sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Treinamento e desenvolvimento


Oficialmente, o termo treinamento surgiu no contexto norte-americano, com a criação da American Society for Training and Development – ASTD que é uma Associação Americana de Treinamento e Desenvolvimento (VARGAS, ABBAD, 2006). Nesta época, os Estados Unidos viviam um momento de guerra e foi necessário treinar pessoal para atender a necessidade de aumento de produção nas indústrias e recolocação dos funcionários que iriam assumir as vagas dos indivíduos que foram enviados a guerra.
            
Sendo assim, a palavra treinamento é utilizada para referenciar todo esforço que as organizações fazem para estimular o aprendizado dos funcionários, objetivando a mudança de comportamento permanente, sendo focado em objetivos de curto prazo (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000; BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).
            
Os treinamentos têm o objetivo de provocar mudanças no comportamento do funcionário, para que ele trabalhe de acordo com os princípios da empresa. Assim, normalmente, o conteúdo do treinamento pode envolver quatro tipos de mudanças: a transmissão de informações; o desenvolvimento de habilidades; o desenvolvimento ou modificação de atitudes e; o desenvolvimento de conceitos.
            
O treinamento possibilita, segundo Carvalho (2000), a adaptação do trabalhador em sua área de atuação, fazendo com que este desenvolva suas tarefas com mais confiança, pois estará realizando-as com responsabilidade e conhecimento, além de se sentir mais integrado com a filosofia da empresa. Já Robbins (2000), acrescenta que o treinamento pode ser muito importante no resultado financeiro de uma organização, pois com profissionais altamente qualificados pode-se enfrentar o aumento da competição e concorrência, os avanços tecnológicos e as demandas por aumento de produtividade.
            
Em relação ao termo desenvolvimento, ele é utilizado para a ampliação de habilidades dos funcionários, fornecendo subsídios para o aumento da responsabilidade e para a tomada de decisões. Na visão de Nadler (1984 apudVargas: ABBAD, 2006), o desenvolvimento está relacionado com o crescimento individual, sem uma relação específica com o trabalho realizado. Em contrapartida, o desenvolvimento de recursos humanos é um conceito global, que envolve outras funções da administração de pessoal.
            
O desenvolvimento deve ter o principal objetivo de promover as pessoas naquilo que se sentem mais propensas a fazer, crescendo e tornando-se mais fortes individualmente. Sendo assim, os programas de desenvolvimento de pessoal devem permitir a atualização do potencial intrínseco de cada participante, mudando a intenção de ação para ações efetivas e comportamentos objetivos.

Planejamento de um programa de treinamento
       Graceffi (2006, p. 24) argumenta que o planejamento do treinamento consiste em quantificar; escolher quando e como suprir as necessidades já definidas; quais recursos humanos, materiais e financeiros serão necessários mobilizar. Ele cita que é preciso seguir o seguinte roteiro:

a)    Quantificar o treinamento necessário;
b)    Definir a época ideal para o treinamento;
c)    Classificar as necessidades quanto ao conteúdo;
d)    Eleger a metodologia para cada necessidade de T&D;
e)    Documentar os eventos de treinamento;
f)     Programar os eventos de treinamento;
g)    Identificar os recursos internos e externos a serem mobilizados;
h)   Orçar os investimentos;
i)     Apresentar o plano de treinamento – obter a aprovação.

Cada um desses itens deve ser planejado com cuidado para que assim programa de treinamento atinja as reais necessidades da organização, por meio de um planejamento sério, competente e focado na empresa.

Além disso, na concepção do treinamento, devemos nos atentar para quatro aspectos importantes, que são: os objetivos instrucionais; a prontidão e a motivação dos treinandos; os princípios de aprendizagem e; as características dos instrutores.

Tipos de treinamento que podem ser utilizados por uma empresa
Sampaio e Tavares (2001) afirmam que, normalmente, a tipologia do treinamento é dividida de acordo com o local de realização. Neste sentido, os autores dividem os programas em treinamentos on the jobe treinamentos out the job.

Os treinamentos on the job, ou dentro do ambiente de trabalho, são feitos dentro do próprio serviço, com conteúdos profissionalizantes. Ele é frequentemente usado para cargos não gerenciais e possui a vantagem de permitir experiências práticas sob condições do trabalho e propiciar a construção de relacionamentos entre funcionários (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003). As variações desse tipo de treinamento englobam o treinamento introdutório; rotação de cargos e; programas de estágios e trainee.

Já os treinamentos out the job, ou fora do ambiente de trabalho, são mais formais e realizados em sala de aula, laboratório ou locais alugados para a sua realização. Ele pode acarretar benefícios a empresa à empresa, pois é mais formal e permite a imersão total do funcionário nos ensinamentos. Dentre as técnicas mais utilizadas estão as palestras; seminários e conferências; simulações; dramatizações; estudos de casos e; jogos de empresa.
      
Diferença entre dinâmica de grupo e jogos aplicados em treinamentos e suas vantagens.
    Jogos aplicados em treinamentos são métodos de ensino e treinamento objetivos, que visam transportar o treinamento no tempo e no espaço para situação semelhante à problemática operacional que ele efetivamente irá encontrar nas empresas em que trabalhar. (http://www.portalgerenciais.com.br/jogos-de-empresa.php)

Dinâmicas de grupo são atividades com objetivo de descontrairos candidatos a uma vaga e servem para o recrutador conhecer melhor os participantes. Nesta atividade, as pessoasdeixam transparecer características pessoais e, portanto, é possível saber quem é empreendedor, metódico, ágil ou criativo. Também se nota, com facilidade, quem tem dificuldade em trabalhar em equipe. Não existe melhor ou pior candidato no desenvolvimento de dinâmicas de grupo, e sim, quem tem o perfil adequado à vaga.

Nas dinâmicas de grupo, os candidatos enfrentam situações desafiadoras e precisam representá-las de diversas formas, onde tudo o que fizer será avaliado. (http://www.curricular.com.br/artigos/entrevista-emprego/dinamicas-de-grupo.aspx)
            
Avaliação dos resultados do treinamento
A avaliação dos resultados do treinamento acontece em quatro níveis. A primeira é a reação, onde se analisa as opiniões ou a satisfação dos participantes sobre vários aspectos do programa de treinamento (BORGES-ANDRADE, 2006ª). O segundo nível é a avaliação do aprendizado, onde se observa se os treinados conseguem compreender e se lembram dos conceitos que foram apresentados. A aplicação de testes de habilidades e conhecimentos é uma metodologia. O terceiro nível avalia o comportamento, onde através do uso do que foi ensinado, se observa a efetividade do treinamento. Por fim, a última forma de avaliação são, conforme Bohlander, Snell e Sherman (2003) através de índices de produtividade e lucro da empresa, além da análise de queixas dos funcionários e verificação na diminuição de custos e desperdícios.
            
Responsabilidades atribuídas na ocorrência de um acidente de trabalho e exemplos.
Existe dois tipos de responsabilidades no acidente de trabalho: a Responsabilidade Civil do empregador, onde cao seja comprovada a culpa, pode gerar indenização. A outra é a Responsabilidade Criminal, que envolve a chefia e, caso seja comprovada a culpa, pode gerar pena de detenção.
            
Quanto aos exemplos que motivam os acidentes de trabalho podemos citar o descumprimento das leis trabalhistas e normas do Ministério do Trabalho; atos de negligência, imperícia ou imprudência dos empregados; ausência de ordens de serviço ou instruções de saúde e segurança no trabalho.
            
Programa de Saúde e Segurança no Trabalho e estruturação na empresa
O Programa de Saúde e Segurança no Trabalho (PSST) é uma proposta multidisciplinar, com ações integradas e abrangentes para prevenção de riscos ambientais e controle médico da saúde ocupacional. Sua estruturação se baseia na integração entre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)e outros serviços relacionados à saúde e segurança. O PSST une uma série de atividades que oferecem mais qualidade de vida ao trabalhador, reduzindo o número de faltas, aumentando a produtividade da equipe, diminuindo custos e atendendo às exigências legais. Fonte: http://www.fieb.org.br/sesi/Pagina/202/Programa-de-Saude-e-Seguranca-no-Trabalho-%E2%80%93-PSST.aspx
            
Liderança
Liderança é a habilidade de inspirar confiança e apoio entre as pessoas de cuja competência e compromisso depende o desempenho. A liderança é um ingrediente essencial para o sucesso de uma empresa. De acordo com Griffin (2007), a liderança é tanto uma ação quanto um atributo. Como atributo, é um conjunto de características esperadas daqueles que são tidos como líderes.
            
Autoridade Formal
A autoridade formal se fundamenta nas leis aceitas e de comum acordo, que criam figuras de autoridade dotadas de poder de comando. O seguidor obedece a lei incorporada na figura de autoridade, mas não a pessoa que ocupa o cargo. A lei é o instrumento que possibilita a convivência social e se limita no tempo e no espaço geográfico, social ou organizacional, onde os limites definem a jurisdição da autoridade e inclui o poder de forçar a obediência das regras aceitas para a convivência.
            
Autocracia
Na autocracia, o líder fixa as diretrizes, as formas de execução das tarefas e as atribuições de cada um no grupo. O líder centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo, desenvolvendo a agressividade, tensão, frustração e nenhuma espontaneidade do grupo, impedindo o relacionamento interpessoal. Entre eles, o trabalho só desenvolve com a presença do líder.
            
Liderança Democrática
O líder conduz e orienta o grupo incentivando a participação democrática das pessoas. Líder e subordinados desenvolveram comunicações espontâneas, francas e cordiais. Há grande integração grupal dentro de um clima de satisfação.
            
Liderança Carismática
É o tipo de liderança que provoca forte impressão nos seguidores. Com influência a partir da identificação e percepção de um modelo (estilo e traços), os líderes carismáticos afetam profundamente seus seguidores, porque os encorajam e inspiram para que eles vejam os problemas de maneira diferente, dêem o máximo e apresentem novas idéias.
            
Liderança Transacional
Este é o tipo de liderança baseada na autoridade, recompensa e troca entre líderes e seguidores, enquanto ambos acreditam que isso irá beneficiá-los. O líder transacional é aquele que apela aos interesses, especialmente às necessidades primárias dos seguidores. Ele promete recompensas ou ameaças para conseguir que os seguidores ou subordinados, trabalhem para realizar as metas.

Nenhum comentário: