“São cinqüenta anos de Ibiporã e oitenta de vida, comemorados em 1º de agosto e essencialmente ligados à arte”, assim definidos pelo reconhecido nacional e internacionalmente artista plástico Henrique Aragão.
Nascido na Paraíba, Aragão chegou ao Paraná em meados anos 60, onde pintou a Catedral de Apucarana. Ao conhecer Ibiporã, erradicou-se e fora acolhido pelo então prefeito, Ciro Ibirá de Barros, numa época que não havia o pensamento voltado a arte, mas a indústria do café, o ‘Ouro Verde’. Ciente da deficiência e em busca de florescer a arte, Ciro de Barros cedeu um espaço a Aragão para dar inicio a suas oficinas de artes, nas mais diferenciadas modalidades e por onde passaram muitos ibiporãenses. “Com sessenta dias e repleto de alunos, o prefeito (Ciro de Barros) fez uma lei que criava a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI. Lá, havia participação maciça nas mais diversificadas atividades como teatro, poesia, literatura, artes plásticas e ballet. O movimento cultural se avolumou e assim surgia a Fundação Cultural de Ibiporã, devido o contingente interessado pela arte”.
Muito do existente hoje, ligado à arte, teve a idéia semeada por Aragão, como as escolas de ballet, pintura e música que começaram no seu ateliê. “Queria tudo isso e hoje, aos oitenta anos, me preocupo com a produção artística e a organização da Fundação Cultural Henrique Aragão, que reunirá muito do que fiz”. Com uma obra imensa, algumas da futura fundação já foram expostas, recentemente, em outras localidades, no intuito de educar e difundir a arte.
Polivalente, Aragão é reconhecido pela pintura, escultura, gravura e poesia descritiva, isto porque, “muitos não se contentam apenas com a imagem, mas querem também palavras”. Outra qualidade, que realça o ser polivalente, é a proximidade com a educação, pois, sempre que pode, abre as portas de sua casa às escolas. Algumas visitas propiciam mais de cento e vinte alunos em seu ateliê e no teatro ao ar livre, existente numa casa repleta de obras que transparece uma vida dedicada à arte. E, devido esta proximidade, Aragão reúne junto com os alunos do Colégio Olavo Bilac, uma galeria de arte composta por pinturas e esculturas, para ser montada no próprio colégio. “Isso acostuma a pessoa a viver com a arte”, salienta.
Autodidata e com uma formação clássica inspirada em Michelangelo, em 1961, Aragão começou a desenvolver técnicas originais em chapas de metal, latão, bronze, ferro e aço inox, por varias razões: uma obra de aço vive centenas de anos e é imune a chuva e sol, sendo de fácil conservação. Um exemplo é o Monumento ao Viajante, em Londrina, que tem mais de 20 anos e nunca foi lavado.
Quanto a exposição, que teve inicio no último dia 12, no Cine Teatro Pe. José Zanelli e intitulada como “Uma releitura do tarô”, Aragão faz uma releitura do Tarô de Marselha. De acordo com o artista plástico “há diversos tarôs, como o egípcio e o indiano. Porém, o de Marselha é o mais respeitado e antigo. Sua origem é desconhecida e algumas afirmações indicam que fora inspirado na Cabala. Mas, como dito anteriormente, sua verdadeira natureza é desconhecida. Sua introdução na Europa foi pelos ciganos e isso o tornou algo suspeito, devido os nômades não serem bem vistos na Europa. Um exemplo recente, foi o ocorrido na França, de onde foram expulsos”, lembra o artista plástico.
Criticado pela igreja cristã, sempre houve uma reserva sobre o tarô, devido sua vinculação ao misticismo. Porém, Aragão cita que o objetivo da releitura é trazer uma experiência lúdica, onde os convidados, cobertos por um capuz, tocam sete obras. Após isso, a tarôloga responderá a perguntas feitas pelo convidado. “O objetivo é lúdico e não místico. Tem haver com a magia do mundo e do universo, a morte e o diabo, a autoridade e outras coisas que não sabemos explicar e que representam arquétipos ligados ao inconsciente coletivo e principalmente a arte, atualmente distante do povo”, finaliza.
