quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O homem da palavra (Por Aldo Moraes)

“Obrigado poeta. Viaja agora para caminhar entre as estrelas!”


A obra e o pensamento de Ferreira Gullar ficam para a cultura brasileira como um legado de inteligência e inquietude. Nos últimos anos, sua visão do Brasil político e cultural brilhava como colunista polemico e sem rodeios da Folha de São Paulo e outros grandes jornais. Mas Gullar foi o agitador cultural que colaborou na fundação do Grupo Opinião e do Jornal “O Pasquim” em plena ditadura militar. E por suas opiniões e oposição ao regime foi exilado. Quando voltou ao país em 1977 foi preso.                                                                              
Gullar foi o grande poeta que dividiu com Drummond e Cabral as atenções a partir da segunda metade do século XX. Como eles, o maranhense também foi cogitado para o Nobel de Literatura. A vida política, os dilemas sociais e a liberdade permeiam boa parte de sua obra poética. “Poema Sujo” em que mescla a infância com a denuncia das torturas na ditadura é seu trabalho mais emblemático.                                                                                                        
Ferreira Gullar se destacou na TV brasileira a partir dos anos 80 com a criação de textos para o seriado “Carga Pesada” e a novela “Araponga” (com Lauro César Muniz e Dias Gomes). Freqüentou as paradas de sucesso com a versão para “Borbulhas de amor” (hit na voz do cantor Fagner) e atualmente sua poesia pode ser ouvida todas as noites na abertura da novela “A lei do amor” e na letra para Trenzinho do caipira (Villa Lobos) na voz de Ney Matogrosso.                                                                                                                                      
O poeta também traduziu para o teatro; se destacou como critico de arte; colunista e continuou escrevendo poesia, se tornando referência. Incorporado ao cotidiano do Brasil, nos acostumamos a ouvir seu nome e ler seus textos e poesias.  Em 2014 se rendeu a Academia Brasileira de Letras e se tornou poeta imortal.         
                                                                                                               
O homem da palavra parte aos 86 anos como iluminado e enorme farol para o futuro cultural do país. E sua fonte será água límpida onde devemos sempre buscar motivo para a poesia e a arte do Brasil!

Aldo Moraes é músico, escritor e jornalista


Aplicativo Menor Preço da Nota Paraná

O aplicativo Menor Preço da Nota Paraná indica estabelecimentos com produtos mais em conta. Olha o valor da gasolina em Londrina. Vale a pena...

Circuito das Capelas encerra atividades em 12 de dezembro

O "Circuito das Capelas”, de Ibiporã, encerra as atividades no próximo dia 12 na Capela Nossa Senhora de Guadalupe, a partir das 19h30. O circuito é um projeto de recuperação da memória com caráter turístico, cultural e artístico. Realizado pela Secretaria de Cultura, ele percorreu ao longo do ano todas as capelas do município. 

O evento de encerramento, na Avenida 19 de Dezembro, contará a história da comunidade e a formação dos bairros ao redor, hoje bem populosos. Iniciado em 2014, o Circuito das Capelas consiste em pesquisa e entrevistas, que tem por resultado livros e documentários

5º ARTDEVI em Ibiporã.

A APADEVI (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais de Ibiporã) convida a todos para o V ARTDEVI. O evento consiste na venda do artesanato produzido pelas “Amigas da Escola”.
Programação:
Abertura: 07/12 às 19h30min
8, 9 e 10/12 - das 9hs às 20hs Exposição e Vendas dos produtos.
Local: Rua Souza Naves, 257 (ao lado da Floricultura D’Flor).

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Domingos Rosa e Maria de Lourdes completaram 70 anos de união.

As primeiras recordações de Domingos Rosa para o Operário das Letras e a Folha de Jataizinho foram da infância, quando na sua inocência as brincadeiras eram o “passa anel” e a “cirandinha”. Nascido em 27 de março de 1918, na memória de 97 anos há lembranças do carro de boi e do pai, que era violeiro. Vindo de Jacuí (MG) com a família para Santa Mariana, após quatro anos de trabalho árduo seu pai comprou um sitio de mata nativa, derrubada a machado, na Água Branca. Com o inventário do mesmo, ele ficou com três alqueires, posteriormente vendido a familiares. “Havia apenas a ponte ferroviária, uma rodoviária e a balsa que atravessava o Tibagi rumo a Ibiporã”, recorda                                  

Pai de quatro filhos (João Rosa, Antônio Rosa, José Rosa), oito netos e onze bisnetos, ele conheceu a esposa Maria de Lourdes Furlan Santos (88) na Água Branca em 1946, se casando no ano posterior em Assai no dia 28 de julho. Ela nasceu em Aparecidinha (SP) e é filha de Benedito Furlan e Antonia Alves Furlan, sendo que chegou à Água Branca na época que o local era coberto por mata virgem. “Éramos crianças quando nos conhecemos e fui a única namorada da vida do Domingos”, diz Maria de Lourdes que é ouvinte da Rádio Nova Geração e todos os domingos liga pedindo músicas. Quanto a esposa, Domingos recorda que neste quase 70 anos de união, ainda na época de namoro eles foram a um baile e por algum motivo se desentenderam e ela foi embora, deixando-o sozinho. Mesmo assim ainda gostava dela. “Passou uma semana e não arrumei namorada, até que apareceu a irmã do seu cunhado que estava interessada em ficar comigo. Porém o amor pela Maria de Lourdes era maior e reatamos, ficando juntos até hoje”, recorda.                                      
Com o casamento estabelecido eles foram para Grandes Rios, próximo a Ivaiporã. Com o passar do tempo, em 1963 o sogro Benedito Furlan perguntou se eles tinham interesse de voltar a Jataizinho. Com isto retornaram e após uma grande colheita de café compraram o imóvel que vivem. “Na época o prefeito era o Evilásio Rangel e na área urbana trabalhei na Indústria de Óleos Tibagi (Irpasa) e como mascate, onde rodei o Paraná vendendo tijolo para as cerâmicas de Benedito Furlan (Santa Mônica), Edro Germando, Edson do Vale, José Espanhol, Augustinho Pavão e Zé Mineiro. Este trabalho trouxe riquezas para a cidade e fui intermediador do progresso ao vender a matéria prima para as construtoras fazer prédios e casas”, recorda.                                                        
A idade avançada não impede que Domingos lembre fatos inusitados da vida, como por exemplo o dia que foi de Jataizinho a Bandeirantes de “jardineira” com quatro grandes latas de mel que vendeu num restaurante. “Além de comprar o mel, o dono do restaurante pagou o almoço e a passagem de volta num trem”, diz. Outra memória é de quando a cidade era pequena, havendo apenas a região central e parte da Vila Frederico. “Quando mudei para área urbana não tinha ‘força’ e chamamos o ‘Pedro da Luz’ para instalar um poste e junto com ele a energia’”, finaliza. 

