domingo, 3 de novembro de 2013

Linhas Pedro Morelli e Pedro Splendor são desmembradas para atender demanda de bairros.

A novidade para os usuários do transporte coletivo, em Ibiporã, foi o desmembramento das linhas Pedro Morelli e Pedro Splendor, afim de atender a demanda da região. Segundo o Gerente de Tráfego da TIL, Adalberto Lopes, também foi colocado um ônibus convencional de maior capacidade no Pedro Morelli.                                                  

A alteração ocasionou mudança de horários e diminuiu o tempo de espera aos passageiros. “A população é a principal beneficiada com a medida e isto causou diversos elogios. No inicio das operações, apenas uma linha atendia a região. Mas, com o crescimento populacional foi necessária a criação das linhas. Com a construção de novos conjuntos, há previsão de incluirmos mais ônibus, itinerário e horários, promovendo a infraestrutura necessária”, afirma Adalberto.                                                                       

Quanto à integração, a linha Pedro Morelli, que atende o Caluana, Afonso Sarábia, Bacarin e Esperança e, a linha Pedro Splendor, que atende a 19 de Dezembro, Serraia e Souza Naves, não terá mudanças, mas beneficiara o usuário por dispor mais tempo a integração.                                                                                    

O gerente de tráfego da TIL lembra que o desmembramento aconteceu após reclamações e sugestões da população. “Durante um mês, o fiscal rodou a linha para verificar o fluxo e realizar levantamentos. Vista a necessidade, as linhas foram colocadas em caráter experimental, estando abertas a mudanças de horários e itinerário”, diz.  

Adalberto Lopes ressalta que ainda permanecem os pontos de venda do cartão eletrônico de 1, 2, 6, 10 e 25 unidades. “A empresa busca parcerias e comerciantes interessados na venda dos cartões”, diz. Outra novidade, a pedido da Prefeitura de Sertanópolis, são os estudos para ampliação do itinerário Ibiporã-Sertanópolis, justificada na expansão e crescimento populacional do município vizinho. 

Rede de esgoto começa a ser instalada no José Giordano, em Londrina.

Após muitas lutas, idas e vindas a SANEPAR e um abaixo assinado, com cerca de 80% das assinaturas dos moradores do Conjunto José Giordano, foi possível a concretização de uma antiga reivindicação: a implantação da rede de saneamento e esgoto, que irá eliminar as fossas, gerar qualidade de vida, saúde e a eliminação do mau cheiro, além dos insetos nocivos.                            

Porém, a conquista não seria possível sem a mobilização dos moradores do José Giordano. Um das lideranças populares do bairro é o comerciante José Adilson Santos, conhecido como Tamarana. Segundo ele, após reivindicar na imprensa a solução do problema, o comerciante foi orientado pela gerente regional metropolitana da SANEPAR, Mara Lúcia Kalinowski, a desenvolver um abaixo assinado com a solicitação dos moradores.                                                   

O José Giordano foi entregue em 1996. Com 524 casas, foi construído em regime de mutirão, através do programa Morar Melhor, do governo estadual. Um dos melhores bairros de Londrina, o “Mutirão” carecia da benfeitoria.                                                          
Tamarana, lider comunitário do José Giordano.
Segundo Tamarana, mais de 50% da obra já está concluída e 162 famílias já podem usufruir da rede de esgoto. A SANEPAR investe R$ 717.717,00 (setecentos e dezessete mil e setecentos e dezessete reais), onde a empresa Hidro Ambiental Saneamento e Obras foi à vencedora da licitação. O prazo para a execução são 180 dias e consta em contrato a execução de obra de ampliação do sistema de esgoto sanitário de Londrina, compreendendo a execução de rede coletora de esgotos e ligações prediais de esgotos, no José Giordano, com fornecimento total de materiais. “Isto é infraestrutura que melhora a saúde da população e valoriza os imóveis. Na cidade, há bairros mais antigos que não obtiveram tal beneficio. O que aconteceu aqui foi mobilização e iniciativa popular. Se não tivéssemos feito isto, esta obra não teria saído do papel”, afirma.                                                                                          

