quarta-feira, 11 de maio de 2011

TV Cultura destaca sistema de lixo de Ibiporã

O programa Repórter Eco, da TV Cultura, de São Paulo, exibiu uma reportagem de destaque sobre o sistema modelo de gerenciamento do lixo de Ibiporã, implantado em 2009. O programa, que vai ao ar aos domingo às 18h, com reapresentação às sextas-feiras, às 7h30, exibiu uma matéria que pode ser acessada no portal da TV Cultura e estará disponível também no portal da Prefeitura (www.ibipora.pr.gov.br). A seguir texto extraído do site da emissora:

20/3/2011
Cidade de Ibiporã, no Paraná, dá o exemplo e recicla quase todo lixo que produz

Para dar um destino correto ao lixo, conforme determina a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, e garantir qualidade de vida , moradores de Ibiporã, no Paraná decidiram agir. O município com 48 mil habitantes mantém alma do interior. E quando o assunto é o tratamento do lixo, fica anos à frente de muita cidade grande.
Em 1985, os moradores de Ibiporã acordaram para necessidade de separar o lixo. A usina de reciclagem, uma das primeiras da região, funcionou durante 18 anos e depois foi fechada. Em 2009, a Prefeitura mudou o sistema e os moradores passaram a separar o lixo em três partes. Uma cidade inteira se uniu por causa da falta de espaço.

Entrevista Miguel Gardini - Diretor de Limpeza Pública do SAMAE: "O aterro foi feito para durar 15 anos, mas durou três anos porque não havia coleta seletiva de qualidade, não havia trabalho de educação ambiental." O esgotamento do aterro gerou uma nova atitude dos moradores com o suporte da educação ambiental por uma empresa especializada no assunto.

Entrevista com Fábio Cavazzotti - jornalista e educador ambiental: "Nós batemos de porta em porta levando material, treinando pessoal de cursos técnicos de meio ambiente, levando o cronograma da coleta, panfletos que explicavam qual o tipo de resíduo a separar, fizemos teatro nas escolas e trabalhamos muito com crianças.”

Entrevista com José Maria Ferreira - prefeito de Ibiporã: "Nós não apenas economizamos a questão da matéria prima em si, mas também economizamos energia, transporte, menos poluição.Tudo é mitigado em função da coleta seletiva.", diz o prefeito, lembrando que o adubo resultante do lixo orgânico alimenta plantas e árvores das praças de Ibiporã.

Moradores separam - Na casa da dona de casa Geralda, casca de legumes e restos de alimentos têm lugar certo.O lixo orgânico e os materiais recicláveis são separados . Cada residência ganhou um imã de geladeira. Ali são indicados os dias de coleta de lixo durante a semana. Hoje das 30 toneladas produzidas diariamente pela população apenas 5 toneladas vão parar no aterro sanitário.As 25 toneladas restantes são transferidos para essa empresa em Londrina,que recicla o material.Trabalho duro feito por pessoas como Maria das Graças Bispo, ex-catadora que aprendeu que é possível gerar dignidade a partir do lixo.

Entrevista com Maria das Graças Bispo - trabalhadora de Usina de Reciclagem: "Quase nada é perdido. Orgânico vira adubo, latinha vem em forma de outra coisa para a mesa das pessoas, vidro é limpo e esterilizado. Papel vira outro produto. Caixa de leite vira telha, garrafas pet viram vassoura. Só falta a gente ter mais consciência do que nós estamos fazendo com a Terra."

Entrevista com Fernando Oliveira - gerente da Usina de Reciclagem:
"Isso é o futuro. É o que a gente vê como futuro. Tudo o que era enterrado gerava chorume, um passivo ambiental muito grande. Hoje volta para a sociedade de outra forma". Em três meses, o que era resto está pronto para nutrir o solo. São 50 toneladas de adubo por dia.

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