Marcos da Ambulância é homenageado por família de aluno na APAE de Ibiporã

A dona de casa Maria de Lourdes Aben mora no Jamil Sacca há dois anos e procurou o Jornal Nossa Terra e o Operário das Letras para agradecer o vereador Marcos da Ambulância. Sua vida mudou há 21 anos com o nascimento dos gêmeos Carlos Alberto e Ludmila Carina. Após um acidente no parto, na Santa Casa de Londrina, Carlos Alberto ficou trinta dias na UTI e mais 21 em observação devido a crises de convulsão. Ele é portador de necessidades especiais e desde o nascimento recebe auxílio do vereador Marcos da Ambulância, que ainda não havia ingressado na vida política. “Não vejo o Marcos como um político, mas como amigo por não medir esforços para ajudar meu filho. Não é função do vereador cuidar de problemas dos indivíduos. Porém o Marcos da Ambulância é esplendido e nos auxilia quanto às necessidades. O exemplo é a antecipação de consultas e exames que demoram meses ou na obtenção de remédios”, cita.                                                                                                                  
Por recomendação do neurologista Aparecido Andrade, a dona de casa parou de trabalhar para dar mais atenção ao filho e para o mesmo não ir a óbito. Com grandes seqüelas mentais, Carlos Alberto é aluno da APAE desde um ano de idade e ainda tem dificuldades de coordenação motora. Na APAE ele desenvolve atividades pedagógicas, esportivas e culturais, além na natação e fisioterapia. “A APAE é tudo na vida dele. Se o Carlos Alberto anda e fala é graças ao trabalho dos professores que o acompanham”, diz.                                    
Antes de viver no Jamil Sacca, Maria de Lourdes morou na Casa dos Vicentinos próximo ao Asilo São Vicente de Paulo, onde recebia auxilio da Neide Scolari e demais pessoas na obtenção de medicamentos. Hoje a família vive com o benefício social e com o trabalho da filha, uma vez que Carlos Alberto toma 18 comprimidos por dia. Para agravar a situação, a dona de casa sofreu um começo de AVC e anda com o auxilio de uma bengala. “A ajuda do Marcos da Ambulância não é abuso, mas uma boa ação. Ele exerce o papel social e as famílias que tem filhos na APAE o reconhecem. Como ex-funcionário da entidade, o vereador conhece a todos, seus problemas e dificuldades, uma vez que convive e sabe de perto o que passamos. Independente da política, ele nunca virou as costas para as pessoas e isto é observado no trabalho social que faz. O Marcos da Ambulância é uma pessoa humana e de bom coração. Como vereador é empenhado e atua em vários segmentos”, pontua.  

Empenho da Secretaria de Esportes traz bons resultados no futebol de Jataizinho

O trabalho de Gilberto Oliveira garante a Jataizinho bons resultados no futebol. Servidor da prefeitura desde 1993, ele é responsável pelo Estádio Dionísio Stricker desde 1995. Além de cuidar do campo ele treina categorias de base dos 8 aos 18 anos. “Deram uma chance e faço isto com amor. Levo jogadores aos Jogos Escolares e da Juventude. Outra atividade de grande retorno foram as mini olimpíadas municipais com alunos de 6 a 10 anos. A base é fundamental”, relata.                                                                                          
Atuante junto aos campeonatos futebol suíço, de campo e salão, ele incentiva os estudantes dos colégios Adélia Antunes Lopes e do Parigot de Souza a treinar, a fim de participar dos Jogos da Juventude, Abertos e Escolares, onde o município sempre obtém bons resultados. Para treinar o aluno deve estar matriculado, ter no mínimo 75% de freqüência e bom desempenho escolar.                                                                                                      
Um exemplo dos bons resultados é o futebol feminino, seis vezes campeão dos Jogos Regionais e o reflexo das conquistas é visto na secretaria da quadra poliesportiva, repleta de troféus e medalhas. “A Secretaria de Esportes faz o trabalho educacional de base, onde no contra turno escolar há atividades esportivas. Isto é o principio da educação em período integral, algo saudável. A prefeitura também apóia com transporte, uniforme e material esportivo, somado ao empenho, trabalho e disciplina da Diretoria de Esportes, que tem a frente Celso Ribeiro, João Rogério Beraldeli, Rodrigo Betiate, Roberto Tanaka e Mateus Leonardo. O suporte possibilita que Jataizinho seja respeitada”, diz. Apesar dos resultados, o treinador fica triste ao saber que os “olheiros” não vêm à cidade atrás de jogadores talentosos. “Há convites de empresários para deslocarmos atletas. Porém o município e as famílias não têm condições de patrocinar com alojamento e refeição”, relata.                                          
Gilberto Oliveira diz que no decorrer do ano há vários campeonatos, como Futsal, Suíço e Interbairros, sendo este com mais rivalidade, jogos emocionantes, grande público e cerca de 12 a 14 equipes. “Os campeonatos integram e sociabilizam Jataizinho”, pontua. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Além do happy hour com publico de todas as idades, Bom Bife tem variedade de açougue e restaurante com marmitex a partir de 8 reais.

