O projeto “Que todos sejam
um” é uma iniciativa de ação do Grupo Valorizando a Esperança, junto a
entidades civis atuantes em Ibiporã e que possuem como objetivo comum o
atendimento, acolhimento e inserção social de adolescentes, jovens e adultos
envolvidos com o submundo das drogas. “A idéia foi lançar um projeto e juntar
as forças das seis entidades que fazem o trabalho de prevenção, tratamento e
inserção social de dependentes químicos, com atividades culturais e esportivas
abertas a comunidades”, afirma o coordenador Julio Henrique Conceição.
Com
nove anos de atuação e há dois anos funcionando num amplo espaço no Jardim
Municipal, o projeto “Que todos sejam um”, não traz nenhuma novidades em relação
ao trabalho interno realizado pelas entidades envolvidas, mas sim uma nova
forma de efetivação deste trabalho. “Busca-se através do projeto a unidade e
harmonia entre as entidades envolvidas, não só entre si, mas junto ao poder
executivo, legislativo, judiciário, as instituições religiosas e a sociedade
civil organizada”, afirma.
Julio Henrique cita que
muitas mães se apavoram em pensar no futuro dos filhos frente às facilidades
oferecidas pelos caminhos das drogas. “A toxicodependencia não prejudica apenas
o usuário, mas toda a sociedade. Não podemos fechar os olhos à falta de
oportunidades, à prostituição, à ação dos traficantes, a destruição dos lares e
dos sonhos dos jovens. Nossa missão é dar uma segunda chance. Muitos, após anos
no inferno das drogas, encontram aqui sua última esperança do retorno à vida.
Da união entre as entidades descobriu-se um caminho para ajudar os dependentes
a reconquistarem sua liberdade. Graças ao apoio dos voluntários é possível
oferecer uma oportunidade aos jovens”, ressalta o coordenador.
Vindo do Tocantins em
2011, Túlio André Silva, de 22 anos, descobriu na Fazenda da Esperança a
maneira de se libertar das drogas. “O projeto mudou tanto a minha vida, que
acabei vindo a Ibiporã como missionário. A maldita droga rouba o caráter e a
personalidade do ser humano, além de levar embora nossos princípios e
entristecer as famílias”, diz o missionário.
Recuperado,
superada as dificuldades e com o retorno da confiança familiar, Túlio vê que o
trabalho de recuperação é difícil e quem pede ajuda deve se apoiar no tripé
trabalho, espiritualidade e convivência. E, ele dá um conselho a quem deseja se
“aventurar” pelo caminho das drogas: “A juventude deve se afastar das más
companhias, da bebida e das drogas, além de trabalhar, estudar e ouvir o conselho
de seus pais”, finaliza.
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