "a ocasião para aumentar a dívida nacional e aumentar os gastos do governo em obras públicas para criar empregos e dessa maneira aumentar a prosperidade. Depois, com a prosperidade, pagar a dívida". Um programa semelhante ao que Roosevelt aplicaria anos depois. Por um tempo, admirou Mussolini e o padre Coughlin, de tendência fascista.
Ele sempre se considerou, acima de tudo, um jornalista. Mas seu faro pelo jornalismo popular começou a falhar. Não percebeu, por exemplo, a importância dos jornais em formato tabloide, achando que eram um modismo. Quando acordou, um concorrente, o "New York Daily News" já estava com mais de 750 mil exemplares, ultrapassando um de seus jornais, o "New York American", e ameaçando o "Journal". O lançamento do tabloide lembra precisamente as batalhas, no fim do século XIX, do recém-chegado Hearst para enfrentar um Pulitzer já consolidado. Como contra-ataque ao "Daily News", ele lançou o "Mirror", que não conseguiu igualar o concorrente nem em qualidade, nem em circulação. Hoje não existe em Nova York nenhum dos jornais de Hearst, mas o "Daily News" continua circulando. Outro jornal que cresceu de maneira lenta e segura foi "The New York Times", que adotou um estilo totalmente diferente de jornalismo.
Os gastos extravagantes, de US$ 15 milhões por mês e a queda da receita de publicidade de US$ 113 milhões para US$ 40 milhões - a circulação pouco sofreu - durante a depressão dos anos 1930 levaram as empresas de Hearst à beira da falência. A dívida subiu a US$ 126 milhões. Cada vez era mais difícil atacar os banqueiros dos quais dependia para garantir a sobrevivência de seu império. Um interventor indicado pelos credores passou a dirigir os negócios do grupo. Alguns jornais, para desespero do magnata, assim como quase toda as coleções de obras de arte, tiveram que ser vendidos. A prosperidade voltou durante a II Guerra, quando os jornais tiveram dificuldades em atender a procura de leitores e anunciantes.
Embora afastado pessoalmente da política, a ele é atribuída, em boa parte, a eleição de Franklin Roosevelt à Presidência dos Estados Unidos, em 1932. Inicialmente, Hearst lançou o nome do presidente da Câmara, John Nance Garner, que foi pego de surpresa, para disputar a indicação como candidato do Partido Democrata, e conseguiu para ele mais de 100 votos nas eleições primárias. Roosevelt precisava desses votos no colégio eleitoral para derrotar Al Smith; se não os conseguisse imediatamente era quase certo que seus eleitores o abandonariam. Hearst acenou com os votos de Garner caso Roosevelt se comprometesse com uma política de isolacionismo na área internacional. Contra todas suas convicções, Roosevelt concordou e fez um discurso criticando a participação dos Estados Unidos na Liga das Nações. Hearst não teve nenhum problema em convencer Garner a repassar seus votos e entrou na chapa de Roosevelt como candidato a vice-presidente.
Mas ao ser eleito, o novo presidente e o New Deal, seu plano de recuperação econômica, sofreram ataques virulentos da imprensa de Hearst. Isto chega a ser surpreendente. Quando Herbert Hoover ainda era presidente, Hearst sugeriu, em cadeia de rádio e em todos seus jornais, fazer um enorme projeto de obras públicas no valor de US$ 5 bilhões. Disse que era essa "a ocasião para aumentar a dívida nacional e aumentar os gastos do governo em obras públicas para criar empregos e dessa maneira aumentar a prosperidade. Depois, com a prosperidade, pagar a dívida". Um programa semelhante ao que Roosevelt aplicaria anos depois. Por um tempo, admirou Mussolini e o padre Coughlin, de tendência fascista.
Ele sempre se considerou, acima de tudo, um jornalista. Mas seu faro pelo jornalismo popular começou a falhar. Não percebeu, por exemplo, a importância dos jornais em formato tabloide, achando que eram um modismo. Quando acordou, um concorrente, o "New York Daily News" já estava com mais de 750 mil exemplares, ultrapassando um de seus jornais, o "New York American", e ameaçando o "Journal". O lançamento do tabloide lembra precisamente as batalhas, no fim do século XIX, do recém-chegado Hearst para enfrentar um Pulitzer já consolidado. Como contra-ataque ao "Daily News", ele lançou o "Mirror", que não conseguiu igualar o concorrente nem em qualidade, nem em circulação. Hoje não existe em Nova York nenhum dos jornais de Hearst, mas o "Daily News" continua circulando. Outro jornal que cresceu de maneira lenta e segura foi "The New York Times", que adotou um estilo totalmente diferente de jornalismo.
Os gastos extravagantes, de US$ 15 milhões por mês e a queda da receita de publicidade de US$ 113 milhões para US$ 40 milhões - a circulação pouco sofreu - durante a depressão dos anos 1930 levaram as empresas de Hearst à beira da falência. A dívida subiu a US$ 126 milhões. Cada vez era mais difícil atacar os banqueiros dos quais dependia para garantir a sobrevivência de seu império. Um interventor indicado pelos credores passou a dirigir os negócios do grupo. Alguns jornais, para desespero do magnata, assim como quase toda as coleções de obras de arte, tiveram que ser vendidos. A prosperidade voltou durante a II Guerra, quando os jornais tiveram dificuldades em atender a procura de leitores e anunciantes.
Quando Hearst morreu, em 1951, aos 88 anos, já era quase uma lenda. Poucos jornalistas ou donos de jornal ficaram tão famosos na história da imprensa. Sua vida foi objeto de mais de uma dúzia de biografias, a primeira das quais data de 1928. Ele não teve interesse em lê-la. "Se não contar a verdade vou ficar furioso e se contar a verdade vou ficar furioso." Mas a figura de Hearst no imaginário popular deve-se em grande parte a obras de ficção divulgadas quando ainda vivia. Aldous Huxley, no romance "After Many a Summer Dies the Swan", retrata um velho milionário americano, dono de um castelo na Califórnia, rodeado de objetos de arte que não consegue apreciar e que, com medo de morrer, monta um laboratório cujos técnicos tentam prolongar a vida do patrão. Foi uma caricatura dos seus piores defeitos.
Para milhões de pessoas a imagem de William Randolph Hearst ainda se confunde com a de Charles Foster Kane, o personagem de "Cidadão Kane", que é, para muitos cinéfilos, o melhor filme da história do cinema, interpretado e dirigido por Orson Welles. Aparentemente, há semelhanças demais entre o roteiro de "Cidadão Kane" e o livro "Imperial Hearst", de Ferdinand Lundberg, para ser coincidência. Kane é um rico herdeiro, dono de jornais e colecionador de arte, de grande talento e ambição, que fracassa em suas tentativas na política e, depois de perder a mulher, casa com uma cantora lírica de pouco talento, Susan Alexander, e tenta transformá-la numa estrela. Ela, desesperada, se refugia na bebida. Ele termina seus dias na solidão do enorme castelo que construiu, Xanadu. A figura de Kane, na magistral interpretação de Welles, lembra imediatamente a de Hearst e inspira mais simpatia e, no fim, mais compaixão, do que repulsa. Mas a cantora lírica do filme nada tem a ver com Marion Davies, a estrela de cinema amante de Hearst na vida real, de reconhecido talento; as afetuosas relações entre os dois foram o oposto das mostradas no filme. Se foi a intenção de Orson Welles dizer que Kane não era Hearst porque Susan não era Marion, poucos acreditaram.
Para várias gerações, o nome de Hearst foi sinônimo de jornalismo escandaloso, oportunista e sem escrúpulos, que baixou os padrões éticos da imprensa, distorcendo os fatos e inventando, mais interessado em deformar do que em informar, com o único objetivo de ganhar dinheiro. Poucos jornalistas ou donos de jornal ficaram tão famosos na história da imprensa. Esta percepção está sendo mudada. Hearst ainda exerce um irresistível fascínio sobre os escritores.
