terça-feira, 25 de abril de 2017

Quitanda oferece itens de qualidade e com preço diferenciado

História e tradição se veemem famílias e comércios que passam de geração a geração. Uma das famílias tradicionais de Jataizinho é a de Noêmia Passardi Ouro, nascida em 1937 e que exibe muita saúde aos 80 anos. Saudosista, ela cita que o inicio da Quitanda se deu através da banca revistas na antiga rodoviária, nas imediações da Praça Frei Timóteo, em 1965. Com o desenvolvimento da cidade o comércio se expandiu, transformando-se na moderna loja, hoje localizada na Avenida Getúlio Vargas. Foram mudanças significativas, em quase 50 anos de existência.
Na época, com parcos recursos, Noêmia cita que o esposo Valdir Ouro ia de ônibus, todas as manhãs, comprar frutas e verduras para abastecer a quitanda. Com esforço e trabalho, a família comprou uma Variant e os negócios começaram a fluir.
Num período que a comunicação não era moderna e acessível como hoje, Valdir Ouro foi o percussor da comunicação comunitáriaao instalar um alto falante em frente à Praça Frei Timóteo, local que hoje funciona o Móveis Estrela. No alto falante anunciava produtos e serviços de Ibiporã e Jataizinho, afirma Noêmia, que também foi pioneira ao vender Folha de Londrina, Folha de São Paulo, Noticias Populares e outros jornais de grande circulação. “Vendia periódicos a passageiros que embarcavam ou desembarcavam na ferroviária e rodoviária”, recorda.
Viúva em 1977, aos 38 anos Noêmia Ouro criou quatro filhos à custa do trabalho e pode os formar na universidade. Tamanho foi o esforço e dedicação, que a Quitanda passou de geração a geração, chegando às mãos de seus netos, que reformaram e modernizaram o antigo espaço. Além de frutas e verduras, a Quitanda oferece porções, cervejas e refrigerantes, produtos de mercearia, churrasqueiras e carvão, além de ser ponto de encontro de amigos que fazem happy hour. A Quitanda fica na Av. Getúlio Vargas, 696. O telefone é o 3259-3363.



Participativo e engajado, vereador Marcos da Ambulância se destaca na elaboração de projetos voltados a infra-estrutura

Em seu primeiro mandato, Marcos da Ambulância teve o reconhecimento de seu trabalho com a nomeação para a vice-presidência da Câmara dos Vereadores. Nestes dois anos foram diversas solicitações e requerimentos que visam a melhoria da infra-estrutura. Entre elas, a determinação para estudo sobre a viabilidade de implantação de pontos de táxi na Unidade Pronto Atendimento (UPA) e no Supermercado Muffato. A mesma se justifica na demanda da população que reside e freqüenta os locais e encontram dificuldades na rápida locomoção. Outra solicitação foi a melhoria na sinalização viária no Bom Pastor, além da implantação de uma lombada na Rua Ermindo Birelo, visando segurança a pedestres e motoristas.               
Quanto ao bem estar social, Marcos da Ambulância determinou o estudo sobre a viabilidade de elaborar meios legais para remir os valores da Associação dos Servidores Municipais de Ibiporã (ASMI), junto ao SAMAE, bem como a isenção dos gastos futuros do gênero. “O pedido se deve ao fato do gasto com água pesar no orçamento da instituição”, afirma.                                    
O vereador é autor da solicitação junto a OI - Brasil Telecom PR, para avaliar a possibilidade de estender a rede de linha telefônica e internet no Jardim Pedro Baise. O requerimento se baseia na necessidade de atender as solicitações de moradores da região, no intuito de suprir as necessidades de comunicação. Marcos da Ambulância também encaminhou a empresa o pedido de ligação do telefone público na PR 090, entre a Taquara do Reino e Vila Rural. “Os moradores da Taquara do Reino cobram providências, visto que não há o serviço no local e a rodovia fica na área urbana”, pontua.                                       
Para o SAMAE, o vereador solicitou a implantação da rede de água no Recanto Tibagi, em frente ao Clube de Campo do Café, para atender prioridades da região. O pedido, já atendido, foi de encontro às reivindicações locais. “O Diretor-presidente do SAMAE, Cláudio Buzetti, está realizando um excelente trabalho a frente de seu cargo na Autarquia Municipal. Em especial pela implantação do novo Laboratório para Análises de Esgoto na Estação de Tratamento, investindo na saúde e bem estar da população. Cláudio Buzetti merece o reconhecimento pelo trabalho”, declara o vereador.             
Outras duas pessoas que também merecem o reconhecimento pela atuação política, na opinião do vice presidente da Câmara dos Vereadores, é a secretária Municipal de Saúde, Leilane Rodrigues Furlaneto, que faz um excelente trabalho, em especial pela seriedade e comprometimento que tem com a Unidade Pronto Atendimento (UPA). A outra personalidade é o prefeito José Maria Ferreira, que é muito dedicado ao município, principalmente pelos relevantes serviços prestados à comunidade, como diversas inaugurações, obras e ações que estão levando alegria aos ibiporãenses.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Jiu Jitsu leva cidadania às crianças do Lourenço Bacarin, Jamil Sacca, Miguel Petri e Mustafá Issa, em Ibiporã

“O reconhecimento pessoal é mais válido que o financeiro”. Assim pensa Alex Sandro Oliveira de Queiroz, de 41 anos e morador do Jamil Sacca. Vindo de Niterói há cinco anos para viver com a esposa Daniele Moraes Machado, ele viu sua rotina mudar completamente. “Vivia para luta e trabalho, onde treinava e dava aulas de Jiu Jitsu”, recorda. A família de Daniele, pioneira da cidade, fechou os negócios em Niterói e retornou para Ibiporã no intuito de cuidar da avó, de idade avançada. Com isso, Alex vinha quinzenalmente ver o filho e a esposa. Acostumado com o Paraná e orientado pelo mestre Marcos Bragança e a mãe Ana Maria, preferiu ficar mais próximo da família e trilhar novos caminhos.                                                                                                                                  Ao se instalar no município ele foi bem recepcionado e quem lhe ajudou primeiramente foi Carlos Alberto de Oliveira, da Associação de Moradores do Ângelo Maggi. “O Carlos veio de São Paulo e sabe as dificuldades de chegar a um lugar e não ter amigos. Hoje somos companheiros”, afirma.                                              
Com projetos no Lourenço Bacarin e Conjuntos Miguel Petri, Mustafá Issa e Jamil Sacca, ele observa que há pessoas carentes nestas regiões sem condições de arcar com matricula e mensalidades numa academia. “Minhas aulas são gratuitas e se tornaram uma oportunidade para as crianças. Se ficarem ociosas pode seguir maus exemplos e trilhar pelo caminho do crime e das drogas. Incentivo o bom exemplo e faço a prevenção”, declara. Com 60 alunos no Mustafá Issa e 30 no Lourenço Bacarin, o trabalho tem mais de um ano e é patrocinado por comerciantes e empresários locais. Além de Jiu Jitsu são ministrados o Judô e Luta Livre. Professor faixa preta graduado, Alex é reconhecido pela Federação de Jiu Jitsu.                                                                        
As aulas no Mustafá Issa são às 3ª e 5ª, das 17hs às 19hs e aos sábados à tarde. No Lourenço Bacarin são às 2ª, 4ª e 6ª, a partir das 19 horas no Centro Comunitário. Para treinar é preciso ser matriculado e ter boas notas. “Não aceito, dentro e fora do tatame, palavrões, piadas e bullyng. Somos irmãos e amigos. Devemos nos unir para ter ajuda mútua. Respeito e companheirismo são cobrados devido à necessidade de concentração. Isto deve ser transferido para escola, o local onde a criança se transformará num cidadão, além de aprender a ler, escrever e interpretar valores como educação, hierarquia e disciplina. O jiu jitsu, como o futebol, skate, capoeira, natação ou outro esporte, é um agente transformador que engaja e muda a concepção social e psicológica”, declara.                                                                                                       
Vindo de Niterói, Alex inova ao trazer um modo diferente de lutar Jiu Jitsu, devido os lutadores estarem acostumados com Judô, Muay Thay e Capoeira. Por conta do currículo ele também é professor da Academia Olympikus, tendo alunos das mais variadas idades e profissões. Além disso, ensina para as idosas do Lourenço Bacarin a Ginástica Fight. “O Jiu Jitsu trabalha a queima da gordura, flexibilidade, postura e respiração. Tenho alunos com mais de 50 anos que estão saudáveis”, declara.                                 
Mesmo com tamanha dedicação Alex tem dificuldades para manter os projetos sociais, devido a custos com tatame e lanches para os alunos carentes, sendo este último um grande incentivo. “Empresários e comerciantes que contribuírem podem deduzir a ajuda no imposto de renda”, declara.                         
Interessados em conhecer o trabalho do Alex Queiroz podem entrar em contato pelo 984278389 ou visitar o perfil no Facebook, que é Alex Queiroz.  

João Viola e Nicolau lançam trabalho inédito

A cultura sertaneja e “Pé Vermelho” é forte e enraizada no Norte do Paraná. Diversas são as duplas que preservam tamanha riqueza cultural. Uma delas é João Viola e Nicolau ou João Francisco de Mendonça e Raul Nicolau. João Viola, que aos 14 anos aprendeu a tocar violão de cravo afirma que a idéia de fazer um CD surgiu em outubro do ano passado, quando nasceu a dupla. “Participava do Trio Ibiporã, que acabou. Ao ficar sem parceiro conversei com o Raul Nicolau, amigo de muitos anos e cantor solo que encontrava na Praça Pio XII, para fazermos a dupla. Após alguns ensaios lançamos o CD com dez músicas”, diz João Viola. Mesmo com formação recente, ambos têm experiência musical.                                                                                                          

Natural de Monte Sião, Minas Gerais, João Viola chegou aos três anos de idade no Paraná, em Sertaneja. Ele está em Ibiporã desde 1977. Quanto a Raul Nicolau, este canta desde criança e tem na mente a cantiga de domínio popular “Meu limão, meu limoeiro. Meu pé de jacarandá”. “Desde os onze anos me identifico com a música. Pela vida afora formei diversas duplas, cantei solo e gravei LP´s numa época que nem imaginávamos o CD. Este é o primeiro trabalho de João Viola e Nicolau. Todos estão aplaudindo e gostando do trabalho”, declara.                                                                                                                       
As letras foram escritas pela dupla e outros parceiros, com arranjo de João Viola e do maestro Vanderlei Marcos Ilhauneur e mixagem e masterização de Reginaldo Mendonça, filho do João Viola. Entre as músicas preferidas da dupla estão “Maria Júlia”, “Ponta Porã”, “Bezerrinha” e “Outra metade”. “Ponta Porã fala de alguém que partiu de viagem a Ponta Porã. Ao chegar lá viu uma moça bonita, se apaixonou ficou na cidade”, diz João Viola.              
Sertanejos tradicionais, com o trabalho eles mantêm a tradição cultural do campo e, questionados sobre a linha que seguem, logo dizem que são Verde a Amarela. A mesma que representa o Brasil, a natureza, o meio ambiente e as matas. “Não somos caipiras. O caipira, como Tonico e Tinoco, pela cultura, simplicidade e ingenuidade falavam errado. Vivemos na cidade. Na área urbana. Tonico e Tinoco moravam na fazenda”, diz Raul. Ele lembra que trabalhou na roça, mas veio para a cidade e o sistema mudou. “Levamos cultura e pedimos apoio ao sertanejo, a música que leva o nome do Brasil. O sertanejo preserva tradições. Quem é do Norte do Paraná vai se identificar com a música, enraizada no campo. Somos os autênticos pés vermelhos, o homem do campo que um dia lavrou a terra vermelha. Isto é cultura popular e preservação da memória”, diz. Representantes da cultura do Norte do Paraná, a dupla João Viola e Nicolau faz algo que os paranistas admiram: escrevem, resgatam e preservam, pela arte e música sertaneja, a identidade cultural de um povo.                                                                                                                        
Com agenda, a dupla já se apresentou no Canal 36 de Cambé, no programa da Daniela Furlaneto. Lá cantaram quatro músicas. Também se apresentaram no Canal 21, no programa TV na Praça, onde cantaram e foram aplaudidos. Quanto às rádios foram na Alternativa e Nova Geração de Jataizinho. Além disso, o Programa Família Pizzi tocou algumas músicas da dupla. “Gravamos mil cópias. Começamos com 200, mas como aumentaram os pedidos fizemos mais”, diz João Viola.

Patrocinados pela Eletro Nicolau Materiais de Construção, Agropecuária Nossa Senhora da Guia, AgroTerra e JDL Studio, o contato para show e aquisição de cd é feito através dos telefones 43 32584207 ou 43 31583518.


Programa Bom Negócio Paraná capacita empreendedores

Está em andamento no Samae o Programa Bom Negócio Paraná, numa parceria da Administração Municipal com o Governo do Paraná. O curso faz parte do subprograma de apoio ao Empreendedorismo do Programa Universidade Sem Fronteiras e tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico dos municípios paranaenses.                                                                                      
Segundo Pedro Henrique Flausino, graduando em Economia pela Universidade Estadual de Londrina e ministrante de Gestão de Pessoas, o objetivo é ensinar, capacitar e orientar micros, pequenos, médios e empreendedores informais para melhor gerenciamento dos negócios, fortalecendo atividades empreendedoras, além de oferecer consultoria aos cursistas. “O Bom Negócio Paraná capacita nas áreas de Gestão Financeira, de Negócios, Comercial, de Pessoas e Estratégica. Milhares de alunos foram capacitados e tivemos a oportunidade, em parceria com a Secretaria de Trabalho, de trazer as atividades para Ibiporã”, afirma.

