Há 42 anos no ramo, Valdomiro
Augusto da Silva ou Miro, preserva a memória e tradição do município ao fotografar
pessoas e lugares. Tamanho é seu gosto pela da história, que possui três
ambientes repletos de antiguidades que facilmente virariam um antiquário ou
museu. Reconhecidamente um dos fotógrafos mais antigos da Cambé, ele afirma que
diversos profissionais saíram da atividade porque não se adaptaram a
modernidade. “Uso tecnologia de ponta na edição de foto e vídeo, mas ainda sou tradicional.
90% de quem usava a tecnologia analógica e não se adaptou ao digital fechou as
portas. A modernização exige custos e qualificação com palestras, cursos e
workshops. O digital difere do analógico, pois cada ambiente requer ajuste da
máquina. Muitos não tiveram paciência ou condições financeiras para atualizar o
material devido o alto custo”, afirma.
A
tradição do Miro é vista ao ser contratado para registrar casamentos, algo que representa
“sonhos” e o chamado “momento único”, de filhos e netos de pessoas que fotografou
no passado, além de batizados e aniversários. Com um amplo estúdio, ele faz eventos,
foto publicidade, ensaio de gestantes, bebês, 15 anos, 3x4, reprodução e restauração.
Quanto
às antiguidades, Miro junta itens desde a infância e coleciona carros, 22
bicicletas (algumas são de 1952 e há uma Monareta dos anos 70 que usa
regulamente junto com a Barra Circular), gibis, revistas, LP´s, TV Philips e
valvuladas, rádios dos anos 50 aos 90, moedor e torrador de café, lampião,
lanterna de navio, ferro de passar roupa a brasa, máquina registradora, dinheiro,
porta retrato, telefone dos anos 40, garrafas, batedeiras, moedas do Império e
da República, baús de caixeiros viajantes com mais de cem anos, canecas, latas
dos anos 50, placas de veículos, vitrolas, geladeiras, relógios e demais
objetos. “Preservar a memória é importante. Freqüento Encontros de Carros
Antigos e observo que os jovens estão gostando de relíquias”, pontua.
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