O Bom Bife é uma empresa familiar e tradicional há mais de 22 anos em Ibiporã. Os esforços do comerciante Carlos Bruneli se iniciaram com o açougue. Anos depois ampliou o estabelecimento com um mini mercado, lanchonete e restaurante, que surgiu para agregar valor e inovar a partir do espaço ocioso. O restaurante está aberto de 2ª a sábado, das 11 hs às 14hs30min e aos domingos tem marmitex a retirar no balcão ou entrega, onde motociclistas levam a qualquer ponto de Ibiporã em menos de 15 minutos. Popular em virtude da diversidade de carnes, o Bom Bife tem almoço a partir de R$15,00 e as marmitex são as mais pedidas, como a de R$ 8,00, com opção de três a quatro tipos de misturas. Outra grande procura são os pratos executivos de 10 reais. Carlos Bruneli diz que o valor em conta se deve ao fato de agregar o açougue ao restaurante, oferecendo produtos de qualidade e menor preço. “Graças a isto forneço condições facilitadas a grupos ou empresários que desejam comprar em maiores quantidades, como por exemplo, pagamento mensal ou quinzenal”, diz o comerciante.
O Bom Bife é um ponto de encontro e happy hour, que funciona desde 1994 e música ao vivo a partir de 2003. Uma opção a mais de entretenimento aos ibiporãenses. A lanchonete recebe duplas com o melhor do sertanejo universitário e de raiz. Além da música ao vivo, o diferencial é o cardápio, com chopp, cervejas, sucos e refrigerantes. Há vaca atolada, porco no tacho, costela assada na tábua (acompanhada de mandioca e salada), frango, coxão mole, alcatra, contra file e demais variedades de carnes. Outra opção são os espetos, nos sabores carne, frango, cafta, linguiça toscana, calabresa, porco, coraçãozinho, pão de alho, tulipa, carneiro e queijo mussarela. O público é variado e de cidades como Londrina, Jataizinho, Cambé, Rolândia, Sertanópolis e Bela Vista do Paraiso. O Bom Bife preza pelo ambiente familiar e grande presença de jovens. O happy hour é das 17 hs a meia noite e música ao vivo a partir das 20 hs.             
                

A tradição do Bom Bife também é lembrada principalmente aos domingos, onde a variedade de carnes assadas é grande e com preços acessíveis devido à compra direta. É possível encontrar, a partir das 10 hs, costela, maminha, frango assado recheado ou desossado, coxa desossada ou recheada, cupim, costela recheada, carnes suínas, lombo recheado e outras variedades alimentícias como maionese e farofa.                                                             
Carlos Bruneli tem perfil no facebook além da página do Bom Bife, com muitos seguidores, o comerciante interage com os clientes através de fotos e comentários. Aceitando cartão de crédito e débito, ele está na Avenida Paraná 1149. O telefone de contato é o 32585133.

Belagrícola desenvolve programa que incentiva a leitura

O desenvolvimento de pessoas é uma área de recursos humanos que capacita profissionais, tornando-lhes membros valiosos na organização. Focado nesta mentalidade, a Belagrícola, que tem cerca de 250 colaboradores em Londrina e é uma empresa de atividade comercial do ramo agrícola, lançou o programa que desenvolve lideranças, coordenado pelo engenheiro civil Murilo Aramaki Bianco. Uma das partes do projeto consiste na doação de livros e recursos financeiros para criar uma biblioteca comunitária. A campanha interna e online divulga pontos de coleta de livros na sede da empresa. Já a financeira busca recursos para aplicar em livros, infra-estrutura como prateleiras, itens básicos de uma biblioteca e valores para confeccionar sacolas aos interessados em retirar livros. O escolhido para o projeto foi o Instituto Pé Vermelho, coordenador da creche “Pintando o Arco Iris”, localizada no Jardim Franciscato e coordenada por Valdete Cardia. “A Belagricola entrou em contato e fomos selecionados. Além da biblioteca e sua manutenção, está incluso no projeto a “Sacola da Leitura”, onde pais e familiares das crianças, além da comunidade, usufruirão da biblioteca comunitária”, cita Valdete.                                                              
Murilo Bianco relata que o desenvolvimento de lideranças é um trabalho em grupo e busca aprimorar a participação dos colaboradores em programas da empresa. Em relação aos critérios internos de escolha, o mesmo inclui colaboradores antigos e experientes, mas com perfil jovem. “O programa, com cinco meses, melhorou a comunicação entre áreas da empresa, há maior interação de quem participa dos trabalhos. O desenvolvimento de pessoas e liderança traz novos pensamentos, causa efeitos positivos e bons resultados”, diz. O engenheiro cita que valoriza as ações institucionais e de responsabilidade social internas e externas da empresa devido isto criar uma mentalidade diferente em ambos os públicos. “O desenvolvimento pessoal busca mudanças internas, reflete na empresa e oferece crescimento pessoal e profissional”, complementa.                                                                                  
Colaborador no departamento de recursos humanos, José Messias aplica o que aprende em atividades laborais. “A iniciativa é recebida positivamente. Os resultados são maior união das equipes, colaboradores e o desenvolvimento da comunicação. Saímos da zona de conforto e há desafios em vários aspectos. Isto não é uma competição, mas trabalho em grupo para obter um bem comum”, relata.                                                                                          
Rogério Fernandes atua na operação de insumos agrícolas, dando suporte às filiais. Ele diz que o desafio do programa é transformar a comunidade e as crianças incentivando a leitura. “Quando o individuo adquire o hábito da leitura desenvolvem-se formadores de opinião. A idéia é continuar e melhorar o acervo”, cita Rogério, que observa mudanças pessoais a partir do desenvolvimento de lideranças e gestão de pessoas. “O projeto veio a agregar e nunca atuei como voluntário”, complementa.  

Experiente na área de educação, Valdete diz que leitura e conhecimento são fundamentais no desenvolvimento humano e de pessoas. Em relação ao projeto “Sacola da Leitura”, ele já existia, mas estava engavetado por não haver recursos financeiros. “Os pais, ao lerem juntos com os filhos incentivam o hábito saudável. A informação contribui para o cidadão de bem. A biblioteca esta na fase de instalação e resultados efetivos são observados. Nesta perspectiva disponibilizaremos tempo e espaço para as crianças participarem da “Hora do conto”, uma aula de leitura e literatura que abre a mente e a imaginação, estimula os estudos e abre novos horizontes. “Fui uma criança carente. Vi meu pai lendo revistas e jornais velhos. Isto foi um exemplo que me ajudou a crescer como pessoa”, pontua. 