O curso capacita o empreendedor e é fundamental, uma vez que ele gera emprego e renda. Quanto aos alunos, o perfil é variado, sendo que há desde micros empreendedores que vão iniciar algo novo ou quem deseja se formalizar. “Há donos de bar, choperia, restaurante, peixaria, estacionamento, prestação de serviços, soldadores, arte finalistas e outros perfis. Todos ganham ao se capacitar, uma vez que o curso é gratuito”, declara Pedro Flausino. 
Moradora do Jardim Paraíso, Leila Mara Lemos de 35 anos está se qualificando. “O curso é uma excelente oportunidade para se atualizar, além de possibilitar a diversificação do conhecimento nas áreas de Gestão de Pessoas, Estratégica, Financeira e ser algo aplicarei no dia a dia”, declara. Formada em Eventos, ela abrirá um Buffet de festas infantis e usará o que aprendeu no curso, na área de Gestão Financeira, nos campos de compras e cobrança. “Serei uma boa gestora”, afirma.
Já o revendedor de veículos da loja Manah, Leandro Roberto Costa, de 29 anos, afirma que a qualificação é essencial. Sendo um profissional liberal, ele vê o curso como um diferencial. “É impossível trabalhar de forma simplificada porque hoje tudo mudou. Devemos separar o pessoal do profissional além de contabilizar gastos e lucros através da contabilidade, algo que aprendi no curso. O que aprendo aplico a negócios e aos funcionários”, declara.                                                                                            
Atuando no desenvolvimento de logomarcas, identidade visual e jogos, Alan Vinicius Carvalho Silva, de 40 anos, ressalta que a qualificação é essencial na sua área, uma vez que atua nos ramos de internet, informática, marketing e novas tecnologias da comunicação. “A Secretaria de Trabalho está dando uma excelente oportunidade, pois oferece Gestão de Vendas de Produtos e Marcas. Tudo isto é conhecimento, um diferencial no mercado competitivo. Outro ponto é a parceria da Prefeitura com a UEL possibilitar a gratuidade do curso”, diz.                                                                                              
A Secretária do Trabalho, Lourdes Narciso, afirma que após o encerramento desta turma haverá matriculas para um novo curso do Programa Bom Negócio Paraná. Os interessados devem aproveitar a oportunidade e podem se matricular empreendedores formalizados. Outra novidade da Secretaria de Trabalho é que a Sala do Empreendedor irá oferecer, a partir de junho, consultorias gratuitas aos Micros Empreendedores Individuais, os MEIS. Maiores informações podem ser obtidas na Secretaria do Trabalho, localizada na Rua Dom Pedro II, 294, ou pelos telefones 31780223 ou 31780224.  
Paralisados desde 25 de abril, os professores da rede estadual de ensino público elencam vários motivos para a greve. Eles são contrários a mudança no sistema de previdência dos servidores do Estado, o Paranaprevidência. Com a nova lei, o Governo transfere 33,5 mil beneficiários do Fundo Financeiro Previdenciário, para o Paranaprevidência, arcado por contribuições dos servidores. Outra reivindicação é a reposição salarial de 8,17%, representando a inflação. Em contrapartida, o Governo oferece aos servidores 5%, pago em duas parcelas. A greve paralisou diversos setores e já prejudica a economia. Observando a situação, fomos as ruas no intuito obter opiniões a respeito dos acontecimentos.
            O aposentado João Francisco Mendonça, de 71 anos, afirma que a greve é um direito devido a reposição salarial de 5% ser baixa. “Quem oferece 5% pode dar 8%. Enquanto a legislação permite que políticos subam os próprios salários, de acordo com suas vontades e sem aprovação popular, no Paraná os professores estão sofrendo. As crianças estão desatualizadas devido a greve. Dizem que em breve ela será encerrada, mas não acredito, pois os professores estão firmes em seus objetivos. Quanto a reposição de 5%, não acho justo. Ao menos o índice da inflação deve ser pago”.
            A aposentada Dulce del Pin apóia a greve e afirma que as reivindicações são justas. “Sou contra as mudanças no Paranaprevidência, uma vez que é injusto contribuir a vida toda e da noite para o dia retirar dinheiro do fundo. Não concordo. Quanto aos alunos, os pais estão chateados, pois irão perder o ano e serão prejudicados. Acho que os professores manterão a greve para as coisas serem feitas de maneira correta. O aumento de 5% é pequeno. Compare com o aumento dos deputados. Porque os professores têm que receber 5%, ainda parcelado?”
            O professor Flávio Danques afirma que a greve é legitima, devido os professores e servidores do Estado exigirem que se cumpra a aplicação da data-base de 8,17%. “Não é reajuste, é a reposição da inflação. Para aumentar o salário dos deputados há verbas, mas para os servidores públicos não existe. Algo está errado. Vemos cargos comissionados com altos salários e escândalos de corrupção e propina na Receita Federal. A sociedade deve entender que a greve não é por salário, mas pela reposição, algo de direito e justo”.

            Mara Cristina Rodrigues, de 42 anos, afirma estar indignada com a situação, uma vez que ao menos a data-base e o reajuste inflacionário devem ser aplicados. “A sociedade está consciente da luta. Setores da imprensa declaram que a greve é por aumento, mas ela é pela reposição salarial e a manutenção dos direitos. A escola pública de qualidade deve ser mantida, porém muitas estão sucateadas, faltando merenda, papel higiênico e estrutura física. A sociedade está a nosso favor e os pais compreendem a situação. Ninguém gosta de greve, mas é o ultimo instrumento de luta”. 

5ª edição do livro - DVD “Contos e Causos - História Viva de Ibiporã” é lançada no Cine Teatro Padre José Zanelli

Na última sexta feita (22), o Cine Teatro Padre José Zanelli foi palco do lançamento do livro - DVD “Contos e Causos - História Viva de Ibiporã”. A produção é do Museu Histórico e Artes de Ibiporã (MHAI), órgão da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com apoio da Fundação Cultural, IPHAN e SETI
                                                                                           