As mudanças e melhorias no “Mutirão”, aos poucos vão ganhando valor e se refletem na qualidade de vida dos moradores. Tamarana, que se tornou presidente da associação de bairro, mostra com orgulho o antigo eco ponto, que foi eliminado. “O eco ponto virou um lixão ao céu aberto e incomodava quem mora perto. Tinha de tudo: rato, barata, incêndios, mau cheiro e até desova de cadáver. A situação estava insuportável e fomos a CMTU, junto ao diretor operacional, Gilmar Domingues. Ele nos atendeu prontamente, retirando o eco ponto e o lixo acumulado”.                                                                                             
O lugar, que é um fundo de vale está sendo revitalizado com a construção de uma pista de skate, um campo de futebol, uma academia ao ar livre, além da horta comunitária, que já rende seus primeiros frutos. 

Trabalho de graduação rende obra inédita e resgate da obra de Henrique Aragão."

Após dois anos de intenso trabalho, foi recentemente publicado o livro “Henrique Aragão – Esculturas Públicas”, resultado da monografia na Escola de Belas Artes, em Curitiba, da artista plástica e mestre em Antropologia Social, Isabela Catucci. A obra, o primeiro resgate histórico do seu trabalho, reúne fotos, textos de autores, poemas e cronologia, tem o objetivo de apresentar um panorama da produção de Aragão, onde ele descreve o processo orgânico criativo de suas obras, “um trabalho que não advêm da inspiração”, segundo o mesmo. 
                                    
Além do livro, foi publicada a cartilha pedagógica “Um voo sobre a arte de Henrique de Aragão”. Direcionada ao público infanto-juvenil, a cartilha escrita por Benedita de Fátima Ribeiro, Isabelle Catucci e Terezinha Sueli Pelisson, tem ilustrações e design gráfico de Olavo Tenório e está sendo distribuída em todas as escolas paranaenses. “Se não trabalharmos com as crianças iremos perder o futuro. O que se vê hoje são crianças atrás das drogas e do crack, numa sociedade que perdeu os valores e é focada no consumismo”, afirma.                                                                                           

Erradicado em Ibiporã e reconhecido mundialmente, Aragão se mostra contente com a repercussão de seu trabalho e principalmente com a internet dar a possibilidade de maior visibilidade. “Aos 80 anos, recebo em casa, todas as semanas, jornalistas de vários lugares que desejam falar sobre meu trabalho, contribuindo para a formação artística e cultural”, diz.                                            

Além do livro e da cartilha, também foi montada uma exposição fotográfica com algumas de suas obras, a qual já passou por Curitiba e Londrina. A próxima parada será em Ibiporã, a partir de 6 de julho,  no saguão do Cine Teatro Padre José Zanelli. Os 12 painéis de grandes dimensões poderão ser conferidas durante todo o mês de julho. E, a partir de 30 agosto, a exposição será na Biblioteca Pública de São Paulo.
 


Sobre Henrique Aragão

Nascido em Campina Grande, na Paraíba, em 1932, iniciou sua formação artística em Recife, onde participou de 1951 a 1959, do Salão de Artes Plásticas do Museu de Pernambuco.                                                                  

Em 1960, viajou à Europa, frequentando ateliês, igrejas e catedrais na Itália. Lá, participou de cursos livres de artes, enquanto trabalhava para um jornal religioso. Expos pinturas abstratas em Thiene, Sicília, Cervínia e Zermatt, Itália e Suíça.            
Quando retornou a São Paulo, pintou painéis para um banco em 1961. Entre 1961 e 1964, iniciou a produção de arte sacra, com encomendas de obras e ornamentos para capelas e igrejas de São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. A convite do bispo Dom Alberti, decora a Igreja de Apucarana e através do apoio de políticos e amigos, a partir de 1965, iniciou a fundação, em Ibiporã, da Casa de Artes e Ofícios Paulo IV, assumindo a direção em 1969.                 
Na Casa de Artes mantém ateliê, galeria de arte, iniciando um movimento cultural, com cursos de artes, enquanto produz esculturas para o Norte do Paraná, distribuídas em espaços públicos, igrejas e acervos privados.                 