Espaço Latino obtém 70% dos votos da categoria escola de dança e fatura o Top de Marcas (Texto Nereu Pereira)

O Top de Marcas reconheceu o Espaço Latino como à escola de dança mais lembrada em Londrina e região. Foram 70% dos votos e a premiação da 21ª edição do evento foi em 17 de novembro no Buffet Planalto. O evento teve a presença de empresas selecionadas e autoridades. Foi a primeira vez que o segmento Dança de Salão participou da pesquisa, elegendo o Espaço Latino, uma das mais antigas da região, como a mais lembrada.                                           

A escola iniciou suas atividades em 1989, trazendo um novo segmento cultural: dança a dois. “Embora houvesse eventos festivos e musicais, não existia lugares e profissionais capacitados que ensinassem a dança e aprimorassem técnicas”, diz Luiz Carlos “Mumu”, fundador e sócio proprietário da Espaço Latino.                                                                                                                
Com 27 anos de tradição a Espaço Latino tem uma equipe de 50 profissionais dispostos a atender os amantes da dança e nos mais variados ritmos, como sertanejo, forró, pagode, soltinho, bolero, samba de gafieira, zouk, salsa, tango e zumba. Os alunos são atendidos em grupo ou em horário particular. Outro serviço bem contratado são as coreografias para casamento e aniversário.              

A sócia proprietária Daianne Gonzales diz que o Top de Marcas confirma o bom atendimento da empresa aos clientes. “Nosso maior investimento em primeiro lugar é o aluno. Ele é a melhor propaganda da escola e traz novos clientes através do famoso “boca a boca”. Outro diferencial da Espaço Latino é o investimento na formação dos profissionais”, pontua Daianne. 

Cultura e reflexões sobre intolerância religiosa (Por Aldo Moraes)

“Por que com o tempo não volto os meus olhos para o que é novo?” Esta frase de William Shakespeare nos faz pensar que historicamente a cultura se coloca na vanguarda dos acontecimentos sociais e atua como referência de novidade artística e na defesa das minorias. No Brasil, a cultura também é depositário da memória de personagens e fatos ignorados pela história oficial. Ela ganha relevância quando tratamos da intolerância religiosa.                                              
Em nosso país, o advento da República separou religião e Estado, possibilitando maior liberdade de culto e manifestações que envolvem cultura e religiosidade. Apesar do avanço, a intolerância permaneceu como resquício do período de subjulgamento a escravidão, exploração e vidas sem história. Cidadãos sem cidadania, sem direito ao voto e a educação. E como pano de fundo, o preconceito e a intolerância.    
                                                                               
A cultura brasileira nasce da força e da identificação de seus criadores com a terra tropical: mitos, verdades e enfrentamentos. Por isso, a cultura se manifesta como defesa, descobrimento de problemas e soluções ao país.                 
O romance Tenda dos milagres (Jorge Amado) foca na intolerância racial e religiosa de famílias tradicionais que desconhecem sua origem popular e negra. O texto aborda o cotidiano de lutas e derrotas do povo que sofrem por conta do preconceito de homens poderosos da política e da policia, cujas conseqüências acompanham gerações e aos que não concordam com os abusos. O final da história é surpreendente: obriga os dois lados a repensar a vida e desenvolver o perdão e a boa convivência.   
                                                                 
Obras do Romantismo Brasileiro, como O Guarani (José de Alencar); Escrava Isaura (Bernardo Guimarães) e o poema O Navio Negreiro (Castro Alves) embora não tenham o foco na intolerância religiosa, mostram como ela afeta a vida social e a integridade física do perseguidos. Negros e indígenas se vêem sem lei que os protejam e as voltas com poderosos que são a própria lei.              
Do incompreendido culto dos índios brasileiros, do candomblé, umbanda e a visão do cristianismo humanista e social surgiram obras primas e gêneros musicais essenciais para o Brasil, como samba, jongo, ciranda e cantigas que dão dimensão única à canção nacional. Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Raul Seixas, Chico César e Cazuza desafiaram convenções em músicas que desbravaram mistérios religiosos e intolerâncias em contexto afro, esotérico, budista e no hinduísmo.                                                             
Na TV, novelas também exploraram em releituras e textos inéditos a intolerância religiosa mostrando que os conflitos vêm do desconhecimento sobre o outro e que todas as religiões pregam a paz e a comunhão dos homens em amplitude universal. É o caso de A viagem (Ivani Ribeiro/1975); Sinhá Moça (Benedito Ruy Barbosa/1986); Pacto de sangue (Regina Braga/1989) e Porto dos milagres (Aguinaldo Silva/2001, baseado em Jorge Amado).                         
                                                                                                           
Recentemente o cinema trouxe a história de Besouro, capoeirista que vive aventuras e enfrenta perseguições para manter viva a cultura dos quilombos, já que música, dança e religião sofriam os mesmos revezes e tudo era proibido. Nos anos 60, o filme “O Pagador de promessas”, de Anselmo Duarte e baseado em Dias Gomes, trazia o drama de Zé do Burro e sua dura missão de agradecer o milagre recebido e não poder entrar na igreja, pois seu sincretismo foi duramente combatido. 

Assim, a cultura provoca debates e reflexões sobre os males causados pela intolerância religiosa e a necessidade de um pensamento mais próximo dos valores humanos.      






segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Do Homem Aranha a carta de baralho: Tiago Paulino viu nos desenhos em cortes de cabelo uma forma de renda

O apreço pelas artes, desenho e grafite deu a Tiago Paulino Oliveira (27) uma forma de sobreviver. Cabeleireiro desde 2009, o exímio desenhista de Sorocaba viu a possibilidade de expressar a arte cortando cabelo. “Fui a um salão afro e admirei a técnica dos desenhos. Tive interesse, aprendi a cortar e abri meu salão”, relata Tiago, que cobra 15 reais no corte e os desenhos variam entre dez a vinte reais. Os mais comuns para crianças são teias de aranha, Bob Esponja, Pica Pau, Mickey Mouse, Homem Aranha e estrela. Para adultos nomes, cartas de baralho e tribal. Ele recorda que a simpatia pelo grafite e desenho vem desde a infância. “No principio não gostava de cortar cabelo. Apenas rapava e desenhava. Mas vi um ramo promissor e aprendi varias técnicas”, diz o cabeleireiro que cativa as crianças que choram ao sentar-se em sua cadeira. 
                                                                                     
Tamanha a paixão pelas crianças, que o cabeleireiro, morador do Conjunto Antonio José Vieira em Jataizinho, atuou como voluntário na tradicional festa do Dia das Crianças, organizado pelo líder comunitário Valmir de Campos, o Cigano. “Todo ano o Cigano faz o evento com brincadeiras, distribuição de comidas e brinquedos. Voluntariamente faço corte em crianças de até doze anos. Nesta edição foram cerca de 40 cortes”, relata.                                               

Com o salão na Rua Orlando Salles Stricker 623 (Pombal em Jataizinho) e contato no telefone 991805635, interessados em fazer eventos e o levar para fazer cortes devem entrar em contato, além da possibilidade de haver preço diferenciado. 

domingo, 27 de novembro de 2016

Morador de Jataizinho há mais 60 anos, Valdomiro Faccio dedica a vida a religião e no amor ao próximo.

Foi em 1954 que Valdomiro Faccio (79) chegou ao Sitio dos Valini e após três anos, em 1957, casou-se com Maria de Sousa Faccio (78) numa cerimônia realizada pelo Padre Eduardo, conhecido por Brucutú. A união resultou nos filhos Aparecido e Alice Faccio, nos netos André, Bárbara e Ana Alice e nos bisnetos trigêmeos Pedro, João e Francisco.                                         
Hoje, estabelecido na área urbana, ele recorda que desejava morar na “cidade”, uma vez que trabalhava na roça. Assim, em 1960 começou a realizar o “sonho” quando arrumou um emprego de servente de pedreiro. Posteriormente atuou numa máquina de café, na estrada de ferro e na Anderson Clayton, em especifico na colheita do algodão e como operador de máquinas. Ele também atuou no comércio de Massamu Inoue e por vinte anos no balcão da Casa Cardin, um empório de secos e molhados. Em meio ao trabalho, Valdomiro conciliou a vida religiosa, onde desde a época da área rural vinha de bicicleta para a cidade participar das missas. “Em 1972 o Concílio do Vaticano liberou os ministros para ajudar os padres. Junto com Mário Inoue fui um dos primeiros ministros, cargo que estou até hoje e onde dirijo um grupo de reflexão. Semanalmente leio e reflito o evangelho para enfermos, além fazer orações e dar a eucaristia”, cita.    
                                                                                     
Esta religiosidade, segundo Valdomiro, tem haver com a educação na infância, quando fez catequese. “Aos doze anos cantava na missa e queria entrar na Congregação Mariana, algo que aconteceu e me motivou a participar das reuniões. Ninguém é santo, mas temos que fazer o certo. Quando morremos voltamos para Deus e devemos amar o próximo através da fé e das boas obras”, relata Valdomiro, que é aposentado há mais de vinte anos e há cerca de 15 apresenta na Rádio Nova Geração “A Hora do Ângelus”, onde reza o terço, abençoa a água e fala sobre o Evangelho. O programa vai ao ar na 2ª feira das 18hs às 19hs. 

Júnior Som atua no ramo de eventos há mais de 35 anos

Há 35 anos no ramo de eventos, Antonio Rodrigues Júnior, o Júnior Som, é pioneiro nos eventos de Jataizinho e responsável pelo som da festa junina desde a primeira edição, na Praça Frei Timóteo. Ele começou seu trabalho em escolas e festas de garagem. Hoje possui uma estrutura com dois caminhões, uma Kombi, uma Veraneio, aparelhagem de som e estúdio. “Viajamos para diversas localidades, damos apoio a bandas e produzo propagandas de rádio e para carros de som”, diz Antônio, que tem a ajuda dos filhos Giovane Valter Rodrigues, Cristiano Rodrigues e do funcionário Antônio Guerra Neto. “Fico antenado com as modernidades, mas o ramo de eventos encareceu devido à necessidade de investir em equipamentos, que tem uma rápida depreciação”, diz. Quanto à festa julina, Júnior Som cita que é tradicional e antigamente era feita por violeiros e bandas menos conhecidas. “Isto mudou. As bandas atuais tocam de igual para igual com grupos maiores”, pontua. 

Quadra coberta da Escola Municipal Mário de Menezes beneficia alunos do Bom Pastor, DER, Progresso, Canadá e demais localidades em Ibiporã.

O vereador Marcos da Ambulância acompanhou o Secretário de Obras, Alexandre Casagrande, no terreno onde será construída a quadra poliesportiva e coberta na Escola Municipal Mário de Menezes, localizada no Jardim Bom Pastor. “A quadra do Bom Pastor é uma reivindicação da comunidade e uma conquista da atual gestão. A nova estrutura dará melhores condições aos alunos para atividades esportivas e pedagógicas com conforto e segurança. Alunos do Bom Pastor, Jardim Progresso, DER, Canadá e demais localidades serão beneficiados. Construir a nova infraestrutura é uma preocupação com as crianças e a educação”, diz.                                                                               
Casagrande complementa que a atual gestão fez investimentos maciços na revitalização e ampliação dos Centros Municipais de Educação Infantil. “O futuro é agora e devemos investir nas crianças. A quadra poliesportiva para a Escola Municipal Mário de Menezes garante algo sadio. A comunidade do Bom Pastor, Progresso, DER, Canadá e demais localidades ficaram contentes e dignas com a oportunidade de melhorar seus estudos”, diz o secretário de Obras, que junto com a atual Administração assume o compromisso público com a obra.                                                                                                                                              
Além da construção da quadra coberta, Alexandre Casagrande parabeniza os funcionários da Secretaria de Obras, pois estão empenhados em diversas outras obras, como na duplicação da Avenida Ibrahim Prudente da Silva, pavimentação do final da Rua Primavera, a entrega do ginásio de esportes no Jardim Éden, a pavimentação da estrada da Taquara do Reino. Ele cita que foram construídas unidades básicas de saúde, como no Jardim Pedro Morelli. “A atual Administração transforma Ibiporã a cada dia tenho a agradecer a população quanto à compressão e respeito ao nosso trabalho”, diz. Ele pontua dizendo que em casos de duvidas, sugestões e reclamações, a comunidade deve procurar a Ouvidoria na Rua Padre Vitoriano Valente, 540, no telefone 3178-8406, no e-mail faleconosco@ibipora.pr.gov.br, ou mesmo na Secretaria de Obras. 

