A história de Ramon
Louzado se entrelaça com o Estrela do Norte, time de futebol que marcou
Ibiporã, ao ser o primeiro profissional da cidade. Segundo Ramon, o Estrela surgiu
a partir da força de vontade de amigos, que compraram bolas e uniformes para
montar a equipe. “Na época não havia o campo fechado, como é hoje. Em 1948
ganhamos perobas e o fechamos. Já na década de 50 estávamos inscritos na
Federação Paranaense e na Confederação Brasileira de Futebol, a CBF.”, lembra.
A veracidade da informação se confirma numa pesquisa dos arquivos da Federação
Paranaense, de 1965, onde o Estrela do Norte figura inscrito no campeonato,
disputando contra os times do Grêmio Maringá, Nacional de Rolândia, Londrina Futebol
e Regatas, São Paulo de Londrina e União Bandeirantes.
Apesar do esforço e pioneirismo de Ramon Louzada, as coisas não eram fáceis. “Ibiporã possuía cerca de dez mil habitantes e tínhamos pouca verba para tocar o time. O improviso se via na escalação, onde ora o mesmo jogador atuava como goleiro ou centroavante”, cita.
Fã do São Paulo Futebol
Clube, time que inspirou a camisa e as cores do Estrela, antes de iniciar nos
campeonatos da federação paranaense, era comum os jogos nas “fazendas”, onde em
cima de caminhões eles iam ao Patrimônio Regina, Sertanópolis, Cambe e
Londrina, além das disputas de torneios.
Saudosista e esperançoso
pela volta de um time e das alegrias passadas, Ramon lembra que o trabalho como
caminhoneiro, ainda nos anos 50, não permitiu mais a sua participação nos jogos
e aos poucos o time foi acabando. E, aos 87 anos, ainda sonha em ver a volta
dum time que abrigava mais de mil torcedores em seu estádio.
Um comentário:
Infelizmente a prática do futebol por amor pelo gosto, foi dando espaço a certos Neymares onde só o dinheiro importa
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