Com o objetivo de minimizar os efeitos do mosquito Aedes Aegyptis,
o Hospital São Camilo e a 17ª Regional de Saúde, através da Dra. Terezinha
Sanches, diz que a população jatainhense deve ficar alerta para controlar e
erradicar as doenças causadas pelo mosquito. “Não podemos ficar a mercê de um
mosquito que traz a dengue, chicungunha e zika vírus. Esta última doença é
prejudicial e clinicamente compromete a inervação da coluna, causando a paralisia Guillain-Barré no feto, que destrói
o cérebro e não o deixa evoluir, causando a microcefalia. O perímetro
encefálico normal mede em torno de 32 centímetros e com a doença ele não se
desenvolve, fazendo a criança ser portadora de necessidades especiais devido a
problemas mentais”, afirma.
Desde
setembro de 2015 a população de Jataizinho é orientada pela 17ª Regional de
Saúde quanto às ações de combate ao mosquito, sendo isto uma orientação da
Promotoria de Saúde, que questiona a situação de risco, número de funcionários
e agentes de endemias e comunitários envolvidos para atender o município. Além
disso, agentes federais foram cedidos e o Governo do Paraná forneceu recursos
no intuito de ampliar as ações da Vigilância Sanitária através do VigiaSus.
Isto envolve contratação de pessoal e obtenção de medicamentos para ser
distribuído à população. A doutora ressalta que o Governo Federal anunciou que
em breve, as gestantes inseridas nos programas sociais receberão repelentes,
porém alguns municípios já compraram o produto com verba própria e distribuiu para
as gestantes de situação sócio econômica carente. “Isto varia de município e
Jataizinho tem condições de realizar esta ação. Há cerca de 140 grávidas no
município e acredita-se que algumas não precisam da assistência pública, mas
outras sim. As grávidas devem andar vestidas adequadamente para evitar contato
com o mosquito, usando calças compridas e claras, uma vez que ele prefere
roupas escuras”, ressalta. Ela complementa informando que a 17ª Regional de
Saúde realiza ações contundentes através do trabalho de campo para eliminar
criadouros, como um check list e o apoio da sociedade civil organizada,
representada por igrejas e comerciantes. “O morador deve eliminar focos e
criadouros de sua casa e acompanhar o agente de saúde, que deve ser rigoroso
nas vistorias”.
Além da limpeza dos
quintais e a retirada dos entulhos, outra medida é a aplicação do fumacê costal
e por caminhonetes. São dez máquinas costais que atuam na cidade e atendem a
demanda numa ação que não pode ser interrompida. “A coleta do entulho e a
limpeza pública de ruas e praças são fundamentais e é de competência do Poder
Público, instituído na figura do município. Quanto ao fumacê, a população deve
abrir portas e janelas, além de fazer a limpeza do quintal para a aplicação
costal, uma vez que as equipes vão a todas as casas”, diz. Atualmente
Jataizinho possui dois casos de zika, nenhum de chicungunha e 40 casos de
dengue, todos confirmados por exames laboratoriais. Quanto ao diagnóstico,
tratamento e notificação, as unidades de saúde e funcionários do município se
destacam, sendo uma das melhores da 17ª Regional de Saúde. “O doente é
acompanhado e não fica sem assistência, mostrando que há solução para um
problema que antes a população não sabia tratar”, pontua.
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