Aspectos da formação da cultura local - Por Aldo Moraes

Em tempos de iPOD, redes sociais e caça a Pokémon virtual, a força da expressão cultural das cidades reflete sua formação e a capacidade criativa do povo. O Paraná, por exemplo, é destaque nacional por sua culinária, seus poetas, romancistas e músicos que retratam a paisagem das cidades e festas típicas. Em nossa região, observamos forte tendência em integrar aspectos de religiosidade, expressões indígenas e a ligação da comida com hábitos culturais. É o caso de Ibiporã, cujo nome vem do tupi e remete a terra bonita.     

A beleza da arte, arquitetura e o apego ao patrimônio se conectam ao mundo religioso através de igrejas e capelas, o que inclusive gerou o projeto Circuito das Capelas. Isso faz com que fé, cultura e festa estejam juntas no cotidiano da cidade, traduzidas em eventos como as festas juninas e a Rota do Café ou em obras da mais alta importância histórica e cultural, como em Henrique Aragão.    
                                                                                                                     
Segundo o Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena (de Clóvis Chiaradia), Cambé tem origem nos idiomas kaingang e tupi guarani. Os registros arqueológicos citam a presença de indígenas nos anos 30, juntamente com europeus, japoneses, paulistas e nordestinos.                                              

A encenação teatral da Paixão de Cristo é um acontecimento que leva milhares de pessoas às ruas e junto com a Festa das Nações, mostra a força dos eventos sintonizados com a fé e a cultura do povo.  São festas que juntam culinária, religiosidade, artesanato, música e aspectos folclóricos da Europa, dos indígenas e dos negros naturalmente assimilados pela miscigenação brasileira.                                                                                                                                            
Londrina recebeu grande contribuição de paulistas, baianos, mineiros e ingleses (de onde vem o nome da cidade) e aconteceu para o Brasil como a Terra do Eldorado através do café. Ao longo dos anos, o café se infiltrou na arte, economia e cotidiano da região, dimensionando seu auge em romances, poemas, peças de teatro, documentários e em nomes de logradouros públicos. Londrina teve grande agitação popular em festas, carnavais, procissões religiosas, vida noturna e universitária. Isso trouxe forte impacto em toda a região e também no surgimento de festivais culturais e de nomes nacionais como Arrigo Barnabé (música), Domingos Pellegrini (literatura) e Márcio Américo (humor).                                                                                                                               

O fortalecimento de uma cultura própria e do enraizamento de costumes populares advindos da formação e da fusão dos povos pioneiros tornam a região norte do Paraná um grande celeiro de idéias e soluções criativas para nossos desafios. Sua conexão com a tecnologia e o mundo moderno não anulam seus aspectos regionais, ao contrário, tem a capacidade de ampliar sua estética e história. Isso é exemplo cultural e histórico para o Paraná e para o Brasil!

sábado, 26 de novembro de 2016

Em entrevista a Rádio Nova Geração, prefeito eleito de Ibiporã, João Colonieze, aborda perspectivas da nova gestão

A Rádio Nova Geração recebeu no último dia 4 o prefeito eleito de Ibiporã João Colonieze, que concedeu uma entrevista e citou alguns aspectos intrínsecos a Ibiporã e Jataizinho. Aos 57 anos, funcionário público da Caixa Econômica Federal há 32 anos e exercendo cinco mandatos de vereador, João Colonieze afirma que a preocupação dos políticos eleitos para o próximo mandato é a diminuição do repasse de verbas da União e Estado. Em busca de uma solução para aumentar a arrecadação, ele afirma que se devem criar mecanismos e parcerias. Uma alternativa é atrair empresas e construir parques industriais como o que é feito na saída para Sertanópolis e receberá benefícios de água, esgoto e iluminação, além de outros investimentos. Nesta linha desenvolvimentista, ele diz que o aumento da arrecadação é necessário para melhorar a infra estrutura viária e recuperação da malha asfaltica em bairros como John Kennedy, Vila Esperança, Tupi, Balneário Tibagi e demais localidades.
                                                                                                                                  
Outro tema abordado foi a saúde pública, assunto que interessa moradores de Jataizinho que usam o Cristo Rei e a UPA. Ele cita que as portas da saúde jamais serão fechadas aos jatainhenses. No entanto é preciso estudar mecanismos e parcerias junto aos seis municípios da região que dependem da saúde de Ibiporã. Quanto ao risco do Cristo Rei fechar as portas, João foi categórico: não deixará isto acontecer e buscará soluções para mantê-lo. “Vamos nos reunir com os prefeitos e discutir a ajuda mútua entre as populações. Quem sabe até criar um consórcio de saúde, onde os municípios garantam o pagamento de plantões, insumos, materiais hospitalares, médicos, de limpeza e alimentícios. Estes municípios também não possuem maternidade e as crianças nascem no Cristo Rei. Além disso, não há UTI em Ibiporã, causando o deslocamento de pacientes a Londrina, Arapongas e até Ivaiporã. É uma grande responsabilidade e muitos não resistem, morrendo no caminho. O consórcio pode viabilizar a UTI”, diz. O novo prefeito ressalta que a UTI custa em média um milhão e 200 mil reais e pode beneficiar mais de 120 mil pessoas. “Isto não é promessa de campanha, mas o povo cobra este tipo de ação”, diz João, que comemora o valor de 150 mil reais por mês para o Cristo Rei, obtidos junto ao Governo do Estado e que ajudará a folha de pagamento.                

