quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Jiu Jitsu leva cidadania às crianças do Lourenço Bacarin, Jamil Sacca, Miguel Petri e Mustafá Issa.
“O reconhecimento pessoal é mais válido que o financeiro”. Assim pensa Alex Sandro Oliveira de Queiroz, de 39 anos e morador do Jamil Sacca. Vindo de Niterói há três anos para viver com a esposa Daniele Moraes Machado, ele viu sua rotina mudar completamente. “Vivia para luta e trabalho, onde treinava e dava aulas de Jiu Jitsu”, recorda. A família de Daniele, pioneira da cidade, fechou os negócios em Niterói e retornou para Ibiporã no intuito de cuidar da avó, de idade avançada. Com isso, Alex vinha quinzenalmente ver o filho e a esposa. Acostumado com o Paraná e orientado pelo mestre Marcos Bragança e a mãe Ana Maria, preferiu ficar mais próximo da família e trilhar novos caminhos.
Ao se instalar no município ele foi bem recepcionado e quem lhe ajudou primeiramente foi Carlos Alberto de Oliveira, da Associação de Moradores do Ângelo Maggi. “O Carlos veio de São Paulo e sabe as dificuldades de chegar a um lugar e não ter amigos. Hoje somos companheiros”, afirma.
Com projetos no Lourenço Bacarin e Conjuntos Miguel Petri, Mustafá Issa e Jamil Sacca, ele observa que há pessoas carentes nestas regiões sem condições de arcar com matricula e mensalidades numa academia. “Minhas aulas são gratuitas e se tornaram uma oportunidade para as crianças. Se ficarem ociosas pode seguir maus exemplos e trilhar pelo caminho do crime e das drogas. Incentivo o bom exemplo e faço a prevenção”, declara. Com 60 alunos no Mustafá Issa e 30 no Lourenço Bacarin, o trabalho tem mais de um ano e é patrocinado por comerciantes e empresários locais. Além de Jiu Jitsu são ministrados o Judô e Luta Livre. Professor faixa preta graduado, Alex é reconhecido pela Federação de Jiu Jitsu.
As aulas no Mustafá Issa são às 3ª e 5ª, das 17hs às 19hs e aos sábados à tarde. No Lourenço Bacarin são às 2ª, 4ª e 6ª, a partir das 19 horas no Centro Comunitário. Para treinar é preciso ser matriculado e ter boas notas. “Não aceito, dentro e fora do tatame, palavrões, piadas e bullyng. Somos irmãos e amigos. Devemos nos unir para ter ajuda mútua. Respeito e companheirismo são cobrados devido à necessidade de concentração. Isto deve ser transferido para escola, o local onde a criança se transformará num cidadão, além de aprender a ler, escrever e interpretar valores como educação, hierarquia e disciplina. O jiu jitsu, como o futebol, skate, capoeira, natação ou outro esporte, é um agente transformador que engaja e muda a concepção social e psicológica”, declara.
Vindo de Niterói, Alex inova ao trazer um modo diferente de lutar Jiu Jitsu, devido os lutadores estarem acostumados com Judô, Muay Thay e Capoeira. Por conta do currículo ele também é professor da Academia Olympikus, tendo alunos das mais variadas idades e profissões. Além disso, ensina para as idosas do Lourenço Bacarin a Ginástica Fight. “O Jiu Jitsu trabalha a queima da gordura, flexibilidade, postura e respiração. Tenho alunos com mais de 50 anos que estão saudáveis”, declara.
Mesmo com tamanha dedicação Alex tem dificuldades para manter os projetos sociais, devido a custos com tatame e lanches para os alunos carentes, sendo este último um grande incentivo. “Empresários e comerciantes que contribuírem podem deduzir a ajuda no imposto de renda”, declara.
Interessados em conhecer o trabalho do Alex Queiroz podem entrar em contato pelo 84278389 ou visitar o perfil no Facebook, que é Alex Queiroz.
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