Em sua 5ª edição, o Secretário de Cultura Júlio Dutra afirma que “Contos e Causos – História Viva de Ibiporã” é um projeto de recuperação da memória, onde se optou trabalhar com pioneiros. “Havia a possibilidade de montar o museu estático com objetos, mas Ibiporã não está preparada para isto, pois é jovem e há pioneiros vivos. Eles são arquivos em vida que guardam histórias, memórias, contos e causos em diversos segmentos, como política e religião. São pessoas que construíram a cidade e chegaram para desbravar matas”, relata.                                                                                                                       
O projeto reunirá 10 DVDs e cada edição tem 20 entrevistados. Além deste trabalho, a Secretaria de Cultura está com o Circuito das Capelas, que recupera história e memória de 23 capelas rurais. “Quando as famílias chegavam à cidade, iam trabalhar nas comunidades rurais”, declara.                  
Julio Dutra afirma que o trabalho da construção da identidade cultural e histórico do Norte do Paraná, feito em Ibiporã, é um dos poucos na região, uma vez que são gravados relatos de como era o passado. “Hoje há praticidade, conforto e tecnologia. Mas antes não. Temos a memória dos desbravadores que fizeram as primeiras construções, escolas, profissionais variados, professores, as primeiras festas e outros acontecimentos que contribuem para comunidade ter orgulho de viver e conhecer espaços que constituem a memória local”, afirma. O Secretário de Cultura ressalta que o material produzido irá para escolas e associações e ficará disponível no Museu do Café.     Além do “Causos e Contos” e o Circuito das Capelas, outro trabalho de expressão é a Rota e o Museu do Café, onde Ibiporã é única, em meio a trinta cidades do Norte do Paraná, que possui o museu e a rota do café. “Com estes trabalhos vamos criar e fortalecer a identidade cultural. O café foi propulsor e construtor do que existe na região”, cita. Uma referência a este passado é a Estação Ferroviária, tombada pelo Patrimônio Histórico Cultural e construída em função das lavouras de café, que ali eram carregadas e escoadas pela ferrovia. “O morador de Ibiporã deve ter orgulho e reconhecer o trabalho da Secretaria de Cultura. Contamos a história de 200 famílias que tem em vida filhos e netos. A história familiar, com grandes feitos será mantida e preservada”, finaliza.
Os pioneiros que participam neste Volume V são:
 
Anita Del Fraro
Antonio Bigatti
Antônio Maggi
Benvindo Pereira da Gama
Carlos Augusto Guimarães
Eliaquim Soares Marins
Equelina Lopez Garcia
Eugênio Fernandes
Ildeman de Figueiredo Alves Pereira
Jacinto Semprebom
João Rodrigues Tavares
Lourdes Semprebom
Maria Braga Godoy
Maria Lúcia Pierro
Marli Matilde Bruschi Lustosa
Mauro José Pierro
Pompílio Luzardo Vieira Lustosa
Rubens Pires Godoy
Sophia Pelisson Botti
Suely Moya Willy


domingo, 23 de abril de 2017

João Martins: a liderança popular do Jardim União, em Cambé

A vida do líder comunitário João Martins de Sousa (87) é pautada no bem estar social do povo. Armazenista por 36 anos, comprou cereais e algodão em Assai, administrou uma beneficiadora de arroz (antiga “Máquina de Arroz”) em Assis Chateaubriand e foi Agente da Policia em Jardim Alegre. Tudo isto antes de ficar viúvo e chegar ao Jardim Ana Rosa, há vinte anos. O pai de 15 filhos está no 3º mandato consecutivo como Presidente da Associação de Moradores do Jardim União. Segundo ele, “não por minha vontade, mas sim por vontade popular, pois não me deixam sair da liderança do Jardim União”, afirma.                                              
Nesta trajetória, diversas foram às lutas e conquistas, sendo as principais: a construção de duas passarelas na BR 369; em breve a execução do asfalto na Rua 15 de Novembro; duas hortas comunitárias e; a implantação da rede esgoto. No entanto, seu maior sonho é a construção de uma trincheira que atravesse a BR 369, ligando o Jardim União ao Santo Amaro.                                                                
Engajado nas causas populares, João Martins recorda que no início seria apenas uma passarela, em frente à Coca Cola, mas após reivindicações e um protesto que fechou a BR 369 e a PR 445 por meia hora, com autorização da Policia, uma segunda passarela em frente ao Jardim União foi construída. “Reunimos as lideranças de Cambé e junto com as Policias e o Corpo de Bombeiros fechamos as rodovias com tambores. Em meio à manifestação chegou um homem numa caminhonete repleta de pneus. Ele iria os queimar, porém não deixamos, pois aquilo era um ato de vandalismo. Devido o impedimento fui cumprimentado pelo Capitão da Policia”, recorda.                                                                 
A luta de João Martins se justificou nas vezes que via crianças irem à escola do Parque Manela, ou as mulheres com bebês de colo, terem que ir ao Santo Amaro e correr o risco de morte ou atropelamento. Não só elas, mas os trabalhadores também corriam perigo. “Após a implantação das passarelas proibimos a passagem pela rodovia, postura aplicada aos funcionários das empresas no entorno do Jardim União, Santo Amaro e Parque Manella”, afirma.           
Outra conquista da Associação dos Moradores do Jardim União, em parceria com a Prefeitura, foi o Centro Comunitário. Ao todo foram instalados 150 metros de piso num chão antes de cimento, além de terem arrumado portas e paredes, instalação de luz, forro e ventilador.                                                                             
Devido o engajamento as melhorias no Jardim União não pararam por ai. Em breve será instalada a rede de esgoto, que segundo João Martins, é uma benfeitoria solicitada através da Câmara dos Vereadores junto a Companhia de Saneamento do Paraná, a Sanepar. “Não há mais onde fazer fossa e a implantação é necessária para melhorar a qualidade de vida, valorizar o preço dos imóveis e diminuir a quantidade de insetos e animais que possam se beneficiar pelo ambiente. Além disso, foram construídas mais de 250 casas e há previsão para mais 70 na região. Na Rua 15 de novembro, antes do esgoto serão feitas as galerias e rede de águas pluviais pela prefeitura”, afirma a liderança.                         
Ser presidente de bairro, para João Martins, é uma grande responsabilidade. Na última eleição sua chapa teve a vantagem de quatro votos contra um. “Recebo apoio de empresários devido à preocupação da associação com questões primordiais, como segurança, saneamento e iluminação pública, sendo que este último receberá a atenção especial da Copel, que trocará a antiga rede da iluminação, que não comporta o crescimento industrial da região. Estes itens são essenciais para o funcionamento das empresas e o bem estar dos empregados”, finaliza.

Luciana Cristina exerce o papel de mãe, mulher e dona de casa, além de se destacar como liderança comunitária no Jardim Nova Cambé.

Cambé é o exemplo em cultivo de hortas comunitárias. Um dos bairros que realiza esta atividade é o Nova Cambé, presidido por Luciana Cristina Leão Papa, de 39 anos. Moradora do bairro há doze anos e no segundo mandato, diversas foram as conquistas: horta comunitária, implantação de quebra mola, placas de sinalização na entrada do bairro e nas ruas, calçadas, terreno para Centro Comunitário, escola, academia ao ar livre e a implantação da rede de esgoto. “A luta pelo esgoto vinha desde agosto de 2009. Foram encaminhados ofícios, protocolos e abaixo assinados. Após intermédio da COMDEC (Companhia de Desenvolvimento de Cambé) e Prefeitura, a SANEPAR aprovou a implantação do serviço e a instalação da rede já foi executada e interligada”, afirma a líder comunitária. “O serviço é fundamental. Ao perfurar fossas, com dois metros encontramos água e pedras. Há imóveis com três fossas. Para esvaziar é caro”, completa.
Outra conquista foi a horta comunitária. A princípio houve dificuldades para implantar, uma vez que o terreno era particular. “O ex-prefeito João Pavinato foi simpático a questão e abraçou a causa. Conseguimos espaço e a horta atende 30 famílias, sendo que há espaço para outras, interessadas em cultivar”, afirma. Com a prefeitura cedendo água, esterco e sementes, cada família tem a obrigação de cuidar do seu canteiro. Quanto ao que é produzido, há liberdade para doar, trocar e comercializar. As famílias complementam a alimentação e a renda com o que é produzido. Com o lucro é possível quitar dívidas menores de água ou luz. Os canteiros possuem doze metros de comprimento por três de largura e há limitações no plantio devido alguns alimentos atraírem pragas e insetos. Alface, beterraba, repolho, rúcula, couve, almeirão salsinha, cebolinha, cenoura e chicória são os mais comuns. Todos sem agrotóxicos.