A biografia mais famosa, "Citizen Hearst", de W.A. Swanberg, publicada em 1961, vencedora do prêmio Pulitzer, é sumamente crítica, embora deixe entrever uma mal escondida simpatia, sobretudo pelo personagem dos primeiros anos. Recentemente, houve um esforço revisionista que vê a obra de Hearst com outros olhos. Destaca seu extraordinário talento jornalístico, sua generosidade e genuína simpatia pelos mais fracos e coloca em perspectiva a imprensa da época. Uma obra de algum valor é "William Randolph Hearst: The Early Years 1863-1910", de Ben Procter, de 1998. Muito mais importante é "The Chief: The Life of William Randolph Hearst", de David Nassaw, de 2000. O título é uma referência ao apelido de Hearst dentro de sua organização. Os recados que seu secretário mandava diariamente aos executivos começavam assim: "The Chief says:" (O Chefe diz:). A obra mais recente, e que me levou a escrever estas linhas, é "The Uncrowned King: The Sensacional Rise of William Randolph Hearst", de Kenneth Whyte, publicada neste ano.
Whyte preparou um alentado volume de 546 páginas para narrar em detalhes minuciosos a entrada e consolidação de Hearst no mercado de Nova York e principalmente sua competição com Pulitzer. A epopeia começa em 1895, com a compra do "New York Morning Journal", e termina em 1898, depois da campanha de Cuba, com seu predomínio sobre a concorrência. Mostra um Hearst sob uma luz muito favorável. O autor pesquisou exaustivamente e escreve que, com frequência, o sensacionalismo atribuído com exclusividade a Hearst era comum a todos os jornais; afirma que ele não provocou a guerra contra a Espanha, embora reconheça com relutância que ele ajudou a criar um ambiente que levou à declaração de guerra. Afirma também que o célebre telegrama "Providencie os desenhos, eu providenciarei a guerra" nunca foi transmitido, e mostra uma excessiva preocupação em contradizer o livro de Swanberg até em questões de pouca relevância.
A principal base para a lenda negra em torno de Hearst, segundo Whyte, foi um famoso perfil escrito por Lincoln Steffens, que o entrevistou cinco vezes para "The American Magazine", em 1906. Pelo resumo de Whyte, Steffens descreve Hearst como um homem inteligente e ocasionalmente com boas intenções, mas perigosamente rude e agressivo, com poder e dinheiro, mas sem amigos, lar ou escrúpulos, manipulado por seus empregados, vivendo nas sombras e psicologicamente doente, obsessionado com histórias de assassinatos e vícios. Realmente, embora o resumo que Whyte faz do artigo seja demasiado caricaturesco - Steffens foi mais equilibrado em seu perfil do que Whyte admite - e omita que Hearst reconheceu exageros de sensacionalismo em seus jornais, a conclusão final do artigo foi que, a julgar pela maneira de dirigir seus jornais, Hearst seria um homem perigoso se eleito para um cargo público.
Em sua autobiografia, porém, Steffens diz que foi pressionado pelos editores da revista para pintar com tintas mais negras um homem que eles odiavam. Concordavam com sua política, mas detestavam seu estilo. Ele concordou, "para manter meu emprego". Segundo Steffens, Hearst "era um grande homem, capaz", sem ilusões morais, e preocupado com uma sociedade mais democrática.
A tentativa de mudar a imagem de Hearst e de acabar com alguns mitos em torno dele parece oportuna, mas talvez tenha ido demasiado longe. E, apesar desse revisionismo, a imagem de William Randolph Hearst parece indissoluvelmente ligada à de Charles Foster Kane. A ficção predomina sobre a realidade.
Para milhões de pessoas a imagem de William Randolph Hearst ainda se confunde com a de Charles Foster Kane, o personagem de "Cidadão Kane", que é, para muitos cinéfilos, o melhor filme da história do cinema, interpretado e dirigido por Orson Welles. Aparentemente, há semelhanças demais entre o roteiro de "Cidadão Kane" e o livro "Imperial Hearst", de Ferdinand Lundberg, para ser coincidência. Kane é um rico herdeiro, dono de jornais e colecionador de arte, de grande talento e ambição, que fracassa em suas tentativas na política e, depois de perder a mulher, casa com uma cantora lírica de pouco talento, Susan Alexander, e tenta transformá-la numa estrela. Ela, desesperada, se refugia na bebida. Ele termina seus dias na solidão do enorme castelo que construiu, Xanadu. A figura de Kane, na magistral interpretação de Welles, lembra imediatamente a de Hearst e inspira mais simpatia e, no fim, mais compaixão, do que repulsa. Mas a cantora lírica do filme nada tem a ver com Marion Davies, a estrela de cinema amante de Hearst na vida real, de reconhecido talento; as afetuosas relações entre os dois foram o oposto das mostradas no filme. Se foi a intenção de Orson Welles dizer que Kane não era Hearst porque Susan não era Marion, poucos acreditaram.
Para várias gerações, o nome de Hearst foi sinônimo de jornalismo escandaloso, oportunista e sem escrúpulos, que baixou os padrões éticos da imprensa, distorcendo os fatos e inventando, mais interessado em deformar do que em informar, com o único objetivo de ganhar dinheiro. Poucos jornalistas ou donos de jornal ficaram tão famosos na história da imprensa. Esta percepção está sendo mudada. Hearst ainda exerce um irresistível fascínio sobre os escritores.
A biografia mais famosa, "Citizen Hearst", de W.A. Swanberg, publicada em 1961, vencedora do prêmio Pulitzer, é sumamente crítica, embora deixe entrever uma mal escondida simpatia, sobretudo pelo personagem dos primeiros anos. Recentemente, houve um esforço revisionista que vê a obra de Hearst com outros olhos. Destaca seu extraordinário talento jornalístico, sua generosidade e genuína simpatia pelos mais fracos e coloca em perspectiva a imprensa da época. Uma obra de algum valor é "William Randolph Hearst: The Early Years 1863-1910", de Ben Procter, de 1998. Muito mais importante é "The Chief: The Life of William Randolph Hearst", de David Nassaw, de 2000. O título é uma referência ao apelido de Hearst dentro de sua organização. Os recados que seu secretário mandava diariamente aos executivos começavam assim: "The Chief says:" (O Chefe diz:). A obra mais recente, e que me levou a escrever estas linhas, é "The Uncrowned King: The Sensacional Rise of William Randolph Hearst", de Kenneth Whyte, publicada neste ano.
Whyte preparou um alentado volume de 546 páginas para narrar em detalhes minuciosos a entrada e consolidação de Hearst no mercado de Nova York e principalmente sua competição com Pulitzer. A epopeia começa em 1895, com a compra do "New York Morning Journal", e termina em 1898, depois da campanha de Cuba, com seu predomínio sobre a concorrência. Mostra um Hearst sob uma luz muito favorável. O autor pesquisou exaustivamente e escreve que, com frequência, o sensacionalismo atribuído com exclusividade a Hearst era comum a todos os jornais; afirma que ele não provocou a guerra contra a Espanha, embora reconheça com relutância que ele ajudou a criar um ambiente que levou à declaração de guerra. Afirma também que o célebre telegrama "Providencie os desenhos, eu providenciarei a guerra" nunca foi transmitido, e mostra uma excessiva preocupação em contradizer o livro de Swanberg até em questões de pouca relevância.
A principal base para a lenda negra em torno de Hearst, segundo Whyte, foi um famoso perfil escrito por Lincoln Steffens, que o entrevistou cinco vezes para "The American Magazine", em 1906. Pelo resumo de Whyte, Steffens descreve Hearst como um homem inteligente e ocasionalmente com boas intenções, mas perigosamente rude e agressivo, com poder e dinheiro, mas sem amigos, lar ou escrúpulos, manipulado por seus empregados, vivendo nas sombras e psicologicamente doente, obsessionado com histórias de assassinatos e vícios. Realmente, embora o resumo que Whyte faz do artigo seja demasiado caricaturesco - Steffens foi mais equilibrado em seu perfil do que Whyte admite - e omita que Hearst reconheceu exageros de sensacionalismo em seus jornais, a conclusão final do artigo foi que, a julgar pela maneira de dirigir seus jornais, Hearst seria um homem perigoso se eleito para um cargo público.
Em sua autobiografia, porém, Steffens diz que foi pressionado pelos editores da revista para pintar com tintas mais negras um homem que eles odiavam. Concordavam com sua política, mas detestavam seu estilo. Ele concordou, "para manter meu emprego". Segundo Steffens, Hearst "era um grande homem, capaz", sem ilusões morais, e preocupado com uma sociedade mais democrática.
