quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Plantada por acaso, “Abóbora da Copa” já é conhecida em todo mundo (Publicado em junho de 2014 no jornal Folha de Jataizinho)

A crença que a Seleção Brasileira será campeã da Copa do Mundo de 2014 atravessou as arquibancadas e foi parar em Jataizinho, especificamente no Sítio Santa Rita, em Frei Timóteo. Foi lá que Rauberto da Silva, de 43 anos, fez uma descoberta inusitada: num dia chuvoso, as filhas Cidália e Rosalva foram ajudar o pai a plantar abóboras. As sementes foram ganhas de um desconhecido no Terminal Urbano em Londrina. Ele abria a terra e as filhas plantavam as sementes. Tudo em clima de Copa do Mundo.
A surpresa veio quando as abóboras começaram a nascer: folhas, talos e frutos eram verdes e amarelas. “Tenho seis redomas que produzem a abóbora. No inicio achei estranho e imaginei que o pé estava doente. Porém são todas saudáveis”, afirma o agricultor.
Por vias das dúvidas Rauberto as levou na Rádio Nova Geração. Este foi o caminho da fama para a “Abóbora da Copa”. A partir daí muitas pessoas começaram a visitar o sítio para conhecer a raridade. “O povo acha incrível e questionam se é uma mutação. Muito se especula e estou abismado. Por via das dúvidas aqui está a prova”, impondo-a, como o jogador que levanta a taça.
Questionado se já provou a “Abóbora da Copa”, ele afirma positivamente e declara que o sabor é normal. No entanto irá preservar alguns exemplares e sementes. Quanto à venda, existem propostas, além de futuros compradores já deixarem algumas abóboras marcadas em meio à plantação. “Muitos vêm ao sítio. Desde crianças a idosos. Por curiosidade ou para conhecer a “Abóbora da Copa”. Um agrônomo de São Paulo ligou e deseja pesquisá-la”, declara.
Com esperanças, Rauberto acredita que a “Abóbora da Copa” é um sinal que o Brasil pode levar o título e, seu sonho é mandar uma dessas para a Seleção. Segundo ele, o fruto dará sorte para os brasileiros levantem a taça mundial. "Essa é uma abóbora pé-quente", afirma.

Quanto a “Abóbora da Copa”, ela é uma variedade desenvolvida em 2006 pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Derivada da abobrinha bicolor, ela sofreu mutação genética e é conhecida como "brasileirinha".

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