"O passageiro"

  Ensinou sua técnica vitral em Ulm na Alemanha; em 2007, participou como palestrante em encontros de artistas na Lapa e; em 2010, realizou palestras na Itália. Nesta trajetória, fez diversas exposições individuais e coletivas, participando como Conselheiro de Cultura, jurado de salões de arte e recebeu a comenda “Pax e Labor” por seu trabalho artístico. Sua produção de arte tornou-se relevante no contexto nacional, sendo reconhecido como artista representante da região norte do Paraná.Instalou, desde a década de 1970, diversas obras em espaços públicos. Dentre as esculturas representativas, pode-se citar o “Movimento ao Desbravador”, de 1970 em Maringá; o monumento “O Passageiro, de 1989 em Londrina” e diversas obras instaladas no Museu de Esculturas ao Ar Livre de Ibiporã, desde 1990.
            

Executivo de Ibiporã sanciona lei que cria e organiza políticas públicas, além de instituir conferência e Conselho da Juventude.

        Foi sancionada a lei 2591/13 que cria e organiza a Política da Juventude; institui a Conferência da Juventude e; cria o Conselho da Juventude. A lei, de iniciativa do vereador Marcos da Ambulância, se baseia num olhar voltado ao segmento, que carece de espaços para debater.
O assessor parlamentar, Rodrigo Franciscon, cita que a política da juventude se norteia por diversos princípios: a inclusão e participação por meio de representação dos setores e segmentos da juventude; o respeito à cultura, às diferenças, às opções sexuais, religiosa e partidária dos jovens; liberdade de pensamento e palavras, respeitada a integridade e a honra dos demais indivíduos; entre outros.
Entre as diretrizes, voltadas a desenvolver a juventude, estão: a articulação e parceria com os órgãos públicos e privados, para a execução de políticas da juventude; participação ampla da inclusão dos jovens nas iniciativas governamentais que visem seu bem estar; procura por meios que busquem a ampliação do acesso e a melhoria da Educação e da qualificação profissional assim como a inserção na rede de emprego; repúdio a todas as formas de corrupção que maculem o Poder Público e que lesem a sociedade e os bens públicos e; a promoção de condutas antidiscriminatórias, assim como o combate a qualquer ação que discrimine o jovem seja por sua opção religiosa, sexual, partidária ou condição social ou racial.               
Quanto ao Conselho da Juventude, ele é colegiado, permanente, autônomo, consultivo, deliberativo, avaliador e fiscalizador das ações que envolva o segmento. Entre as suas competências estão à promoção e organização de congressos, seminários e eventos que atraiam o jovem ao debate político e social e; mobilizar e organizar movimentos de combate à corrupção, ao desrespeito dos direitos humanos e aos direitos dos jovens.                   
O assessor lembra que o conselho é formado por diversos segmentos sociais, possibilitando a oxigenação das idéias. “O Conselho Municipal da Juventude será composto por jovens, com mandato de dois anos, permitida uma reeleição ou recondução. Os representantes serão eleitos entre os membros da sociedade civil, vindos de estabelecimentos educacionais públicos e privados; associações de moradores; movimento negro; portadores de necessidade especial; movimentos em geral e; representantes do Poder Público, ligados as secretarias de Educação, Esporte e Lazer, Assistência Social, Cultura e Saúde”, diz.                                                      
Rodrigo Franciscon cita que um dos objetivos da lei é trazer o jovem a política, afastado dela por causa de escândalos. “A juventude deve se aproximar e participar da política, com o intuito de modificá-la e a transformar em algo melhor para o futuro”, finaliza. 

Qual a opinião da população acerca da integração do transporte metropolitano na região de Londrina.