Nascido na Paraíba, Aragão chegou ao Paraná em meados anos 60, onde pintou a Catedral de Apucarana. Ao conhecer Ibiporã, erradicou-se e fora acolhido pelo então prefeito, Ciro Ibirá de Barros, numa época que não havia o pensamento voltado a arte, mas a indústria do café, o ‘Ouro Verde’. Ciente da deficiência e em busca de florescer a arte, Ciro de Barros cedeu um espaço a Aragão para dar inicio a suas oficinas de artes, nas mais diferenciadas modalidades e por onde passaram muitos ibiporãenses. “Com sessenta dias e repleto de alunos, o prefeito (Ciro de Barros) fez uma lei que criava a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI. Lá, havia participação maciça nas mais diversificadas atividades como teatro, poesia, literatura, artes plásticas e ballet. O movimento cultural se avolumou e assim surgia a Fundação Cultural de Ibiporã, devido o contingente interessado pela arte”.
Muito do existente hoje, ligado à arte, teve a idéia semeada por Aragão, como as escolas de ballet, pintura e música que começaram no seu ateliê. “Queria tudo isso e hoje, aos oitenta anos, me preocupo com a produção artística e a organização da Fundação Cultural Henrique Aragão, que reunirá muito do que fiz”. Com uma obra imensa, algumas da futura fundação já foram expostas, recentemente, em outras localidades, no intuito de educar e difundir a arte.
Polivalente, Aragão é reconhecido pela pintura, escultura, gravura e poesia descritiva, isto porque, “muitos não se contentam apenas com a imagem, mas querem também palavras”. Outra qualidade, que realça o ser polivalente, é a proximidade com a educação, pois, sempre que pode, abre as portas de sua casa às escolas. Algumas visitas propiciam mais de cento e vinte alunos em seu ateliê e no teatro ao ar livre, existente numa casa repleta de obras que transparece uma vida dedicada à arte. E, devido esta proximidade, Aragão reúne junto com os alunos do Colégio Olavo Bilac, uma galeria de arte composta por pinturas e esculturas, para ser montada no próprio colégio. “Isso acostuma a pessoa a viver com a arte”, salienta.
Autodidata e com uma formação clássica inspirada em Michelangelo, em 1961, Aragão começou a desenvolver técnicas originais em chapas de metal, latão, bronze, ferro e aço inox, por varias razões: uma obra de aço vive centenas de anos e é imune a chuva e sol, sendo de fácil conservação. Um exemplo é o Monumento ao Viajante, em Londrina, que tem mais de 20 anos e nunca foi lavado.
Quanto a exposição, que teve inicio no último dia 12, no Cine Teatro Pe. José Zanelli e intitulada como “Uma releitura do tarô”, Aragão faz uma releitura do Tarô de Marselha. De acordo com o artista plástico “há diversos tarôs, como o egípcio e o indiano. Porém, o de Marselha é o mais respeitado e antigo. Sua origem é desconhecida e algumas afirmações indicam que fora inspirado na Cabala. Mas, como dito anteriormente, sua verdadeira natureza é desconhecida. Sua introdução na Europa foi pelos ciganos e isso o tornou algo suspeito, devido os nômades não serem bem vistos na Europa. Um exemplo recente, foi o ocorrido na França, de onde foram expulsos”, lembra o artista plástico.
Criticado pela igreja cristã, sempre houve uma reserva sobre o tarô, devido sua vinculação ao misticismo. Porém, Aragão cita que o objetivo da releitura é trazer uma experiência lúdica, onde os convidados, cobertos por um capuz, tocam sete obras. Após isso, a tarôloga responderá a perguntas feitas pelo convidado. “O objetivo é lúdico e não místico. Tem haver com a magia do mundo e do universo, a morte e o diabo, a autoridade e outras coisas que não sabemos explicar e que representam arquétipos ligados ao inconsciente coletivo e principalmente a arte, atualmente distante do povo”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário