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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

SANEPAR alerta para os riscos de jogar lixo doméstico na rede de esgoto (Publicado em abril de 214 no jornal Folha de Cambé)

De família de pioneiros de Cambé, a gerente regional da SANEPAR, Mara LuciaCesário Pereira Calinosk, começou a atuar na empresa como estagiária em 1977 e ao se formar em engenharia, em 1980, foi para Curitiba. Anos depois, com a ampliação da rede de esgoto na região, ele retornou a Londrina e desde 2011 atua como gerente da empresa.
Com vasta experiência na área de coleta e tratamento de esgoto, ela cita que um dos maiores problemas detectados pela SANEPAR é a destinação irregular de lixo domestico nas redes coletoras. Isto causa entupimentos, poluição e transtornos aos usuários, por conta do refluxo nos imóveis e vias públicas. “Com a espessura de 15 centímetros, a rede não comporta lixo, mas apenas esgoto doméstico. A população gosta muito da SANEPAR, fato revelado em pesquisas de satisfação ao cliente. Assim, cabe à mesmase conscientizar do que pode ou não ser destinado no esgoto. Materiais recicláveis, não recicláveis e biodegradáveis, ou seja, o lixo em geral, jamais podem ser jogados na rede, vasos sanitários e tubulação”, afirma a gerente. Ela cita que entre os objetos achados estão papel higiênico, absorventes, fraldas, camisinhas, cotonetes, tubos e escovas de dente e até fetos.
Outro problema sofrido pela SANEPAR são as ligações irregulares de água pluvial nos esgotos, causando inundações e transbordo. “Água da chuva tem galeria especifica. Com a ligação irregular e uma chuva mais forte, o encanamento (de 15 centímetros) não suporta a força e tende a se romper ou carregar resíduos sólidos. Quando o esgotoda refluxo no imóvel, uma das causas pode ser a ligação ou o acúmulo de lixo na rede, causado pelo comodismo de jogar lixo na rede”, destaca. Também é comum a população abrir os tampões da SANEPAR, localizados nas ruas, para destinar objetos como pedras, garrafas pets e até monitores de TV.Isto danifica a rede e causa prejuízos com inundações e contaminação dos imóveis.
Mara Lucia Cesário Pereira Calinoskcita que os casos de refluxo e entupimento devem ser comunicados a SANEPAR pelo telefone 115, site (www.sanepar.com.br) ou escritórios regionais, para a execução duma vistoria técnica ambiental, onde são realizados testes com corantes e verificada se as saídas de água do imóvel estão interligadas corretamente. Se constatada irregularidade, há uma notificação e um prazo é dado para se regularizar. “Muitas vezes não existe má fé, mas comodidade para não quebrar o quintal. Assim, a saída da água da chuva é ligada no esgoto. O imóvel não é apenas vistoriado pela SANEPAR e o caso pode ser levado a Vigilância Sanitária. E, se o problema não for resolvido, Vigilância e Promotoria do Meio Ambiente podem aplicar sanções”, afirma.
A gerente cita que uma solução para diminuir o entupimento dos esgotos é a instalação de caixas de gordura no imóvel. Esta não pode ser lacrada e deve ter fácil acesso. “A gordura acumulada deve ser retirada e destinada ao lixo comum, como rejeito. Isto faz o esgoto funcionar melhor. Com a variação de temperatura no frio, a gordura endurece e se solidifica, causando obstruções. Por isto não devemos jogar óleo ou gordura na pia. Ele (óleo) polui o meio ambiente e contamina a rede. Uma solução é reciclar, doando a empresas que o reutilizam na obtenção de sabão”, afirma.

Devido a excelente parceira da SANEPAR com a Prefeitura de Cambé, muito está sendo investido na ampliação da rede de esgoto e abastecimento de água. E, em breve, será implantado esgoto a custo zero nos bairros Santo André, Monte Catine e Golden Park. “Cambé é coberta com 87% de rede de esgoto e 100% de água tratada. Nosso objetivo é chegar a 100% e levar mais qualidade de vida ao município”, finaliza.

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