Ao defender a construção de
um novo prédio para a Câmara Municipal, o vereador Eliseu Vidotti levantou uma
polêmica em Cambé: é prioridade a construção dum novo prédio ao invés de melhorar
saúde, educação ou a compra e reforma de maquinário para melhorar a
infraestrutura?
Com opiniões distintas, alguns vereadores defendem a
idéia e outros dizem que há outras prioridades. Diante do questionamento o
vereador Magnata, preferiu não se manifestar. Zezinho da Ração foi prudente ao
relatar que espera um projeto, afim de expressar sua opinião e, Conrado
Scherer, ao ser procurado no gabinete, por telefone, não foi localizado, sendo
impossível obter uma posição.
O vereador Júnior Felix, foi contundente ao afirmar ser
contrario e frisou que Cambé possui outras prioridades. “A Câmara foi reformada
em 2004. O imóvel é próprio e não paga aluguel. O coerente é destinar verbas
para a saúde, especificamente a Santa Casa, que atravessa uma fase difícil”,
declara.
Quem também se mostrou contrário foi o vereador Rômulo
Yanke, pois o prédio foi há pouco reformado e existem outras demandas. “Não
pagamos aluguel. Precisamos de estudos e adaptações físicas referentes à acessibilidade.
Cambé tem uma extensa malha de asfalto e estrada rurais. Os recursos devem ser
utilizados a favor do progresso, como no recape asfáltico, manutenção de vias e
estradas rurais” salienta.
Questionado sobre a viabilidade da construção de um novo
prédio para a Câmara Municipal, o vereador José Ribeiro ressalta que no momento
não votaria a favor, mas cita que o atual carece de reforma. “Há prioridades na
saúde e educação, como a construção de creches. No futuro, se sobrar recursos, é
possível. Mas, no momento não. O prédio suporta vereadores e funcionários. Caso
a verba for aplicada nisto, será dinheiro mal gasto” pontua.
Entrevistada pela Folha
de Cambé, a vereadora Estela Camata afirma que no momento isto não é
necessário, pois o local atende bem as demandas. “Estou satisfeita com o
espaço. Temos problemas de acessibilidade. Para saná-los, devem ser feitos
estudos e reformas. O cambeense deve se ater ao progresso e as necessidades
primárias”, diz a vereadora.
Para
o vereador Paulo Soares, é preciso construir um novo prédio para a Câmara dos
Vereadores, devido o atual apresentar defeitos de infiltrações, falta de acessibilidade
e gabinetes pequenos. No entanto, ainda não é o momento para a obra. “Cambé tem
que definir suas prioridades. Enfrentamos problemas na saúde, como o da Santa
Casa e temos que reformar as UBS. Até houve uma reunião entre os vereadores,
onde o Eliseu Vidotti, presidente da Câmara, ventilou a idéia. Porém foi algo
evasivo e vamos se reunir em outra oportunidade. Temos que definir prioridades”,
afirma.
Favorável
à construção de um novo prédio, o vereador Cecílio diz que há recursos para
isso. “Não se trata de prioridades. Mas um novo prédio trará economia a Cambé.
Se gasta muito com aluguel. Com o novo espaço a prefeitura pode alocar secretarias
na atual Câmara dos Vereadores. O outro prédio será feito de acordo com as
recomendações do Ministério Público em relação à acessibilidade”, diz. Cecílio
lamentou que devido à falta de espaço, muitos documentos do setor de Recursos
Humanos estão espalhados pelo chão.
Idealizador
do projeto, que ainda deve ser elaborado, o vereador Eliseu Vidotti, relatou a Folha de Cambéque respondeum processo no
Fórum, o qual estabelece a solução do problema da acessibilidade. “Foram
realizadas duas investigações por engenheiros. Eles afirmam ser impossível dar
acessibilidade ao prédio. Após a notificação do Ministério Público, estão sendo
tomadas as providencias para a construção de calçadas e reforma do prédio. O
atual espaço não comporta os departamentos, pois as salas são pequenas. Com a
construção do novo prédio, estimado em três milhões e meio de reais, o atual
será doado à prefeitura”, afirma. Eliseu Vidotticoncordou que Cambé tem outras
prioridades e parabenizou o prefeito João Pavinato, por investir na saúde e educação.
Em relação ao maquinário da prefeitura, ele elogiou a postura do prefeito, que busca
comprar novas maquinas e recuperar as pertencentes ao município.
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