A tentativa de mudar a imagem de Hearst e de acabar com alguns mitos em torno dele parece oportuna, mas talvez tenha ido demasiado longe. E, apesar desse revisionismo, a imagem de William Randolph Hearst parece indissoluvelmente ligada à de Charles Foster Kane. A ficção predomina sobre a realidade.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Secretaria de Saúde do Paraná lança o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida.
A Secretaria de Saúde do Paraná, através do secretário Gilberto Martin, lançou na Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) em Guarapuava, na quarta-feira (24), o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida, que tem como principal objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado. Cerca de 200 pessoas, entre prefeitos, secretários municipais de saúde e representantes de clubes de serviço, igrejas, e associações de moradores participaram do evento que reuniu os 36 municípios de abrangência da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava e da 22ª, de Ivaiporã.
O programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é parte da estratégia do Governo para reduzir o coeficiente de mortalidade infantil a menos de 10. Dados preliminares mostram que no Paraná, em 2008, este coeficiente era de 13 para cada mil nascidos vivos. “Desde 2003, o Governo investe em obras e equipamentos que possibilitam a melhora do atendimento a Saúde nos municípios e, com estas ações houve uma sensível melhora nos índices de mortalidade. Mas isto não é o suficiente, por isso planejamos um programa que introduz seis passos simples e claros. E o primeiro passo é envolver a sociedade no processo, criando um senso de responsabilidade coletivo”, afirmou Gilberto Martin.
“A gravidez é a manifestação máxima da vida e temos que trabalhar unidos para que óbitos evitáveis não ocorram nesta fase. Os números mostram que ainda podemos interferir na redução da mortalidade materna e infantil, pois a maioria dessas mortes pode ser evitada com medidas simples, como a realização do pré-natal, da busca ativa das gestantes no início da gravidez, e a vigilância do recém-nascido até completar um ano de vida. Por isso este convite à sociedade, para que também esteja engajada na preservação da vida das gestantes e de seus filhos”, ressaltou o secretário.
Na oportunidade Martin ressaltou a importância da criação dos Comitês Municipais para a Redução da materno-infantil. “A razão deste lançamento regional é mostrar a importância da participação da comunidade no processo de redução da mortalidade. Este comitê deverá analisar os dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde e juntos encontrar soluções que reduzam as mortes durante a gravidez e logo após o parto”, complementou.
A expectativa é que até o final do ano todos os municípios já tenham instalados os seus comitês. “Com a implantação do comitê, a comunidade poderá contribuir com o segundo passo do programa também, que é o da busca ativa das gestantes, por exemplo. A pastoral da Igreja, ou até mesmo o pastor ou o sacerdote podem contribuir na orientação das gestantes, incentivando-as a procurar o serviço de saúde para a realização do pré-natal”, reforçou.
Os outros passos do programa visam à garantia do pré-natal a todas as gestantes cadastradas no programa, e também a garantia de maternidade de referência para cada parto. “Durante o pré-natal poderemos prever se a gestação será de alto-risco ou não, e vamos sempre trabalhar com uma maternidade mais próxima para ser referência para várias unidades de saúde. Se a gestação for de risco, a maternidade referência também será acionada”, complementou.
O programa também prevê a implantação da vigilância para o acompanhamento do recém-nascido em situação de risco e o acompanhamento da criança no primeiro ano de vida, com vacinação e cuidados para um desenvolvimento saudável. “As clínicas da mulher e da criança terão papel fundamental nesta fase, pois servirão para as consultas de rotina da mãe e da criança, até a criança completar um ano de vida”, finalizou.
O Representante das instituições de ensino superior e vice-reitor da Unicentro, Nelson Aldo Bonna ressaltou que a universidade está muito feliz em acolher o lançamento regional deste programa, que é de extrema importância para o Estado e para a comunidade. “Somos parceiros da Secretaria de Estado da Saúde em outros projetos e daremos a nossa parcela de contribuição para que este programa seja um sucesso”, ressaltou.
Para o Pastor Rilsom, que representou as igrejas evangélicas, a iniciativa do Governo do Paraná é importante, visto que o programa luta para a preservação da vida. “Estamos todos felizes com esta iniciativa, pois mostra um Governo interessado e participante, engajado na luta pela vida das mulheres e das crianças”, afirmou.
Já o representante dos secretários municipais de Saúde da região, Valdemir Scarpari, disse que este programa vai contribuir com as ações que já vem sendo feitas pelas Secretarias Municipais de Saúde, e que as duas iniciativas somadas contribuirão ainda mais para a redução da mortalidade.
Centros de Saúde da Mulher e da Criança: Uma das ações do Governo, que complementa o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é a implantação de 348 centros de saúde da mulher e da criança no Estado. Destes, 59 já estão em funcionamento, 87 estão em construção e 202 em processo de licitação.
Na abrangência da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava já foram contemplados com o centro os municípios de Candói, Foz do Jordão, Goixim, Marquinho, Pinhão e Porto Barreiro. E na abrangência da 22ª Regional de Saúde de Ivaiporã três são os municípios já contemplados: Cândido de Abreu, Nova Tebas e São João do Ivaí.
Estes centros já estão em funcionamento e proporcionam o atendimento diferenciado as gestantes destes municípios. Além da construção e dos equipamentos fornecidos pelo Governo do Paraná, ainda é repassado pelo Estado um incentivo de R$8 mil por mês para a manutenção destes centros. O terreno para a construção, bem como a contratação dos funcionários é responsabilidade de cada município.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
O programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é parte da estratégia do Governo para reduzir o coeficiente de mortalidade infantil a menos de 10. Dados preliminares mostram que no Paraná, em 2008, este coeficiente era de 13 para cada mil nascidos vivos. “Desde 2003, o Governo investe em obras e equipamentos que possibilitam a melhora do atendimento a Saúde nos municípios e, com estas ações houve uma sensível melhora nos índices de mortalidade. Mas isto não é o suficiente, por isso planejamos um programa que introduz seis passos simples e claros. E o primeiro passo é envolver a sociedade no processo, criando um senso de responsabilidade coletivo”, afirmou Gilberto Martin.
“A gravidez é a manifestação máxima da vida e temos que trabalhar unidos para que óbitos evitáveis não ocorram nesta fase. Os números mostram que ainda podemos interferir na redução da mortalidade materna e infantil, pois a maioria dessas mortes pode ser evitada com medidas simples, como a realização do pré-natal, da busca ativa das gestantes no início da gravidez, e a vigilância do recém-nascido até completar um ano de vida. Por isso este convite à sociedade, para que também esteja engajada na preservação da vida das gestantes e de seus filhos”, ressaltou o secretário.
Na oportunidade Martin ressaltou a importância da criação dos Comitês Municipais para a Redução da materno-infantil. “A razão deste lançamento regional é mostrar a importância da participação da comunidade no processo de redução da mortalidade. Este comitê deverá analisar os dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde e juntos encontrar soluções que reduzam as mortes durante a gravidez e logo após o parto”, complementou.
A expectativa é que até o final do ano todos os municípios já tenham instalados os seus comitês. “Com a implantação do comitê, a comunidade poderá contribuir com o segundo passo do programa também, que é o da busca ativa das gestantes, por exemplo. A pastoral da Igreja, ou até mesmo o pastor ou o sacerdote podem contribuir na orientação das gestantes, incentivando-as a procurar o serviço de saúde para a realização do pré-natal”, reforçou.
Os outros passos do programa visam à garantia do pré-natal a todas as gestantes cadastradas no programa, e também a garantia de maternidade de referência para cada parto. “Durante o pré-natal poderemos prever se a gestação será de alto-risco ou não, e vamos sempre trabalhar com uma maternidade mais próxima para ser referência para várias unidades de saúde. Se a gestação for de risco, a maternidade referência também será acionada”, complementou.
O programa também prevê a implantação da vigilância para o acompanhamento do recém-nascido em situação de risco e o acompanhamento da criança no primeiro ano de vida, com vacinação e cuidados para um desenvolvimento saudável. “As clínicas da mulher e da criança terão papel fundamental nesta fase, pois servirão para as consultas de rotina da mãe e da criança, até a criança completar um ano de vida”, finalizou.