Articulado, Colonieze cita que a campanha política e a coligação de nove partidos lhe aproximou de alguns deputados estaduais e federais, aumentando a representatividade junto ao Estado e União, além de facilitar o trabalho como prefeito. No entanto, para a administração fruir deve haver a elaboração de projetos e a busca de recursos. “Se não houver projetos não há verba”, ressalta. Nesta perspectiva, ele afirma que há propostas na área da educação, como por exemplo, a implantação de mais um colégio de ensino médio na região do CAIC. “Não cabe ao município a construção de colégios. Mas é papel do prefeito buscar recursos. Aquela região tem mais de oito mil habitantes. Construir um colégio garante um futuro melhor a todos, além de evitar o deslocamento de três a quatro quilômetros diários aos alunos. Há interesse da nova administração em construir e ampliar centros de educação infantil em locais variados, como no Terra Bonita, que atenderá a população em volta do Jardim San Rafael”, diz. Em relação ao turismo, ele vê o potencial do Rio Tibagi, algo a ser explorado através de investidores particulares. O futuro prefeito diz ser inviável a construção de um balneário ou parque devido o grande investimento e o pouco retorno. Porém a prefeitura deve incentivar empreendedores que desejam, por exemplo, fazer um rancho ou restaurante nas imediações do rio, algo que tiraria as famílias das cidades e as atrairia para almoçar aos fins de semana e nas margens do Tibagi.
                                                        
Sem previsão de aumento do repasse de impostos, o futuro prefeito conterá gastos, usará a criatividade, além de envolver população e associação de bairros junto ao poder público municipal, como por exemplo, a limpeza urbana, onde os moradores devem ser conscientes na destinação correta do lixo. “O desemprego é crescente e negativo aos governos. Devemos ter o pé no chão e mudar a cobrança de impostos, como a planta de valores do IPTU para findar desigualdades e desinflacionar o contribuinte. É injusto o cidadão que ganha salário mínimo e mora numa residência menor pagar imposto com mesmo parâmetro de casas maiores. Faremos um levantamento para avaliar se há imóveis com metragem diferente. Além disso a inadimplência é grande e cabe ao município parcelar dívidas para ajudar a população”, ressalta. João diz que os cidadãos devem participar mais da vida política e saber quais recursos são disponibilizados para áreas como indústria, emprego e educação. “Os municípios estão em situação de penúria e a população deve ser parceira da Administração Pública. Para gerir uma cidade é preciso a participação popular e de conselhos variados”.                                                                                                        
A entrevista teve a participação de ouvintes, onde Marcos Prado questionou o futuro prefeito acerca de PEC 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. João respondeu que a medida foi proposta devido a falta de recurso e pela crise atual ser causada em boa parte por desvios de verbas públicas, falta de credibilidade e investimentos externos. No entanto ele foi categórico e afirmou que se país “entrar no rumo” daqui alguns anos pode ser elaborada uma nova lei que cancele a PEC 241. “A lei não é eterna. Se der certo vai ter reflexo na sociedade”, diz.                                                                               
Quanto ao vinculo empregatício na Caixa Econômica Federal, João cita que ainda deseja trabalhar por muitos anos no banco, porém a nova condição de prefeito lhe abriu a perspectiva de aposentadoria para liberar sua vaga a um novo funcionário. Caso a aposentadoria não se viabilize, ele já pediu o afastamento das funções sem remuneração. Em relação ao vice Beto Bacarin, o mesmo já foi prefeito e vice. É bem relacionado, engenheiro ambiental e fará uma boa parceria onde não haverá disputadas internas de grupo políticos.  

Pequenos retoques no veículo ajudar a aumentar o valor de venda, conforme o funileiro Orídes da Silva.

Há 16 anos no ramo de funilaria, Orides Figueira da Silva (32) começou na profissão em São Paulo, onde atuou por dez anos. A experiência lhe deu capacidade para abrir o próprio negócio no Pombal, em Jataizinho. Ele oferece funilaria, pintura, cobertura de riscos, amassados e trocas (frente, traseira e lateral). Dependendo do carro o serviço dura de quatro a trinta dias, como no caso da pintura completa, a partir de dois mil e quinhentos reais e deixa o carro em estado de novo. Outro ramo atendido por Orides Figueira é a restauração de carros antigos, algo em moda hoje em dia.                                                                              
Apesar da crise financeira que assola o país, o funileiro tem muitos clientes e observa que ao invés de trocar o carro que tem boa mecânica, a clientela retoca a pintura ou faz polimento, que consiste em lixar o veiculo, polir com massa específica e passar alto brilho com algodão. O procedimento dura 2 dias e remove cerca de 90% dos riscos. Outro serviço bem procurado é para tirar amassados, onde se bate a lata para depois retocar com tinta. “Quem for vender o carro e dar um retoque antes, fará um bom negócio”, pontua. A funilaria do Orídes Figueira está na rua Euzébio Monteiro, 65, no Pombal. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SAAE de Jataizinho tem uma nova gestora: a vice prefeita Mirian Tarosso.