Com cerca de mil moradores e 270 casas construídas, muitos terrenos vazios ou em construção, Luciana Cristina reconhece que a maior dificuldade do Nova Cambé é o horário de ônibus, que passa três vezes por dia. Para sanar o problema a Associação de Moradores fez um abaixo assinado solicitando que a TIL (Transporte Intermunicipal de Londrina) faça circular ônibus durante todo dia. Em resposta, a empresa criou novos horários e falta apenas o coletivo para atender a demanda. Deve ser reconhecido que Luciana Cristina representa a liderança popular oriundo dos bairros, além de exercer o papel de mãe e dona de casa. “O presidente de bairro é elogiado e criticado. Por ser mulher sinto dificuldades e preconceito. Alguns devem respeitar este papel de representatividade e ter consciência do nosso trabalho, que é documentado e protocolado. Não ganho nada. O trabalho é voluntário e gratuito”, cita. Tamanha a determinação da liderança popular, que ela recorda um episódio: Na última reunião para decidir a questão da rede de esgoto, ela estava grávida e teve descolamento de placenta. Como não havia substituto, foi assim mesmo. Vendo a situação, o ex-prefeito João Pavinato ficou preocupado e pediu o cancelamento da reunião. No entanto, o senso de compromisso era tamanho, que Luciana Cristina não deixou que isto acontecesse. “Ser presidente é uma responsabilidade. O engajamento com as causas populares é primordial, além de existir a preocupação com o bem estar do próximo. Busco e levo pessoas no hospital, compramos remédios e cesta básica. Prestamos um serviço social, onde conhecemos os moradores e seus problemas”, finaliza.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Resgatando e construindo a memória Norte Paranaense

Os jovens não se lembram. Os mais velhos têm saudades e recordam bons momentos vividos no bar de Domingos João Gardin, que ficava na Avenida Paraná, próximo àrua José Bonifácio, onde há um busto de bronze. O estabelecimento comercial tem sua história ligada diretamente ao auge e decadência do café, ocorrida em 1975 com a geada negra.                                                
Um dos filhos de Domingos Gardin é Wilson Gardin, de 58 anos. Morador de Londrina ele é representante comercial e cita que o pai nasceu em 1º de abril de 1910, vindo a falecer e ser sepultado no Cemitério São Lucas em 30 de setembro de 1987, deixando dez filhos. “Gardin é italiano, herdado do pai. Na data do seu falecimento, ao irmos no cartório descobrimos que a grafia correta é Cardin, algo impossível de alterar devido a burocracia dos cartórios”, afirma Wilson. Natural de Rio das Pedras (SP) e vindo morar em Jacarezinho, naárea rural de Rio Dourado, lá ele conheceu e se casou com Conceição de Sousa. “A casa da minha mãeestá do mesmo jeito que era no século passado. Um dos meus irmãospreserva o imóvel feito de tijolo maciço”, recorda. Casados em meados de 1942, o casal era sitiante e vivia de criações como porcos e galinhas além de cultivar café.                                                                   
A vida de Domingos Gardin mudou quando veio à Ibiporã. Ele gostou da cidade e comprou uma chácara. Porém, um problema de saúde decorrente de paralisia infantilatrofiou seu braço esquerdo e lhe obrigava a usar camisas de manga longa. Por orientação médica mudou a atividade e locou, posteriormente comprando, o imóvel na Avenida Paraná. Foi ali que nascia um dos primeiros bares do município. Wilson Gardin não recorda o ano, mas na memóriacenas de pessoas nas ruas de terra, montadas a cavalo e andando emcharretes. “O bar tinha quatro portas e vendíamos produtos diferenciados como remédios e cristais. Minha mãe, Conceição de Souza Gardin, uma morena clara ede extrema beleza por conta da descendência portuguesa. Atuava no lar e auxiliava nas atividades da cozinha, onde fazia café desde o processo de torrefação. Outro detalhe era que no fundo do estabelecimento havia um salão de festas onde se celebrou diversos casamentos. Os convidados vinham na carroceria doscaminhões. Tábuas e cavaletes serviam como mesas”, recorda.                                           
Com alegria ele cita um dos hábitos do pai e amigos: ficar na frente do bar após o jantar, sentados a conversar, além de aos domingos haver o baralho como passatempo. “O produto mais vendido era mortadela e, quando era Sexta Feira Santa comprávamos inúmeras latas de sardinha. Temperadas com cebola e vinagre, eram o recheio do pão que as famílias, principalmente das áreas rurais, comiam após sair da missa na Igreja Matriz. Outro produto que alegrou minha infância eram os doces tradicionais, como de abóbora, pé de moleque, suspiro e paçoquinha”, diz.                                                                              
Saudosista, por diversas vezes Wilson foi a Londrina assistir o Estrela do Norte jogar no Estádio do VGD, além de conhecer jogadores do Náutico, outro time de futebol de Ibiporã. “Alguns jogadores do Estrela, como o Coruja e Kalil e do Náutico, como o técnico Graxa, iam ao bar. Ali os times faziam reuniões, além de orientar os jogadores. Foram times que marcaram época, onde subíamos no alambrado do estádio para xingar o juiz ou comemorar um gol”.                                       

Desativado em 1975, o bar viveu o auge e a decadência do café e, proveniente do dinheiro ganho, ele comprou um sítio de dez alqueires na Água dos Cágados, onde havia dez mil pés de café e a geração de emprego para duas famílias meeiras. “Com a geada o café virou carvão até a raiz. Devido às dificuldades, em 1977 vendemos o sitio e viemos para Londrina. Meus irmãos estudavam e trabalhavam aqui. Meu pai achou perigoso transitar pelas cidades naquela época, em que não haviam as estradas de hoje”, ressalta.                             
O imóvel da Paraná ainda pertence à família, especificamente ao irmão Antônio Pedro Galdin, que colocou o busto após a morte do pai. “Os antigos, ao ver a imagem retornam no tempo e tem boas recordações”, finaliza. 

terça-feira, 18 de abril de 2017

Aos 90 anos, Maria Lopes Morales tem saúde e boa memória

A aposentada Maria Lopes Morales, era criança quando veio de Catanduva (SP) morar no Paraná. Hoje, aos 90 anos, ela se recorda que o Paraná era coberto de matas virgens, quando seu pai comprou 15 alqueires de terras para o cultivo variado. “Viemos em quatro caminhões e fomos morar em Londrina, as margens Ribeirão dos Apertados. Para ir da zona rural à cidade, era preciso caminhar 23 quilômetros”, recorda.
Com uma cultura não muito diferente de hoje, eles plantavam milho, feijão e café. “Eu abria covas e meus irmãos plantavam milho. Na colheita juntávamos tudo e transportávamos em carroças ao celeiro. Trabalhávamos na lavoura de sol a sol”, cita. Mesmo com o trabalho árduo, Maria Lopes sonhava em ler e escrever, porém, como o pai era bravo, teve dificuldades. “Meu pai ensinava as pessoas a ler e a escrever, sob a luz de lamparina. Pedi que me ensinasse. Com uma cartilha em mãos, mas sem conhecer nada, aquilo era uma novidade. No entanto, devido ele gritar muito comigo, tive dificuldades e não me interessei mais pela leitura e escrita”, lamenta.
Além de trabalhar no campo, Maria Lopes vendeu produtos agrícolas e alimentos diversificados em feiras livres de Londrina. Ela acordava às 4 horas da manhã. Atualmente confecciona e vende bordados.

Morando em Jataizinho há 14 anos, vive com a filha Rosa Rodrigues de Oliveira e o genro Milton Firmino de Oliveira, proprietários de uma padaria no centro de Jataizinho. 

Sem recursos, dona de casa cuida de 50 gatos e dezenas de cães

Nair Garcia Furlan, moradora da Rua Princesa do Norte, vive há 56 anos em Jataizinho. Ela é oriunda de Cambé e veio à cidade para cuidar da irmã, que na época tinha um filho recém-nascido. Apaixonada por Jataizinho, ela se casou e vive até hoje aqui.
No entanto, Nair Furlan tem um diferencial: o amor pelos animais, que desde criança, viu seus pais os tratarem com amor e dedicação. “Sempre cuidamos de animais. Ao visualizar algum bichinho abandonado, o adoto, principalmente os cães, pois sinto pena deles”, afirma.
Atuante na causa nobre, Nair Furlan criou a ONG Cat & Dog, que mesmo sem apoio politico, se mantêm a custa de doações. “Não temos sede ou abrigo para os animais”, lamenta. Paramantê-los, ela diariamente alimenta os animais que estão nas ruas. Além disso, cria dez cães em sua residência. “Tenho uma chácara e os criava lá. No entanto houve alguns empecilhos e os trouxe a minha casa. Além de dar atenção aos que vagueiam pelas ruas. Tenho pena dos animais, por isto o amor e a dedicação. Atualmente são mais de 50 gatos chácara, levados por antigos donos. A quantidade não é maior porque dou anticoncepcionais as fêmeas, impedindo-as de ter crias. Se não fosse isto, seria uns 200 gatos. Já os cães, são feitas vacinas e dado anticoncepcionais”, afirma.
Quanto àalimentação, ela obtém por doações de familiares e comerciantes, que ajudam com carne e ração. “Alguns comerciantes doam retalhos de carne, cerca de 20 a 30 quilos por dia. Outros doam pães, que são recheados com molho de fígado de frango, e dado aos cachorros de rua. Também dou comprimidos para evitar doenças, como a sarna. Um comprimido custa R$ 3,50 e serve para dois cães”, afirma.

Católica praticante, Nair Furlan diz que se deve praticar o bem, independente se for ao homem ou aos animais. “Não adianta ir à igreja e não ter compaixão dos animais. Quem pega animal para criar e depois o abandona, deve responder perante a lei, pois isto é um crime. Além disso, falta em Jataizinho um abrigo para os animais abandonados dormir e se alimentar”, finaliza. 

Resgatando a história: Clube de Carros Antigos e Moto de Jataizinho terá encontros mensais

No último sábado (27), ocorreu em Jataizinho, mais um encontro do Clube do Carro Antigo e Moto, que pretende fazer reuniões mensais. Manoel Lopes Luís, Presidente do clube, afirma que os encontros anuais serão mantidos, como o da última edição, a 10ª, realizada em maio no Centro de Eventos Água Branca. “O clube é importante ao ser uma atração turística que atrai visitantes para conhecer a cidade, além de ser uma opção de entretenimento a população local. O Clube do Carro Antigo e Moto mantêm a tradição e conserva o patrimônio histórico através dos carros, pois os antepassados viveram e construíram o que existe hoje a partir do desenvolvimento das máquinas. O evento é uma marca local e não é toda cidade que tem encontro de carros antigos e a população participa, lotando os eventos. Nas edições mais de 15 mil pessoas compareceram”, afirma.
Não há apenas colecionadores nos eventos, mas jovens que gostam dos veículos antigos, os levam a adquirir a cultura automobilística, quando estudam a história dos veículos, para restaurá-los.
Recentemente o Clube do Carro Antigo de Jataizinho viajou para Campo Grande, Iviena, Assis, Cambará e Ibiporã. No próximo dia 12 (outubro) irão à Ponta Porã. “Levamos o nome de Jataizinho a muitos lugares. Isto é importante”, declara Manoel Lopes Luis.
Na ocasião, foram chamados clubes da região, como Londrina e Ibiporã. Fabio Petri, do Clube do Carro Antigo de Ibiporã, afirma que há uma parceria entre os clubes e as cidades. “Nosso clube é recente, mas sempre há reuniões no 2º domingo do mês. Os encontros não se restringem a carros antigos, mas engloba motos, caminhões, carros, aeromodelismo, carros de competição e tratores”, cita. Fábio Petri, que atua no ramo de manutenção de veículos diz que é frequente irem prestigiar o Clube de Jataizinho. “Nos clubes de antigos há carros restaurados, onde se trabalha lataria, motor, estofamento e outros itens, além do resgate histórico. “A dedicação para recuperar o veículo é imensa. Estudamos a história dos mesmos, para contar e resgatar a memória do país, pois são as máquinas que o ajudou a crescer. Em Ibiporã restauramos tratores e caminhões, que fazem parte do desenvolvimento. Algo histórico”, diz. Hoje o grupo possui 15 membros fundadorese na próxima reunião serão agregados mais sete sócios.
Antônio Vieira, um dos sócios do clube de Jataizinho, diz que a promoção de eventos ajuda o crescimento local ao mesmo tempo que é turístico e atrativo cultural aos moradores. Com a família chegando à regiãoem 1950, ele vê que os encontros passam de geração em geração, se tornando tradicional. 

O engenheiro agrônomo Alfredo Montecele, morador de Cascavel, tem familiares em Londrina e Jataizinho. “Carros antigos e outros veículos são hobbys que reúnem amigos e familiares num ambiente que prestigia comércio e turismo local”, finaliza. 

Centro Cirúrgico do Hospital Cristo Rei faz captação de córneas

No último dia 6, o Centro Cirúrgico do Hospital Cristo Rei fez com sucesso a captação de duas córneas. Segundo a assistente social Tania Patricia Bellezi, a doadora era uma mulher de 52 anos, que faleceu devido uma parada cardiorrespiratória. A equipe de enfermagem do pronto socorro, chefiada pela enfermeira Iris More Marques, auxiliou a assistente social na abordagem da família após o óbito, que autorizou a doação, justificando que a paciente ajudava a todos e que certamente ficaria feliz de ajudar mais uma vez.

As duas córneas foram encaminhados ao Banco de Olhos em Londrina e serão direcionadas conforme o protocolo. É importante citar que o Hospital Cristo Rei realiza captação de córneas e globo ocular. “O desejo de doar órgãos deve ser exposto em vida aos familiares. São eles que autorizam a doação”, afirma Tania Patricia Bellezi. 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Planejada para atender com comodidade, Issa Odontologia atende na Avenida dos Estudantes, em Ibiporã

          Um novo conceito em odontologia está funcionando em Ibiporã. Localizada num local estratégico, com facilidade para estacionar e sem a correria da área central, a Issa Odontologia é a nova opção para implantes dentários e ortodontia (aparelhos).
A idéia surgiu com o dentista Youssef Issa e sua sócia, Mirian Mustapha Issa. Youssef Issa está no ramo há mais de 25 anos. De origem libanesa, ele nasceu em Ibiporã e se formou na UEL em 1984. “Da minha formação, aos dias atuais, a odontologia se transformou graças as novas tecnologias. Por isso, o profissional deve se atualizar. Uma novidade são os implantes dentários. Antigamente se usava dentadura, hoje substituídas pelo implante”. Além dotratamento, ele relata que houve transformações na administração e no material usado, fazendo a odontologia se tornar acessível. Com vasta experiência, o dentista atendia no Hospital Cristo Rei, casos de traumatologia.
Sua sócia é a dentista Mirian Mustapha Issa, formada pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), em 2006 e com pós-graduação em Ortodontia. “Atendo pacientes de todasas idades e os mais diferenciados problemas. Além da estética, o paciente deve se preocupar com a funcionalidade dos dentes, com amastigação ideal. O mal posicionamento dentário acarreta problemas, como dor de cabeça e má articulação da boca. A correção previne isto”, afirma.
A Issa Odontologia faz tratamentos voltados a clinica geral, restaurações, cirurgias, canal, obturações, implante e ortodontia, sendo o último, envolvendo aparelho e correção. “O sorriso é seu cartão de visita. Devemos se preocupar com a estética, algo relevante no mercado de trabalho. Um belo sorriso influencia em diversos aspectos”, afirma Youssef Issa. Além da estética, devemos ter higiene, escovando os dentes e se consultando com um dentista a cada seis meses.

Além das facilidades, como estacionamento e local reservado, a Issa Odontologia trabalha com alguns convênios e atendimento particular. Ela está localizada na Avenida dos Estudantes, 1610, sala3. O contato é o 32681955. Quanto ao pagamento, é feito no cartão de credito ou parcelado no cheque. As avaliações são sem compromisso.

Banda 7 de Setembro. Famosa em Jataizinho nos anos 60 e 70.


Programa de Humanização busca introduzir melhorias no Hospital Cristo Rei através de palestras aos funcionários.

       Entre 6 a 8 de maio ocorre no Hospital Cristo Rei a Semana de Humanização. As palestras, direcionadas aos funcionários, abordarão os temas Ética e Espiritualidade; Paciência e Respeito; Valorização Profissional e Perseverança e; Qualidade e Comprometimento. 

Um dos objetivos é mostrar que é possível, pela humanização, melhorar o atendimento no Cristo Rei, através da proximidade ao doente. Além de patologias, os pacientes trazem problemas emocionais que pioram seu estado físico.
Com possibilidades de abertura ao publico externo no futuro, a Semana de Humanização foi bem aceita e teve uma excelente repercussãodevido a qualidade dos temas abordados, que tiveram o intuito de despertar a reflexão, além buscar o respeito mútuo entre funcionários. “A humanização deve ser natural. O estresse diário e o emocional abalado ocasionam doenças aos profissionais. As palestras reforçaram ações e idéias positivas e, os exemplos citados ajudam o funcionário a mudar sua percepção e visão na hora de atender o paciente”, afirma Taiz Martins Estevão, funcionária do hospital.
Além da humanização, há dois anos o Cristo Rei adotou a classificação de risco no pronto socorro, onde o amarelo tem prioridade 1. São casos de urgência, que o paciente necessita de atendimento médico e de enfermagem, porém não corre risco imediato de vida; o verde, com prioridade 2, onde a prioridade não é urgente e o paciente se encontra em condições agudas (urgência relativa) ou não agudas, atendido com prioridade sobre consultas simples; e o azul, de prioridade 3, onde a consulta é de baixa complexidade.
Outra medida afim de melhorar a qualidade foi a adoção da classificação de risco nos leitos, para facilitar o trabalho das equipes. Outra ação foi a cirurgia segura: antes de qualquer procedimento se faz um check list e a enfermagem verifica itens como medicação e procedimentos, ocasionando menos erros e maior segurança ao paciente.
Atualmente o Cristo Rei possui 103 leitos (77 do SUS) e o atendimento mensal varia de 3500 a 3800 pacientes. As internações chegam a média de 290 por mês, além de 180 cirurgias no período. Referência para Jataizinho, Primeiro de Maio, Alvorada do Sul e Sertanópolis, o Cristo Rei atende casos de urgência e emergência (acidentes de transito e trabalho) por conta de ser próximo a rodovia BR 369. Entre as especialidades atendidas estão ortopedia, cardiologia, cirurgia geral, ginecologista, clinica geral e pediatria.

            

Marcos da Ambulância cria lei que institui o “Dia do Doador de Sangue”. Lei beneficia doador com isenção da taxa de inscrição em concursos públicos.

Aprovada em três sessões da Câmara dos Vereadores e apenas aguardando a aprovação do Executivo, o Dia Municipal do Doador de Sangueautorizao Poder Executivo e Legislativo a conceder isenção na taxa de inscrição emconcursos públicos municipais ao doadorde sangue. A data será comemorada dia 25 de novembro e fará parte do calendário oficial.
            
Segundo a lei, para obter a isenção, o candidato deve apresentar o documento fornecido pela entidade coletora, contendonome completo, CPF e RG do doador; dados referentes à doação e; comprovar no mínimo três doações no prazo de quinze meses, retroativos à data do encerramento das inscrições do concurso público.
            
Conforme o vereador Marcos da Ambulância, o objetivo éfomentar a doação de sangue no município e difundir campanhas que abordem o tema. “É de notório conhecimento, que há casos de acidentes e doenças, onde é imperiosa a transfusão de sangue. A transfusão é a medida que dá suporte atratamentos de anemias hereditárias, anemias hemolíticas autoimunes, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA – AIDS), Doença Hemolítica do Recém-Nascido, câncer entre outros males que o organismo pode adquirir, além de cirurgias derivadas de acidentes graves, ou perca excessiva de sangue”, justifica.