O Representante das instituições de ensino superior e vice-reitor da Unicentro, Nelson Aldo Bonna ressaltou que a universidade está muito feliz em acolher o lançamento regional deste programa, que é de extrema importância para o Estado e para a comunidade. “Somos parceiros da Secretaria de Estado da Saúde em outros projetos e daremos a nossa parcela de contribuição para que este programa seja um sucesso”, ressaltou.
Para o Pastor Rilsom, que representou as igrejas evangélicas, a iniciativa do Governo do Paraná é importante, visto que o programa luta para a preservação da vida. “Estamos todos felizes com esta iniciativa, pois mostra um Governo interessado e participante, engajado na luta pela vida das mulheres e das crianças”, afirmou.
Já o representante dos secretários municipais de Saúde da região, Valdemir Scarpari, disse que este programa vai contribuir com as ações que já vem sendo feitas pelas Secretarias Municipais de Saúde, e que as duas iniciativas somadas contribuirão ainda mais para a redução da mortalidade.
Centros de Saúde da Mulher e da Criança: Uma das ações do Governo, que complementa o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida é a implantação de 348 centros de saúde da mulher e da criança no Estado. Destes, 59 já estão em funcionamento, 87 estão em construção e 202 em processo de licitação.
Na abrangência da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava já foram contemplados com o centro os municípios de Candói, Foz do Jordão, Goixim, Marquinho, Pinhão e Porto Barreiro. E na abrangência da 22ª Regional de Saúde de Ivaiporã três são os municípios já contemplados: Cândido de Abreu, Nova Tebas e São João do Ivaí.
Estes centros já estão em funcionamento e proporcionam o atendimento diferenciado as gestantes destes municípios. Além da construção e dos equipamentos fornecidos pelo Governo do Paraná, ainda é repassado pelo Estado um incentivo de R$8 mil por mês para a manutenção destes centros. O terreno para a construção, bem como a contratação dos funcionários é responsabilidade de cada município.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA
Movimento dos Usuários do Transporte Coletivo de Londrina envia carta ao Cincão Notícias pedindo o Serviço de Pronto Atendimento Médico Emergencial no Terminal Central, uma questão de saúde pública e dignidade ao cidadão.
MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA
Nós precisamos com urgência que seja instalado no Terminal Central de Transporte Coletivo, o Serviço de Pronto Atendimento Médico Emergencial. A Lei Municipal 8.660 de 19/12/2001 precisa ser cumprida para beneficiar 155.000 (cento e cinqüenta e cinco mil) pessoas que utilizam o Terminal diariamente.
Prefeito, os usuários estão pedindo SOCORRO, estamos em suas mãos.
De acordo com o MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA, a Lei Municipal 8.660 de 19/12/2001, autoriza o Executivo Municipal a instituir o Serviço de Pronto Atendimento Emergencial no Terminal Urbano de Transporte Coletivo e no Terminal Rodoviário de Londrina.
O lei consiste na permanência diária de profissionais da área de saúde nos dois terminais, com o objetivo de atender, ouvir, orientar e assistir as pessoas que por ali transitam. Sendo o mesmo desenvolvido por equipe multiprofissional composta por no mínimo um médico e um enfermeiro.
Para atender à formação e a manutenção das equipes, o Município poderá firmar convênios com a iniciativa privada e com as instituições de ensino superior de Londrina. Assim, caberá à Autarquia do Serviço Municipal de Saúde a supervisão, a avaliação e o acompanhamento do Serviço de Pronto Atendimento Emergencial de que trata esta lei.
O MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA pede as devidas providências ao atual Executivo Municipal para a implantação do serviço, de por atender a saúde pública de Londrina.
MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA
Nós precisamos com urgência que seja instalado no Terminal Central de Transporte Coletivo, o Serviço de Pronto Atendimento Médico Emergencial. A Lei Municipal 8.660 de 19/12/2001 precisa ser cumprida para beneficiar 155.000 (cento e cinqüenta e cinco mil) pessoas que utilizam o Terminal diariamente.
Prefeito, os usuários estão pedindo SOCORRO, estamos em suas mãos.
De acordo com o MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA, a Lei Municipal 8.660 de 19/12/2001, autoriza o Executivo Municipal a instituir o Serviço de Pronto Atendimento Emergencial no Terminal Urbano de Transporte Coletivo e no Terminal Rodoviário de Londrina.
O lei consiste na permanência diária de profissionais da área de saúde nos dois terminais, com o objetivo de atender, ouvir, orientar e assistir as pessoas que por ali transitam. Sendo o mesmo desenvolvido por equipe multiprofissional composta por no mínimo um médico e um enfermeiro.
Para atender à formação e a manutenção das equipes, o Município poderá firmar convênios com a iniciativa privada e com as instituições de ensino superior de Londrina. Assim, caberá à Autarquia do Serviço Municipal de Saúde a supervisão, a avaliação e o acompanhamento do Serviço de Pronto Atendimento Emergencial de que trata esta lei.
O MOVIMENTO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO DE LONDRINA pede as devidas providências ao atual Executivo Municipal para a implantação do serviço, de por atender a saúde pública de Londrina.
História em quadrinhos estimula a leitura
Acervo da Gibiteca de Londrina possui mais de 14.500 exemplares direcionados a todas as idades.
A Gibiteca de Londrina, instalada no Centro Cultural Lupércio Luppi, tem em seu acervo histórias em quadrinhos (HQ) que fizeram parte da infância de muitos.
Além de relembrar boas memórias, as HQ´s estimulam a leitura e a parte visual, quando se lê e vê a imagem, permitindo a imaginação a partir da idéia e do texto. Diversas são as atividades pedagógicas que a HQ pode ser usada, como na escola, por exemplo.
De acordo com o Centro Cultural, quem mais procura as HQ´s são as crianças e entre as leituras preferidas estão a “Turma da Mônica”, “O Menino Maluquinho”, “Zé Carioca”, entre outros.
O aluno de matemática da Universidade Estadual de Londrina, Erick Pereira, de 17 anos e morador do Maria Cecília, sempre gostou, desde pequeno, a ler HQ´s. Ele afirma que as HQ´s estimulam a leitura, principalmente nas crianças, devido à percepção e interpretação de cada um ser diferente.
O que mais chama a atenção do acervo da gibiteca é a variedade e raridade dos exemplares, como o nº1 do “Pato Donald”, de 1967. E também publicações direcionadas a jovens e adultos, como “Tex”, “Recruta Zero”, “Marvel” e “DC Comics”. Todo um material que ajuda na leitura, mas que principalmente deve ser conservado, cabendo ao leitor zelar por ele.
O acervo da Gibiteca de Londrina é feito por doação e quem desejar contribuir deve procurar o Centro Cultural Lupércio Luppi, na avenida Saul Elkind, 790. O funcionamento é de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados das 8h às 12h, ou pelo telefone 33290316.
A Gibiteca de Londrina, instalada no Centro Cultural Lupércio Luppi, tem em seu acervo histórias em quadrinhos (HQ) que fizeram parte da infância de muitos.
Além de relembrar boas memórias, as HQ´s estimulam a leitura e a parte visual, quando se lê e vê a imagem, permitindo a imaginação a partir da idéia e do texto. Diversas são as atividades pedagógicas que a HQ pode ser usada, como na escola, por exemplo.
De acordo com o Centro Cultural, quem mais procura as HQ´s são as crianças e entre as leituras preferidas estão a “Turma da Mônica”, “O Menino Maluquinho”, “Zé Carioca”, entre outros.
O aluno de matemática da Universidade Estadual de Londrina, Erick Pereira, de 17 anos e morador do Maria Cecília, sempre gostou, desde pequeno, a ler HQ´s. Ele afirma que as HQ´s estimulam a leitura, principalmente nas crianças, devido à percepção e interpretação de cada um ser diferente.
O que mais chama a atenção do acervo da gibiteca é a variedade e raridade dos exemplares, como o nº1 do “Pato Donald”, de 1967. E também publicações direcionadas a jovens e adultos, como “Tex”, “Recruta Zero”, “Marvel” e “DC Comics”. Todo um material que ajuda na leitura, mas que principalmente deve ser conservado, cabendo ao leitor zelar por ele.
O acervo da Gibiteca de Londrina é feito por doação e quem desejar contribuir deve procurar o Centro Cultural Lupércio Luppi, na avenida Saul Elkind, 790. O funcionamento é de segunda a sexta das 8h às 18h e aos sábados das 8h às 12h, ou pelo telefone 33290316.
Teologia da Libertação: O Cristianismo a favor dos excluídos
Recentemente, em busca da religião e do “encontro com Deus”, descobri a Teologia da Libertação. Mas o que é isso? Para se pensar em Teologia da Libertação, antes de tudo, é preciso considerar a Doutrina Social da Igreja.
Até meados do século XIX, a Igreja Católica permanecia atrelada aos poderosos da sociedade antiga e medieval, esquecendo que, na própria Bíblia há um conteúdo e um apelo acerca da fraternidade universal e que coloca todos os homens como irmãos e semelhantes a Deus. A partir da Carta Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, 15 de maio de 1891, é que a Igreja Católica insere-se nos tempos modernos, ou melhor dizendo, viu-se cercada por mudanças substanciais no mundo ocidental, como as reformas sociais e políticas que as revoluções burguesas trouxeram, e também pelos novos ventos dos movimentos socialistas e comunistas e foi então, repensando seu papel.
A Encíclica Rerum Novarum, trata principalmente da “questão operária” e teve grande ressonância para o debate sobre a ação social da igreja. Seu efeito foi comparado com o que foi o “Manifesto Comunista” e o “Capital” de Karl Marx para a ação socialista, esta encíclica foi para a ação social cristã.
Pouco a pouco, a igreja foi vendo que a sua encíclica fora aclamada e posta em prática pelos católicos do campo social, pois havia muita sede de mudanças neste campo. Com ela, a Igreja Católica dá um salto qualitativo entre o liberalismo e o socialismo, propondo uma via própria guiada nos princípios cristãos. Durante todo o século XX a caminhada foi sendo duramente trilhada e construída. Tomou mais fôlego, depois do Concílio Vaticano, que ajudou a impulsionar esta grande mudança.
Neste ponto, coloca-se a questão fundamental de como anunciar o evangelho, de modo que ele será compreendido e livremente acolhido. Acolhido por todas as classes sociais, pois somos irmãos em cristo.
No caso da América Latina, não devemos esquecer que a igreja católica entrou de companheira da Europa, no processo de colonização, sendo conivente inclusive, com a escravidão. Mas, se olharmos com mais atenção para este mesmo continente, veremos que foi na América latina o nascedouro da Teologia da Libertação, surgida através das quatro Conferências Gerais realizadas pelo Episcopado da América Latina:
1955 – Rio de Janeiro
1968 – Medellín
1979 – Puebla
1992 – Santo Domingos
Elas constituem marcos profundos da vida eclesial do continente latino-americano e grande dignificado pela dimensão histórica, teológica e renovadora. Ao longo de mais de cinqüenta anos, estas quatro Conferências transformaram-se em fonte de reflexão teológica e de fomento que impulsiona processos de renovação, modificando visões de mundo, pois, uma coisa é ver a história e a teologia pela ótica dos pobres e oprimidos, e outra, é ver pela ótica dos poderosos como antes.
Passou também, a ser um marco referencial para outros grupos que se consideram oprimidos: os cristãos pobres da África e da Ásia, as minorias discriminadas nos Estados Unidos (negros e hispanos) e os diversos movimentos feministas.
A temática da libertação aflorou no Brasil, nos primeiros anos da década de 60, no contexto da análise do fenômeno do subdesenvolvimento. Ensinava-se que o subdesenvolvimento era um problema de atraso técnico, pois éramos “países em desenvolvimento” e que mais tarde se resolveria com a modernização tecnológica, causando assim, uma interdependência entre os países ricos de tecnologia avançada, e os países pobres que dependiam de sua tecnologia para desenvolverem-se e, gerou-se também a crença de que era necessário ter um país rico, para dar esses suportes. Gerou-se assim, o centrismo norte-americano, nos aspectos técnicos, financeiro-econômicos e até culturais. Nesse centrismo, seriam estreitadas as relações com os países ricos e desenvolvidos, para que fosse gestado um desenvolvimento mais homogêneo, sem mudar o sistema.
Há um sistema global de inegável desenvolvimento mas profundamente desigual, gerando um centro rico e uma periferia pobre, gerando um relacionamento de dependência e opressão. O povo oprimido, juntamente com os movimentos populares ligados aos interesses da libertação, começaram a reunir-se e formar cristãos comprometidos e sobretudo organizados em grupos, pastorais e comunidades eclesiais de base.
Eis aí, a Teologia da Libertação funcionando em toda sua organicidade através dos seguintes movimentos:
- Movimento de Educação de Base (M.E.B) e Ação Popular (AP), ambos no Brasil e utilizando o Método Paulo Freire, como método pedagógico de prática totalmente libertadora.
Nos movimentos populares ligados aos interesses de libertação social, surgiram:
Ação Católica Operária - ACO
Juventude Universitária – JUC
Juventude Estudantil Católica – JEC
Comissões de Justiça e Paz – CJP
Em seus círculos, introduzira-se pela primeira vez as reflexões de fé no marco teórico sobre Dependência versus Libertação.
O mais importante na mente dos Teólogos da Libertação, não é a teologia, e sim a Libertação concreta dos oprimidos. Sempre que isso acontece, é sinal de que o Reino de Deus já se aproximou.
Até meados do século XIX, a Igreja Católica permanecia atrelada aos poderosos da sociedade antiga e medieval, esquecendo que, na própria Bíblia há um conteúdo e um apelo acerca da fraternidade universal e que coloca todos os homens como irmãos e semelhantes a Deus. A partir da Carta Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, 15 de maio de 1891, é que a Igreja Católica insere-se nos tempos modernos, ou melhor dizendo, viu-se cercada por mudanças substanciais no mundo ocidental, como as reformas sociais e políticas que as revoluções burguesas trouxeram, e também pelos novos ventos dos movimentos socialistas e comunistas e foi então, repensando seu papel.
A Encíclica Rerum Novarum, trata principalmente da “questão operária” e teve grande ressonância para o debate sobre a ação social da igreja. Seu efeito foi comparado com o que foi o “Manifesto Comunista” e o “Capital” de Karl Marx para a ação socialista, esta encíclica foi para a ação social cristã.
Pouco a pouco, a igreja foi vendo que a sua encíclica fora aclamada e posta em prática pelos católicos do campo social, pois havia muita sede de mudanças neste campo. Com ela, a Igreja Católica dá um salto qualitativo entre o liberalismo e o socialismo, propondo uma via própria guiada nos princípios cristãos. Durante todo o século XX a caminhada foi sendo duramente trilhada e construída. Tomou mais fôlego, depois do Concílio Vaticano, que ajudou a impulsionar esta grande mudança.
Neste ponto, coloca-se a questão fundamental de como anunciar o evangelho, de modo que ele será compreendido e livremente acolhido. Acolhido por todas as classes sociais, pois somos irmãos em cristo.
No caso da América Latina, não devemos esquecer que a igreja católica entrou de companheira da Europa, no processo de colonização, sendo conivente inclusive, com a escravidão. Mas, se olharmos com mais atenção para este mesmo continente, veremos que foi na América latina o nascedouro da Teologia da Libertação, surgida através das quatro Conferências Gerais realizadas pelo Episcopado da América Latina:
1955 – Rio de Janeiro
1968 – Medellín
1979 – Puebla
1992 – Santo Domingos
Elas constituem marcos profundos da vida eclesial do continente latino-americano e grande dignificado pela dimensão histórica, teológica e renovadora. Ao longo de mais de cinqüenta anos, estas quatro Conferências transformaram-se em fonte de reflexão teológica e de fomento que impulsiona processos de renovação, modificando visões de mundo, pois, uma coisa é ver a história e a teologia pela ótica dos pobres e oprimidos, e outra, é ver pela ótica dos poderosos como antes.
Passou também, a ser um marco referencial para outros grupos que se consideram oprimidos: os cristãos pobres da África e da Ásia, as minorias discriminadas nos Estados Unidos (negros e hispanos) e os diversos movimentos feministas.
A temática da libertação aflorou no Brasil, nos primeiros anos da década de 60, no contexto da análise do fenômeno do subdesenvolvimento. Ensinava-se que o subdesenvolvimento era um problema de atraso técnico, pois éramos “países em desenvolvimento” e que mais tarde se resolveria com a modernização tecnológica, causando assim, uma interdependência entre os países ricos de tecnologia avançada, e os países pobres que dependiam de sua tecnologia para desenvolverem-se e, gerou-se também a crença de que era necessário ter um país rico, para dar esses suportes. Gerou-se assim, o centrismo norte-americano, nos aspectos técnicos, financeiro-econômicos e até culturais. Nesse centrismo, seriam estreitadas as relações com os países ricos e desenvolvidos, para que fosse gestado um desenvolvimento mais homogêneo, sem mudar o sistema.
Há um sistema global de inegável desenvolvimento mas profundamente desigual, gerando um centro rico e uma periferia pobre, gerando um relacionamento de dependência e opressão. O povo oprimido, juntamente com os movimentos populares ligados aos interesses da libertação, começaram a reunir-se e formar cristãos comprometidos e sobretudo organizados em grupos, pastorais e comunidades eclesiais de base.
Eis aí, a Teologia da Libertação funcionando em toda sua organicidade através dos seguintes movimentos:
- Movimento de Educação de Base (M.E.B) e Ação Popular (AP), ambos no Brasil e utilizando o Método Paulo Freire, como método pedagógico de prática totalmente libertadora.
Nos movimentos populares ligados aos interesses de libertação social, surgiram:
Ação Católica Operária - ACO
Juventude Universitária – JUC
Juventude Estudantil Católica – JEC
Comissões de Justiça e Paz – CJP
Em seus círculos, introduzira-se pela primeira vez as reflexões de fé no marco teórico sobre Dependência versus Libertação.
O mais importante na mente dos Teólogos da Libertação, não é a teologia, e sim a Libertação concreta dos oprimidos. Sempre que isso acontece, é sinal de que o Reino de Deus já se aproximou.
Gilmar Mendes: O culpado pela desregulamentação das profissões. Como ministro não deveria ferir os princípios trabalhistas.
O principio da educação, os valores da escola e das universidades não foi respeitado por GILMAR MENDES, JUIZ DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
A partir do momento que declarou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma em curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista, com base na exigência de diploma.
GILMAR MENDES fere os direitos trabalhistas, a dignidade e a cidadania do brasileiro, no momento que o próprio estado desregulariza uma profissão e se mostra invocado a acabar com outras, em diversas áreas.
Sou jornalista formado e pelo meu juízo é errado e inconstitucional seu ato. Ele deve representar o estado de lei, que pede melhorias e transformações sociais.
GILMAR MENDES mostra-se contrário às ações para haver leis e soluções não somente aos trabalhadores, mas a todos.
Não é apenas um jornalista que é um trabalhador dedicado há anos na sua capacitação e estudos.
Na escola e na Universidade formam-se médicos, artistas, biólogos, professores, engenheiro, oficiais, dentistas, sociólogos, cientistas e tantos outros profissionais regulamentados pelas suas classes.
Isso é uma lei absurda contrária a Constituição Brasileira e a nossos direitos.
Tenho carteira registrada e sou ligado à classe, como todo trabalhador organizado em grupos, entidades ou sindicatos.
Cuidado brasileiro!
Está é a lista dos juizes que acompanharam GILMAR MENDES, JUIZ DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, favorável á desregulamentação das profissões, além de valores como o ensino, a cultura e a educação.
O que desejam eles com isso?
Acabar com as leis no Brasil?
Onde está a cidadania desses juizes que devem observar as injustiças cometidas contra a humanidade?
Devemos criar forças, todos nós trabalhadores para que haja democracia. Como é possível pessoas ficarem quase 30 anos no Poder, sem ao mesmo concorreram nas eleições.
Veja a lista dos atuais ministros, quando foram nomeados e até quando ficaram no Supremo Tribunal Federal.
Atuais ministros:
- CELSO DE MELLO, NOMEADO EM 1989 E PODE FICAR ATÉ 2015 – 27 ANOS.
- MARCO AURÉLIO DE MELLO, NOMEADO EM 1990 E PODE FICAR ATÉ 2016 - 26 ANOS.
GILMAR MENDES, NOMEADO POR FERNANDO HENRIQUE CARDOSO EM 2002 E PODE FICAR ATÉ 2025 – 23 ANOS
ELLEN GRACIE, NOMEADA EM 2000 E PODE FICAR ATÉ 2018. - 18 ANOS.
ANTONIO CEZAR PELLUSO, NOMEADA EM 2003 E PODE FICAR ATÉ 2012. - 12 ANOS.
CARLOS AYRES BRITTO, NOMEADO EM 2003 E PODE FICAR ATÉ 2012. – 9 ANOS
JOAQUIM BARBOSA, NOMEADO EM 2004 E PODE FICAR ATÉ 2024. – 20 ANOS
EROS GRAU, NOMEADO EM 2004 E PODE FICAR ATÉ 2010. – 6 ANOS.
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI, NOMEADO EM 2006 E PODE FICAR ATÉ 2018. – 12 ANOS.
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA, NOMEADA EM 2006 E PODE FICAR ATÉ 2024. – 18 ANOS.
CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, NOMEADO EM 2007 E PODE FICAR ATÉ 2012. – 5 ANOS.
Marcelo Souto – Jornalista
A partir do momento que declarou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma em curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista, com base na exigência de diploma.
GILMAR MENDES fere os direitos trabalhistas, a dignidade e a cidadania do brasileiro, no momento que o próprio estado desregulariza uma profissão e se mostra invocado a acabar com outras, em diversas áreas.
Sou jornalista formado e pelo meu juízo é errado e inconstitucional seu ato. Ele deve representar o estado de lei, que pede melhorias e transformações sociais.
GILMAR MENDES mostra-se contrário às ações para haver leis e soluções não somente aos trabalhadores, mas a todos.
Não é apenas um jornalista que é um trabalhador dedicado há anos na sua capacitação e estudos.
Na escola e na Universidade formam-se médicos, artistas, biólogos, professores, engenheiro, oficiais, dentistas, sociólogos, cientistas e tantos outros profissionais regulamentados pelas suas classes.
Isso é uma lei absurda contrária a Constituição Brasileira e a nossos direitos.
Tenho carteira registrada e sou ligado à classe, como todo trabalhador organizado em grupos, entidades ou sindicatos.
Cuidado brasileiro!
Está é a lista dos juizes que acompanharam GILMAR MENDES, JUIZ DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, favorável á desregulamentação das profissões, além de valores como o ensino, a cultura e a educação.
O que desejam eles com isso?
Acabar com as leis no Brasil?
Onde está a cidadania desses juizes que devem observar as injustiças cometidas contra a humanidade?
Devemos criar forças, todos nós trabalhadores para que haja democracia. Como é possível pessoas ficarem quase 30 anos no Poder, sem ao mesmo concorreram nas eleições.
Veja a lista dos atuais ministros, quando foram nomeados e até quando ficaram no Supremo Tribunal Federal.
Atuais ministros:
- CELSO DE MELLO, NOMEADO EM 1989 E PODE FICAR ATÉ 2015 – 27 ANOS.
- MARCO AURÉLIO DE MELLO, NOMEADO EM 1990 E PODE FICAR ATÉ 2016 - 26 ANOS.
GILMAR MENDES, NOMEADO POR FERNANDO HENRIQUE CARDOSO EM 2002 E PODE FICAR ATÉ 2025 – 23 ANOS
ELLEN GRACIE, NOMEADA EM 2000 E PODE FICAR ATÉ 2018. - 18 ANOS.
ANTONIO CEZAR PELLUSO, NOMEADA EM 2003 E PODE FICAR ATÉ 2012. - 12 ANOS.
CARLOS AYRES BRITTO, NOMEADO EM 2003 E PODE FICAR ATÉ 2012. – 9 ANOS
JOAQUIM BARBOSA, NOMEADO EM 2004 E PODE FICAR ATÉ 2024. – 20 ANOS
EROS GRAU, NOMEADO EM 2004 E PODE FICAR ATÉ 2010. – 6 ANOS.
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI, NOMEADO EM 2006 E PODE FICAR ATÉ 2018. – 12 ANOS.
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA, NOMEADA EM 2006 E PODE FICAR ATÉ 2024. – 18 ANOS.
CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, NOMEADO EM 2007 E PODE FICAR ATÉ 2012. – 5 ANOS.
