Paulo junto a caçamba com resíduos sólidos. |
Um grande problema enfrentado pelos cemitérios é a destinação
de resíduos oriundos da reforma e embelezamento de túmulos. Mas, Paulo Ribeiro,
coordenador da Divisão de Cemitérios, arrumou uma solução com o aluguel de
caçambas. O resíduo, material de construção civil, é depositado numa caçamba
licitada, localizada fora do cemitério, evitando transtornos a famílias que
visitam os jazigos. “A taxa de R$25,84 para construir, refere-se a coleta de
entulho. A empresa licitada os recolhe e destina. Em breve, os resíduos irão
para a Kurica Ambiental, com sede em Londrina”, afirma Paulo.
Com a proximidade do Dia de Finados, a demanda para
construção, reforma e embelezamento dos túmulos deve aumentar. A licença para construir
deve ser paga nas lotéricas e existe um padrão de construção: são até três
gavetas com um metro e quinze sentimentos de largura por dois metros e quarenta
de comprimento. “Qualquer um pode construir no cemitério, desde que paga a
licença e siga as vistorias, que determinam a destinação do entulho”, afirma.
Com quatro zeladores, um coveiro, cerca de dezoito mil
sepultamentos, sete mil túmulos e a media diária de dois a três sepultamentos,
Paulo afirma que existe pouco espaço para os futuros. Uma das soluções
apontadas pela prefeitura foi a cessão de gavetas, emprestadas por três anos.
Após o período, onde está autorizada a exumação, caso a família não tenha
condições de acomodar os ossos, junto a outro tumulo, eles são colocados num ossário
particular.
Apesar do exemplo relacionado a limpeza e manutenção, o
Cemitério São Lucas, fundado em 1936, sofre com a falta de mapeamento, devido a
informatização ocorrer após 1995. Outro problema, por causa de sua antiguidade,
são os túmulos construídos de forma irregular, dificultando os sepultamentos.
Paulo
cita que a população deve ficar atenta em decorrência da burocracia dos
cartórios. “Existe uma lei federal, obrigando as famílias a lavrar a certidão
de óbito imediatamente após o falecimento. Sem a certidão de óbito não
sepultamos o corpo. Muitos cartórios informam a família que o prazo é de ate
quinze dias, porem, antes disto, podem ocorrem inúmeras fraudes junto ao INSS.
Quando um aposentado falece, caso não haja a certidão de óbito, alguém pode
receber a aposentadoria ou fazer empréstimos no nome do falecido”, alerta o
coordenador de cemitérios.
Buscando melhorar o serviço a população, Paulo diz que
existem diversos projetos, entre eles a construção de mais uma capela no São
Lucas (ele cita que o contribuinte é isento ao usa-la). Outro projeto é a discussão
da construção de um crematório em sistema de consórcio entre as cidades da
região.
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