Grande é o debate acerca da integração do transporte coletivo metropolitano e muitas alternativas são apresentadas para sanar o problema, como por exemplo, a construção de um terminal ou a integração através do cartão magnético. E a população, principal beneficiada, qual a opinião dela sobre o assunto?

- Com a integração do transporte coletivo, municipal ou metropolitano, haveria maior economia. Todos os dias vou a Londrina trabalhar e caso houvesse a integração deixaria de gastar mais de cem reais com ônibus. Nair Francisco, moradora do Jardim Azaléia.


- Morei em São Paulo e o uso do cartão magnético, na integração do transporte coletivo, na região metropolitana, é de uma hora e meia. Isso é um beneficio pela agilidade de poder trocar de uma linha a outra, além de gerar economia. Luis Carlos Lataro, misturador de produtos químicos, de 32 anos.



- A integração deve ser estudada e aplicada, seja pelo cartão magnético ou pelos terminais. Quando levo minha esposa ao médico, faço isso de ônibus. Com certeza a integração agilizaria o processo. Fabiano Alves, lubrificador de 37 anos e morador do Afonso Sarábia.



- A integração não deve ficar apenas na linhas de ônibus que operam de Ibiporã e Londrina, mas se expandir para Jataizinho, Sertanópolis, Cambé e outras cidades da região. Leandro Mendes, repositor de 26 anos e morador de Sertanópolis. 


Prefeitura de Ibiporã entregará 496 casas populares.

Está em fase final o processo para a entrega de 496 casas populares pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, em Ibiporã. Segundo o prefeito José Maria Ferreira, as residências terão 41m² e com infra estrutura de asfalto, água, esgoto, calçadas, escola, creche, posto de saúde e linha de ônibus, além de uma área exclusivamente comercial. “Os mutuários pagarão 5% da renda em 120 vezes iguais. As casas são destinadas as famílias de baixa renda, onde a renda familiar não ultrapasse R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais); as mulheres sozinhas com filhos; idosos; doentes; pessoas em risco social e; de áreas alagadas”, afirma José Maria. O prefeito ressalta que haverá casas destinadas a portadores de necessidades especiais e deficientes visuais, planejadas a fim de atender as dificuldades destas pessoas.
           Além das 496 casas, do Jamil Sacca, ainda serão entregues nesta gestão, mais 512 casas divididas entre os conjuntos Miguel Petri e Mohamed Issa e, até o fim de 2014, 700 unidades construídas pela Cohapar. E, para as famílias com renda superior a R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais), serão construídas casas e apartamentos diferenciados.                                                         
José Maria lembrou que o diferencial destes novos conjuntos é que serão entregues com uma delegacia de policia. “Como a região está crescendo, há a necessidade do investimento na segurança pública, por isso foi solicitado ao governador uma delegacia para se registrar boletins de ocorrência e a presença constante de viaturas”, disse.                                                
Outro ponto citado pelo prefeito, é que as casas serão destinadas apenas aos moradores de Ibiporã, sendo primeiramente realizada uma checagem socioeconômica. “Moradia é sinônimo de dignidade, por isso vamos suprir a carência habitacional. Hoje, o valor do aluguel é muito elevado e para quem ganha salário mínimo é impossível pagar valores que variam de R$ 400,00 a R$ 600,00. A prefeitura dará prioridade às famílias inscritas no Cadastro Único e as pessoas que já foram contempladas com uma casa e a vendeu, não poderão receber outra”, afirma.                                                      
O prefeito diz que além da infra estrutura, também serão entregues mais cinco pontes (duas sobre o Rio das Bandeiras e mais três sobre o Rio Forquilha) e, para as famílias de baixa renda, interessadas em obter uma casa popular, devem se inscrever junto ao CRAS. 



Jataizinho é contemplada com retro escavadeira e moto niveladora avaliadas em mais de 600 mil reais.