Marcelo Souto – Jornalista
Expoente da cultura negra, vida de Elza Soares é tema de oficina no CEPIAC
Com uma história diferente de muitos artistas brasileiros, a ex-lavadeira engajou-se nas causas políticas, sofreu preconceitos e vivenciou as dificuldades encontradas por diversos negros.
Preocupados com problemas de cunho social, como a exclusão, os organizadores do FILO (Festival Internacional de Londrina), trouxeram os artistas mineiros Carlos Afro (coreógrafo) e Guda (percussionista) ao ponto de Cultura do Centro de Produtores Independentes de Arte e Cultura (CEPIAC), a fim de montar um espetáculo com coreografias e músicas para a Cia. de Cristais, do CEPIAC, tendo como base as composições gravadas por Elza Soares. “O objetivo é promover o conhecimento, a divulgação e a inserção de valores da cultura africana e afro-brasileira no sistema social”, afirma Guda.
A apresentação, no último dia 19, na Concha Acústica, teve quadros criados especialmente para a montagem, a partir de músicas pré-selecionadas e com roteiro fundamento historicamente e inspirado nas danças populares de raízes africanas e afro-brasileiras.
O percussionista lembra que Elza é uma artista de expressividade. Ela vem do morro e demonstra, através da música, as dificuldades do negro, como na letra de “Carne”, onde se aborda a desvalorização do trabalho negro.
Há sete anos FILO e trabalhado com a vanguarda do “Clube da Esquina” (ponto de encontro entre artistas de Belo Horizonte – MG), Guda notou que a percussão, aliada a dança, obtêm melhores resultados dos alunos. “A cantiga de roda nos traz energia positiva e cíclica, onde todos se envolvem num ritmo comum. São elementos de cunho africano”, diz.
Pesquisador do samba e das músicas que embalam a capoeira (congado e maculelê), engajado em projetos sociais, onde os alunos da rede pública estão envolvidos, o percussionista inova ao trabalhar o movimento da música com o pandeiro, timba, caixa de bateria e outros. ”Música e dança é a mesma coisa para os africanos. Eles sentem a pulsação através dos ritmos”, salienta
Atuante no Movimento Negro, Guda nota que o preconceito e a discriminação hoje são menores, do que há vinte anos atrás. Mas isso não foi ao acaso. “Os atores da periferia tem representatividade e ocupam diversos espaços na política, esporte e cultura. Mais isso é pouco. Devemos criar consciência do papel social”, argumenta.
Com um trabalho simples, mas com muita honestidade e pesquisa, Guda deixa a seguinte mensagem aos leitores do Cincão Notícias: “O sofrimento do negro é grande e não devemos ser contrários a medidas de inclusão, como as cotas, por exemplo. O cidadão deve criar consciência que a cultura e suas manifestações estão inseridas na alma do povo. A leitura e o estudo são essências, não somente aos negros, mas a todos, para haver conhecimento quanto a nossa história, direitos, constituição e lutas, para assim existir discussões mais abrangentes”, finaliza.
Preocupados com problemas de cunho social, como a exclusão, os organizadores do FILO (Festival Internacional de Londrina), trouxeram os artistas mineiros Carlos Afro (coreógrafo) e Guda (percussionista) ao ponto de Cultura do Centro de Produtores Independentes de Arte e Cultura (CEPIAC), a fim de montar um espetáculo com coreografias e músicas para a Cia. de Cristais, do CEPIAC, tendo como base as composições gravadas por Elza Soares. “O objetivo é promover o conhecimento, a divulgação e a inserção de valores da cultura africana e afro-brasileira no sistema social”, afirma Guda.
A apresentação, no último dia 19, na Concha Acústica, teve quadros criados especialmente para a montagem, a partir de músicas pré-selecionadas e com roteiro fundamento historicamente e inspirado nas danças populares de raízes africanas e afro-brasileiras.
O percussionista lembra que Elza é uma artista de expressividade. Ela vem do morro e demonstra, através da música, as dificuldades do negro, como na letra de “Carne”, onde se aborda a desvalorização do trabalho negro.
Há sete anos FILO e trabalhado com a vanguarda do “Clube da Esquina” (ponto de encontro entre artistas de Belo Horizonte – MG), Guda notou que a percussão, aliada a dança, obtêm melhores resultados dos alunos. “A cantiga de roda nos traz energia positiva e cíclica, onde todos se envolvem num ritmo comum. São elementos de cunho africano”, diz.
Pesquisador do samba e das músicas que embalam a capoeira (congado e maculelê), engajado em projetos sociais, onde os alunos da rede pública estão envolvidos, o percussionista inova ao trabalhar o movimento da música com o pandeiro, timba, caixa de bateria e outros. ”Música e dança é a mesma coisa para os africanos. Eles sentem a pulsação através dos ritmos”, salienta
Atuante no Movimento Negro, Guda nota que o preconceito e a discriminação hoje são menores, do que há vinte anos atrás. Mas isso não foi ao acaso. “Os atores da periferia tem representatividade e ocupam diversos espaços na política, esporte e cultura. Mais isso é pouco. Devemos criar consciência do papel social”, argumenta.
Com um trabalho simples, mas com muita honestidade e pesquisa, Guda deixa a seguinte mensagem aos leitores do Cincão Notícias: “O sofrimento do negro é grande e não devemos ser contrários a medidas de inclusão, como as cotas, por exemplo. O cidadão deve criar consciência que a cultura e suas manifestações estão inseridas na alma do povo. A leitura e o estudo são essências, não somente aos negros, mas a todos, para haver conhecimento quanto a nossa história, direitos, constituição e lutas, para assim existir discussões mais abrangentes”, finaliza.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Carta da 41ª Edição do Festival Internacional de Londrina – FILO 2009
Considerando:
As Resoluções da Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, organizada pelo Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, ocorrida em outubro de 2008 na cidade do Rio de Janeiro;
A assinatura do Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou com equivalência constitucional a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2006;
Afirmamos que:
É inadmissível que os governos em todas as suas instâncias não cumpram as normas constitucionais já estabelecidas no Decreto acima citado, impedindo que milhões de pessoas exerçam seu direito de participar da vida cultural e artística de suas comunidades.
É inaceitável a utilização de recursos públicos nos âmbitos municipal, estadual, federal e do Distrito Federal para fins de financiamento de projetos e ações artísticas que não contemplem, obrigatoriamente, medidas de acessibilidade, contribuindo, dessa forma, para a manutenção de uma cultura de exclusão em relação a pessoas com deficiência.
Há necessidade de que artistas e criadores(as) com quaisquer deficiências tenham o direito de contribuir com sua arte para o bem comum em igualdade de oportunidades com artistas e criadores sem deficiência na participação de concursos, editais e festivais.
Assim, convictos da viabilidade e do sucesso de público e de crítica da qualidade artística apresentada na 41ª edição do evento, os(as) signatários(as) da Carta do Festival Internacional de Londrina – Filo 2009 reconhecem que:
1) - Apenas por meio da adoção imediata de medidas de acessibilidade em todas as manifestações artísticas e culturais, em espaços públicos e de uso coletivo, haverá a democratização e a difusão da cultura.
2) - A partir da iniciativa do Filo 2009, é urgente que outros eventos artísticos exercitem imediatamente a prática de uma cultura inclusiva multiplicando as medidas de acessibilidade já conhecidas e investindo na busca de novas soluções que combatam todas as formas de discriminação em relação a pessoas com deficiência.
Londrina, 11 de junho de 2009.
FILO- Festival Internacional de Londrina
Ámen – Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná
Secretaria Municipal de Cultura
Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina
Escola de Gente – Comunicação em Inclusão
ILITC - Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos
ILES - Instituto Londrinense de Educação para Surdos
WVA Editora e Distribuidora
Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência
CVI – Centro de Vida Independente de Londrina
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Casa de Saúde de Rolândia
CAPS- Centro de Atenção Psicosocial de Londrina
CEPIAC – Centro de Produtores de Arte e Cultura
ADEVILON- Associação dos Deficientes Visuais de Londrina, Rolandia e Cambe.