Estatísticas:Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número adequado de doadores para um país é de 3,5% a 5% da população. No Brasil, este número se restringe a 2%. Corrobora ainda para nosso espanto, que segundo o Ministério da Saúde, no Brasil são coletadas apenas 3,5 milhões de bolsas, quando o ideal seria 5,7 milhões, o que demonstra um grande déficit.
Ainda contribuem para uma vertiginosa queda neste número, alguns fatores. Segundo a Secretaria de Estado de São Paulo, na estação do inverno, o número de doadores é reduzido em 30%. Em ano de eventos como a Copa do Mundo, a redução ainda é maior, chegando a 40%.

            

Escola Criativa: Formando pessoas com respeito e seriedade em Ibiporã

A professora Simone Cristina Gomes de Toledo um dia sonhou em montar uma escola. O sonho virou realidade há seis anos, quando viu a oportunidade de adquirir a Escola Criativa.
Nascida em Campo Mourão e vindo para Cambé na infância, em 1996 ela se casou com Ênio Gomes Toledo e foram morar em Londrina. Com três anos de casamento tiveram as filhas Bruna Letícia e Bianca Fernanda, hoje com quinze anos. “Viemos para Ibiporã em busca duma cidade calma pra criar nossas filhas. Tinha o sonho de ser professora e lutei para isto se tornar realidade. Trabalhei na prefeitura e lá aprendi muito do que sei na profissão. Fiz amigos que sempre agradeço e não esqueço jamais”, relembra.
Simone cita que começou a trabalhar na Criativa como professora. Logo se apaixonou pela atividade e se encontrou profissionalmente. Mas, certo dia, quando as antigas proprietárias resolveram vender a escola, viu a chance de realizar mais um sonho. “No começo não foi fácil. Passei por experiências boas e más. Porém, mais uma vez contei com pessoas importantes que deixaram sua contribuição para a escola se tornar melhor a cada dia. Ainda não aprendi tudo e sei que escolhi um ramo difícil. Atendo crianças de quatro meses a cinco anos. Muitas ficam na escola o dia todo e por isso, sei que a escola é a segunda casa delas. É em casa que ficamosaconchegados, amados e exigidos a desempenhar nosso papel na sociedade e na vida como um todo da melhor forma possível. Cabe à escola conciliar a educação de casa e acadêmica, com o fim de tornar o ser humano capaz de tomar decisões e definir o certo do errado para toda a vida. Muitos pais escolhem a escola dos filhos sem se preocupar com o que ela ensina, por achar que o aluno ainda é pequeno demais. Entretanto, a educação e a forma que a escola transmite os conhecimentos, são essenciais para o desenvolvimento ao longo da vida”, diz.
Tal explicação faz sentido ao descobrirmos que é na educação infantil que se desenvolvea capacidade de observação e de ação do ser humano, tornando-o um adulto seguro nas decisões. Desde pequena a criança deve ser estimulada a pensar e agir pelos conhecimentos adquiridos ao longo da vida, para definir o certo do errado, pois só assim serão pessoas capazes. “Tenho sorte de contar com os pais e a equipe pedagógica decidida e capaz de tomar para si tamanha responsabilidade. Formamos uma grande equipe, infalível.E assim, junto com os pais, a equipe Criativa desenvolve nas crianças o hábito de respeitar regras e limites para conhecerem direitos e tornar significativa sua existência na sociedade”, finaliza.
            A Escola Criativa funciona na Avenida Prudente de Morais, 171. O telefone de contato é o 3258-7289.


domingo, 16 de abril de 2017

Chegamos a mais um fim de ano e as energias se renovam para novas etapas, desafios e esperanças para 2017.

O ano que vai acabando foi histórico e único para o Brasil: impeachment;  a tragédia da Chapecoense;  a morte do ator nas águas do Rio São Francisco; eleições e o turbilhão que tem sido a operação lava jato. Muitos querem esquecer 2016, mas é um ano que fica como lição e a possibilidade de renovação para nosso país.
Vivemos os ciclos de superação e desafios desde que nascemos e o inicio de um novo calendário é importante para a retomada dos nossos sonhos. A passagem do tempo pode ser um importante aliado para aperfeiçoar nosso afeto, nossos talentos profissionais e, sobretudo a experiência da vida.
Lembramos também que assim como as fases da vida nos levam ao mistério do novo, o ano que vai surgindo pode refazer nosso olhar para transformar o cotidiano: a atenção para os detalhes e as belezas presentes ao redor; o contato com amigos e familiares; o perdão e o tempo dedicado ao nosso próprio lazer e em ajudar o próximo. Tudo isso fundamenta um forte alicerce para a paz e solidariedade humana.
É provado que ações como o voluntariado promovem benefícios não só para os assistidos, mas também para quem se doa. Em nossa região, conheço atitudes de pessoas e organizações civis que atuam nas áreas sociais, esportivas, culturais e humanitárias e que acalentam o coração sofrido de muitas pessoas. Gestos de bondade e doação aproximam raças, classes sociais, credos e pessoas de diferentes países. Vejam o caso de refugiados que dependem da ajuda alheia e que constituem hoje um dos grandes dramas mundiais.
 Cada vez que um voluntário dispõe de seu tempo e experiência para ajudar alguém, um exemplo de amor está sendo dado. Uma resposta positiva é compartilhada e imitada.  A corrente do bem ultrapassa fronteiras e supera distâncias.
Os exemplos de luta e de doação voluntária seguem como forças que podem nos inspirar para o novo ano que chega. O fim de um ciclo sempre nos remete a metas e avaliação do que foi projetado. Mas iniciar o ano abrindo os braços para o próximo e pontuando como objetivo prosseguir com atitudes de doação é realmente inspirador!
Por isso, não deixe que os dias percam-se na rotina! Inspire-se, siga em frente e descubra-se! Toda transformação começa em cada um de nós! 2017 pode ser o ano de um novo tempo e de aproveitar a vida em sua essência! Felicidade e sucesso a todos!

                                           
                                                                                                                             Aldo Moraes


Comissão de Justiça estuda criar frente de trabalho destinada a serviços gerais em Jataizinho

O agente legislativo da Câmara dos Vereadores, Juliano Fidelis, coordena a parte administrativa, financeira e departamento onde tramita leis. Formado em Análise de Sistemas ele observa que não há dificuldades na tramitação de projetos devido o município ser pequeno. “Eles são de baixa complexidade e ligados a orçamento. Porém, no fim de 2016 houve uma discussão sobre a dívida da prefeitura com o Fundo de Pensão e Aposentadoria. Outras iniciativas que tramitaram foi a correção da carreira dos funcionários do município; parcelamento de dívidas como IPTU e ISS, ligados a tributação e aumento de receita. Atualmente está em pauta e em avaliação pela Comissão de Justiça a criação da frente de trabalho com 30 vagas temporárias destinadas a serviços gerais. Isto ajudará desempregados e irá melhorar a limpeza e conservação pública”, relata.
             
        Com uma população que ultrapassa 13 mil habitantes e quase cinco mil residências, Juliano Fidelis observa boas perspectivas a médio para Jataizinho. “A economia está desacelerada, mas o município estuda locais para instalar indústrias, mas tendo cautela e observando zoneamento para não ter problemas futuros”, pontua.