“Nosso foco é a melhoria das estradas rurais, ajudar e dar segurança aos agricultores. São eles que geram muitas riquezas ao município”, assim afirmou o prefeito Élio Duque, a reportagem do Jornal Nossa Terra ao receber uma retro escavadeira e uma moto niveladora, avaliadas em mais de 600 mil reais e que foram entregues a Jataizinho, no último sábado (11). Além de Jataizinho, outras 154 cidades no Paraná foram contempladas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, que ainda prevê, em breve, a entrega de um caminhão basculante.
Élio Duque disse que as estradas rurais serão melhoradas com o intuito de otimizar o escoamento dos produtos do campo, além de atender a comunidade escolar rural e o fluxo de veículos e ambulâncias. “Com estas maquinas a prefeitura poderá retirar o excesso de água das estradas e dar melhores condições ao agricultor, que gera emprego e riqueza no campo, além de fixar o homem na terra, evitando o êxodo rural”, ressalta.
O operador de máquinas Ademir Rodrigues dos Santos, que irá conduzir os equipamentos, cita que muito pode ser feito, como a limpeza de represas para o gado tomar água, a colocação de tubos, drenagem e outras atividades conforme a demanda.



Em Ibiporã, projeto ambiental da escola Alberto Spiaci preserva a natureza.

Você sabia que um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água? Sabendo disso e com o objetivo de conscientizar os alunos da escola Alberto Spiaci e a comunidade que vive ao seu entorno, foi criado um projeto de reciclagem de óleo, que consiste na coleta e destinação deste resíduo domestico. Conforme uma das idealizadoras do projeto, a professora Leonir Aparecido Pedro, o projeto ajuda a natureza ao transformar o óleo em biodiesel e recebe em troca produtos de limpeza. “A cada cem litros arrecadados, a escola recebe em troca uma caixa de detergente com 24 unidades. E, em breve, levaremos os alunos para conhecer o processo de reciclagem do óleo”, afirma a professora.
Tamanha a importância deste trabalho, que foi realizada uma experiência na escola, onde havia dois pneus com terra: um contaminado com óleo e o outro não. O resultado mostrou que a terra do pneu contaminado não fertilizou ou produziu o que fora plantado, algo diferente do pneu livre de óleo. “Os alunos aprovaram a iniciativa e observaram na pratica que é preciso cuida na natureza. Outro fator positivo foi a mudança de comportamento das famílias a partir do projeto que surgiu na escola. Podemos chamar tudo isso de educação ambiental”, ressalta Leonir.                                         

O projeto não se restringe apenas a coleta de óleo, mas se estende a coleta de pneus, usados no paisagismo e nas hortas, onde são plantadas as mais variadas espécies de verduras, usadas posteriormente como reforço na merenda.

Pertencente ao domínio espanhol, Jataizinho sofreu invasão bandeirante, que destruiu as reduções jesuíticas.

    A história de Jataizinho é antiqüíssima. Remonta à época dos descobrimentos, quando Portugal e Espanha, após desavenças, em 1494, dividiram territórios conhecidos ou que poderiam ser encontrados através da linha imaginaria a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, na África. As terras que ficassem a oeste da linha seriam da Espanha. Ao leste, a Portugal. Era o Tratado de Tordesilhas, onde quase a totalidade do atual Paraná, era de domínio espanhol.                                                    
Alguns anos após o descobrimento do Brasil, em 1500, os espanhóis, com medo de perderem essas terras para Portugal, iniciam a ocupação de sua área no continente americano. Porém, Portugal não respeita os termos do tratado, passa a ultrapassar os limites e ocupa as terras espanholas.         
Assim, a partir de 1531 os portugueses começam a organizar expedições rumo ao Peru e Paraguai, através dos rios navegáveis da Bacia do Rio Paraná, no entanto, os nativos os atacavam, matando quem se aventurava por essas terras.                                         
Em busca da solução, Espanha, por carta régia, em 1608, adota a política de aldeamento por sugestão dos jesuítas Ortega e Filds, que percorreram Guairá em 1588 e informaram aos superiores a existência de 200 mil índios. As investidas dos portugueses na região eram constantes, e com a criação da Província Del Guairá a ação jesuíta abrangeu o leste do Rio Paraná.
Os padres propuseram a Coroa Espanhola a fundação de núcleos populacionais, em grandes aldeamentos. Esta forma de ocupação seria a forma de garantir a posse da terra contra os portugueses e através da ação cristã dos jesuítas, se promoveria a pacificação e “civilização” dos nativos que estavam bravios devido os maus tratos dos primeiros espanhóis, que escravizaram muitas tribos, a fim de levá-los para a exploração de prata nas minas de Potosí.
Vinte anos após a determinação do rei da Espanha, pela estratégia do aldeamento, Del Guairá já contava com dezessete núcleos e ocupavam a área geográfica que envolvia os vales dos rios Tibagi, Paranapanema, Iguaçu, Piquiri, Ivaí e Paraná.