Vila Cultural Usina Cultural
Vila Cultural Espaço das Artes
Vila Cultural Cemitério de Automóveis
Vila Cultural Alma Brasil
As Resoluções da Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, organizada pelo Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, ocorrida em outubro de 2008 na cidade do Rio de Janeiro;
A assinatura do Decreto Legislativo nº 186/08 que ratificou com equivalência constitucional a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2006;
Afirmamos que:
É inadmissível que os governos em todas as suas instâncias não cumpram as normas constitucionais já estabelecidas no Decreto acima citado, impedindo que milhões de pessoas exerçam seu direito de participar da vida cultural e artística de suas comunidades.
É inaceitável a utilização de recursos públicos nos âmbitos municipal, estadual, federal e do Distrito Federal para fins de financiamento de projetos e ações artísticas que não contemplem, obrigatoriamente, medidas de acessibilidade, contribuindo, dessa forma, para a manutenção de uma cultura de exclusão em relação a pessoas com deficiência.
Há necessidade de que artistas e criadores(as) com quaisquer deficiências tenham o direito de contribuir com sua arte para o bem comum em igualdade de oportunidades com artistas e criadores sem deficiência na participação de concursos, editais e festivais.
Assim, convictos da viabilidade e do sucesso de público e de crítica da qualidade artística apresentada na 41ª edição do evento, os(as) signatários(as) da Carta do Festival Internacional de Londrina – Filo 2009 reconhecem que:
1) - Apenas por meio da adoção imediata de medidas de acessibilidade em todas as manifestações artísticas e culturais, em espaços públicos e de uso coletivo, haverá a democratização e a difusão da cultura.
2) - A partir da iniciativa do Filo 2009, é urgente que outros eventos artísticos exercitem imediatamente a prática de uma cultura inclusiva multiplicando as medidas de acessibilidade já conhecidas e investindo na busca de novas soluções que combatam todas as formas de discriminação em relação a pessoas com deficiência.
Londrina, 11 de junho de 2009.
FILO- Festival Internacional de Londrina
Ámen – Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná
Secretaria Municipal de Cultura
Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina
Escola de Gente – Comunicação em Inclusão
ILITC - Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos
ILES - Instituto Londrinense de Educação para Surdos
WVA Editora e Distribuidora
Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência
CVI – Centro de Vida Independente de Londrina
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Casa de Saúde de Rolândia
CAPS- Centro de Atenção Psicosocial de Londrina
CEPIAC – Centro de Produtores de Arte e Cultura
ADEVILON- Associação dos Deficientes Visuais de Londrina, Rolandia e Cambe.
Vila Cultural Usina Cultural
Vila Cultural Espaço das Artes
Vila Cultural Cemitério de Automóveis
Vila Cultural Alma Brasil
Uma boa notícias aos mototaxistas
A regulamentação das profissões de motoboy e mototaxista foi aprovada pelo plenário do Senado. O projeto, que tramitava há oito anos no Congresso vai à sanção do presidente Lula, que deverá aprová-lo na integra. Durante as discussões, os senadores de diversos partidos apoiaram o projeto e a organização do serviço será feito pelas prefeituras.
Internet nas eleições
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o uso da Internet, já a partir das eleições de 2010, para propaganda de candidaturas e doações de pessoa física em campanhas, inclusive por cartão de crédito. Foi aprovado o texto básico do projeto que altera a Lei Eleitoral (9.504/97) e a Lei dos partidos políticos (9.096/95).
PIS/PASEP
Começa em 11 de agosto o calendário de pagamento do Abono Salarial relativo ao exercício 2009/2010. O cronograma de pagamento foi aprovado pelo conselho deliberativo do FAT e vai pagar um salário mínimo (R$465) a 16,5 milhões de trabalhadores. Tem direito ao abono os trabalhadores cadastrados há pelo menos cinco anos no PIS/PASEP; que tenham recebido em média dois salários mínimos de remuneração mensal e que tenham trabalhado com carteira assinada Poe empregador/contribuinte do PIS/PASEP.
Nascer no Paraná – Direito à vida II
De acordo com Gilberto Martin, Secretário Estadual de Saúde, o Nascer no Paraná – Direito à vida montará comitês para a busca intensiva de gestantes e recém nascidos. Parabéns ao Dr. Gilberto Martin, por esta iniciativa, que aumentará os índices de qualidade de vida no Paraná.
Nascer no Paraná – Direito à vida I
Foi lançado em Londrina, no último dia 29, o Nascer no Paraná – Direito à vida, que tem como principal objetivo à redução da mortalidade infantil. Na oportunidade, José Maria Ferreira, prefeito de Ibiporã, assinou o termo de compromisso e foi um dos representantes da 17ª Regional de Saúde.
PROCON alerta: Antes de comprar qualquer produto, verifique se há assistência técnica em sua região.
O impulso de comprar um objeto seja devido ao preço ou praticidade, leva muitos consumidores e esquecer de perguntar ao vendedor se existe assistência técnica em sua região. Foi isso que aconteceu com o motorista João Severino. Ele comprou, por um baixo preço, uma maquina fotográfica de excelente qualidade na resolução de imagens. Porém, quando ocorreu um problema técnico, João constatou que não havia assistência técnica em Londrina, sendo preciso encaminhar, via correio, a máquina para São Paulo. Diagnosticado o problema, o motorista esperou mais dois meses para que o produto retornasse consertado.
Situações como a de João, relacionadas à garantia de produtos e assistência técnica, são decorrentes de muitas reclamações no PROCON de Londrina. Para que isso seja evitado, o coordenador do PROCON, Marco Cito, alerta que o consumidor deve, antes de adquirir qualquer bem, buscar informações referentes à assistência técnica no seu município. Caso não haja, o consumidor deve ter ciência disso.
Cito lembra que, não havendo assistência, o custo de postagem fica por conta da empresa fabricante ou responsável e, a correspondência deve ser encaminhada a cobrar. Caso o consumidor não queira realizar o procedimento, cabe ao lojista direcionar o produto. “Se a loja não cumprir isso, deve-se procurar seus direitos no PROCON”, afirma.
O prazo de devolução é de até trinta dias e, se o prazo for extrapolado, o consumidor, de acordo com o artigo 18 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, indica a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízos de eventuais perdas e danos; ou o abatimento proporcional do preço.
Para que tais problemas sejam evitados, o PROCON recomenda pesquisas quanto ao fabricante, assistência técnica, qualidade do produto e se a marca é conhecida.
Quanto aos lojistas, Cito relata que em Londrina não há resistência quanto ao cumprimento das garantias do consumidor. Mas, caso a loja busque isenção de responsabilidade, não atendendo o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, o PROCON deve ser acionado na Rua Mato Grosso, 299, ou pelo telefone 151.
Em Londrina, no ano de 2009, o PROCON recebeu 29 reclamações por falta de assistência técnica, 19 por falta de peças para conserto e 96 queixas referentes ao não cumprimento dos termos de garantia.
Situações como a de João, relacionadas à garantia de produtos e assistência técnica, são decorrentes de muitas reclamações no PROCON de Londrina. Para que isso seja evitado, o coordenador do PROCON, Marco Cito, alerta que o consumidor deve, antes de adquirir qualquer bem, buscar informações referentes à assistência técnica no seu município. Caso não haja, o consumidor deve ter ciência disso.
Cito lembra que, não havendo assistência, o custo de postagem fica por conta da empresa fabricante ou responsável e, a correspondência deve ser encaminhada a cobrar. Caso o consumidor não queira realizar o procedimento, cabe ao lojista direcionar o produto. “Se a loja não cumprir isso, deve-se procurar seus direitos no PROCON”, afirma.
O prazo de devolução é de até trinta dias e, se o prazo for extrapolado, o consumidor, de acordo com o artigo 18 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, indica a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízos de eventuais perdas e danos; ou o abatimento proporcional do preço.
Para que tais problemas sejam evitados, o PROCON recomenda pesquisas quanto ao fabricante, assistência técnica, qualidade do produto e se a marca é conhecida.
Quanto aos lojistas, Cito relata que em Londrina não há resistência quanto ao cumprimento das garantias do consumidor. Mas, caso a loja busque isenção de responsabilidade, não atendendo o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, o PROCON deve ser acionado na Rua Mato Grosso, 299, ou pelo telefone 151.
Em Londrina, no ano de 2009, o PROCON recebeu 29 reclamações por falta de assistência técnica, 19 por falta de peças para conserto e 96 queixas referentes ao não cumprimento dos termos de garantia.
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