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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Aos 80 anos, Benício Pereira já foi dono de açougue e matadouro (Publicado em fevereiro de 2015 na Folha de Jataizinho)

“Tenho lembranças de Guaxupé, quando possuía seis anos”, diz Benício Pereira, que aos 80 anos passa os dias sentados em frente à sua casa observando o movimento e conversando com as pessoas que transitam pela Avenida Getúlio Vargas. O aposentado foi açougueiro durante 40 anos, sendo que sua família chegou aqui para exercer atividades comerciais diversificadas. “Viemos de trem e me recordo da viagem com saudades. Daquele período aos dias atuais muito se transformou”, afirma.
Entre as atividades exercidas por Benício Pereira, a que mais se destacou foi o açougue instalado na Avenida Caetano Munhoz da Rocha, próximo a antiga rodoviária. No estabelecimento a carne vendida era procedente de um matadouro próprio. “Para abastecer o açougue era preciso muito trabalho no matadouro. Os bois vinham de sítios e fazendas próximas. A mim cabia matar os animais e os transportar. A responsabilidade da venda e corte ficava por conta da esposa. Nesta época possuía 42 anos e os principais meios de transporte que ajudavam na locomoção eram as caminhonetes. A desossa também era feita no açougue”, pontua.
Ao custo de muita dedicação e trabalho, Benício Pereira sustentou a esposa e criou três filhos: Maria Angélica Pereira Coleto, Mário Célio Pereira e Benício Pereira Filho. “Vendi o açougue e me aposentei, pois trabalhei muito na vida. Minha esposa freqüenta a Igreja Católica e ajuda na assistência social”, declara. Com saudades de Guaxupé, local a qual ele não retornou, Benício Pereira diz que um de seus desejos é ir à cidade natal para rever amigos e recordar lembranças da infância.


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