A Colônia Militar e Aldeamento Indígena de Jatay (atual Jataizinho) tiveram um personagem ilustre do Paraná, que poucos sabem que viveu um período na região, sendo que no cartório foi registrado o nascimento de uma de suas filhas. Seu nome era Telêmaco Borba ouT Augusto Éneas Morocines Borba. Nascido em 15 de setembro de 1840, em Curitiba, era filho de Vicente Antonio Rodrigues Borba (capitão veterano de guerra) e Joana Hilária Morocines (uruguaia, descendente dos doges de Veneza). Sua obra está intimamente ligada a trajetória de sua vida pessoal. Passou a infância e boa parte da adolescência nas cercanias de Curitiba, em Borda do Campo (hoje Piraquara), sempre acompanhando de perto a atuação de seu pai como militar e vivenciando vários processos políticos, como a emancipação política do Paraná. Não localizamos nenhum material que nos permitisse falar de sua infância. As poucas referências sobre esse período de sua vida estão no livro escrito por VARGAS (1970) que é seu tataraneto e que escreveu uma biografia romanceada sobre a vida de seu tataravô. Telêmaco Borba casou-se com Rita Maria do Amaral, filha do amigo comerciante em 1860, quando tinha 20 anos e com ela teve nove filhos. Em 1861 mudou-se com sua família para a Colônia Militar do Jataí, por estar cansado da vida sedentária do comércio.
A Colônia Militar do Jataí, fundada em 1851, por influência do Barão de Antonina e era um importante núcleo de defesa dos limites territoriais do país. Foi criada, por recomendação de dois exploradores: John Elliot e Joaquim Francisco Lopes. Sua posição geográfica era fundamental aos meios de proteção dos interesses nacionais, pois estava situada no fim da estrada carroçável que ligava o porto de Antonina a uma rede de rios navegáveis. Na hipótese de uma guerra, poderia servir para o transporte de munições e de guarnições para as fronteiras com as nações vizinhas. Também informam as fontes, que o governo decidiu dar a Colônia a atenção merecida. Para “catequizar” os índios que povoam a região ao longo dos rios, o governo decidiu criar um aldeamento na outra margem do rio Tibagi, em frente à colônia militar, chamando Aldeamento de São Pedro de Alcântara. Para dirigir o aldeamento convoca Frei Timóteo de Castelnuovo - “que tinha como dever incutir conhecimentos gerais, de arte e de religião aos índios Kaingang cuja etnia dominava a área”.
Para o Presidente da Província do Paraná, Joaquim do Carmo, não bastava à implantação de uma Colônia Militar no Jataí e a ação missionária dos capuchinhos, que cumpriam a sua parte, na ocupação e posse da região. Era necessário o trabalho paralelo de aproveitamento do braço indígena, pois os Kaingang atacavam e trucidavam as expedições, dificultando o desbravamento e a posse do território. O que estava faltando era o trabalho dos sertanistas para derrubar a mata e atrair os índios. Então decide convidar os irmãos Borba (Jocelim, Telêmaco e Nestor) para atuarem como sertanistas. Jocelim segue para o Aldeamento de Paranapanema, Nestor para Guarapuava e Telêmaco para o Tibagi.
A Colônia Militar do Jataí, fundada em 1851, por influência do Barão de Antonina e era um importante núcleo de defesa dos limites territoriais do país. Foi criada, por recomendação de dois exploradores: John Elliot e Joaquim Francisco Lopes. Sua posição geográfica era fundamental aos meios de proteção dos interesses nacionais, pois estava situada no fim da estrada carroçável que ligava o porto de Antonina a uma rede de rios navegáveis. Na hipótese de uma guerra, poderia servir para o transporte de munições e de guarnições para as fronteiras com as nações vizinhas. Também informam as fontes, que o governo decidiu dar a Colônia a atenção merecida. Para “catequizar” os índios que povoam a região ao longo dos rios, o governo decidiu criar um aldeamento na outra margem do rio Tibagi, em frente à colônia militar, chamando Aldeamento de São Pedro de Alcântara. Para dirigir o aldeamento convoca Frei Timóteo de Castelnuovo - “que tinha como dever incutir conhecimentos gerais, de arte e de religião aos índios Kaingang cuja etnia dominava a área”.
Para o Presidente da Província do Paraná, Joaquim do Carmo, não bastava à implantação de uma Colônia Militar no Jataí e a ação missionária dos capuchinhos, que cumpriam a sua parte, na ocupação e posse da região. Era necessário o trabalho paralelo de aproveitamento do braço indígena, pois os Kaingang atacavam e trucidavam as expedições, dificultando o desbravamento e a posse do território. O que estava faltando era o trabalho dos sertanistas para derrubar a mata e atrair os índios. Então decide convidar os irmãos Borba (Jocelim, Telêmaco e Nestor) para atuarem como sertanistas. Jocelim segue para o Aldeamento de Paranapanema, Nestor para Guarapuava e Telêmaco para o Tibagi.
Registro de Nascimento da filha de Telêmaco Borba, que se encontra no Cartório de Jataizinho
N. 4. – Aos vinte nove dias do mez de Fevereiro do anno de mil oitocentos setenta e seis, neste lugar, districto de Sub-delegacia de Policia da parochia de Nossa Senhora da Conceição do Jatahy, Municipio de tibagy, provincia do Paraná, compareceu no meu cartório Telemaco Morocines Borba e em presença das testemunhas abaixo nomeadas e assignadas, apresentou-me uma criança do sexo feminino e declarou: - Que no dia dous do mez de Fevereiro do anno de mil oitocentos setenta e seis, na casa de sua residência, nesta Colonia Militar, pelas duas horas da manhã, nascia a referida criança, filha de mulher livre, a qual é sua filha legítima, (ilegível) pela declarante, natural da Provincia de (ilegível) (ilegível), na Parochia de de São Sebastião de Porto Meira, da referida provincia com Rita Maria do Amaral Borba, natural da provincia acima declarada, brasileira, costureira, sendo ambos residentes nesta Colonia Militar do Jatahy; são avós da recem-nascida o capitão reformado do exercito Vicente Antonio Rodrigues Borba, já fallecido e Dona Hilaria digo Joanna Hilaria Morocines, tambem fallecida, pela parte paterna e Lupercio José do Amaral e Maria Marques dos Santos, ambos fallecidos, pela parte materna.
De que para constar lavrei este termo queleio perante o declarante e as testemunhas Antonio Joaquim Moreira Coelho, negociante e Antonio Diniz Gonçalves, feitor, todos moradores nesta Colonia Militar do Jatahy. Eu, Antonio
Crispim de Oliveira Fernandes, escrivão juramentado da Subdelegacia de policia, o escrevi.
Antonio Crispim de Oliveira Fernandes
Telemaco Morocines Borba
Antonio Joaquin Moreira Coelho
Um comentário:
Bom dia!
Apenas corrigindo um pequeno erro na transcrição da certidão. A paróquia de Rita Maria Marques do Amaral é "Parochia de São Sebastião de Porto de Cima" e não Porto Meira.
Abs
Postar um comentário