Na bacia do Tibagi havia quatro reduções e a atual Jataizinho era uma delas, chamando-se na época Redução de São José. O fato se confirma por mapas do período da dominação espanhola no Paraná e pelo escritos posteriores, de Frei Timóteo, que chegara a localidade em 1854 para organizar o trabalho de catequização das tribos remanescentes.



No entanto, Portugal, com o intuito de acirrar o processo de colonização e em virtude de constantes tentativas de invasão pela França, inicia o processo do bandeirantismo. A ação dos bandeirantes consistia na procura da mão de obra nativa para trabalhar como escravos na cana de açúcar em São Paulo e na busca de metais e pedras preciosas. Estas eram as únicas formas de sair da pobreza em que vivia a maior parte da população paulista.
Todo processo de exploração pelos bandeirantes acabou por alterar as fronteiras do território brasileiro e foi ponto fundamental na destruição de várias aldeias indígenas que aqui existiam.
Não havia empecilho contra a ação bandeirante em terras espanholas, uma vez que a área era extensa e sem controle eficaz. A presença das missões jesuíticas não significava ponto negativo, mas ao contrário, tornava-se ponto favorável à ação dos bandeirantes, onde achavam índios em grande quantidade e alvo fácil à ação armada.
Em 1628 os bandeirantes Raposo Tavares e Manoel Preto, com bandeira constituída por 900 mamelucos (filhos de brancos e índios) e 2000 índios auxiliares, para agirem contra as reduções, utilizaram-se da estrada do Peabiru ou caminho de São Tomé, denominação usada pelos padres Jesuítas, que ia da Capitania de São Vicente, na costa do Brasil, até as margens do rio Paraná, passando os rios Tibagi, Ivaí e Piquiri.
Na margem esquerda do Tibagi, os bandeirantes Raposo Tavares e Manuel Preto construíram um campo entrincheirado, essa área de terras foi pertencente à Jataizinho. Os destacamentos atacantes partiram das margens do Tibagi, incendiando e destruindo uma a uma as 17 reduções, deixando rastros de sangue e maldade, alterando profundamente a cultura desses povos que ainda hoje continuam a ser desrespeitados pelo homem branco, dito civilizado.
Em virtude da ação sanguinária dos bandeirantes, milhares de índios foram mortos. Os que sobreviveram e não conseguiram escapar mata adentro, foram levados com os bandeirantes para serem vendidos como escravos. Os bandeirantes passariam a explorar as riquezas das áreas tomadas, tiraram proveito das águas navegáveis existentes perto das reduções. Os padres jesuítas foram expulsos dessa região que passa, ao longo dos anos a não ser mais de domínio espanhol, mas de domínio português.
Após a invasão dos bandeirantes e massacre dos nativos que se opunham a ação, a área ocidental do Paraná permanece praticamente despovoada por aproximadamente 230 anos, entre 1620 a 1850, em função de não haver grandes quantidades de ouro, prata ou índios para escravizar. Além disso, novas regiões como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, começaram a se despontar como áreas mais rentáveis aos aventureiros que iam atrás de explorar as riquezas da natureza.