Vereadora entre 2009 e 2012, Mirian Tarosso exerceu a presidência da casa e traz experiência política, representativa e administrativa. Uma das responsáveis pela implantação da Comissão de Ética, ela observa que a medida transformou a estrutura da Câmara e interferiu diretamente em aspectos ligados a população; falta de decoro parlamentar na Casa Legislativa; além de critérios mais rigorosos em relação a hierarquia e respeito entre vereadores. Miriam Tarosso, que ficará dois meses no cargo, acumula a função de Diretora Presidente do SAAE com a de vice prefeita para economizar recursos públicos, recebendo apenas o subsídio do executivo.                      
Com muita abertura na empresa, ela teve boa recepção dos funcionários e apoio dos setores administrativo e operacional. Mesmo com o curto período de dois meses que servira como aprendizado na área de saneamento, a nova gestora declara que os serviços básicos e essenciais de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto ficam ininterruptos.                                                           
O município é contemplado com 100% de água, mas não atingiu este percentual quanto a coleta e tratamento de esgoto. Para isto, ela cita que o próximo gestor deve buscar recursos junto ao Estado e União. “Projetos relacionados a esgoto tem um custo elevado e o SAAE não tem condições de arcar. Outro projeto a ser desenvolvido é a substituição e deslocamento da rede coletora de esgoto (hoje de manilha) por PVC. Atualmente ela se encontra no meio da rua e o correto é o deslocamento para a calçada. Isto evita, no caso de abertura e manutenção, transtornos referentes ao transito de veículos e pedestres. Para todas estas situações buscaremos financiamento em outras esferas do poder público”, diz.                                                                             
Comprometida junto ao município e aos servidores municipais, Miriam recorda que na gestão como vereadora foi aprovado o Plano de Cargos e Carreira, algo estudado onde os servidores foram consultados. Ela também cita que o SAAE é bem estruturado, independente e oferece em contrapartida ao município o fornecimento gratuito de água para órgãos e prédios públicos, além de tapa buracos, manutenção e reposição de asfalto, uma vez que a empresa tem acesso ao produto cor um preço mais baixo.
                                                                       
Outra contrapartida da empresa ao município é a assistência fornecida em situações de enchentes que gera entupimento de esgoto. Devido a isto, Miriam pede cuidado na destinação do lixo e estuda a possibilidade de retornar o projeto, em parceria e com subsídio da Associação Comercial, que trocava dois litros óleo de cozinha por mini cheques de um real. “O óleo jogado na pia, em estado liquido, com as temperaturas mais baixas tende a solidificação e entope a rede coletora de esgoto. Ainda há muitos litros de óleo guardado e é possível fazer itens de limpeza, como sabão e que podem ser destinados a órgãos públicos, como escolas e demais entidades, representando economia aos cofres públicos, além da iniciativa contribuir diretamente com o meio ambiente”, relata. Ela ressalta que o projeto não é caro e viável, além de estimular o desenvolvimento do comercio local e promoções como o do Dia das Crianças, Natal, Dias das Mães, dos Pais e outras datas.



Em 4 anos de mandato, Élio Batista reajustou salário dos servidores, mas teve dificuldades devido as enchentes

Nos quatro anos que o prefeito Élio Batista conduziu a administração municipal de Jataizinho, no mesmo tempo que teve dificuldades orçamentárias e problemas com enchentes, seu mandato também foi marcado com avanços, como a ampliação do centro de educação infantil Ieda Garcia Tanaka; construção de cinco salas e a quadra coberta da Escola Princesa Izabel; obteve a concessão do Estado para o município da Escola Dom Pedro II, que também teve a quadra coberta; melhorias no Estádio Dionísio Stricker; a obtenção de verbas para compra de terreno e construção de uma creche; construiu parte do Conjunto Habitacional Maria Júlia e duas pontes que foram destruídas pelas chuvas; fez o posto de saúde Jesuino Salinet; reformou a rodoviária e o cemitério; além de obras que estão com verba na conta do município, mas devido a problemas com empresas licitantes não foi possível dar continuidade. O prefeito cita que houve corte de verbas da União e do Estado e há dificuldades quanto à arrecadação de impostos, que varia em torno de um milhão e setecentos mil por mês, mas a folha de pagamento dos funcionários ultrapassa um milhão e trezentos mil. Quanto ao funcionalismo ele cita que os avanços também foram grandes. “Implantei a cesta básica de cento e quarenta reais, sanei a defasagem de oito anos, dei 30% para os funcionários e professores, além dos 11% referentes à inflação. Equiparei o salário dos pedagogos com o dos professores por exercerem a mesma função em sala de aula”, diz. Segundo o mesmo, em algumas categorias foi acordado os 30% em seis anos (reajuste de 5% ao ano), mais a correção anual da inflação. Na esfera privada o município atraiu uma marmoraria que irá gerar cerca de 60 empregos; a metalúrgica KGB com a previsão de 200 empregos e; a Agroterra, que montará silos e terá cerca de trinta colaboradores. Juntas, elas mudarão a questão dos empregos e o perfil da cidade.                                                                

Neste curto histórico, ele cita que outra dificuldade foram as enchentes: cinco em seu mandato. Destas, duas foram este ano: uma do Tibagi, que alagou cerca de 200 imóveis e outra em 11 de março no Rio Jataizinho, que destruiu pontes e estradas rurais. Mesmo com a destruição das estradas, seu governo agiu rápido e as reconstruiu, tornando-as uma das melhores na região. “Representantes do SEAB (Secretaria do Estado de Abastecimento) andaram pelas estradas rurais e as aprovaram. Tamanho cuidado é necessário devido o município ser agrícola e precisar da logística para destinar a lavoura”, diz. Ele ressalta que o próximo gestor deve ter uma equipe montada para tais situações, uma vez que há muitas ocupações as margens dos rios; a geografia local é cercada de rios e; a grande quantidade de chuvas prevê que se fique atento a situação.                                                                                                                          

Mesmo com os avanços, Élio Batista preferiu não se candidatar a reeleição por conta das dificuldades de arrecadação e a crise que atinge o setor público. “2013 e 2014 foram bons para Jataizinho. Mas em 2015 a economia piorou e tive desgaste político. Não me candidatei e assim não prometi algo que não pode ser cumprido. Saio de cabeça erguida. Fiz o que pude e ajudarei o próximo prefeito a fazer uma boa administração”, ressalta Élio, que não está fora da política e com o fim do mandato descansará alguns dias e manterá compromisso com o deputado estadual Alexandre Curi. Quanto a uma futura candidatura a prefeito, ele ainda não cogita a idéia e atualmente ajuda na transição para o futuro prefeito Dirceu Urbano.